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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES: METODOLOGIAS DE

OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)

REFERÊNCIAS À BE NOS RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Para a realização deste trabalho, consultei apenas relatórios de avaliação externa


referentes a 2008/2009. O processo de selecção foi o seguinte: escolhi a Escola que aparecia
em primeiro lugar na lista de três Delegações Regionais do Norte, Centro e Sul do país. Assim,
na Delegação Regional do Norte, analisei o relatório do Agrupamento de Escolas Adriano
Correia de Oliveira, de Vila Nova de Gaia; na Delegação Regional do Centro, analisei o relatório
do Agrupamento de Escolas Abranches Ferrão, de Seia; e na Delegação Regional do Algarve,
analisei o relatório do Agrupamento de Escolas Albufeira Poente, de Albufeira.
Comecei por efectuar, em cada relatório, o levantamento das frases em que aparecia
uma referência directa à Biblioteca Escolar, contextualizando-as quando necessário. De
seguida, procedi a uma breve análise das mesmas por Agrupamento e, por fim, apresentei as
conclusões gerais.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA, DE VILA NOVA DE GAIA

Este relatório contém apenas duas referências à Biblioteca Escolar.


A primeira surge no ponto 3.3 – Gestão dos recursos materiais e financeiros: “Todos
os serviços funcionam eficazmente, com destaque para a Biblioteca / Centro de Recursos da
Escola-Sede, integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, que foi reequipada e é um local de
atracção dos alunos.”
A segunda, no ponto 4.3- Abertura à inovação: “A Biblioteca da Escola-Sede foi
remodelada e integrada na Rede de Bibliotecas, bem como a Biblioteca da Escola Básica do 1.º
Ciclo de Magarão.”

Neste relatório, a informação fornecida sobre a Biblioteca Escolar é de carácter geral


(funciona eficazmente, atrai os alunos) e não especifica as actividades que desenvolve. A
segunda referência à BE repete alguma da informação já fornecida (foi
remodelada/reequipada e integrada na RBE). Ficamos a saber que, no Agrupamento, existe
outra Biblioteca numa EB1, mas mais uma vez nada sabemos sobre os serviços prestados, o
efeito dos mesmos nas aprendizagens dos alunos, nem como está integrada na Escola.

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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES: METODOLOGIAS DE
OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ABRANCHES FERRÃO, DE SEIA

Este relatório contém 8 menções à Biblioteca Escolar.


No ponto 1.3 - Comportamento e disciplina, para combater os problemas de
indisciplina na Escola-Sede, uma das soluções encontradas foi: “Quando o aluno é convidado a
sair da sala de aula é encaminhado para a biblioteca, onde realiza uma tarefa proposta pelo
professor.”
No ponto 2.4- Abrangência do currículo e valorização dos saberes e aprendizagens,
conclui-se que a oferta educativa da Escola é diversificada, nomeadamente, ao nível das
actividades de enriquecimento do currículo: "Destaca-se as acções do Plano Nacional de
Leitura, do Plano da Matemática II, dos projectos Educação para a Saúde e Desporto Escolar,
bem como da biblioteca. Saliente-se que este último espaço é muito frequentado e que os
alunos são devidamente acompanhados e orientados, constituindo um suporte fundamental
ao trabalho das diversas disciplinas e áreas curriculares não disciplinares."
No ponto 3.2 - Gestão dos recursos humanos, a propósito de actividades de formação:
“Internamente foram realizadas ou estão agendadas para este ano lectivo várias acções de
formação. Nomeadamente na área da indisciplina, desenvolvimento da linguagem, bullying,
toxicodependência, tecnologias da informação e comunicação, biblioteca, educação especial,
alimentação saudável e relações interpessoais."
No ponto 4.3 - Abertura à inovação: “A inovação está presente nas práticas e
iniciativas tomadas, mobilizando recursos humanos e materiais, sobretudo no âmbito das
tecnologias da informação e da comunicação, com o aumento do número de computadores
em todos os sectores, projectores de vídeo e quadros interactivos, assim como na aquisição de
software específico ao nível dos serviços administrativos e gestão da biblioteca.”
No mesmo ponto, refere-se, ainda: “A criação da página do Agrupamento na Internet e
o blogue da biblioteca, o BiblioComVid@, assim como a plataforma Moodle, têm potenciado a
comunicação interna e contribuído para a divulgação das actividades realizadas e dos
documentos produzidos."
No ponto 4.4 - Parcerias, protocolos e projectos, “São de destacar os projectos
Educação para a Saúde, Desporto Escolar, Theka (com o apoio da Fundação Calouste
Gulbenkian), Plano Nacional de Leitura, Plano da Matemática II, Programa Eco-escolas (desde
1997), Prosepe, escola associada da UNESCO e a biblioteca (integrada na Rede de Bibliotecas
Escolares desde1999).”

