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TESE DO MOVIMENTO LUTA DE CLASSES - MLC

Derrotar o governo golpista e dos banqueiros!


Construir o Poder Popular e o Socialismo!

Agrava-se a situação mundial e é evidente a aceleração das principais contradições do


capitalismo. A contradição entre capital e trabalho, por exemplo, aprofunda-se em todo o mundo
com a burguesia impondo o prolongamento da jornada laboral, como vemos na França, na
Alemanha, na União Europeia, nos Estados Unidos, na Ásia e América Latina. Outros dados são a
redução dos salários dos trabalhadores, o crescimento da precarização das condições de trabalho e o
aumento do desemprego. No Brasil, a retirada de direitos com a reforma trabalhista, o desemprego
de 13,5 milhões de pessoas (segundo números oficiais) e o arrocho salarial cada vez maior,
comprovam o acirramento da contradição entre capital e trabalho.
Também se agrava a contradição entre os países imperialistas e as nações, como provam as
privatizações em diversos países, o controle dos monopólios internacionais de riquezas, o controle
sobre governos, etc. No Brasil, o governo golpista dos banqueiros adota uma política de
privatização acelerada da Petrobras, entrega do pré-sal, ameaças de privatizar os Correios, a Caixa,
a Aviação e a permissão para o avanço do capital, retirando qualquer limite para os estrangeiros
possuírem terras em nosso país.
As contradições interimperialistas se aprofundam e os conflitos se tornam cada dia mais
intensos e de consequências imprevisíveis. Diversos acontecimentos provam que essas contradições
deixaram de ser resolvidas em reuniões do G7, da OMC ou do FMI. Veja-se a anexação da Crimeia
pela Rússia, a instalação de armas nucleares dos EUA na Polônia, a criminosa guerra contra os
povos da Síria, Iraque, a explosão pelos EUA da chamada “mãe de todas as bombas” no
Afeganistão, as ameaças de uma guerra contra a Coreia do Norte, a instalação de uma base militar
da China na Argentina e seu avanço na África, etc. Não bastasse, vários partidos e políticos
reacionários assumiram os governos nos EUA, na Turquia, na Argentina, no Brasil; a Venezuela se
encontra num momento de grave crise. Toda essa situação impõe desenvolver um trabalho ainda
maior de agitação, de organização e de conscientização das massas.
Por outro lado, em diversos países da América Latina assistimos ao esgotamento da política
de conciliação de classes apresentada pela social-democracia e o enfraquecimento ou derrota dos
governos ditos de esquerda, que consideraram a doutrina da luta de classes como ultrapassada e até
mesmo a burguesia como classe aliada, e não como a principal inimiga da classe operária e da
democracia.
Em nosso país, os governos do PT (2002-2016), na medida em que adotaram um modelo
econômico baseado no fortalecimento do grande capital nacional e internacional e dos bancos sobre
a economia em troca de gerar empregos e aumento do salário mínimo, esbarrou na crise geral do
capitalismo e nos limites deste sistema, contribuíram para retroceder a consciência de classe nos
trabalhadores, nutrindo uma ilusão de que era possível acabar com a pobreza, a miséria, o
desemprego numa economia burguesa, sem destruir o Estado burguês e em total submissão com a
classe capitalista. Tal política se mostrou completamente errada e criou as bases para o retrocesso.
Por sua vez, o governo golpista, sem apoio popular (Temer tem apenas 4% de aprovação) e
com o objetivo de adotar uma política de ajuste fiscal ainda mais radical que a encaminhada por
Joaquim Levy, ministro de Dilma, está totalmente voltado para jogar a crise nas costas dos
trabalhadores de forma a garantir dinheiro para manter os pagamentos bilionários da dívida pública
aos banqueiros, para aumentar a mais-valia, ou seja, os lucros dos patrões, para reduzir salários e
cortar os investimentos sociais (PEC dos Gastos), o que tem levado o país à beira do abismo e à
maior recessão da história. São milhões e milhões de trabalhadores sem emprego, crianças fora da
escola para pedir esmolas, hospitais e escolas sucateadas, servidores públicos sem receber salários e
um crescimento vertiginoso de crimes, de violência e do tráfico de drogas.
Frente a essa situação, forças políticas pequeno-burguesas pregam como solução as eleições
de 2018. Subestimam o avanço das forças fascistas, o caráter reacionário das Forças Armadas, a
profundidade da crise do capitalismo no mundo e no Brasil e que em todas as eleições que
ocorreram em nosso país sempre prevaleceu a vitória de candidatos que tiveram apoio, senão de
toda, pelo menos de parte considerável da grande burguesia nacional, como deixam claras as
chamadas delações premiadas. Além disso, a única forma de barrar o fascismo é travar uma luta
incessante hoje e não deixá-la para o ano que vem.
Sendo assim, a Greve Geral do dia 28 de abril cumpriu um papel fundamental de ter sido a
primeira greve de um conjunto de lutas mais efetivas para barrar a Reforma da Previdência, a
Reforma Trabalhista, e ter como perspectiva a derrubada do governo dos banqueiros para
construirmos um poder dos trabalhadores e dos camponeses em nosso país: o poder popular.
Enquanto a Reforma da Previdência e as outras reformas não forem retiradas, a luta não
pode sair das ruas. Neste sentido, devemos conclamar os trabalhadores e suas organizações a ocupar
as ruas contra as reformas e pela suspensão dos pagamentos da dívida pública.
Por outro lado, todos os maiores e menores partidos políticos legais do Brasil receberam
propina da Odebrecht. Com a aprovação de várias medidas antipovo pelo Congresso Nacional,
acelerou-se a desmoralização e o descrédito desses partidos frente aos trabalhadores e eleitores.
Tal situação e a necessidade de as massas populares terem um partido político combativo
colocam na ordem do dia a construção da Unidade Popular (UP), partido comprometido com seus
interesses e disposto a realizar transformações radicais e profundas na sociedade, como a
nacionalização dos bancos; o cancelamento da dívida; a reforma agrária popular; a defesa da saúde
e da educação públicas; o fim do desemprego; e que lute contra a exploração da classe operária pela
burguesia e pelo socialismo.

