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T

erra (eletricidade)
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Nota: Para outros significados de Terra, veja Terra (desambiguação).

Instalação domiciliar com ligação ao terra.

Terra ou massa são conceitos usados nos campos da electricidade e da electrónica como ponto de
referência para um potencial elétrico de 0 volt. De acordo com o tipo de instalação, esta referência pode
conter uma função específica.

Índice
[esconder]

• 1 Introdução
o 1.1 Definição
o 1.2 Fio Terra
o 1.3 Massa
• 2 Sistemas de aterramento
• 3 Esquemas de aterramento
• 4 Necessidade de aterramento
• 5 Referências

• 6 Ver também

[editar] Introdução
[editar] Definição
Em Física, um terra elétrico é um ente idealizado, capaz de fornecer ou absorver a quantidade de carga
elétrica (partículas carregadas) que se fizer(em) necessária(s) à situação sem, entretanto, alterar quaisquer
de suas propriedades elétricas, mostrando-se sempre eletricamente neutro ao ambiente que o cerca.

Conforme definido, o terra elétrico (ideal) é um ente utópico pois, pelas Leis do Eletromagnetismo,
qualquer corpo inicialmente neutro que venha a adquirir ou perder partículas igualmente carregadas
acabará, obrigatoriamente, eletricamente carregado.

Na prática tem-se, entretanto, excelente aproximação para tal ente: em virtude de seu tamanho, forma e
composição, e em acordo com as leis do eletromagnetismo, o planeta Terra mostra-se para a maioria dos
casos - para não se dizer em todos - como um excelente terra elétrico, sendo isto verdade em virtude dos
seguintes fatores:

• a Terra apresenta dimensões e massa extravagantes quando comparadas às demais dimensões e


massas envolvidas nos problemas elétricos em consideração - a exemplo, as dimensões e massa de
um laboratório, ou mesmo as de uma tempestade;

• a Terra é praticamente esférica, e os materiais que a compõem lhe conferem razoável


condutividade elétrica, sendo esta, para os casos práticos em consideração, uma "enorme esfera
condutora";

• conforme as leis do eletromagnetismo, o equilíbrio eletrostático de cargas em esferas condutoras


exige que todas as cargas estejam em sua superfície, formando uma distribuição simétrica de
cargas; as cargas permanecem na superfície, sendo este o princípio de funcionamento do Gerador
de Van de Graaff;

• em virtude da quantidade de carga envolvida e da extensão da superfície terrestre, a densidade


superficial de cargas na superfície da Terra será muito pequena, mesmo nas situações reais onde
enormes quantidades de carga são transferidas à Terra em virtude do fenômeno em consideração,
o que leva a campos elétricos desprezíveis em sua superfície;

• a carga remanescente em um corpo inicialmente carregado após contato com a Terra é - em


praticamente todas as situações - desprezível (nula), pois esta depende da relação de tamanhos
(raios) entre o objeto e a Terra (matematicamente visível ao equalizar-se os potenciais das duas
"esferas");

• conforme demonstrado por Isaac Newton para o caso gravitacional - e em consequência para o
elétrico, pois ambas as forças obedecem à lei do inverso do quadrado da distância -, distribuições
esfericamente simétricas de massa - ou carga - mostram-se para observadores externos à mesma
como se toda a massa - ou carga - estivesse concentrada no centro da referida esfera (veja que, em
consequência, o raio da Terra é usado no cálculo da aceleração da gravidade em sua superfície ou
o raio da esfera carregada no cálculo do potencial eletrostático na superfície desta);
• a Terra tem um raio de aproximadamente 6300 Km, de forma que qualquer carga elétrica
"aterrada" se mostra para observadores em sua superfície como se as mesmas estivessem a uma
distância de aproximadamente 6300 Km dos mesmos (uma distância muito considerável).

• os efeitos elétricos produzidos pelas cargas adquiridas pela Terra em pontos de observação em sua
superfície decaem não com a distância mas sim com o quadrado desta, de forma que tais efeitos
mostram-se totalmente desprezíveis nos citados pontos, sendo a Terra, portanto, essencialmente
"neutra" para estes observadores.