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OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)

No ponto 5.1 - Auto-avaliação, “A biblioteca segue um processo de avaliação próprio,


de acordo com as orientações da Rede de Bibliotecas Escolares, que potenciou a sua acção ao
desenvolvimento das actividades do agrupamento, designadamente no campo da literacia da
informação.”
No ponto 5.2 - Sustentabilidade do progresso, “O Agrupamento conhece os seus
pontos fortes e tem agido no sentido de os consolidar (p. ex. Educação para a cidadania,
dinamização da biblioteca da Escola-Sede, ambiente educativo).”

Neste relatório, a Biblioteca Escolar ocupa um lugar de destaque, chegando mesmo a


ser considerada um ponto forte do Agrupamento (ponto 5.2) já que constitui um “suporte
fundamental ao trabalho das diversas disciplinas e áreas curriculares não disciplinares” (ponto
2.4). A Biblioteca é uma porta de entrada para as novas tecnologias (ponto 4.3) – com o novo
software de gestão e a criação de um blogue próprio. No entanto, ainda desempenha o papel
tradicional de sala de castigo de alunos mal comportados (ponto 2.4) e é vista como um
projecto (ponto 2.4 e 4.4) e não como uma estrutura educativa ao serviço do ensino e da
aprendizagem. A redacção do ponto 5.1, leva-nos a supor que esta BE aplicou o MAABE e que
esse processo de auto-avaliação potenciou as suas actividades, principalmente, no domínio da
literacia da informação.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ALBUFEIRA POENTE, DE ALBUFEIRA

As referências à Biblioteca Escolar surgem apenas em dois pontos:


No ponto 2.1 - Articulação e sequencialidade, identificado como um ponto fraco do
Agrupamento, a BE surge como uma das acções de melhoria: “As articulações
interdisciplinares concretizam-se, fundamentalmente, nos projectos curriculares de turma e
em algumas actividades constantes do Plano Anual de Actividades (PAA), designadamente no
âmbito do Projecto de Educação para a Saúde, da Biblioteca e do tema aglutinador do
Agrupamento."
E no ponto 3.2 - Gestão dos recursos humanos, quando se referem as necessidades de
formação: “A resposta do Centro de Formação de Associação de Escolas dos Concelhos de
Albufeira, Lagoa e Silves tem-se feito sentir nas áreas artística, das bibliotecas escolares e da
avaliação de desempenho.”

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OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)

Mais uma vez, a informação sobre a BE é escassa. Sabemos que desempenha um papel
importante na articulação interdisciplinar, mas não sabemos de que forma actua, e que o
Centro de Formação oferece formação na área das bibliotecas escolares.

CONCLUSÕES

Nos três relatórios analisados, as referências à Biblioteca Escolar são positivas. No


primeiro e no terceiro, as informações sobre o papel desempenhado pela biblioteca
fiquem aquém do desejado. O segundo relatório, do Agrupamento de Escolas Abranches
Ferrão, põe mais em evidência o trabalho da BE, considerando-a um dos seus pontos
fortes.
Em dois Agrupamentos, existe oferta de formação na área das bibliotecas
escolares (Agrupamento de Escolas Abranches Ferrão e Agrupamento de Escolas Albufeira
Poente).
Nos dois últimos relatórios, a BE é vista como um projecto, no primeiro é
equiparada a um serviço. Em nenhum são consideradas as contribuições das BE para os
resultados académicos dos alunos.
O professor bibliotecário não é mencionado em nenhum relatório nem a equipa
da biblioteca.
Considerando as seguintes hipóteses:
- o que é relatado nestes relatórios é o que foi mostrado/apresentado aos
inspectores aquando da sua visita;
- nem sempre o professor bibliotecário participou nos painéis;
somos levados a concluir que nem todos os Agrupamentos valorizam a Biblioteca
Escolar e que a IGE não está ainda desperta para as potencialidades da BE ao serviço do
ensino e da aprendizagem. Há um desfasamento, portanto, entre as metas e objectivos
preconizados pela RBE no MAABE e as metas e objectivos do IGE.
Estas conclusões pouco mais são que hipóteses, esta problemática merecia um
estudo mais aprofundado feito com base numa amostra mais significativa.

Alda Cristina Antunes Serras

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OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)

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