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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização

(conclusão)

Análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE nos relatórios da


avaliação externa das escolas

Optou-se por analisar comparativamente os dados dos relatórios de Avaliação Externa das
seguintes Escolas: Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Aljustrel, Escola
Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico da Ramada – Odivelas e Escola Secundária de
Maximinos – Braga.
A selecção dos três relatórios de Avaliação Externa das Escolas teve por base:
- O ano 2009/2010, pelos motivos que tive oportunidade de esclarecer no fórum para colocação
de questões ou dúvidas;
- As escolas oferecerem o mesmo nível de ensino – o Ensino Secundário;
- Os contrastes de desenvolvimento demográfico e socio-económico das regiões em que as escolas
se inserem:

• O Alentejo interior, das regiões mais pobres da União Europeia;


• a Região de Lisboa e Vale do Tejo que concentra uma grande parte do emprego, do
investimento e da riqueza criada em Portugal;

• a Grande Área Metropolitana do Minho, o concelho de Braga caracteriza-se por ter uma
população jovem, um significativo crescimento demográfico e económico e uma taxa de
escolarização das mais altas do país;
- Os resultados da pesquisa económica mais recente parecerem comprovar que há uma correlação
entre os níveis de educação, os aumentos de produtividade e as perspectivas de crescimento e
desenvolvimento das regiões e países;
- O contributo da acção das BE nas aprendizagens e sucesso educativo dos alunos.

A referência à BE nos relatórios da avaliação externa das escolas seleccionadas

- No conjunto dos três relatórios da avaliação externa das escolas apenas se faz quatro vezes
referência directa à BE:

O relatório da Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Aljustrel duas


vezes: na caracterização da escola refere que dispõe de uma a Biblioteca e Centro
de Recursos Audiovisual e Multimédia. No domínio Gestão dos recursos humanos
faz referência à BE a propósito da não rotatividade dos assistentes operacionais
afectos à Biblioteca.

Fernanda Mendonça
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No domínio Gestão dos recursos materiais e financeiros: no relatório da Escola


Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico da Ramada – Odivelas afirma-se que a
escola fez grande aposta no equipamento informático / audiovisual na BE; no
relatório da Escola Secundária de Maximinos – Braga, menciona-se que a
Biblioteca está integrada na RBE, apresenta boas condições de instalações e um
bom acervo bibliográfico.
- No domínio Liderança, factor Parcerias, protocolos e projectos: Os relatórios da Escola
Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico da Ramada – Odivelas e Escola Secundária de
Maximinos – Braga salientam a participação das Escola em programas nacionais como o Plano
Nacional de Leitura e RBE.

Comentário crítico

Tendo em conta que:


- O MABE propõe que “o resumo dos resultados da auto-avaliação da BE deve ser integrado no
relatório de auto-avaliação da Escola/agrupamento e referenciado na entrevista com a Inspecção-
Geral de Educação”;
- Está a comprovar-se que as BE têm, cada vez mais, um importante e essencial papel nas
aprendizagens e sucesso educativo dos alunos.
- Para dar resposta às actuais exigências do sistema educativo, o trabalho colaborativa entre o
professor bibliotecário e os professores curriculares impõe-se em muitas BE.
Salienta-se o seguinte:
- Se nos referidos relatórios a referência às BE, em termos quantitativos é muito reduzida, o papel
e a acção das BE é inexistente em domínios como os Resultados, Prestação do serviço educativo,
Organização e gestão escolar, Liderança… .

- Nesta recente avaliação externa (2009/2010) a BE não passa de um depósito de livros, de


equipamentos informáticos e audiovisuais, que implica algum financiamento e a afectação de
assistentes operacionais.

- Nos relatórios, entre outros aspectos, não se faz qualquer referência ao professor bibliotecário,
não temos dados sobre o nível de satisfação da comunidade relativamente à BE, não percebemos
se a BE articula com departamentos e ou com os professores, se contribui para a inclusão sócio-
escolar…

- Os resultados da Avaliação Externa das Escolas não surpreendem no que diz respeito às BE. A
IGE no seu trabalho avaliativo tem em muito pouca consideração as recomendações do MABE e o
trabalho das BE. Repare-se no Quadro de referência para a avaliação de escolas e agrupamentos de
escolas, in Avaliação externa das escolas - referentes e instrumentos de trabalho, do ME e IGE, aí

Fernanda Mendonça
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se faz referência directa às BE apenas em duas situações: nos indicadores de análise dos factores
“Parcerias, protocolos e projectos” e “auto-avaliação”.

Assim:
- Se nesta avaliação poucos ou nenhuns impactos da BE se salientam, se nenhuma visibilidade se
dá ao trabalho desenvolvido pelas BE, esta avaliação externa é insuficiente e não reproduz a
realidade e as vivências das escolas avaliadas.
- Sugere-se uma maior articulação e concertação entre a RBE e a IGE.

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