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TITULO DO ARTIGO CIENTÍFICO: SUBTÍTULO SE HOUVER

Henrique Santos Silva 


Douglas Gonzaga
 
RESUMO

A quarta revolução industrial cria e desenvolve diversas tecnologias, e a


energia de muita dessas invenções vem das baterias, que necessitam de grande
carga e pouco espaço para uma maior eficiência, e as baterias de íon lítio cumprem
bem esse papel. Com a grande demanda dessas,é necessário uma grande extração
de lítio, que leva à preocupação do esgotamento dessa matéria-prima, por isso se dá
a importância do estudo dos seus processos de reciclagem, tendo uma visão mais
sustentável para o futuro. Os dados desse artigo se dão por pesquisa bibliográfica.
Não sendo diferente dos outros países, o Brasil segue a tendência mundial do
aumento do uso das células eletroquímicas de íon lítio, pois a demanda de
tecnologias que a necessitam crescem no Brasil. Os processos mais modernos de
reciclagem de baterias são: Batrec, que recicla diversos tipos de baterias,
conseguindo extrair o mercúrio, que é altamente perigoso ao ambiente. SAVAM, que
em sua reciclagem consegue um cádmio com 99,99% de pureza. INMETCO que
recicla pilhas com zinco, ferro, níquel, lítio, cádmio e outras. e o EcoBatRec, que
recicla pilhas com níquel, cádmio e lítio, tendo poucos gastos e resíduos. resíduos.
Todos os processos possuem boa eficiência, sendo possível uma melhoria através
de estudos dos processos e das baterias, e a divulgação dos mesmos, para uma
difusão dos resultados sendo possível seu uso na prática.

Palavras-Chave: Reciclagem. Baterias. Lítio

 
​1 INTRODUÇÃO
A partir dos anos 70 a utilização de baterias de íon lítio estão cada vez mais
presentes em nossas vidas, devido ao grande crescimento tecnológico. Essas estão
presentes em celulares, notebooks e outros aparelhos, e até mesmo no mercado
automobilístico, acompanhando o desenvolvimento de carros híbridos e elétricos, só
entre o primeiro semestre de 2017 ao do 2018 houve um aumento de 55% na frota
desses carros*, sendo o grande uso dessas baterias é inevitável para o futuro.
Existem vários tipos de baterias atualmente, feito de diversos elementos químicos,
mas apenas trataremos sobre aquelas que possuem lítio. O objetivo deste artigo é
mostrar os processos que podem ser utilizados para a reciclagem das células
eletroquímicas de lítio, e a sua eficiência. O uso das baterias de lítio são alvo de
investimento constante, sendo elas as que mais possuem foco no mercado, e
conseguintemente há uma maior extração desse elemento, que mesmo em grande
abundância no meio ambiente, é finito, por esse motivo se dá a preocupação no
estudo desses processos de reciclagem. A metodologia usada foi de referências.

1.1 BATERIAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS DE LÍTIO

As baterias como um todo são classificadas por baterias primárias e


secundárias, as primárias são as mais comuns no dia a dia, são as famosas pilhas,
elas não possuem reações inversas, ou seja, não podem ser recarregadas e
apresentam um único uso. Já as secundárias podem ser recarregadas, através de
passagem de corrente elétrica por elas, que faz a reação da bateria ser revertida, é
considerado uma bateria secundária apenas aquelas que suportam 300 ciclos de
carga e descarga. É importante ter em mente esses dois conceitos, pois entre as
baterias de lítio se tem aquelas que são primárias e secundárias. Um exemplo de
bateria primária é a pilha de lítio e dióxido de manganês, onde o MnO2 reduz, e o Li
oxida, e com essa reação (4 Li + MnO2 → ​Li2O + Mn) é gerando uma corrente
elétrica de 3.0 V. E exemplo de bateria secundária é a de íon lítio, onde, na reação
de descarga, o LixCoO2 ​reduz e o LiyC6 ​oxida, e com essa reação (LixCoO2 +

 
LiyC6 ​⇌ ​6C ​+ Lix+yCoO2) é gerado uma corrente elétrica média de 3.0V, A bateria
possui esse nome pois na reação, além de ocorrer a passagem de elétrons, é
liberado Li​+ ​no ânodo, que atravessa o separador, que é semipermeável, e reage no
cátodo, havendo assim uma passagem de Li​+ ​na bateria.

