Vous êtes sur la page 1sur 9

2 Discussão sobre a Megatendência

As megatendências são grupos diferenciados de poderosas forças de mudança


sociais, demográficas, ambientais e tecnológicas que estão a transformar as
nossas vidas. Estas tendências evoluem independentemente do ciclo econômico
e embora possam evoluir de formas diferentes e a ritmos diferentes, cada uma
delas tem a capacidade de redefinir a conjuntura financeira. Utilizando este
enquadramento a nosso favor, pensamos que a indústria automóvel está a ser
afetada por algumas das tendências estruturais que integram o nosso modelo.
Uma delas é a sustentabilidade, a mais importante, que as pessoas, as
empresas e os representantes políticos estão a dar à proteção ambiental e aos
recursos naturais. Uma vez que os automóveis provocam danos ambientais
estão mais sujeitos a regulamentações mais restritivas e perdem o seu encanto
junto das populações mais jovens. O que torna a compreensão e investigação
das megatendências um assunto especialmente importante é o facto de todas
estas mudanças estarem a acontecer ao mesmo tempo.
Os termos já são populares: energia verde, sustentabilidade, compromisso com
o meio ambiente. A lista é longa e tende a aumentar ainda mais nos próximos
três anos. O otimismo no setor da construção civil, cuja expectativa é de
crescimento em 2019, aliado à força das ideias sustentáveis que se espalham
por todo o mundo são os ingredientes básicos dessa mistura que promete trazer
bons resultados nos próximos anos.
“O mercado da construção civil já dá sinais de aquecimento, e o que nós
observamos é que um grande número de empreendimentos que estão sendo
lançados já têm essa preocupação com o verde e com a qualidade de vida do
futuro morador” destaca o coordenador do curso de Especialização em
Construções, Comunidades e Planejamentos Sustentáveis da PUC-Campinas,
João Paulo Coelho.

2.1 Fatores e números

De acordo com o Word Green Building Concil, principal rede internacional de


construções sustentáveis, até 2021, 60% dos projetos brasileiros serão verdes,
seguindo uma tendência mundial. Os motivos do crescimento vão desde a
demanda dos clientes, cada vez mais ligados às questões ambientais, até as
novas regulamentações do setor e a preocupação com a construção de
ambientes mais saudáveis do ponto de vista ecológico.

2.2 Especialização

Para os que já estão de olho nesse mercado, a PUC-Campinas oferece a


Especialização em Construções, Comunidades e Planejamentos Sustentáveis.
O curso é voltado a arquitetos, engenheiros, gestores ambientais e demais
interessados

2.3 No turismo

O turismo sustentável é muito mais do que uma tendência de viagens em


crescimento: está se tornando, também, uma prioridade, quase uma obrigação
moral para os líderes do setor hoteleiro no mundo inteiro. E não é por acaso: de
acordo com o instituto Cambridge Institute for Sustainability Leadership, o
turismo contribui com cerca de 5% das emissões globais de gases de efeito
estufa. Esse número deve crescer 130% até 2035. Já a plataforma International
Tourism Partnership adverte que, para o setor hoteleiro se adequar ao Acordo
de Paris, será preciso reduzir as emissões de gás de efeito estufa por quarto por
ano em 90% até 2050 (considerando-se dados de 2010).
Sem dúvida, são dados preocupantes, especialmente levando-se em
consideração a previsão de crescimento do setor, nos últimos cinco anos, o setor
hoteleiro cresceu 2,3% e teve uma receita de mais de 1,28 trilhão de euros em
2018 (IBISWorld, 2018). No ritmo de crescimento atual, mais 80.000 hotéis se
somarão aos existentes até 2050. O desafio é bastante significativo. Dr. Willy
Legrand, especialista em hotelaria sustentável, explica que é necessário que o
setor cresça para acomodar cada vez mais hóspedes e construir mais
estabelecimentos reduzindo, ao mesmo tempo, a pegada de carbono para atingir
a descarbonização total até 2050.
2.4 Tendências atuais em hotelaria sustentável.
Segundo Legrand, cujo conhecimento sobre hotelaria sustentável foi essencial
para a criação deste artigo, “grande parte do setor hoteleiro está se juntando a
uma mobilização sem precedentes em todo mundo para reduzir o impacto
ambiental e enfrentar os desafios do futuro.”

Editor-chefe convidado das publicações Hotel Yearbook 2018 – Sustainable


Hospitality e Hotel Yearbook Special Edition – Sustainable Hospitality 2020,
Legrand destacou diversas tendências chave do setor para hotéis eco-friendly,
como:

 Reduzir o desperdício de alimentos. Por exemplo, cultivar alimentos no


local, buscar alimentos na região e alterar as normas sociais para garantir
que o desperdício não seja mais considerado aceitável (Benjamin
Lephilibert, HYB2018).

 Reduzir o consumo de água além dos quartos. Além de incentivar os


hóspedes a consumir água e toalhas com consciência, alguns
estabelecimentos estão implementando inovações como chuveiros que
filtram a água (Inge Huijbrechts, HYB2018).

