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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI


PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO
DOCENTE: LÍVIA CARVALHO PEREIRA
DISCIPLINA: PUERPÉRIO

VICTOR HUGO ALVES MASCARENHAS

“O homem que conheceu o infinito”: resenha crítica

TERESINA-PI
2019
“O Estranho em Mim”: resenha crítica
Victor Hugo Alves Mascarenhas

O texto fílmico narra sobre a depressão pós-parto, com origem alemã, retrata
um dos distúrbios psiquiátricos do puerpério. Não há evidências sobre a idade
gestacional, mas há um foco sobre o parto. No momento em que seria realizado o
contato pele a pele da primeira hora de vida, há uma rejeição por parte materna.
Passada a dor do parto natural, sobressai o olhar vazio da mãe, um olhar angustiado
e uma impossibilidade de fazer com que suas mãos cheguem ao corpo do bebê.
Percebe-se ali, claramente, o conflito pulsional entre o desejo de acariciar o filho e sua
rejeição. É o ponto de partida para um movimento regressivo em direção a estados
narcísicos e psicóticos. Não há um reconhecimento do filho, ele não lhe faz parte, não
lhe diz respeito.
Em seu processo de regressão, Rebecca, a mãe, não só retira todo o anseio
sobre o filho, como também do marido, do trabalho, enfim, das coisas que a cercam.
A regressão avança, e ela chega a, num momento em que está banhando seu filho
numa banheira, deixar que o pequeno corpo do bebê afunde lentamente na água. Em
outra cena mais chocante, Rebecca está na cozinha, lidando com legumes, enquanto
o bebê está em seu apoio em cima do balcão, virado para ela. Quando, em certo
momento, seus olhares se cruzam, ela num movimento, vira o bebê de lado e depois
o leva para outro ambiente.
Trata-se de um caso clássico de depressão pós-parto como descrito na
literatura científica. Constitui-se de um quadro psicótico extremamente angustiante,
que pode levar ao óbito do bebê ou da própria mãe. Mas, o drama se torna ainda
maior quando sabemos que, se o bebê não encontrar, em outras pessoas, o cuidado
necessário para enfrentar seu desamparo, estará em curso um processo de
psicotização dessa criança, devido à falta do toque e olhar da mãe.
De acordo com a revisão sistemática desenvolvida por Falana e Carrington
(2019), a avaliação de mulheres para depressão pós-parto deve ser iniciada no pré-
natal, indo além do puerpério. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento
dessa patologia podem ser elencados: predisposição genética para depressão antes
da gravidez, ansiedade em qualquer momento da vida, renda familiar, gravidez
indesejada, uso de drogas, nível educacional e a ausência de uma rede de apoio.
Depois de determinar o histórico familiar, o profissional deve estar ciente que as novas
mães que apresentam 5 ou mais sintomas como ansiedade, depressão, uma
diminuição significativa na participação em atividades desejáveis, distúrbios do sono
(além dos cuidados com o bebê), sentimentos de inutilidade, mudanças de apetite,
diminuição da concentração, ideação suicida e psicose podem exigir que o profissional
encaminhe o paciente para uma consulta de saúde mental.
Após o diagnóstico, é importante que os profissionais encaminhem qualquer
paciente considerado de alto risco a um profissional de saúde mental para tratamento
posterior. Se a paciente relatar pensamentos ou tentativas de suicídio em sua própria
vida, é de responsabilidade do profissional encontrar transporte para esse paciente
para o departamento de emergência mais próximo para tratamento imediato,
garantindo assim que a mãe não fique mais sozinha até que seja considerada segura.
ela e os outros por um provedor. O tratamento possui dois objetivos: saúde e bem-
estar da mãe e cuidados e nutrição do bebê. A enfermagem contribui positivamente
para auxiliar na triagem, tratamento e encaminhamento de gestantes, principalmente
por ter contato direto com a sociedade (ŠEBELA; HANKA; MOHR, 2019).
REFERÊNCIAS

FALANA, S. D.; CARRINGTON, J. M. Postpartum Depression: Are You Listening?.


Nursing Clinics, 2019, 54.4: 561-567.

ŠEBELA, A.; HANKA, J.; MOHR, P. Diagnostics and modern trends in therapy of
postpartum depression. Ceska gynekologie, n.84, p.1- 68, 2019.

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