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alteridade e
experiência:
metodologias minúsculas
Copyright © 2019 Adrianne Ogêda Guedes & Tiago Ribeiro
Copyright © 2019 Ayvu
11 Prefácio
Marisa Vorraber Costa
15 Apresentação
Tiago Ribeiro
Adrianne Ogêda Guedes
Capítulo 1
19 Revelar-se ou ocultar-se?
apontamentos para pensar
a pesquisa educativa
Adrianne Ogêda Guedes
Tiago Ribeiro
Capítulo 2
47 A pesquisa em círculos tecida:
ensaios de metodologia errante
Luciana Esmeralda Ostetto
Capítulo 3
73 Linhas, tramas, cartografias e dobras:
uma outra geografia nos cotidianos
das pesquisas
Eduardo Simonini
Capítulo 4
93 Cartas e conversações:
uma experiência de “pesquisaescrita”
na diferença
Daiana Pilar Andrade de Freitas Silva
Anelice Ribetto
Capítulo 5
113 A pesquisa narrativa:
uma abordagem teórico-metodológica sobre
o silêncio do existir e o mistério da palavra
Iduina Mont’Alverne Chaves
Marcio Mori
Capítulo 6
149 A autoetnografia como modo de habitar
sensibilidades e sentidos da
investigação narrativa
Luis Porta
Jonathan Aguirre
Capítulo 7
187 Infâncias, cidades, (in)visibilidades:
metodologias de pesquisa em construção
Rita Marisa Ribes Pereira
Fernanda de Azevedo Milanez
Juliana Botelho Viegas
Capítulo 8
217 Experienciar o pensar, pensar a experiência:
notas sobre um coletivo de
pesquisa em educação
Walter Kohan
Simone Berle
Capítulo 9
251 Sobre o tempo da pesquisa e a
importância da observação
Ana Angélica Albano
Capítulo 10
263 Por uma escola almada:
o corpo brincante e a educação
para a sensibilidade
Rosane Barbosa Marendino
Tania Marta Costa Nhary
Capítulo 11
277 Caminhar entre a pesquisa e a educação:
um exercício e algumas notas em favor do
caráter acontecimental do pensamento
André Bocchetti
Teresa Gonçalves
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Prefácio
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adrianne ogêda guedes & tiago ribeiro (orgs.)
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Apresentação
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Revelar-se ou ocultar-se?
apontamentos para pensar
uma pesquisa educativa
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Afirmamos, ensinados pelo mestre Paulo Freire, que nosso norte
é o sul. Tal assertiva se alinha às discussões dos estudos decolo-
niais latino-americanos e das epistemologias do Sul (Santos, 2013),
que põem em questão o Norte como metáfora bem como sua reifi-
cação como lugar de saber e poder em detrimento de tantas outras
formas de ser, estar, habitar e conhecer no mundo e com o mundo.
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Mantemos na primeira pessoa do singular pelo fato de a experi-
ência se referir a apenas um dos autores do texto.
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Professora da Universidade Federal Fluminense e do Programa de
Pós-graduação em Educação da mesma universidade. Doutora em
Educação pela Unicamp. Coordenadora do FIAR - Círculo de estudos
e pesquisa formação de professores, infância e arte (Faculdade de
Educação UFF).
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Referências
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Linhas, tramas,
cartografias e dobras
uma outra geografia nos
cotidianos das pesquisas
Eduardo Simonini1
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Psicólogo, Mestre em Psicologia Social, doutor em Educação, pro-
fessor adjunto no departamento de Educação da Universidade Fe-
deral de Viçosa/MG. Email: simonini198@gmail.com
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Prática artística oriental em que figuras, objetos e paisagens to-
mam forma a partir das dobraduras feitas em uma folha de papel.
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Palimpsesto designa um pergaminho ou papiro cujo texto foi
raspado para permitir a reutilização. Sendo um texto que contém
vestígios de outro, temos que num palimpsesto os textos se sobre-
põem, formando camadas narrativas.
