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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E OS SERVIÇOS DE

ENFERMAGEM

Professor: Gerson de Souza


enf.gerson@hotmail.com
Quando um grupo de pessoas contribui com seus
esforços para o alcance de um objetivo, torna-se
necessário estabelecer um acordo sobre as
atribuições de cada uma e definir as relações de
trabalho que devem existir entre elas.
Assim, considerando o serviço de enfermagem como
um grupo organizado de pessoas, onde é grande o
número, a complexidade e a diversidade das
atividades, é evidente a necessidade da divisão e
distribuição do trabalho entre os seus elementos,
bem como do estabelecimento do padrão de
relações entre eles.
Normalmente, quando se fala em estrutura, se
pensa na estrutura formal da organização, que é a
estrutura planejada, formalizada oficialmente,
aquela que está no papel. Representa a tentativa
deliberada de estabelecer relações entre os
componentes que deverão alcançar os objetivos
propostos.
Determina quem faz o que e onde nas organizações,
assim como evidencia as relações de autoridade e
poder existentes entre os componentes
organizacionais.
É um dos meios que se utilizam as organizações para
atingirem eficientemente seus objetivos.
Entretanto qualquer pessoa, que faça ou tenha feito
parte de uma organização, verifica que numerosas
interações que nela ocorrem não estão prescritas
pela estrutura formal. Isso evidencia que as
organizações, além da estrutura formal, coabitam
também com uma estrutura informal.
A estrutura informal refere-se aos
aspectos da organização que não foram
planejados formalmente, mas que
emergem espontânea e naturalmente de
interações e relacionamentos sociais
entre as pessoas que ocupam posições na
organização formal.
A estrutura informal, muitas vezes surge
pelo fato de a estrutura formal reagir
lentamente às mudanças, aparecendo
então relações não estabelecidas para
enfrentar as situações decorrentes das
mudanças. Dessa maneira, a estrutura
informal pode ser capaz de contornar os
problemas que não estão sendo
resolvidos a contento pela estrutura
formal.
Aspectos relativos à estrutura organizacional
Na definição da estrutura organizacional do Serviço
de Enfermagem, devem ser considerados:
• O volume e a complexidade das atividades a
serem executadas;
• Os recursos disponíveis;
• As características desejáveis na estrutura.
Um conjunto de aspectos considerados na estrutura,
dependendo do grau e da forma em que aparecem,
é que vai caracterizá-la, provocando as diferenças na
estrutura de cada organização.
Divisão do trabalho e especialização
Para proceder à divisão do trabalho, primeiro se procura
determinar as atividades necessárias ao alcance dos
objetivos gerais do Serviço de Enfermagem, para depois
dividi-las, compondo unidades distintas. Como forma de
divisão do trabalho encontra-se a especialização. Para
autores clássicos, a especialização pode ocorrer em dois
sentidos:
Corresponde à especialização de atividades e de
conhecimento acarretando um maior número
de órgãos no mesmo nível hierárquico. É
também conhecida pelo nome de
departamentalização, que é o processo de
reunir as atividades para fins administrativos
segundo critérios previamente estabelecidos. É
também denominada de processo funcional.
Ocorre em todos os níveis hierárquicos e
caracteriza-se pelo crescimento horizontal do
organograma.
Vários critérios podem ser utilizados para a
departamentalização, cada organização adotará
o critério que melhor lhe convier, podendo
adotar um critério diferente em cada nível
hierárquico.
Nos serviços de enfermagem, dentre os critérios
utilizados encontra-se as departamentalizações
por especialidade, por complexidade dos
cuidados prestados, pelo tipo de patologia que
o paciente apresenta, por localização das
unidades e por períodos (manha, tarde, noite)
Especialização vertical
Ocorre quando na organização se verifica a
necessidade de aumentar a qualidade da supervisão,
acrescentando mais níveis hierárquicos de
supervisão na estrutura. É também denominada de
processo escalar. Caracteriza-se pelo crescimento
vertical do organograma, ou seja, crescimento da
cadeia de comando. É representada pela hierarquia
da organização. Dificilmente ocorre a especialização
horizontal sem que ocorra também a especialização
vertical e vice-versa.
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

