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CRIMES DIGITAIS

Ana Paula Boeing


Prof. Geórgia Damiani Mazzucco Clezar
Faculdade Metropolitana de Guaramirim – UNIASSELVI
Direito (DIR 1.1) – Metodologia do trabalho acadêmico
31/05/10

RESUMO

O avanço científico e tecnológico exige por parte dos aplicadores do Direito e ciências afins, meios
eficazes de defesa contra o crime na modernidade, onde se encontram pontos positivos e negativos
relacionados ao mundo virtual. O surgimento dessas tecnologias trouxe muitos benefícios e
comodidade à sociedade atual, porém, em contra partida vem contribuindo com os elevados
índices de criminalidade, com a violência é também com a decadência moral que acabam
originando transtornos no mundo real.

Palavras-chave: Crime; Direito; Virtual.

1 INTRODUÇÃO

A Internet há muito tempo deixou de ser um mundo desconhecido aos olhos da


sociedade mundial, tornando-se fator social acessível a grande parte da humanidade, que como em
qualquer fato decorrente do convívio social, sempre existirá aquele que se aproveita da situação
para agir contra a sociedade.

Ferreira, (2000), argumenta que com o crescimento de atividades relacionadas a essa


área, vêm surgindo novos instrumentos que estão amplificando o modo de ação dos criminosos.

Essas descobertas tecnológicas vêm trazendo prejuízos à sociedade moderna que tem
lutado frequentemente contra a criminalidade, pois, estes fatores ainda são de complexa solução do
homem atual, onde o desequilíbrio social, educacional e moral continuam a preocupar o convívio
social.
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Com isso os crimes digitais têm crescido demasiadamente trazendo insegurança ao
mundo virtual, fator negativo que tem feito com que o Direito venha se adaptando a situações de
crimes virtuais.

2 CRIMES DIGITAIS

Crime, segundo a história, varia de acordo com a cultura da sociedade e a época


vivenciada, essas ações anti-sociais, que para nos atualmente são ponderados como crimes, antes
eram simples condutas de convivência social.

Pinheiro, (1997), argumenta que anteriormente ao sistema penal vigente, a sociedade


passou por diversos tipos de combate contra o crime, impondo penas, como, castigo, vingança,
penas de morte, e aqui também podemos citar a Lex Taliones, conhecida pelo jargão “Olho por
olho, dente por dente” que vem de 1780 a.C. Algumas dessas penas ainda aplicadas em países de
governos autoritários, mas nunca conseguiram impedir ou inibir a criminalidade.

O aparecimento da internet trouxe então certa liberdade à humanidade, conduta esta


nunca vista antes em outro momento da Historia. Jamais a sociedade mundial se comunicou, opinou
ou se expressou tão livre e rapidamente, obtendo todo esse conhecimento com apenas um ‘click’.

Ulrich Sieber, (2007), professor da universidade de Wurzburg e grande especialista no


assunto, afirma que o surgimento dessa espécie de criminalidade vem da década de 1960, onde
surgiram na imprensa e na literatura científica os primeiros casos de uso do computador para
práticas delituosas.

Portanto, não podemos confundir liberdade com libertinagem, já que a primeira,


conforme acima exposto, trata-se da liberdade de cada um agir de qualquer maneira não coibida por
lei. Já a segunda, é a manifestação conceitual dos atos cometidos pelos criminosos virtuais, fazendo
vitimas a todo o momento e oportunidade, escondidos sob a cortina segura do anonimato na web.
Racistas, nazistas, pedófilos, ladrões, preconceituosos, que se aproveitam do mundo virtual para
manipular, sabotar ou até mesmo espionar suas vitimas.

Nos últimos anos, vêm crescendo o número de atos abusivos via internet, porém, para a
identificação desses criminosos devemos levar em consideração a localização do autor, o meio
empregado, o objetivo, o resultado e os efeitos.
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O contexto é controverso quanto acerca da penalidade dos responsáveis, pois técnicas e
equipamentos sofisticados permitem manter o anonimato dos que se beneficiam da Internet para
atos criminosos, cuja responsabilidade, por hora, repousa indevidamente com os provedores de
acesso.

3 COMITÊ GESTOR DA INTERNET

No Brasil existe o Comitê Gestor da Internet - CGI.br criada para satisfazer a


necessidade existente de organizar, integrar e coordenar os serviços de internet no país, visando
uma melhor qualidade e eficiência nos serviços prestados, assegurando livre e justa concorrência e
garantindo a manutenção de adequados padrões de conduta de usuários e provedores.

Suas atividades são relacionadas às recomendações, ao procedimento operacional e


tecnológico da internet no Brasil, auxiliando na coordenação e atribuição de endereços, no registro
de nomes de domínios, coleta, organização e distribuição de informações sobre os serviços da
internet, incluindo aqui estatísticas e indicadores.