1.2 BATERIAS DE ÍON LÍTIO NO BRASIL

No cenário brasileiro as baterias estão bem presentes, possuindo vários tipos,


onde cada um tem sua utilidade, as mais comuns são as alcalinas e as de zinco, que
comumente são usadas em aparelhos eletrônicos, e como apresentam uso único
são bastantes vendidas em lojas e mercados. Já as baterias de íon-lítio, que
possuem capacidade de serem reutilizadas, não são comumente vendidas em
varejo, mas sim atreladas aos aparelhos, os melhores exemplos desses são os
celulares e notebooks. Esses dois aparelhos tecnológicos crescem cada vez mais no
Brasil, sendo que o número de smartphones no Brasil passa dos 230 milhões*, e em
pesquisa da Global Mobile Consumer Survey em 2018 mostra que, 92% dos
brasileiros entrevistados disseram que possuem acesso ao aparelho, em segundo
ficava os notebooks, com acesso de 70%*. Os carros elétricos e híbridos, que
mundialmente crescem a demanda de baterias de lítio, estão poucos presentes no
Brasil, compondo apenas 0,05% da frota brasileira, mas várias empresas pretendem

 
investir em nosso país, sendo a previsão de que esse índice chegue a 0,4% até
2024*​. Com todos esses dados é notável a grande presença das células
eletroquímicas no Brasil, e sua tendência de crescimento, que é acompanhada
mundialmente.

2.0 PIROMETALURGIA E HIDROMETALURGIA

Pirometalurgia é um processo através do qual os minérios e metais são


aquecidos para formar um produto acabado de compostos funcionais, metais puros
e ligas. O processo pode ser qualquer um dos seguintes: secagem, torrefação,
fundição, refinação e liga, entre outros. Ao utilizar temperaturas elevadas, pode
causar reações químicas e exotérmica em materiais. Vários métodos de
aquecimento podem ser realizados, e todos estes são referidos como
pirometalurgia.*
A Hidrometalurgia é o processo utilizado para separação de minerais no qual
a principal etapa de separação do metal-ganga é feita através das reações de
quebra do minério em um meio aquoso. Por isso, o termo hidro, que remete a
solução aquosa, água. A recuperação de metais pela via hidrometalúrgica consiste
basicamente em uma lixiviação ácida ou básica e posteriormente pode-se aplicar a
técnica de extração líquido-líquido, que utiliza um solvente orgânico que forma uma
ligação com o íon metálico, assim o separando da solução.* 

Para as baterias de lítio os processos mais efetivos são os…

2.1 BATREC

Desenvolvido pela empresa Sumitomo Heavy Industries com operação na


Suíça. Utilizando um processo pirometalúrgico, sendo essencialmente efetuado por
decomposição  ​que ocorre pela ação de altas temperaturas (pirólise), reduzindo os
compostos metálicos e fazendo a condensação dos gases de zinco. Em baterias de
íon lítio, seu tratamento se dá pela trituração das baterias, em atmosfera controlada,

 
e após isso o lítio que é liberado reage com compostos químicos, sendo
neutralizado, os outros compostos são separados e utilizados como matéria-prima.

 
 