Divisão de Enfermagem Médico- Divisão de Enfermagem Materno-


cirúrgica infantil

Enfermagem em Serviço de Serviço de Serviço de


Clínica médica enfermagem enfermagem enfermagem
cirúrgica obstétrica pediátrica
A especialização vertical e a horizontal
constituem, formas diferentes de
divisão do trabalho: a vertical, em
termos de autoridade e
responsabilidade; a horizontal, ou
departamentalização, em termos de
diferenciação entre os diversos tipos
de atividades executadas pelos
órgãos.
Hierarquia: está relacionada com a especialização
vertical, que divide a organização em camadas ou níveis
de autoridade, tendo os superiores certo tipo de
autoridade sobre os subordinados. A ênfase é colocada
no relacionamento superior/subordinado à medida que
se sobe na escala hierárquica, aumenta a autoridade do
ocupante do cargo.
A tendência é de que quanto maior a
organização, maior tende a ser o número de
níveis hierárquicos de sua estrutura.
A estrutura formal tradicional representa uma
cadeia de níveis hierárquicos sobrepostos,
formando geralmente uma pirâmide,
contendo: a direção (nível decisorial) no topo:
os executores (níveis operacionais) na base; e
as demais camadas hierárquicas nos níveis
intermediários.
Diretora da
Divisão de enfermagem
NÍVEL DECISORIAL

NÍVEL INTERMÉDIÁRIO
Diretoras de Área

NÍVEL OPERACIONAL
Enfermeiras Assistenciais e demais categorias de
Enfermagem
Autoridade e responsabilidade: A distribuição da
autoridade e da responsabilidade entre os elementos
dos diversos níveis da estrutura é representada pela
hierarquia da organização formal. Na concepção
clássica, autoridade é o poder de comandar
subordinados para que executem atividade visando a
realização dos objetivos propostos. O poder de
comandar diminui á medida que se vai do alto para
baixo na estrutura hierárquica, ou seja, a autoridade e
responsabilidade fluem verticalmente em linha reta, do
mais alto nível da organização ao seu nível mais baixo.
Com a delegação da autoridade, formando-se os níveis
hierárquicos, numa cadeia ininterrupta entre
supervisores e subordinados.
Dentre as relações básicas de autoridade, encontram-
se:
①Autoridade integral: quando o dirigente tem
completa responsabilidade pelas atividades do órgão
dirigido (também denominada autoridade de mando ou
autoridade de linha).
②Autoridade administrativa: quando o dirigente tem
responsabilidade apenas pelas atividades
administrativas do órgão dirigido.
③Autoridade técnica: quando o dirigente tem apenas
responsabilidade técnica do órgão dirigido.
A responsabilidade não é delegada. Mesmo
que a execução de uma atividade seja
atribuída a um subordinado, o “chefe” será
sempre responsável pelo que o subordinado
faz.
A autoridade e a responsabilidade devem ser
equivalentes, ou seja, quando se atribui a um
subordinado a responsabilidade pela execução
de uma atividade, deve-se atribuir-lhe,
também, a autoridade necessária para a
execução dessa atividade.
A diretora do departamento de enfermagem solicita à
Enfermeira chefe do setor de Clínica médica, relatório e
pacientes internados em Fevereiro/2014, com seus
respectivos planos de saúde

Após receber a solicitação, a


Enfermeira chefe da Clínica
Médica delega o problema
para a enferma para a
Enfermeira assistencial.

