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A carta aos Gálatas é de grande relevância para a igreja protestante (assim como Romanos e

Efésios). Lutero ao referir-se a ela dizia que “Gálatas é a minha epistolazinha, aquela de quem
me afeiçoei tanto. É minha Catarina Van Bora” (sua esposa). Nessa primeira série de textos
sobre Gálatas, vamos ver um pouco sobre a autenticidade do Evangelho. Será que o Evangelho
pode se vestir com diversas roupagens, como vemos hoje em dia? É o que veremos aqui e
agora.

Paulo ao iniciar a carta, ele reivindica sua autoridade de apóstolo, “apóstolo não da parte de
homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus pai” (Gl 1.1).
Por que Paulo fez essa apresentação, recorrendo inclusive ao Pai e ao Filho? A verdade é que
Paulo estava sendo questionado em relação à sua autoridade apostólica. O grande problema
disso é que se ele não tivesse crédito como apóstolo, sua mensagem perderia todo a
credibilidade. E essa era a maior preocupação de Paulo, o Evangelho verdadeiro estava sendo
colocado em cheque.

Os Gálatas, que foram discipulados diretamente por Paulo, estavam sendo enganados pelos
judaizantes, que eram um grupo que negava a salvação por meio da fé e afirmavam que a
salvação para os gentios só seria obtida por meio da observância da lei. Mas não foi esse o
Evangelho pregado por Paulo. Veja como ele resume a obra da salvação no verso 4: “o qual se
entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso,
segundo a vontade de Deus e Pai,...”. Não vemos nada sobre salvação pela lei, e sim por meio
do sacrifício de Cristo em nosso favor.

Mesmo sendo ensinados por Paulo, os gálatas rapidamente deixaram o Evangelho para seguir
uma deturpação da doutrina da salvação (Gl 1.6,7). Paulo mostra ainda no verso 7 que a
deturpação dessa mensagem gera uma perturbação no seio da comunidade cristã. O maior
problema é o quão comprometido fica nosso relacionamento com Deus quando abraçamos
uma mensagem adulterada do Evangelho. “Afastar-se do Evangelho da graça é afastar-se do
Deus da graça”(John Stott).

Paulo, sabendo da autenticidade do evangelho que ele pregara até então, afirma no verso 8
que nem ele mesmo, nem os apóstolos, nem mesmo um anjo do céu poderia alterar a
mensagem da graça de Deus para o homem. Ele ainda no verso 9 diz que devemos considerar
tal deturpação no Evangelho anátema (coisa maldita).A preocupação de Paulo era com a
vontade de Deus e com a verdade. Vemos isso no verso 10, quando ele mostra que sua
preocupação é em agradar a Deus em vez dos homens, seguindo o exemplo de Pedro e os
apóstolos em At 5.23. Para Paulo, obedecer aos homens é deixar de servir a Deus.

Será que Paulo estava sendo muito implacável com estes falsos ensinos? Seria melhor para
Paulo tolerar essas adulterações no evangelho por amor aos homens? A verdade é que Paulo
sabia que qualquer mancha no santo evangelho poderia comprometer toda a igreja. Assim,
Stott comenta sobre sermos zelosos: “Se nós nos importássemos mais com a glória de Cristo e
com o bem da alma humana, também não seríamos capazes de suportar a corrupção do
evangelho da graça”.

Talvez o problema não seja a aparente intransigência de Paulo, mas a nossa tolerância em
admitirmos no meio cristão pensamentos, ensinos, modismos e práticas que não tem
absolutamente nada a ver com o verdadeiro evangelho. Tudo isso tiram o foco do cristão
sobre a mensagem da graça e coloca o homem no centro das atenções.Que a nossa postura
diante dos falsos evangelhos venha a ser como a de Paulo. Que possamos resgatar em nossas
igrejas e em nossos púlpitos a mensagem do genuíno Evangelho. Sola Gratia.

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