Vous êtes sur la page 1sur 6

QUESTÕES PARA RECURSO

PROVA AZUL

QUESTÃO 1

A questão refere que houve repercussões na cidade onde os advogados atuam


em razão de medidas tomadas pelo Poder Executivo local relacionadas à área
de especialidade dos dois advogados. O advogado André foi convidado a
participar de programa, sendo que na oportunidade CONVIDOU os leitores a
litigarem em face da Administração o que revela inequívoca conduta antiética.
Por seu turno, a advogada Helena, irresignada com as medidas tomadas pelo
Poder Executivo, procurou um programa de rádio, oferecendo-se para uma
reportagem sobre o assunto. A questão esclarece que durante o programa,
Helena manifestou-se de forma técnica, educativa e geral. É aqui que reside o
equívoco da banca.
Não há nenhuma irregularidade na conduta de Helena, eis que ao se deparar
com uma medida tomada pelo Poder Executivo que a deixou irresignada, buscou
programa de radio para informar a população, de forma técnica, pois havia um
justo motivo para tanto, motivo técnico que a levou a buscar os meios de
comunicação para levar a conhecimento da população acerca da medida. A
conduta alem de não ser vedada é um dever do advogado.
Segundo a questão, qual foi a razão da busca pela entrevista pela advogada?
Visou engrandecimento? Sensacionalismo? Captação de clientela? NÃO. Teve
como objetivo, claramente lançado na questão, informar de forma técnica a
população local sobre a medida, que teve repercussão na comunidade.
E que não se venha tentar justificar o equivoco da banca com o artigo 42, inciso
V do Código de Ética e Disciplina que veda ao advogado “V-insinuar-se para
reportagens e declarações públicas”, que não se aplica ao caso. Referido
inciso deve ser lido em conjunto com o artigo 43 que norteia sobre a participação
do advogado na mídia “Art. 43 – O advogado que eventualmente participar de
programa de televisão ou rádio, de entrevista na imprensa, de reportagem
televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para manifestação
profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e
instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados
pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de
profissão.
Parágrafo único. Quando convidado para manifestação publica, por qualquer
modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral,
deve o advogado evitar insinuações com o sentido de promoção pessoal ou
profissional bem como o debate de caráter sensacionalista”.
Significa dizer que a advogada Helena participou do programa em ato isolado,
eventual, manifestou-se de forma técnica educativa e geral e visou objetivos
informativos SEM PROPOSITO DE PROMOÇÃO PESSOAL OU
PROFISSIONAL eis que o motivo da entrevista foi a MEDIDA DO PODER
EXECUTIVO. Existiu demanda técnica para a advogada procurar o programa de
rádio visando esclarecer o fato à população.
O “insinuar-se” do inciso V nem de longe se subsume na conduta da advogada
Helena na questão. O que se veda com esse inciso são as matérias
encomendadas, aquele advogado que se insinua no sentido de criar factoide
para aparecer na mídia. A insinuação que é objeto da vedação é ao
engrandecimento, captação de clientela, sensacionalismo, às matérias
encomendadas, à tentativa de notoriedade insinuada, que não é o caso trazido
na questão, onde a advogada o fez por questões técnicas, o que é moral, ético
e até, como dito, dever do advogado, como elemento essencial à administração
da justiça e diante de seu compromisso com a cidadania e o ordenamento
jurídico, orientou, esclareceu, informou a população de forma técnica, sobre a
medida tomada pelo poder executivo.
De mais a mais, a radio não se pode olvidar que Helena só foi à radio porque,
diante da repercussão do assunto, a radio entendeu por chamá-la diante do fato
de que a questão afirma ser ela especialista no tema.
Concluindo, pode-se com segurança afirmar que nunca um advogado brasileiro
foi condenado por Tribunal de Ética ou Conselho Seccional por ter participado
de forma técnica, educativa e geral em programa de radio, que tenha procurado
em razão do justo motivo de existir repercussão sobre uma medida do Poder
Executivo que é especialista, visando o nobre objetivo de informar a população
local, NUNCA, apenas na questão da banca se considera assim.
Das razões aqui trazidas, se requer seja anulada a questão, eis que,
independente do viés que se queira dar, do enfoque que se pretenda, não há
como subsistir o entendimento esposado na questão que a advogada Helena
agiu de forma antiética.