 Eliminar o plástico. Um passo além da reciclagem é eliminar os produtos


de plástico de uso único. Isso pode ajudar a reduzir a quantidade de água
utilizada na fabricação e descarte desses itens. Parar de utilizar garrafas
de água e sacolas plásticas é um bom começo (Jeanne Varney,
HYB2020).

 Economizar energia. Esse “método economicamente sustentável” é


eficiente e fácil de aplicar, por exemplo, remodelando a experiência dos
hóspedes para incentivá-los a adotar novos comportamentos. Uma
maneira de fazer isso é substituir o minibar e a cafeteira dos quartos por
comodidades em áreas comuns (Christopher Warren, HYB2020).

 Criar um hotel sem papel. Isso é muito mais fácil com um Sistema de
Gestão de Propriedade moderno, que simplifica as operações e otimiza a
experiência do hóspedes ao mesmo tempo que reduz as emissões de
carbono (Terence Ronson, HYB2018).

 Integrar sustentabilidade na arquitetura do hotel. Ao construir novos


estabelecimentos, é possível adotar a abordagem dos “três zeros”: utilizar
materiais de construção e mão de obra locais (zero quilômetros), priorizar
a gestão da energia e a redução das emissões (zero dióxido de carbono),
e introduzir a gestão do ciclo de vida no processo de construção (zero
desperdício) (Matteo Thun, HYB2020).

Ser sustentável além de preservar o meio ambiente, é a nova forma para atrair
os hóspedes de hoje e do amanhã, além do digno objetivo da descarbonização,
há também fatores econômicos e publicitários que orientam as tendências do
setor para a sustentabilidade. A Organização Mundial do Turismo prevê que até
2020, 1,6 bilhão de viagens ecológicas serão realizadas, a sustentabilidade está
passando de uma conveniência “simpática e da moda” a uma prioridade absoluta
para um número cada vez maior de viajantes preocupados com o meio ambiente
e a sociedade. Isso chama a atenção especialmente entre as novas gerações de
viajantes e hóspedes de hotéis. Um estudo sobre os hábitos de consumo dos
millenials realizado pelo conglomerado Nielsen relevou que a sustentabilidade é
uma prioridade para essa geração influente e propensa a viajar. No estudo, 66%
dos participantes (11% a mais do que no ano anterior) “pagariam mais por
produtos e serviços de empresas comprometidas com a sociedade e o meio
ambiente” (Nielsen, 2015). Na mesma linha, uma pesquisa global do grupo TUI
constatou que dois terços dos viajantes estão dispostos a “alterar o estilo de vida
em benefício do meio ambiente” (TUI, 2017).
Ainda há muito trabalho a ser feito para que o setor hoteleiro se torne
economicamente sustentável. O desafio pode ser intimidador, mas o fato é que
cada passo dado no setor para reduzir a pegada de carbono é importante e
essencial. A hotelaria sustentável não consiste em uma empresa tentando fazer
o melhor em um determinado mercado, mas em um setor inteiro trabalhando
para enfrentar os desafios do meio-ambiente e da sociedade explorando ideias,
soluções e estratégias sobre como desenvolver os hotéis do futuro e como
gerenciar as operações de forma sustentável.

2.3 Atitudes sustentáveis a ser tomadas pelos turistas.

• Escolha empresas com práticas sustentáveis


Descobrir que aquele passeio que parecia inofensivo faz algum mal ao meio
ambiente ou à comunidade, a pesquisa pode te fazer achar empresas com
práticas de responsabilidade social ou eficiência ecológica. Uma referência é o
Mapa de Turismo Sustentável no Brasil, que mostra iniciativas vencedoras e
finalistas do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, promovido pela Associação
Brasileira de Operadoras de Turismo e chancelado pela OMT. Tem também o
Guia Garupa do Brasil Autêntico, elaborado por uma plataforma de crowdfunding
focada em turismo sustentável. E agências que trabalham com base no turismo
comunitário, como a Turismo Consciente. Sem mencionar as muitas informações
que estão espalhadas por aí, podendo ser encontradas através de outros
viajantes e moradores dos destinos que você quer visitar. Também vale a pena
ficar de olho em rankings e certificados, que têm sido desenvolvidos por
governos, ONGs e entidades privadas pra atestar o compromisso ambiental ou
social dos estabelecimentos.

• Priorize voos diretos


Esse item nem sempre é possível por questões práticas e financeiras, mas vale
ter em mente que ao priorizar um voo direto, além de economizar tempo e evitar
cansaço você reduz as emissões de carbono.

• Evite usar carros quando possível


Em algumas viagens só o carro resolve mesmo, mas sempre que possível
aproveite pra caminhar, andar de bicicleta ou usar o transporte público. Se tiver
que ir motorizado, escolha o modelo mais econômico e planeje bem a rota pra
reduzir o consumo de combustível. Também pode ser interessante dar carona
pra outros viajantes, como mencionei nesse post sobre turismo colaborativo.