Há 100 anos os trabalhadores tomavam de assalto os céus!

Há 100 anos, o proletariado russo mostrou o caminho pelo qual os trabalhadores e os povos
do mundo devem seguir para conquistar sua emancipação. Seu exemplo é inesquecível, a despeito
dos que tentam por todos os meios eliminar da memória o dia em que os operários descobriram o
sol em meio à noite escura.
A revolução socialista de 1917 foi a resposta histórica do proletariado ao capitalismo e à
toda a sociedade baseada na exploração e opressão, convertendo em realidade uma aspiração social.
Esta revolução foi a confirmação prática da validade da teoria do socialismo científico, o marxismo,
elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels; de sua análise a respeito da inevitabilidade da
decadência e da ruína do capitalismo; do papel que a classe operária cumpre para a derrota da
burguesia e para o florescimento de uma sociedade caracterizada pela igualdade social, pelo
progresso e pelo bem-estar das classes trabalhadoras: o socialismo, primeira etapa da sociedade
comunista.
Outubro de 1917 deu à luz uma nova época, a época do imperialismo e das revoluções
proletárias. Precisamente aí reside seu caráter histórico internacional. Desde então, o capitalismo
tem experimentado muitas mudanças: houve um enorme desenvolvimento tecnológico e científico,
os processos produtivos foram inovados, mas nada disso modificou sua natureza e a exploração de
um ser humano por outro. Ao contrário, suas contradições fundamentais se mantêm e se
aprofundam constantemente, da mesma forma que ocorre com as contradições interimperialistas e
as existentes entre o imperialismo e os países e nações dependentes, fatores esses presentes quando
os operários russos derrotaram primeiro a monarquia czarista e, em seguida, a república burguesa.
Os bolcheviques, sob a genial direção de Lênin e Stálin, deixaram uma enorme lição para a
história. Evidenciaram que a revolução do proletariado se organiza atuando com flexibilidade tática,
nunca perdendo de vista os objetivos estratégicos; que é preciso dar respostas criadoras às situações
concretas que se apresentam à sociedade e confiar na iniciativa das massas; combater toda
manifestação de oportunismo e revisionismo, sabendo utilizar todas as formas de organização e de
luta e entendendo que só é possível aniquilar o poder dos inimigos de classe por meio da violência
revolucionária organizada das massas. Os revolucionários russos demonstraram que tudo isso só é
possível com a condição de que o proletariado conte com seu partido de classe independente, de
novo tipo.
Esta revolução, entendida como o processo prévio à conquista do poder e o período no qual
se constrói o socialismo, deu significativos aportes teóricos ao marxismo, desenvolvendo-o
conforme a nova época. Vladimir Ilitch Lênin elevou o marxismo a uma nova etapa, o marxismo-
leninismo, que se converteu, desde então, no guia do proletariado e dos povos em luta pela
revolução e pelo socialismo. Junto com Stálin, grande estrategista da revolução e da construção do
socialismo, ambos deram indispensável aporte teórico e prático à doutrina do socialismo científico.
Durante os anos em que os princípios marxista-leninistas orientaram o processo de