Dos itens expostos conclui-se que, essencialmente, não haverá carga remanescente em objetos
(condutores) que, inicialmente carregados e mantidos longe de outros objetos carregados, encontrem-se,
então, aterrados, e que a Terra mostra-se essencialmente neutra à estes observadores mesmo após receber
ou ceder cargas elétricas aos citados referenciais.

A Terra satisfaz, por excelente aproximação, a todos os requisitos na definição de um Terra Elétrico,
sendo portanto excelente aproximação de um Terra Elétrico para a grande maioria dos fenômenos
elétricos que ocorrem em sua superfície (ou acima dela).

Vale ressaltar que, em acordo com a definição, um corpo condutor inicialmente carregado e afastado de
outros corpos também eletricamente carregados tornar-se-á eletricamente neutro ao entrar em contato
com o Terra Elétrico. Entretanto, se houver um corpo eletricamente carregado (um indutor) próximo ao
condutor aterrado, este não ficará neutro em virtude de um fenômeno elétrico conhecido por Eletrização
por indução, fenômeno no qual o terra elétrico mostra-se, agora, indispensável para se carregar o corpo
aterrado (o induzido), que no caso da eletrização por indução encontrar-se-ia, antes, neutro.

[editar] Fio Terra

Símbolo de terra

É o condutor elétrico (fio) cuja função é conectar à Terra - ou seja, ao Terra Elétrico - todos os
dispositivos que precisarem utilizar seu potencial como referência ou valer-se de suas propriedades
elétricas.

O fio terra, uma vez que encontra-se sempre neutro e (teoricamente) presente em todo circuito elétrico, é
sempre tomado como ponto de referência para a medida de potenciais, sendo a ele atribuído, então, o
potencial de zero volts. A necessidade de tal referência fundamenta-se no fato físico de não haver, a rigor,
sentido no termo "potencial elétrico de um ponto", pois, em Física, define-se apenas a diferença de
potencial (ddp) entre dois pontos.

Ao falar-se em potencial de um ponto subentende-se implicitamente a diferença de potencial entre o


ponto em questão e um ponto de referência previamente escolhido, ao qual usualmente atribui-se o
potencial de zero volts. A rigor qualquer ponto do circuito pode ser tomado como referência para a
medida de potenciais dos demais pontos, mas, visivelmente, o terra elétrico é, em praticamente todos os
casos, a melhor opção.

Em sistemas de potência, o terra possui as funções de:

• Referência elétrica para a tensão,


• Referência para sistemas de proteção,
• Escoamento de excesso de carga (e energia), proveniente de sobrecargas e sobretensões (através
de supressores de surto),
• Proteção de pessoal e equipamentos, por equipotencialização do solo,
• Transmissão de energia em modo monopolar, como em transmissão em corrente contínua ou
distribuição rural.

Diz-se que um dispositivo está "aterrado" quando está conectado ao condutor designado à função de
aterramento - o terra do circuito.

O termo terra é, às vezes, usado como sinônimo de referencial de um circuito, embora nesse caso não haja
conexão direta ao solo.

[editar] Massa

É qualquer corpo condutor de eletricidade que não tenha necessariamente função elétrica/eletrônica no
circuito, sendo normalmente conectado ao terra por motivos de segurança.

[editar] Sistemas de aterramento


Um sistema de aterramento é um conjunto de condutores enterrados, cujo objetivo é realizar o contato
entre o circuito e o solo com a menor impedância possível. Os sistemas mais comuns são hastes cravadas
verticalmente, condutores horizontais ou um conjunto de ambos.

A forma de aterramento mais completa é a malha de terra, composta de condutores horizontais formando
um quadriculado, com hastes cravadas em pontos estratégicos. As malhas são amplamente usadas em
subestações. Além das funções descritas anteriormente, as malhas de terra devem assegurar que os níveis
de tensão de toque e de passo sejam inferiores ao risco de morte por choque.

O copperweld é um material típico em sistemas de aterramento, consistindo em uma alma de aço


revestida por uma camada de cobre. Como formas de conexão são usadas conexões mecânicas e soldas de
campo, estas sendo as mais recomendadas.

