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Artigo:

De uma perspectiva metafísica, o que é a Vida e quando ela começa?

"Do ponto de vista espiritualista, a vida é como uma energia elétrica (1) distinta, que tudo permeia, que
interpenetra e anima todas as formas – desde o minúsculo átomo da substância até o ser humano e o
planeta como um todo. “A Vida é una e nada jamais poderá eliminá-la ou tocá-la”, nos diz o esoterismo. A
Vida, desta perspectiva, não aparece ou se origina de uma forma particular. É a Vida una que se
manifesta no âmago de todas as formas. Mesmo quando as formas como a humana ou a animal são
destruídas e morrem, a vida persiste. A vida existe totalmente independente das formas de qualquer tipo.
Desta maneira, a energia da Vida una é a mesma vida expressada através de um diamante, uma rosa,
um carvalho, um cachorro, um cavalo, um ser humano ou uma alma humana; todas são expressões da
atividade criadora da Vida.

Talvez uma outra maneira de ilustrar a Vida una é por intermédio de sua relação com a Trindade divina
que pode ser expressada de muitas maneiras, como Pai, Filho e Espírito Santo; ou como Espírito, Alma
e Matéria. A Vida neste caso é descrita como “essa quarta coisa que paira por trás de toda manifestação
e por trás de todos objetos, todas expressões qualificadas da divindade e que é aludida no Bhagavad
Gita nestas palavras: ‘Havendo interpenetrado todo o universo com um fragmento de Mim Mesmo, Eu
permaneço’”.

Quando a Vida começa?

Parece haver muita incerteza sobre a resposta a esta pergunta. A opinião prevalecente parece ser que,
no que concerne à vida humana, ela começa no momento da concepção. E onde a consciência estiver
focada e identificada no plano físico denso, a vida parece começar quando o desenvolvimento da forma
humana começa.

Mas, em vista da perspectiva metafísica acima, a vida – expressada numa forma humana ou não – não
tem nem princípio, e nem fim. A Vida é. Está sempre presente e não pode ser eliminada. A energia da
vida una está presente antes da concepção – no óvulo e no espermatozoide e nos inúmeros átomos que
constituem as moléculas e as células. Quando o óvulo e o espermatozoide se unem, a energia da vida
que eles carregam é transmitida no processo de formação celular que, finalmente se transformará numa
forma humana, ou na forma de um animal ou de uma planta, conforme o caso. Há apenas o começo de
uma nova forma.

É importante compreender a diferença entre a energia da vida e a substância da forma. A vida é um fluxo
constante de energia elétrica, enquanto formas são expressões temporárias através das quais a vida se
manifesta no plano físico denso. Por exemplo, quando usamos o termo “vida humana”, estamos
descrevendo uma forma humana com uma consciência provida pela alma e ambas são animadas pela
energia da Vida una.

Os Direitos da Vida Humana

A inviolabilidade e direitos dados à vida humana são valores específicos outorgados pelas sociedades
humanas. Mas são valores determinados por uma compreensão limitada do que é uma vida humana. Se
a vida não tem princípio nem fim, como é postulado pelo ponto de vista metafísico, então isto afeta o
valor dado à vida? Para responder esta pergunta mais plenamente temos que fazer uma imagem mais
completa do ser humano incluindo o fator da alma e o papel que ela desempenha na criação da vida
humana.

Com toda a discussão atual sobre a vida humana, o começo e o fim da vida e o propósito da vida, há
pouca menção sobre a existência da alma humana e a influência que ela exerce na vida de um ser
humano. Aqui, novamente, o ponto de vista metafísico é de grande auxílio. Sem a inclusão da alma, a
vida humana está incompleta. De fato, é exatamente a presença da alma individualizada que faz alguém
se tornar humano. A nossa humanidade não surge das células físicas no corpo. A alma, encarnada no
corpo, provê grande quantidade de toda a inteligência humana. Nos textos de Alice Bailey nos é dito que
a Alma toma posse do feto só durante o quarto mês de gravidez, na fase que a mãe começa a perceber
os movimentos do feto. Antes deste tempo, o coração e o cérebro do feto não estão suficientemente
desenvolvidos para que a vida e a consciência sejam ancoradas: a vida no coração e a consciência na
cabeça. A alma precisa aguardar que o “veículo” seja preparado pelo processo criativo antes que ela
possa pensar e atuar como um ser humano reconhecido.

A alma situa-se como um agente mediador entre Deus como Espírito e o homem ou mulher físico.
Representa a posição intermediária na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo ou Espírito, Alma e Matéria.
A Alma provê o ser humano com a capacidade de consciência. De uma perspectiva metafísica que
incorpore a crença na reencarnação, é a alma que encarna numa forma humana particular, vida após
vida. Ela tem, em cada experiência de vida, um propósito particular a desenvolver alinhado com o Plano
de Deus. A alma é essencialmente o ego individualizado que entra no corpo físico no momento do
nascimento e deixa o corpo no momento da morte. O corpo é simplesmente o “veículo” através do qual a
alma expressa uma certa qualidade de consciência durante o seu tempo no mundo físico.

Tendo em vista o fator alma, como isto afeta a questão quando a vida realmente começa? A Vida como
energia elétrica pura, tudo indica, não tem princípio nem fim, é o eterno agora; e a alma é o ser imortal, o
ego imortal, que provê continuidade de vida a vida num corpo físico. Esse ser é você, quem nunca
realmente morre, quem tem “vida eterna”, e tem experimentado muitas vezes a transição de nascimento
e de morte. Neste caso, se esta perspectiva esotérica fornece algum grau de verdade, então isto não
mudaria a forma como alguém pensa a respeito da controvérsia que envolve o nascimento e a morte?"

)De um artigo do Movimento Boa Vontade Mundial - World Goodwill, da Lucis Trust)

Referência:

1 – O uso do termo “elétrico” tem aqui um sentido muito mais vasto do que o sentido físico convencional.
Veja como exemplo o livro Um Tratado Sobre o Fogo Cósmico, Seção 3, de Alice Bailey.

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