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Referências
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Cartas e conversações
uma experiência de pesquisaescrita
na diferença
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Coletivo “Diferenças e Alteridade na Educação” é um coletivo
criado em 2011 que, atualmente, reúne professores da escola bási-
ca, professores e estudantes da Faculdade de Formação de Profes-
sores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, gestores das
redes públicas de ensino e famílias de alunos ditos “pessoas com
deficiências”. No coletivo desenvolvemos projetos de pesquisa, de
ensino e de extensão vinculados ao Departamento de Educação
(http://www.ffp.uerj.br/) e ao Programa de Pós-Graduação em Edu-
cação: Processos Formativos e Desigualdades Sociais da Faculda-
de de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (http://ppgedu.org/). Disponível em: <https://www.fa-
cebook.com/pg/Coletivo-DiFeren%C3%A7as-e-Alteridade-na-Edu-
ca%C3%A7%C3%A3o-272571673092768/about/?ref=page_internal>.
Acesso em: 30 mai. 2017
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As cartas e as conversações
O modo como a dissertação foi composta diz res-
peito a uma tomada de posição onde nos colocamos
politicamente implicadas. Assim, na experiência da
pesquisaescrita transitam algumas cartas escritas a
uma amiga e também outras conversações. Ambas
produzidas em meio ao desejo pelos encontros:
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Querida amiga,
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Um grande abraço,
Daiana Pilar.
(Silva, 2018, p. 43).
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De acordo com o estabelecido pela ABNT, na NBR 6023, item 8,7.5,
utilizamos nesta citação a localização (l.) e não a paginação (p.)
por se tratar de citação retirada de livro digital com paginação ir-
regular (p.i).
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Uma carta...olhos
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Escutei...
Ensaiei o deixar os ouvidos ao longo do cami-
nho...
Prescindir-me do conhecido...
Skliar ainda coloca que talvez a escuta não seja
um gesto destes tempos, no caso se refere aos tempos
de produtividade onde o falar está destinado a conse-
guir adeptos, entronizar-se, entre outros. Sugere que
precisamos ouvir exercitando a alteridade, o que sig-
nifica um estranhar, um perturbar, um alterar. E é o
encontro com o outro que permite esse estranhar, ou
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Referências:
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A pesquisa narrativa
uma abordagem teórico-metodológica
sobre o silêncio do existir e o
mistério da palavra
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo apresen-
tar a contribuição da narrativa para nossa capacida-
de de pensar/ponderar sobre questões e problemas
educacionais, uma vez que a função da narrativa é a
de fazer nossas ações inteligíveis para nós mesmos e
para os outros. O interesse em narrativa – como um
modo de conhecimento – advém do fato de ela explo-
rar o sentido da sua importância como um meio de:
(1) informar a pesquisa e a prática educacionais; (2)
explorar e proporcionar aos professores a possibili-
dade de refletir sobre suas ações e, ao mesmo tempo,
1
Doutora em Educação pela USP. Professora Adjunta da Univer-
sidade Federal Fluminense e do Programa de Pós-Graduação em
Educação na mesma universidade.
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Doutor em Educação pela UFF. Professor do Centro Universitário
Carioca (UNICARIOCA).
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Introdução
[…] as narrativas formam um marco dentro do qual se
desenvolvem nossos discursos acerca do pensamento e
a possibilidade do homem e proveem a coluna vertebral
estrutural e funcional para muitas explicações especí-
ficas de certas práticas educativas. Os relatos contri-
buem para fortalecer nossa capacidade de debater sobre
1
Tradução: Rafael de Souza (SME-RJ) e Tiago Ribeiro (CAp-INES).
2
Docente investigador da Faculdade de Humanidades da Univer-
sidade Nacional de Mar del Plata, Argentina. Doutor em Filosofia e
Ciências da Educação. Professor Titular da disciplina “Problemáti-
ca Educativa” da Faculdade de Humanidades, UNMdP, categoria 1.
