Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Aqui temos ainda a célebre polêmica entre Muther e Windsheid. Muther separou
por conteúdo, o direito próprio e o direito de ação. Nesse passo, há o direito à
tutela jurídica do estado, dirigido em face deste e o direito à eliminação da lesão,
dirigido em face do adversário. Apesar de Windscheid ter polemizado a tese de
Muther, acabou concordando com ela.
c) Teoria da ação como direito abstrato: a distinção entre ação e o direito material
não era suficiente. Quando uma sentença, ainda que justa, nega o direito do
autor, ou, se dá à alguém um direito que não se detém, não podemos afirmar
que não existiu ação.
O Direito de ação independe da efetiva existência do direito material invocado.
Exige-se apenas que o autor faça referência a um interesse seu, protegido em
abstrato pelo direito.
Por fim, temos que o direito de ação não é um direito subjetivo, na medida em
que entre o seu titular e o Estado não existe um conflito de interesses, elemento
essencial para a caracterização do direito subjetivo.
Por fim temos os elementos identificadores das ações, os quais têm por
finalidade, como nome sugere, a identificação das demandas. É assim, por
exemplo, que se constata a existência de litispendência, de conexão, coisa
julgada, e assim por diante: do cotejo dos elementos identificadores.
De regra, o pedido formulado deve ser certo e determinado (arts. 322 e 324),
embora a lei permita a formulação de pedido genérico em alguns casos (art. 324,
parágrafo 1º, I, II e III).