QUESTÃO 3

digníssima banca considerou como gabarito para presente questão a


alternativa “D”.

Todavia, com a devida vênia, esse gabarito apresenta violação expressa ao


disposto no §4º do art. 16, do Estatuto da Advocacia.

A alternativa tida como correta aduz que “Caso Antônio também se retire da
Antônio, Daniel & Marcos Advogados Associados, a sociedade deverá
passar a ser denominada Daniel Sociedade Individual de Advocacia”.

O erro da alternativa em questão é sinalizar que a sociedade DEVERÁ


PASSAR a ser denominada Daniel Sociedade Individual de Advocacia,
enquanto o art. 16, §4º, do Estatuto da Advocacia estabelece que a
denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser
obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, COMPLETO OU
PARCIAL, com a expressão “Sociedade Individual de Advocacia”.

Nesse sentido, há, segundo o próprio Estatuto, mais de uma forma para se
estabelecer a denominação da sociedade unipessoal. Afirmar que ela
deverá, ou seja, estaria obrigada, a ser denominada “Daniel Sociedade
Individual de Advocacia”, é um equívoco.

Ou seja, torna errada a alternativa dada como gabarito. Dessa forma, por
não possuir resposta certa, a questão em análise merece ser anulada e que
o ponto seja atribuído à nota final do ora recorrente.

Pede deferimento.

QUESTÃO 28

A digníssima banca considerou como gabarito para presente questão a


alternativa “B”. Todavia, faltam informações no enunciado para corroborar
com o gabarito apontado.

Senão vejamos:

O problema proposto não esclarece qual seria a utilização do bem pela


sociedade de economia mista federal. Dessa forma, se o bem estivesse
atrelado à prestação de serviço público de competência da União, não
poderia ser objeto de desapropriação, tal como dispõe a Súmula 157 do
STF.

Ou seja, o bem somente poderia ser desapropriado se não tivesse relação


com a prestação de serviço público FEDERAL, o que não consta no
enunciado.

Dessa forma, não sendo possível verificar qual a destinação do bem que a
sociedade de economia mista FEDERAL pretende desapropriar, fica
impossível afirmar que a iniciativa do Poder Legislativo do Município Alfa
para declarar a desapropriação é válida.

Trata-se de elemento essencial para validação da resposta proposta em


razão do entendimento sacramentado pela jurisprudência mencionada.