A enfermeira assistencial da
clínica médica apresentará o
resultado do relatório.
Amplitude da supervisão: também é
denominada de amplitude administrativa e
extensão do controle. Compreende o número
de subordinados que uma pessoa pode
supervisionar com eficiência. Devem ser
levados em consideração o número de
pessoas supervisionadas, a distância física
entre elas e o tempo necessário – ou seja,
quantos elementos uma pessoa pode
supervisionar, a que distância e em que
tempo.
A amplitude da supervisão varia de
acordo com a situação, dependendo de
fatores como similaridade das funções,
proximidade física, complexidade do
trabalho, competência dos
subordinados, grau necessário de
supervisão direta. Isso implica que nem
todos os administradores tem o
mesmo número de subordinados.
Quanto maior a amplitude, maior o numero de
subordinados e, consequentemente menor o grau
de atenção e controle que o superior pode
desenvolver sobre eles.
Centralização e descentralização: Centralização
refere-se à distribuição do poder nas organizações.
Está relacionada com o direito de tomar decisões,
que pode ser explicitado em termos de quem tem o
direito de tomar que tipo de decisões e quando.
Assim, centralização e descentralização referem-se
principalmente ao grau de delegação de tomada de
decisão aos níveis mais baixos da organização.
Enfermeira Chefe da
Clínica Médica
DIRETORIA DE
ENFERMAGEM Enfermeira Chefe da
Unida Cirúrgica

Enfermeira Chefe da
Unidade de Pediatria

Enfermeira chefe da
Unidade Obstétrica

Enfermeira Chefe da
Unidade de Pronto
Socorro
O grau de descentralização depende do
tamanho da organização e do tipo de
atividades que são desenvolvidas, das
tendências políticas e econômicas do
país e da organização, da filosófica da
cúpula administrativa, da competência
dos subordinados e da facilidade de
informações que permitam a tomada
de decisão.
Como vantagens da centralização,
considera-se que as decisões são
tomadas por quem tem uma visão
geral da organização, criando
uniformidade nas decisões, além de
estas serem tomadas por pessoas
geralmente mais preparadas para isso.
Como desvantagens, encontram-se
sobrecarregada da cúpula hierárquica,
demora nas decisões, frustrações e, às
vezes, decisões desvinculadas da
realidade.
Como vantagens da descentralização,
encontra-se a maior rapidez na tomada
de decisões, a resolução dos
problemas por quem os vivencia,
sendo estas as pessoas que tem mais
informação sobre a situação e maior
envolvimento na tomada de decisão,
elevando o moral e a motivação, e
possibilitando o preparo de elementos
de níveis mais baixos.
Formalização: A formalização prescreve como,
quando e por quem as atividades deverão ser
executadas. Representa o uso de normas na
organização e corresponde ao grau em que
normas, procedimentos, instruções e
comunicações estão escritos.
A formalização nos Serviços de
enfermagem pode ser feita pela descrição
de cargos e funções, de normas e rotinas
da padronização de procedimentos e
pelas escalas de pessoal. É preciso
analisar qual o nível necessário de
formalização para o serviço de
enfermagem, uma vez que isso pode
funcionar como aspecto facilitador ou
dificultador do desempenho dos
indivíduos.
Tipos de estruturas: São inúmeros os modelos
estruturais organizacionais, diferindo, para cada
organização, em função dos objetivos propostos, do
tamanho dela, da conjuntura que atravessa e da
natureza dos serviços que presta.
Contudo, as diferentes relações existentes nas
organizações formam, por muito tempo, classificadas
em três tipos básicos:
a) Estrutura da organização funcional;
b) Estrutura de organização linear;
c) Estrutura de organização linha acessória ( ou
linha staff).
Apresenta como característica a autoridade funcional
que é relativa e baseada na especialização, utilização
de linhas diretas de comunicação e a descentralização
das decisões, uma vez que não é a hierarquia, mas a
especialização que promove as decisões.
Apesar de suas vantagens – proporciona a
especialização nos diversos órgãos ou cargos da
organização; permite melhor supervisão técnica,
uma vez que cada órgão ou cargo se deporta a
especialistas no assunto; desenvolve comunicações
diretas, sem intermediação, mais rápidas e menos
sujeitas a distorções de transmissão.
Desvantagens:
• O fato de nem sempre ser feito o que é solicitado,
principalmente quando a orientação provinda de
dois órgãos se mostra contraditória;
• Subordinação múltipla, levando os órgãos ou
cargos a não saberem exatamente a quem
recorrerem para resolver determinados
problemas, acarretando perda de tempo e
confusão;
• Tendência à concorrência entre especialistas
provocando perda de visão de conjunto, tensão e
conflitos, além da confusão quanto aos objetivos
da organização.
Estrutura de Organização linear:
Constitui a forma estrutural mais
simples, e foi concebida por Fayol
(Teoria clássica), influenciado pelas
organizações militares e eclesiásticas
dos tempos medievais. A denominação
“linear” se deve ao fato de que entre o
superior e os subordinados existem
linhas diretas e única de autoridade e
responsabilidade.
Este tipo de estrutura apresenta graficamente uma
forma tipicamente piramidal, ou seja: à medida que
se sobe na escala hierárquica diminui o número de
cargos ou órgãos.
Na organização linear, é seguido
rigidamente o princípio da hierarquia,
determinando os chamados “órgãos
de linha”. É aplicada a autoridade
linear ou única, decorrente da
aplicação do princípio da unidade de
comando. Nesse tipo de estrutura há
a centralização das decisões no topo
da hierarquia.
Apesar de ser uma estrutura simples e de
fácil compreensão e de apresentar nítida e
clara delimitação das responsabilidade,
tem sérias desvantagens e limitações:
rigidez e inflexibilidade da organização,
dificultando a inovação e a adaptação da
organização a novas situações,
congestionamento das linhas formais de
comunicação, que geralmente são
demoradas e sujeitas a intermediários e
distorções.
Estrutura de organização linha acessória:
Na organização linha acessória existem
órgãos da linha (órgãos de execução) e de
assessoria (órgãos de apoio) mantendo
relações entre si.
É considerada como uma fusão da
estrutura linear com a estrutura funcional,
com predominância da primeira. Permite a
manutenção da hierarquia (linha) e de
especialização (staff) que fornece os
serviços de assessoria e consultoria.
Diretoria da Divisão de Enfermagem