Recomenda-se, ainda, a adoção de algumas normas da internet, para auxiliar as pessoas


e impedir a prática de atos que impliquem na violação dos direitos dos internautas.

Beccaria, (2005), já discorreu que se desejas evitar os crimes, deves caminhar a


liberdade acompanhada das luzes. Pois se as ciências produzem malefícios é porque são pouco
difundidas, todavia, à proporção que se espalham as vantagens que proporcionam se tornam
maiores.

4 PREVENÇÃO

É preferível prevenir os delitos a ter de puni-los; e todo legislador sábio deve antes procurar
impedir o mal que repará-lo, pois uma boa legislação não é mais do que a arte de
proporcionar aos homens a maior soma de bem estar possível e livrá-los de todos os males
que se lhes possam causar. (BECCARIA, 2005, p. 101).

A criminalidade digital tem crescido em ritmo assustador, acompanhada do importante


avanço das novas tecnologias da comunicação e da informação e o aperfeiçoamento dos
computadores, que adentram na vida moderna de forma definitiva e hoje compõem os
computadores básicos dos negócios, da vida financeira, das pesquisas científicas, de lazer e de
quase todos os procedimentos necessários nas relações sociais.
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Este crescimento não somente exige uma reformulação da legislação, que tem se
mostrado inadequada para acompanhá-lo, mas também requer outras formas de providencias por
parte do Estado, dirigidas a sua apuração e repressão na forma mais eficaz possível.

Neste sentido, Roque, (2000), escrevendo sobre a investigação policial nessa área,
aponta as necessidades de uma preparação apropriada dos órgãos da justiça penal e das forças
policiais para essa tarefa, que deve contar com profissionais competentes e preparados para a
apuração da autoria e da execução dessas novas modalidades de delito.

Todavia, não somente devem os órgãos de segurança poder contar com pessoal treinado
e qualificado para as investigações especializadas que esse tipo de delito requer, mas também os
usuários devem tomar como procedimentos basilares, costumes como evitar a exposição de senhas,
elaborarem campanhas na mídia, nas escolas e até mesmo na internet, contra o abuso na exposição
ou invasão de sistemas, e também denunciar sites de pornografia infantil, escrever textos a respeito
e incentivar o uso de campanhas, ações estas necessárias para combater o crime digital.

Pois a ausência de previsão legal em legislação aplicável, as dificuldades na apuração da


autoria das condutas, bem como a atuação cada vez mais criativa dos infratores, estão a sugerir a
apreciação dos fatos também pelo prisma da ética, complementarmente a aplicação do Direito,
devendo-se para isso poder contar com a necessária colaboração dos provedores e usuários para a
consecução dos objetivos visados.

5 CONCLUSÃO

Porquanto no que se esperava dos avanços tecnológicos, e aqui falamos mais


especificamente da internet, para ajudar na formação dos cidadãos, informando-os, disponibilizando
conhecimento acessível, estes avanços por vezes também se transformaram em possibilidades para
abusos por parte de criminosos.

Pois na medida em que avançamos ao futuro, nos tornamos cada vez mais livres,
melhorando nosso conhecimento e comunicação, que são necessárias para a evolução da
humanidade. Conseqüentemente, resta a nós, cidadãos de direitos e obrigações, proteger esta
liberdade moderna, antes que o caos seja tamanho que teremos que ceder demasiado destas
conquistas para estabelecer novamente a segurança.
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6 REFERÊNCIAS

BECCARIA, C. Dos delitos e das penas. São Paulo: Martin Claret, 2005.

CGI. Quem Somos. Disponível em : <http://www.cgi.br/sobre-cg/definicao.htm>. Acesso em: 25


maio 2009

FERREIRA, I. S. et al. Direito & internet: aspectos jurídicos relevantes. São Paulo: Edipro, 2000.

MACHADO, A. Crimes digitais. Disponível em:


<http://oglobo.globo.com/blogs/andremachado/post.asp?
t=crimes_digitais&cod_Post=60518&a=134> . Acesso em: 25 maio 2009

PARSIFAL. Projeto de lei sobre crimes digitais. Disponível em:


<http://www.interconect.com.br/clientes/pontes/leituras/2009/crimes.htm>. Acesso em: 28 maio
2009

PINHEIRO, R.L; BEKHOR, H. G. 1000 perguntas: história do Direito. Rio de janeiro: Thex Ed,
1997.

ROQUE, S. M. Crimes de informática e investigação criminal. São Paulo: RT, 2000.

SIEBER, U; BRUNST, P. Cyberterrorism: o uso da internet para fins terroristas. Estrasburgo:


Conselho da Europa Ed, 2007.

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