Membro da Carreira de Pesquisador Científico de CONICET, catego-
ria independente. Dirige o Centro de Investigações Multidiscipli-
nares em Educação (CIMED/ UNMdP).
3
Doutor em Humanidades e Artes com menção em Educação
(UNR). Bolsista de Doutorado do CONICET. Especialista em Docên-
cia Universitária (UNMdP). Desenvolve suas funções docentes na
cátedra “Problemática Educativa” e “Sociologia da educação” da
Faculdade de Humanidades da Universidade Nacional de Mar del
Plata. É membro do Centro de Investigações Multidisciplinares em
Educação (CIMED/ UNMdP).
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A categoria viagem odisseica é nativa das investigações reali-
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Recuperado da Conferência de Abertura A narrativa biográfica
como miscelânea de significações e cristalização de sentidos, mi-
nistrada pelo Dr. Luis Porta, no marco da II Fábrica de Ideias (His-
tórias e práticas) realizadas na cidade de Mar del Plata (Argenti-
na), nos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2017.
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Infâncias, cidades,
(in)visibilidades
metodologias de pesquisa em construção
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Licenciada em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas.
Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro. Professora da Faculdade de Educação da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro. Coordenadora do Grupo de Pesquisa
Infância e Cultura Contemporânea. Pesquisadora 2 do CNPq.
2
Licenciada em Pedagogia. Mestre e doutoranda pelo Programa de
Pós Graduação em Educação da UERJ - PROPED. Bolsista FAPERJ.
Membro do Grupo de Pesquisa Infância e Cultura Contemporânea.
3
Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Univer-
sidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Mestranda pelo Pro-
grama de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro (ProPEd – UERJ), bolsista do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Integrante do
Grupo de Pesquisa Infância e Cultura Contemporânea (GPICC).
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Infância: fisiognomias
Que infâncias se tornam perceptíveis nessas
condições? Que outras permaneceram invisíveis? Que
fazer para torná-las presentes? Promover um deslo-
camento no lugar que ocupamos como pesquisadores
mostrou-se, para nós, como o novo desafio de pesqui-
sa a ser enfrentado. Deslocamento no sentindo de sair
do lugar de quem interpela as crianças para ocupar o
lugar de quem se deixa afetar e experimentar, então,
estar atento sem intervir objetivamente, renunciando
à postura de que ele, o pesquisador, tem a obrigatorie-
deslocamentos”.
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1
Valdrada Centenário
Construída palavra sobre palavra em Cidades In-
visíveis, de Ítalo Calvino, Valdrada se nos apresenta
como a primeira cidade de “As Cidades e os Olhos”, na
vizinhança de outras tantas cidades também batiza-
das femininamente, com seus mistérios que se des-
vendam a cada passeio por esse livro-lugar. Deixando
para trás qualquer topografia única, Valdrada, que se
ergue à beira de um lago, faz com que os viajantes
e moradores se imprimam todo o tempo imersos em
duas cidades: uma perpendicular em volta do lago e
outra refletida de cabeça para baixo, onde o que se
dá de importância numa é o oposto daquilo que se
dá a ver na outra. Assim também com as pessoas
que por lá circulam que, em toda experiência vivida,
deixam aos seus olhos de turistas e de valdradien-
ses o reflexo que é, ao mesmo tempo, assimétrico e
correspondentemente invertido. Suspeita-se que os
gestos narcisos e aprisionados tenham um único e
breve lampejo de liberdade, no único instante em que
a união das duas cidades se desfaz: no movimento na
Valdrada d’água, que, com a mais tenra brisa, lembra
a cada morador da Valdrada seca que sua imagem es-
pecular vive e se move em outra direção.
Centenário, como Valdrada, é um lugar-espelho
que reflete sua imagem na também conhecida San-
ta Cruz. Ou é Santa Cruz que reflete Centenário. Lo-
caliza-se territorialmente no Distrito de Campo do
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Quando chegar lá...