Comissão de Auditoria

Supervisão Supervisão

Coordenação

Assistência Assistência
Nesse tipo de estrutura, podem ocorrer
conflitos entre os órgãos de linha e
assessoria, uma vez que o assessor não
tem autoridade linear sobre os
executores. Ele apenas sugere, opina, mas
não manda. Suas sugestões podem ser
aceitas ou não pelo chefe de linha, que
não tem sua autoridade e
responsabilidade diminuída pela
assessoria.
Estrutura matricial: Dentre as estruturas
inovativas, encontra-se a estrutura
matricial, que é a utilização simultânea de
dois ou mais tipos de
departamentalização sobre os mesmos
membros de uma organização, sendo que
um dos tipos normalmente é
departamentalização por programas ou
por projetos.
Características:
- Baixo nível de formalização, pois ambientes
dinâmicos trazem tantos aspectos novos que tornam
inviável detalhar as atividades de cada função;
- Dupla ou múltipla subordinação, uma vez que
determinado especialista responde ao mesmo
tempo ao gerente da área técnica à qual está
alocado e ao gerente do projeto para o qual está
prestando serviço;
- Diversificação elevada, pois a alta taxa de
mudança dificulta a especialização ( o profissional
deve conhecer um número maior de áreas
técnicas, embora não seja tão especializado em
cada uma delas;
Organograma: é a representação gráfica da
estrutura, ou seja, é a representação gráfica de
órgãos e relações de autoridade existentes
entre eles – indicando os órgãos por meio de
retângulos e as relações de autoridade por
meio de linhas.
Essas linhas que ligam os órgãos entre si,
indicam as interações formais prescritas.
Entretanto, mostram limitações na
representação da estrutura, uma vez que o
organograma mostra apenas uma dimensão
dos muitos tipos de relação que existe entre
os elementos ou órgãos de uma
organização, como, por exemplo, não
mostra o grau de autoridade que um
determinado superior exerce sobre um
determinado subordinado.
É importante a elaboração do
organograma, pois é difícil visualizar
a organização como um todo,
surgindo assim a necessidade de um
gráfico que mostre de forma imediata
os órgãos componentes da
organização, o fluxo da autoridade e
responsabilidade e as linhas formais
de comunicação.

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