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Maria Jeovane Pereira

"A Educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é


preparação para a vida, é a própria vida." John Dewey

No final do estudo do Módulo 10, "Construindo Práticas Pedagógicas Emancipatórias",


venho ressaltar a importância do conteúdo existente, e da sua interligação com os
estudos feitos anteriormente, e sua representação como um instrumento a mais para
minha formação e prática cotidiana.
As discussões apresentadas sobre a importância da integração ensino-serviço, vinculadas
ao programa IDA - Integração Docente Assistencial, infelizmente não fazem parte do meu
cotidiano laboral por vários fatores, embora seja necessário sua implementação pelo fato
de trabalharmos com a saúde primária, diretamente com a população.
Porém, eu vivenciei uma experiência significativa em um estágio extracurricular (post-
laurea) no exterior no contexto da Psicologia Comunitária em um Clínica de Saúde Mental
pública, com extensão a um Hospital-dia e a um Laboratório de Cerâmicas para os
usuários. Depois consegui também vivenciar em uma Instituição que acolhe imigrantes do
mundo inteiro (Frantz Fanon), num período total de um ano e três meses, uma
intercessão de saberes, de troca de experiências contextualizada em uma equipe
multiprofissional, (psicólogo, assistente social, educador, mediador cultural, antropólogo e
psiquiatra).
A riqueza dos atendimento feitos aos usuários eram nítidas, consolidando assim a
integração almejada de ensino-serviço, visto que alí todos eram sujeitos do processo de
cura, acolhimento/cuidado e aprendizagem. Eu costumava dizer, que quando estávamos
juntos nas oficinas, seja de arte, teatro/psicodrama e outros (estagiários, usuários,
supervisores, profissionais envolvidos), eu não conseguia reconhecer as diferenças,
desigualdades que existiam entre nós. O ambiente era talmente propício à aceitação da
diferença, ao acolhimento incondicional do outro, que esquecíamos do "rótulo" que os
diagnosticavam.
Percebe-se, então, a importância de programas como o Pró- Saúde, o PET-Saúde que
visa a reorientação da formação do profissional em saúde, inserindo esses estudantes na
rede pública, para uma maior formação integrada ao princípios e necessidades do SUS,
como também aprender na prática como construir saúde. Vale a pena ressaltar também
um exemplo que condiz a esses programas e que nos foram oferecidos pela biblioteca
virtual, dois vídeos retratando essa realidade existente no Brasil, e que se aproximam da
vivência que eu tive fora.
No primeiro vídeo intitulado "Saúde se aprende por dentro – Integração Ensino-Serviço-
Comunidade," nos remete a um novo paradigma educacional que coloca as pessoas no
centro, conhecendo sua realidade para assim adaptar ao melhor tratamento possível. O
trabalho é realizado em rede com equipe interdisciplinar, sua prática iniciou nos anos 70
num projeto chamado "Internato Rural" com a participação dos alunos do curso de
medicina da UFMG. O processo ensino-aprendizagem se dá de maneira integral, onde o
estudante vai aprender dentro de um sistema municipal de saúde, lócus que permitirá sua
interferência neste processo.
No segundo, “Integração ensino-Serviço-formação para o Sistema Único de Saúde",
confirma que o SUS dá certo, pois possibilita encarar a rede pela realidade da rede, ou
seja, permite ao estagiário uma aproximação dos serviço-ensino, uma ampliação de
saberes e ideias formando uma inserção de equipe transdisciplinar. Tudo é visto como um
processo de construção e isso possibilita a formação integrada desejada.
Resta sublinhar algumas estratégias discutidas na Carta de Ottawa que são tidas como
pilares para a promoção à saúde e que representa um desafio na minha gestão:
implementação de políticas públicas saudáveis; criação de ambientes favoráveis à saúde;
reorientação dos serviços de saúde; reforçamento da ação comunitária e desenvolvimento
das habilidades pessoais, essas são imprescindíveis para o empoderamento da
comunidade e serviços.
Percebe-se também, que nós atores no âmbito da saúde, estamos sempre num processo
de Educação Permanente de formação-transformação, pois sinto que não estou pronta,
me alicercei na graduação e sei que durante toda a minha vida vou me constituindo; a
cada dia, a cada passo em busca de reflexão, integração entre a teoria e a prática com a
intenção de poder transformar a realidade que sou inserida.

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