Início de tarde de uma sexta-feira da paixão, em
um trem do Ramal Santa Cruz, uma família ocupa
um banco: duas irmãs, um irmão e um pai. Estação
Santíssimo. A filha mais nova pergunta ao pai se está
andando em um trem bala que desliza sobre o esgo-
to. O pai, emudecido, não responde. Estação Senador
Camará.
Todos querem chegar rápido em algum lugar:
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– Pai, tá chegando?
– Quem dera!
“Estação Bangu”.
As crianças se impressionam com a oferta de
produtos que circulam nos vagões...
– Leva dez balas por um real.
– Dois bombons me paga um.
– Dois amendoins é um real.
–Olha a batata, olha a batata! Quer batata?
– Aquela boneca para presentear seu filho, né, ba-
cana?!
– De dez a quinze lá fora, hoje me paga cinco.
Quem quer salame?
“Estação Guilherme da Silveira”.
Ajoelhada no banco, na última janela do último
vagão do trem, a irmã mais nova se impressiona com
a dimensão da praça do bairro.
– Olha o tamanho disso!
A mais velha segue, quase imóvel, sentada de
pernas cruzadas ao lado dos irmãos.
“Estação Mocidade de Padre Miguel” Os três ir-
mãos decidem brincar juntos de forma barulhenta, o
pai jura nunca mais levá-los para andar de trem nem
comprar bala para eles. A mais nova, de joelhos rala-
dos e sorriso no rosto, acena para todos que estão pa-
rados na plataforma à espera da abertura das portas
do vagão. O mais novo, ainda se atrapalhando com a
fala, repete incessantemente a palavra “porrada”, en-
quanto simula uma arma com as pequenas mãos.
“Estação Magalhães Bastos”.
Uma jovem flautista embarca no trem vestin-
do roupas chamativas e rouba a atenção de todas as
crianças entre zero e cem anos.
“Estação Vila Militar”.
Irmã mais velha briga com o irmão mais novo,
que se queixa com o pai. O mesmo responde:
– Não vou me meter, vocês que se resolvam so-
zinhos.
Três segundos depois, o pai muda de lugar e se
senta entre as crianças para evitar brigas.
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A cidade que se muda das pessoas
Mal o dia começava quando a vi pela primeira
vez. Trocava o pijama estrelado com que passara a
noite e listava, orgulhosa, os muitos desenhos do ves-
tido que terminava de ajeitar enquanto a mãe pentea-
va os seus cabelos: “tem bola, tem gato, tem cachorro,
tem princesa!”. O pai, silencioso e ágil, escutava o te-
lejornal num pequeno celular enquanto desmontava
o quarto da família: um colchão de casal posto sobre
uma pequena carroça. Foi tudo o que pude ver no bre-
ve instante em que passei. Ao retornar, poucos minu-
tos depois, já não estavam lá.
No dia seguinte, já saí de casa desejosa de re-
encontrá-la. E lá estava ela, no carrinho, arrulhando
mais que passarinho, toda arrumada e com uma bo-
neca na mão. O pai desfazia, mais uma vez, o quarto
da família; a mãe ajeitava os lençóis numa sacola e
guardava sob a carroça. Mais que isso não pude ver,
embora tivesse diminuído o passo para expandir o
instante. Minha rotina de acompanhar o filho que ia
para a escola até o ponto do ônibus passou a marcar
os meus encontros com ela, aquela vizinha tão pe-
quena que tinha uma esquina inteira para ser sua
casa – uma casa que, como num passe de mágica, se
desfazia. Ao voltar do ponto do ônibus, percebi que
não estavam mais. Nada naquela esquina contava
que uma família (sagrada família?) passara a noite
ali. Nenhum rastro. O comércio, indiferente àquela
esquina, ensaiava abrir suas portas. A loja de col-
chões lembrava que “um terço da sua vida você passa
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Referências
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João Editores, 2010.