 
2.2 SNAM – SAVAM*

NAM é uma empresa francesa cuja principal atividade é a reciclagem de


níquel-cádmio, níquel-metal-hidreto e de baterias de íons de lítio recarregáveis
usadas e resíduos industriais reciclando dois tipos de baterias: portáteis (celulares,
notebooks, etc) e Industriais (aviação, ferrovias, etc).
Seu processo é completamente pirometalúrgico, englobando as seguintes
etapas:
1º - Separando as partes das baterias através de um corte para obter as
partes plásticas, o catodo, o anodo e também poder fazer a drenagem do eletrólito;
2º - Classificando os tipos de baterias por sua composição química,
separando os materiais que contém cádmio e níquel dos que não contém;
3º - Os materiais provenientes da separação que possui cádmio e níquel
sofrem um processo de pirólise para a retirada de materiais orgânicos e
posteriormente sofrendo um processo de destilação a uma temperatura de 850ºC,
obtém o cádmio com pureza superior a 99,99%;
4º - Com a escória proveniente da 3º etapa ainda é feito um processo de
fusão e redução na qual origina uma liga de ferro-níquel.
5º - O cádmio recuperado é vendido para os fabricantes de baterias de Ni-Cd
e para indústrias de recobrimento de superfícies. E a liga ferro-níquel para as plantas
siderúrgicas.*
A Figura mostra as baterias de íons de lítio antes do tratamento
pirometalúrgico, durante o proceSsso de tratamento e o resultado final obtendo o
lingote de metal reciclado

 
2.3 INMETCO

É um processo adaptado para tratamento de baterias Ni-Cd, Ni-MH, Ni-Fe,


Li-íon e Zn-Mn. Para o tratamento das baterias de Ni-Cd seguem-se as etapas:
1º - As baterias são abertas manualmente para separação dos eletrodos e
drenagem do eletrólito que posteriormente é utilizado para controle de pH na
estação de tratamento de efluente;
2º - Operação de moagem dos eletrodos positivos e a carcaça de aço e após
essa etapa tudo é encaminhado ao forno;
3º - Os eletrodos negativos passam por uma lavagem para remoção dos
eletrólitos residuais e juntamente com o agente redutor são enviados ao forno em
uma temperatura de 950ºC por um período de 12 a 14 horas com uma atmosfera
com baixa concentração de oxigênio;
4º - Por fim o vapor de cádmio é condensado e obtido com pureza acima de
99,95%, pode ser empregado para produção de novas baterias de Ni-Cd, como
também na fabricação de revestimentos resistentes a corrosão e também para
realçar a pigmentação.
A figura mostra o material obtido (cádmio), e o níquel recuperado é utilizado
nas indústrias de fabricação de aço inoxidável conforme figura.

 
 

2.4 EcoBatRec

Processo desenvolvido pela empresa alemã ACCUREC fundada em 1995.


Seu propósito inicial era a reciclagem de baterias de níquel-cádmio. E em 2016

 
finalizou o processo EcoBatRec para o tratamento das baterias de íons de lítio.
Tendo como principais características:
processamento em lote de cada sub química de lítio
maior segurança no processamento
sem emissões de HF
sem emissões de eletrólitos de risco ambiental
quase 0% de emissões de gases poluentes na fábrica de Krefeld
baixo consumo de energia
maior segurança ocupacional de micro-pó carcinogênico de Co / Ni para
locais de trabalho
 
Seu processo consiste em retirar o eletrólito, remover carcaças plásticas e
metálicas, que são enviadas para reciclagem e o restante do material que contém
cádmio é destilado a vácuo. Sendo realizado um aquecimento em um forno a uma
temperatura de 500ºC para queima do material plástico que ainda restou e
evaporação da água, após é elevada a temperatura para 850ºC para efetuar a
destilação do cádmio.*

3.0 CONCLUSÃO

Por fim, é notável que todos os processos são efetivos e conseguem o


resultado esperado, com destaque ao EcoBatRec que possui diversos benefícios,
para o meio ambiente e ao local de trabalho. Os métodos usados para a reciclagem
das baterias de íon lítio possuem uma boa eficiência, e são os mais modernos no
mercado, mas ainda podem ser aprimorados em sua escala de funcionamento, em
quantidade de resíduos, em tempo de operação, em gastos energéticos, entre outros
fatores, e para essa evolução ser possível é necessário pesquisas e experimentos
nos processos atuais de reciclagens e nas baterias de íon lítio em si, além da
difusão dos resultados encontrados em meio público, para possibilitar uma aplicação
útil desses. Todos os estudos dessa área de reciclagem de baterias são essenciais

 
para um futuro sustentável, pois o uso das baterias apenas crescerá, e sem um meio
de reciclagem desses, grandes quantidades de matéria-prima serão extraídas, o que
afetará as futuras gerações.

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