• Consuma produtos locais


Desde a hospedagem à alimentação, tente dar preferência àqueles cujo lucro vai
pra os moradores locais. Isso envolve escolher hotéis, pousadas ou albergues
que não façam parte de grandes redes de hotelaria, comer num restaurante local
em vez de ir naquela grande cadeia internacional e valorizar o artesanato
produzido no destino. Além de ajudar a comunidade, os produtos e serviços
locais carregam muito da cultura e podem oferecer experiências mais ricas.
Informe-se sobre a origem dos produtos que foi utilizado para fazer as
lembranças, se foi feito usando artefatos históricos ou causando danos à
natureza.

• Prefira alimentos regionais


Além de ser prazeroso conhecer um lugar novo pelo sabor, ao comer alimentos
produzidos na região visitada o seu consumo tem menos impacto. É que assim
os itens provavelmente levam menos produtos químicos e são transportados por
distâncias mais curtas além de levar dinheiro para produtor local.

• Leve garrafa de água e sacola reutilizáveis


Praticas essenciais por questões de praticidade e economia, além da
consciência ambiental. Tenha sempre na bolsa uma garrafa d’água reutilizável e
uma ecobag daquelas que ficam pequenininhas. Assim, você evita a geração de
resíduos plásticos, que são péssimos pra o meio ambiente.

• Fique atento aos resíduos


Manter os lugares sempre limpos. Quando for fazer uma trilha ou visitar uma
praia, não se esqueça de levar um saquinho pra guardar o lixo.
• Não interfira na natureza
Ao fazer trilhas, permaneça sempre nos caminhos já demarcados, evitando a
erosão de outras partes. E lembre-se sempre daquela frase escrita em
plaquinhas em várias praias por aí: “tire apenas fotos, deixe apenas suas
pegadas, leve apenas suas lembranças”. Não leve plantas, conchas e pedrinhas
pra casa: parece um ato inocente, mas se todo mundo fizer isso, pode causar
um impacto ambiental.

• Respeite as regras
Siga também as outras regras estabelecidas nos passeios ou atrações que
visitar. Se não puder tirar fotos com flash, tocar nos objetos ou paredes ou entrar
no ambiente usando shorts ou com ombros à mostra, por exemplo, respeite as
normas do local.

• Vivencie a cultura local


Conhecer as pessoas que moram num destino torna qualquer viagem muito mais
rica. Procure entender as festas religiosas e eventos, ouvir histórias tradicionais,
vivenciar o dia a dia da população. Se possível, procure um guia local. Projetos
de turismo de base comunitária são ótimos pra esse tipo de imersão,
desenvolvidos levando em consideração as necessidades da população, muitas
vezes eles são administrados pelas próprias comunidades, que têm no turismo
uma fonte de renda complementar, sem abrir mão de suas atividades originais.

• Respeite os moradores
Mas essa interação toda também não pode ser feita de qualquer jeito. Se esforce
pra respeitar os moradores e não seja invasivo. Peça permissão pra tirar fotos
das pessoas, por exemplo. Pesquise sobre costumes e tradições locais, pra
entender melhor a comunidade e saber se existe algum comportamento seu que
poderia ser ofensivo, muitas manifestações culturais tradicionais acabam sendo
alteradas pela presença de turistas. Também acontece de uma comunidade se
descaracterizar pra atender aos visitantes, criando uma espécie de “encenação”
que pouco tem a ver com sua cultura original. Às vezes é difícil entender onde
fica a “linha” que separa a valorização da intromissão ou exploração, mas
acredito que precisamos tentar essa temática.

• Evite o desperdício de água


Além das medidas que já devemos tomar no dia a dia, como tomar banhos curtos
e fechar bem torneiras e chuveiros, outras atitudes podem ajudar a evitar o
desperdício de água em viagens, só peça pra ter toalhas e lençóis trocados se
for realmente necessário.

• Evite o desperdício de energia


É muito bom depois de um longo dia, chegar cansado no quarto de hotel
encontrar o ar condicionado ligado. Mas também é um baita desperdício de
energia. Ao sair pela manhã, desligue o ar, a TV e as luzes.

• Tente viajar leve


Prático e confortável, viajar leve é mais ambientalmente amigável, Com menos
bagagem fica mais fácil pegar transporte público em vez de táxi, e malas mais
leves gastam até menos combustível dos aviões.

• Respeite os animais
Visitar atrações que fazem mal a animais está entre os pecados mais comuns
dos viajantes. Muitas vezes não sabemos em que condições os bichinhos vivem,
mas é importante procurar saber antes de financiar ou estimular uma atividade
potencialmente nociva.
Hotelaria sustentável: tendências do setor e dicas ecológicas.Trivago
business blog. 2919. Disponível em: https://businessblog.trivago.com/pt-
br/hotelaria-sustentavel-tendencias-do-setor-dicas-ecologicas/. Acesso em: 17
fev. 2020.

Como a megatência da sustentabilidade ditará os rumos da construção civil nos


próximos 3 anos. 2018. Disponível em: https://www.puc-campinas.edu.br/como-
a-megatendencia-da-sustentabilidade-ditara-os-rumos-da-construcao-civil-nos-
proximos-3-anos/. Acesso em: 17 fev. 2020.

Vous aimerez peut-être aussi