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Fontes, 2003.
BENJAMIN, W. A hora das crianças: narrativas radiofônicas
de Walter Benjamin. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2015.
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Experienciar o pensar,
pensar a experiência
notas sobre um coletivo de
pesquisa em educação
Walter Kohan1
Simone Berle2
Os modos da pesquisa
Existem muitas maneiras de se fazer pesquisa.
É possível que, em educação, por lidarmos de forma
muito intensa com a complexidade de relações huma-
nas, tenhamos o privilégio e a possibilidade de expe-
rimentarmos esses caminhos de formas não apenas
diversas, mas também previsíveis. Desencadeamos
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pesquisa, alteridade e experiência – metodologias minúsculas
O NEFI e a pesquisa
A pesquisa apresenta-se para nós como ato edu-
cativo de aprender a compor, com outrxs, um caminho
no pensamento e na vida. Quando a pesquisa é educa-
tiva, os efeitos educacionais se multiplicam, reunindo
uma complexidade de relações entre universidade e es-
cola, crianças e adultos, plural e singular, coletivo e in-
divíduo, social e cultural. Desde nossa perspectiva, es-
sa composição comporta um diálogo entre muitas vo-
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4
Sobre a edições do NEFI, cf.: www.filoeduc.org.
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O projeto é desenvolvido em escolas da rede municipal de edu-
cação do município de Duque de Caxias, no Estado do Rio Janeiro,
desde 2007. Uma descrição do projeto pode ser encontrada em: A
escola pública aposta no pensamento (KOHAN; OLARIETA 2012).
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Termo grego que se traduz justamente por exercício, prática.
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Referências
BENJAMIN, W. O colecionador. In: . Passagens. Belo
Horizonte: Ed. UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial, 2008.
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têntica, 2013.
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ra da Unesp (FEU), 1999.
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de Michel Foucault: do humanismo ao cuidado de si. 2012.
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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
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em Educação) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2014.
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Lisboa: Passagens, 1992. p. 126-160.
. A coragem da verdade. São Paulo: Wmf Martins
Fontes, 2015.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a
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. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra,
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GAIVOTA, D. Poética do deslocamento: nomadismo, diferen-
ça e narrativa na escola-viagem. Rio de Janeiro: NEFI, 2017.
GALLO, S. Deleuze e a educação. Belo Horizonte: Autêntica,
2013.
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Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo
(1995). Professora livre docente da Faculdade de Educação da Uni-
versidade Estadual de Campinas/Unicamp, pesquisadora do Labo-
ratório de Estudos sobre Arte, Corpo e Educação da Unicamp (La-
borarte). Diretora do Museu de Artes Visuais da Unicamp (desde
2014) e diretora associada (2012-2014). Membro do Focus Group for
Creativity in Education, da Fundação Marcelino Botín, Santander/
Espanha (2009-2014) e do Imagination and Education Research
Group (IERG) – Simon Fraser University/Canadá (desde 2003).
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Uma constelação13:
13
Maria Carolina Duprat Ruggieri.
14
Alexandre Randi.
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Referências
ALBANO, A. A. Tuneu, Tarsila e outros mestres: uma história
de iniciação. 1995. Tese (Doutorado em Psicologia) - Univer-
sidade de São Paulo, São Paulo, 1995.
. A. Tuneu, Tarsila e outros mestres…: o aprendizado
da arte como um rito de iniciação. São Paulo: Plexus, 1998.
ALBANO, A. A. Histórias de iniciação na arte. Em Aberto, v.
21, n. 77, 2007.
ALBANO, A. A. O aprendizado que vem das fontes. In: OS-
TETTO, L. E. (org.). Danças circulares na formação de profes-
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temporâneas, 2014.
CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Diccionario de los símbo-
los. Barcelona: Herder, 1988.
ESCOBEDO, J. C. Diccionario enciclopedico de la mitologia.
Barcelona: De Vecchi, 1985. p. 383.