construção do socialismo, este demonstrou sua superioridade frente ao capitalismo em todos os
terrenos: econômico, social, científico, cultural e desportivo. O socialismo comprovou sua
capacidade para atender e resolver as necessidades dos trabalhadores e convertê-los em classe
dirigente. Emancipou a mulher da opressão patriarcal e da exploração burguesa. Libertou as
nacionalidades da opressão nacional através do exercício do direito à autodeterminação.
Reconheceu direitos coletivos dos povos até então inexistentes no mundo. Deu livre curso à
potencialidade reprimida da juventude. Levou a ciência, as letras, as artes e a cultura a quem antes
vivia na ignorância. Com a economia planificada, estabeleceu o uso racional dos recursos naturais.
Despertou a todo um povo que se sentiu criador de um novo mundo e deu um grande passo no
processo de emancipação da humanidade.
Na Segunda Guerra Mundial, com o glorioso Exército Vermelho, dirigido por Stálin,
derrotou a besta nazifascista, expressão da política mais reacionária da burguesia internacional. Foi
neste contexto que vários povos de todos os continentes empreenderam processos revolucionários
de libertação social e nacional que fortaleceram o campo socialista.
Após a morte de Stálin, o socialismo sofreu uma derrota política transitória na ex-União
Soviética. No 20º Congresso do PCUS, uma camarilha revisionista que atuou em surdina durante
vários anos no interior do partido tomou o controle do Estado, reverteu o poder dos trabalhadores e
iniciou um processo de restauração capitalista que desembocou na queda da URSS em dezembro de
1990, quando o capitalismo já era completamente dominante naquele país. Isso de maneira alguma
significa o fracasso do socialismo, como afirmam os defensores do capitalismo, mas um revés que
será superado pelos trabalhadores, pelos revolucionários e comunistas de todo mundo. O que
sucedeu é a confirmação de que se o partido revolucionário do proletariado se afasta do marxismo-
leninismo debilita os pilares da construção socialista.
Cem anos depois do triunfo da revolução dos sovietes, os revolucionários e comunistas de
todo planeta não olham para este acontecimento com nostalgia, mas o comemoram com os olhos no
futuro, na luta que está à frente, nas batalhas que travam em cada um de seus países contra as
classes dominantes e as potências estrangeiras.
Festejamos o centenário da Revolução Socialista Russa com otimismo porque sabemos que
a história não se detém e em todos os continentes os trabalhadores, a juventude, as mulheres e os
povos lutam, combatem por seus direitos e bem-estar, por liberdade, democracia, transformação
social e pela paz. Estas lutas crescerão e se qualificarão, terão que mirar suas forças contra o
sistema de exploração e seus mantenedores, contra a dominação imperialista, e darão início a uma
nova onda de revoluções sociais, nas quais o legado dos operários russos e de Lênin e Stálin estará
presente.
O socialismo é o futuro. Esse futuro foi plantado há cem anos, e hoje há ventos em todos os
cantos do mundo que o farão florescer novamente. E é para que assim seja que os trabalhadores, os
povos e os comunistas lutam com as bandeiras do marxismo-leninismo em alto.

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