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• Valorização da denúncia
• Validação da experiência
• Restabelecimento do controlo
• Rompimento da ideia de “vulnerabilidade única”
• Prevenção da culpabilização
• Prevenção do evitamento
• Promoção do processamento emocional e cognitivo
da experiência
• Prevenção de novos crimes Machado & Abrunhosa,
• Prevenção do isolamento 2002
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2. Avaliação e intervenção psicológica com vítimas
Pressupostos de avaliação/intervenção
2. Problemas Físicos
Decorrentes da Violência (ex. lesões corporais)
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2. Avaliação e intervenção psicológica com vítimas
B. Impacto nas Vítimas – Avaliação e despiste
(cont.)
II - Funcionamento familiar
Avaliação das relações familiares (Existem? Como se
caracterizam? A família é fonte de suporte social?)
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2. Avaliação e intervenção psicológica com vítimas
C. Avaliação do risco eventual e real
- Vítima
- Filhos/as
- Outros/as familiares
•F. INTERVENÇÃO
Os objectivos centrais:
centrais
Reposição da segurança
Restabelecimento do controlo pessoal
Redução da sintomatologia clínica (médica e/ou
psicológica)
Restabelecimento das redes de suporte social
Restabelecimento do funcionamento adaptativo
nas diferentes áreas da vida
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2. Avaliação e intervenção psicológica com vítimas
• A INTERVENÇÃO EM CRISE:
– Emergência: Aglutinação das propostas de intervenção
feministas e das abordagens do trauma
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2. Avaliação e intervenção psicológica com vítimas
Modelos de Intervenção Psicológica com Vítimas de Crimes
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2. Avaliação e intervenção psicológica com vítimas
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2. Avaliação e intervenção psicológica com vítimas
• Notas importantes:
- A vítima encontra-se numa situação de elevada
tensão emocional (exposição da sua intimidade).
- A vítima sente-se constrangida face à
necessidade de relatar os detalhes das suas
vivências pessoais a desconhecidos/as
(possibilidade de vitimização secundária).
- A vítima procura orientação, não pareceres
críticos sobre o seu percurso.
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2. Avaliação e intervenção psicológica com vítimas
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Estáticos Dinâmicos
• Sexo, • Estáveis
(preferências
características sexuais,
demográficas, distorções
história cognitivas)
criminal • Agudos
(intoxicação
por
substâncias,
estados
emocionais)
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Protocolo de avaliação
Structured Assessment of Violence Risk in Youth (SAVRY –
Borum, Bartel and Forth, 2000, 2006)
Protocolo de avaliação
I - Sistematização da história dos factores de risco
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Protocolo de avaliação
II- Factores de risco contextuais/sociais
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Protocolo de avaliação
III- Factores de risco individuais
• Atitudes negativas
•Impulsividade
•Abuso de substâncias
•Dificuldades na gestão da raiva
•Reduzida empatia e ausência de remorsos
•Défice de atenção e/ou hiperactividade
•Reduzido compromisso
•Reduzido investimento escolar
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Protocolo de avaliação
IV- Factores de protecção
•Envolvimento pró-social
•Forte suporte social
•Vinculações seguras
•Interacções sociais positivas
•Aceitação da autoridade e da supervisão
Compromisso com a escola
•Personalidade resiliente
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Objectivos da avaliação:
Objectivos da avaliação:
-Caracterização do funcionamento global do sujeito, nas várias esferas
da sua vida (individual, familiar, laboral e social)
Objectivos da avaliação:
Objectivos da avaliação:
-Caracterização do funcionamento global do sujeito, nas várias
esferas da sua vida (individual, familiar, laboral e social).
-Aferir a existência de:
-Abuso de substâncias
-Agressividade
-Disfunções orgânicas
-Disfunções sexuais
-Distorções cognitivas
-Parafilias
-Perigosidade
-Psicopatia
-Risco
-Tratabilidade
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Objectivos da avaliação:
-Em alguns casos poderá justificar-se a avaliação forense ou da
personalidade
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Intervenção no comportamento desviante e criminoso:
Reflectindo sobre a História…
Da punição dos corpos à sua reinserção
Da personalidade desviante à construção social
do desvio
Da necessidade de clausura, vigilância e disciplina
à demanda dos direitos humanos
Do poder de sancionar ao poder de reeducar e
ressocializar
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
“A pena de morte natural compreende todos os tipos de morte: uns podem ser condenados à forca, outros a ter a
mão ou a língua cortada ou furada e ser enforcados de seguida; outros por crimes mais graves, a ser arrebentados
vivos e expirar na roda depois de ter os membros arrebentados (…)” (Foucault, 1996, p.33).
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
“O Panóptico (...) deve ser compreendido como um modelo generalizável de funcionamento; uma maneira de definir
as relações de poder com a vida quotidiana dos homens. Bentham sem dúvida o apresenta como uma instituição
particular, bem fechada em si mesma. muitas vezes se fez dele uma utopia do encarceramento perfeito” (Foucault,
1997, p. 169).
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
A “normalização” do comportamento
desviante e criminoso no presente:
PRINCÍPIOS:
A correcção do comportamento desviante faz-se por via da aplicação do
princípio da humanidade e tendo por base a salvaguarda dos Direitos
Humanos.
O projecto da reinserção social suplanta uma tendência clássica puramente
repressiva e assenta numa perspectiva preventiva e desenvolvimental.
A lógica da reeducação acentua um imperativo ético do Estado Social de
Direito – o da assistência e apoio aos/às cidadãos/ãs mais carenciados/as e
desprotegidos/as.
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Objectivos da intervenção:
• PREVENIR – A intervenção psicológica é pró-activa.
Actua-se antes do problemas surgir, na tentativa de
evitar a sua ocorrência.
• DESENVOLVER – A intervenção psicológica procura
promover o potencial psicológico em diversas áreas
• REMEDIAR – A intervenção psicológica é reactiva, na
medida em que procura solucionar um problema
existente.
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
PREVENÇÃO TRATAMENTO
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
Métodos de intervenção:
• Serviço/acção directa
• Consultadoria/formação
• Informação (mass/media, campanhas de
sensibilização)
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
• Modelos humanistas
• Modelos cognitivo-comportamentais
• Modelos sistémicos/comunitários
• Modelos ecléticos ou multisistémicos
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3. Avaliação e intervenção psicológica com agressores
• Tendências actuais da intervenção psicológica no comportamento
desviante
A evolução dos modelos teóricos na psicologia, que espelha uma mudança gradual das
abordagens centradas nos traços para as abordagens biopsicossociais e ecológicas,
reforça a evidência de que mais do que a cura, o objectivo da intervenção
psicológica deverá ser o do desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos
no sentido da sua reeducação.
“Psychology is not just the study of weakness and damage; it is also the study of
strength and virtue. Treatment is not just fixing what is broken; it is nurturing what
is best within ourselves” (Seligman, 1999, p. 1).
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