GABILK, S. Conversations before the end of time. New York:
Thames and Hudson, 1995.
GAILLARD, C. Jung e a arte. Pro-Posições, v. 21, n. 2(62), 2010.
GAMBINI, R. Com a cabeça nas nuvens. Pro-Posições, v. 21,
n. 2(62), 2010.
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Iniciando a convetsa
A alma de nossa civilização depende da civilização
de nossa alma. A imaginação de nossa cultura clama
por uma cultura da imaginação
– J. Hillman.
3
A noção de trajeto antropológico, segundo Gilbert Durand, diz res-
peito ao incessante intercâmbio existente, ao nível do imaginário,
entre as pulsões subjetivas e assimiladoras (internas, latentes) e
as intimações objetivas (externas, patentes) que emanam do meio
cósmico e social (Durand, 1993).
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4
Poiesis é entendida aqui no viés do pensamento aristotélico que
remete ao sentido de produção criadora, visto que, para esse pen-
sador, a criação e a poesia têm o significado equivalente por com-
partilharem a mesma origem.
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Referências
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educacional nas aventuras de Pinochio. Revista Educação e
Emancipação, v. 6, n. 1, 2013.
BACHELARD, G. A poética do devaneio. São Paulo: Martins
Fontes, 1988.
BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médi-
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DELEUZE, G. Diferença e repetição. São Paulo: Graal, 2006.
DURAND, G. A imaginação simbólica. Lisboa: Edições 70,
1993.
HILLMAN, J. O código do ser: uma busca do caráter e da vo-
cação pessoal. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultu-
ra. 5ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.
JUNG, C. G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2008.
MARENDINO, R. B. Re-vendo a Psicologia na escola: pelo
cultivo da alma na educação. 2011. Tese (Doutorado em Edu-
cação) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2011.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. 4ª ed. Lis-
boa: Instituto Piaget, 1990.
NHARY, T. M. C. A cultura lúdica na escola e o corpo ima-
275
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Caminhar entre a
pesquisa e a educação
um exercício e algumas notas em favor do
caráter acontecimental do pensamento
André Bocchetti1
Teresa Gonçalves2
1
Professor adjunto da Faculdade de Educação da Universidade Fe-
deral do Rio de Janeiro e docente colaborador no Programa de Pós-
Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública na Univer-
sidade Federal de Juiz de Fora. Mestre e Doutor em Educação pela
Universidade de São Paulo.
2
Professora adjunta da Faculdade de Educação e do Programa de
Pós-Graduação em Educação da UFRJ. Doutora em Educação e So-
ciedade pela Universidad de Sevilla.
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Algumas caminhadas
Os exercícios de caminhada têm sido propostos
anualmente, desde 2015, abarcando grupos de estu-
dantes de graduação distintos. Em todas as versões da
atividade, estiveram presentes estudantes que cursa-
vam as disciplinas de Pesquisa Educacional e Educa-
ção Brasileira ministradas por nós, nos cursos de Pe-
dagogia e Licenciatura. A primeira versão da proposta
contou, também, com participantes das disciplinas
de Pedagogia Empresarial e Didática; à segunda tur-
ma somaram-se os graduandos inscritos em Questões
Éticas em Educação. As caminhadas com o primeiro
grupo ocorreram no segundo semestre de 2015, com
mais de 80 estudantes. No ano seguinte eram cerca
de 40 participantes nas atividades, desenvolvidas no
primeiro semestre letivo. Em 2017, novamente nos
meses iniciais do calendário acadêmico, foram apro-
ximadamente 60 graduandos envolvidos no trabalho.
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3
Nomes fictícios.
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Referências
BARTHES, R. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 1987.
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crática para um futuro humano. Belo Horizonte: Autêntica,
2013.
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CARERI, F. Walkscapes: o caminhar como prática estética.
São Paulo: Editora G. Gili, 2013.
DELEUZE, G. Proust e os Signos. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2006.
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