Ocorre que, não obstante a previsão do art. 8° do Decreto-Lei 3.365/41, que, de


fato, possibilita, GENERICAMENTE, ao poder legislativo declarar
desapropriações, deixou de considerar o fato de que essa regra vale tão-
somente no âmbito interno de cada entidade federativa.
Ou seja, considerando que a hipótese trata da desapropriação de um bem de
sociedade de economia mista federal, patente que não tem, data vênia, o poder
legislativo municipal, competência para tomar a iniciativa de desapropriação do
bem em referência, notadamente por envolver interesse da União.
Tanto assim que o próprio enunciado da questão dá conta de que houve (porque
igualmente necessário) autorização por Decreto do Presidente da República
para a desapropriação em referência.
Em outros objetivos, no momento em que a questão misturou a possibilidade,
repita-se, GENÉRICA, do Poder Legislativo declarar desapropriação, com a
desapropriação de bens de sociedade de economia mista federal, acabou por
desconsiderar as estritas competências legislativas da Câmara de Vereadores,
isto é, em âmbito municipal.
Nesse sentido, é o entendimento do Colendo Supremo Tribunal Federal:
“A União pode desapropriar bens dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e dos territórios e os Estados, dos Municípios, sempre com
autorização legislativa específica. A lei estabeleceu uma gradação de poder
entre os sujeitos ativos da desapropriação, de modo a prevalecer o ato da
pessoa jurídica de mais alta categoria, segundo o interesse de que cuida: o
interesse nacional, representado pela União, prevalece sobre o regional,
interpretado pelo Estado, e este sobre o local, ligado ao Município, não havendo
reversão ascendente; os Estados e o Distrito Federal não podem desapropriar
bens da União, nem os Municípios, bens dos Estados ou da União, Decreto-lei
n º 3.365/41, art. 2º, §2º.
Inexistência, no caso, de autorização legislativa.” (Precedentes: RE 20.149;
MS 11.075; RE 115.665 e RE 111.079).
Assim é que, não informado o enunciado em referência, a existência de
autorização do Poder Legislativo Federal, patente a impossibilidade da Câmara
de Vereadores autorizar a desapropriação de um bem de titularidade de
sociedade de economia mista federal, ante o patente interesse da União.
Destarte, considerando a ausência de assertiva correta, a anulação da questão
é medida de Justiça, data venia.
Requer, assim, a anulação da questão, com a consequente atribuição da
pontuação correspondente ao Recorrente.

QUESTÃO 78

digníssima banca considerou como gabarito para presente questão a


alternativa “B”.

Todavia, data vênia, a redação da questão deixa dubiedade insuperável que


torna possíveis dois gabaritos, senão vejamos:
A questão em comento exige conhecimentos sobre o procedimento do
Incidente de Desconsideração de Personalidade Jurídica. Ocorre que a
redação não deixa claro se o juiz ACOLHEU o incidente e mandou
desconsiderar ou se só o RECEBEU, o que muda completamente a ótica
sobre o problema apresentado.

Segue o enunciado da questão:

“Após tentar executar judicialmente seu ex-empregador (a empresa Tecidos


Suaves Ltda.) sem sucesso, o credor trabalhista Rodrigo instaurou o
incidente de desconsideração de personalidade jurídica, objetivando
direcionar a execução contra os sócios da empresa, O QUE FOI ACEITO
PELO MAGISTRADO. “

Ao trazer a expressão: “o que foi aceito pelo magistrado”, a banca não deixou
claro se o que teria sido aceito pelo magistrado teria sido o processamento do
incidente de desconsideração da personalidade jurídica ou o deferimento do
pedido, direcionando a execução para os sócios da empresa.

Se o trecho “O QUE FOI ACEITO PELO MAGISTRADO” é no sentido de


que o juiz ADMITIU o incidente, ele é instaurado e o juiz intima os sócios
para apresentarem defesa em 15 dias.

Doutra banda, caso seja entendido o referido trecho como ACOLHIMENTO


do incidente, o juiz manda citar o executado para pagar em 48h.

Dessa forma, o gabarito pode variar entre as seguintes alternativas, a


depender da interpretação que se dá para o termo genérico e impreciso
utilizado na elaboração do enunciado.

Logo, com a leitura do enunciado não é possível concluir qual seria a real
intenção da banca e o significado da expressão contida no texto, não havendo
possibilidade de concluir qual seria a alternativa correta da questão.

De acordo com a CLT, assinale a opção que indica o ato


seguinte.

“O sócio será citado por oficial de justiça para pagar a dívida em 48 horas.”

ou

“O sócio será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no


prazo de 15 dias.”

Vê-se que de acordo com o gabarito preliminar, a banca construiu o


comando da questão atribuindo a interpretação de que foi ADMITIDO o
incidente. Todavia, é impossível aferir corretamente em razão da redação
vaga e que falha em sua construção técnica, tornando a questão viciada e
passível de anulação sob pena de fugir do próprio propósito do certame,
que é a verificação, também, do domínio das terminologias corretas.

Em razão do exposto, pede deferimento e que seja atribuída a pontuação


correspondente à nota final do ora recorrente.

Vous aimerez peut-être aussi