Um aterramento bem projetado possui uma impedância típica entre 1 e 10 Ω, encontrando-se em grandes
subestações valores bem abaixo de 1 Ω. Em certas locações, como em solos muito secos ou rochosos, é
praticamente impossível alcançar estes valores, no qual o projetista deve conviver e traçar alternativas.

A resistência de aterramento é muito dependente da constituição do solo, sua umidade e temperatura,


pontanto pode apresentar grandes variações ao longo do ano. Ainda, pressões devido a equipamentos
pesados e até abalos sísmicos podem romper os cabos do sistema de aterramento, sendo necessário
inspeções regulares.

A resistência de aterramento também pode apresentar variações de acordo com a frequência e intensidade
das correntes injetadas, como por exemplo, para correntes de corrente contínua, a frequência industrial ou
a alta frequência[1], comunente presentes em descargas atmosféricas. Níveis elevados de energia em um
aterramento pode provocar fenômenos de ionização do solo (havendo similaridade ao efeito corona), além
do aquecimento natural dos cabos e das juntas.

[editar] Esquemas de aterramento


Segundo a norma brasileira NBR 5410, que trata de instalações elétricas de baixa tensão, existem os
seguintes esquemas de aterramento:

• TN-S - Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra) e neutro encontram-se


conectados em um mesmo ponto na alimentação do circuito, porém distribuídos de forma
independente por toda a instalação.

• TN-C-S - Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra) e neutro encontram-se


conectados em um mesmo ponto na alimentação do circuito e distribuídos em parte da instalação
por um único condutor (que combina as funções de neutro e terra) e em outra parte desta mesma
instalação através de dois condutores distintos.

• TN-C - Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra) e neutro encontram-se


conectados em um mesmo ponto na alimentação do circuito e distribuídos por um único condutor,
combinando as funções de neutro e terra por toda a instalação.

• TT - Esquema em que o condutor neutro é aterrado em um eletrodo distinto do eletrodo destinado


ao condutor de proteção elétrica. Desta forma as massas do sistema elétrico estão aterradas em um
eletrodo de aterramento eletricamente distinto do eletrodo de aterramento da alimentação.

• IT - Esquema em que as partes vivas são isoladas da terra ou o ponto de alimentação é aterrado
através de uma impedância. As massas são aterradas ou em eletrodos distintos para cada uma
delas, ou em um eletrodo comum para todas elas ou ainda partilhar do mesmo eletrodo de
aterramento da alimentação, porém não passando pela impedância.

[editar] Necessidade de aterramento


As cargas elétricas podem ser negativas ou positivas e sempre procuram um caminho para encontrar
cargas contrárias. A circulação dessas cargas elétricas, através de uma conexão à terra, evita que a
corrente elétrica circule pelas pessoas, evitando que elas sofram choques elétricos. A existência de um
adequado sistema de aterramento também pode minimizar os danos em equipamentos, em casos de curto-
circuitos.

Todo circuito elétrico bem projetado e executado deve ter um sistema de aterramento. Um sistema de
aterramento adequadamente projetado e instalado minimiza os efeitos destrutivos de descargas elétricas (e
eletrostáticas) em equipamentos elétricos, além de proteger os usuários de choques elétricos[2].

Para isto, as tomadas são dotadas de três pinos, dois dos quais são fase ou fase e neutro, e o terceiro,
isolado dos primeiros, é o terra. O aspecto físico varia conforme o padrão. Nos Estados Unidos, o padrão
é dois pinos chatos e paralelos (fase e neutro) e um pino redondo (terra). Em Portugal, usa-se o padrão
europeu em que todos os pinos são redondos. No Brasil, existe um novo padrão em fase de implantação,
com todos os pinos redondos, embora diferente do padrão europeu. O padrão americano ainda é
amplamente usado no Brasil, embora as normas prevejam a sua substituição nos próximos anos.

Um erro muito comum é a conexão do fio terra ao neutro que tem função diferente. Este procedimento,
em vez de proteger, pode agravar os riscos.

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