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LEI Nº 5306, de 27 de setembro de 2005.

DISPÕE SOBRE A COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Prefeito Municipal de Joinville, no exercício de suas atribuições, faz saber


que a Câmara de Vereadores de Joinville aprovou e ele sanciona a presente Lei:

Art. 1º O Poder Executivo implantará a coleta seletiva de resíduos sólidos no


Município de Joinville, conforme regulamento específico.

Art. 2º A coleta, transporte e disposição final de resíduos sólidos constitui


serviço público prestado pelo Município, diretamente ou mediante concessão.

Art. 3º Resíduo sólido é o conjunto heterogêneo de materiais e substâncias


orgânicas ou não, produzidas pelas diversas atividades domésticas e comerciais
do Ser Humano.

Art. 4º Coleta Seletiva de resíduos sólidos constitui-se em serviço


especializado de coleta de materiais que podem ser recicláveis ou
reutilizáveis, desde que tenham sido separados e acondicionados de forma
correta pela fonte geradora.

Art. 5º De acordo com a procedência, os resíduos sólidos classificam-se em:

I - domiciliar;

II - comercial;

III - hospitalar;

IV - industrial;

V - público;

VI - especial.

§ 1º Resíduo sólido domiciliar é aquele produzido pelas atividades domésticas


e comerciais.

§ 2º Resíduo sólido público é o resultante das atividades de limpeza urbana,


executadas em passeios, vias e logradouros públicos e do recolhimento dos
resíduos depositados em recipientes públicos.

§ 3º Resíduos sólidos especiais são aqueles cuja produção diária exceda o


volume ou peso estabelecido para a coleta regular, ou os que, pela sua
composição qualitativa ou quantitativa, exijam cuidados especiais no
acondicionamento, coleta, transporte e disposição final, porque possuem
características tóxicas.
Art. 6º Os resíduos sólidos domiciliares, visando à coleta seletiva, serão,
para fins de transporte, acondicionados em sacos plásticos ou em outras
embalagens descartáveis, colocados em lixeiras altas, cerca de 1,00m (um
metro) do chão ou outras formas, de modo que facilitem o manuseio do coletor,
assim como devidamente separados em:

I - resíduos sólidos orgânicos ou úmidos;

II - resíduos sólidos secos ou recicláveis.

§ 1º Não poderão ser acondicionados aos resíduos sólidos, materiais explosivos


ou tóxicos em geral, assim como pilhas, lâmpadas e baterias.

§ 2º Os resíduos sólidos deverão passar por processos de limpeza prévia, ou


seja, lavados e eliminados os líquidos, antes de serem acondicionados em sacos
plásticos.

§ 3º Os materiais contundentes ou perfurantes, assim como os vidros de forma


geral, deverão ser embrulhados convenientemente em jornais ou de outra forma
que não coloque em risco o manuseio do coletor ou selecionador.

§ 4º Os materiais contundentes ou perfurantes serão acondicionados de modo


separado no caminhão coletor e serão descarregados por primeiro.

Art. 7º Os serviços regulares de coleta seletiva e transporte de resíduos


domiciliares processar-se-ão em dias e horários previamente definidos pelo
Poder Público, divulgados amplamente pelos meios de comunicação, folhetos e
cartilhas, em observância às disposições desta Lei.

§ 1º O Poder Executivo regulamentará a coleta seletiva de resíduos sólidos


produzidos nos Shoppings Centers do Município que possuam número igual ou
superior a 40 (quarenta) estabelecimentos comerciais. (Redação acrescida pela
Lei nº 6.537/2009)

§ 2º Ficará sob a responsabilidade da administração dos Shoppings Centers a


implantação de lixeiras em locais acessíveis e de fácil visualização para os
diferentes tipos de lixo produzidos nas suas dependências, contendo as
especificações previstas na Resolução nº 275/2001, do Conselho Nacional do
Meio Ambiente - CONAMA. (Redação acrescida pela Lei nº 6.537/2009)

Art. 8º Considerar-se-á em condições regulares, para fins de coleta seletiva e


transporte, os resíduos sólidos acondicionados na forma estabelecida nesta Lei
e no seu regulamento aprovado pelo Poder Executivo.

Art. 9º O Poder Executivo definirá a colocação, em logradouros públicos


estrategicamente localizados, Postos de Entrega Voluntária (PEV), para a
coleta seletiva de resíduos sólidos, proporcionando a coleta de diferentes
tipos de materiais separadamente.

Art. 9º A - Os condomínios, residenciais e comerciais, acima de 20 (vinte)


unidades autônomas, ficam obrigados a instalarem caixas coletoras de material
reciclável, nos padrões da Resolução Conama nº 275, de 25 de abril de 2001, ou
norma superveniente que a substitua, com pelo menos 04 (quatro) destinações
distintas, quais sejam: AZUL para papel/papelão; VERMELHO para plástico; VERDE
para vidro e AMARELO para metais.

§ 1º A disposição contida no caput do presente artigo será exigida dos novos


condomínios a partir de 90 (noventa) dias após a publicação desta lei.

§ 2º Os condomínios já existentes terão um prazo de 02 (dois) anos, a contar


da publicação desta lei, para se adaptarem à disposição contida no caput do
presente artigo.

§ 3º A inobservância do caput do presente artigo acarretará ao proprietário da


edificação as penalidades previstas no art. 18 e seguintes desta lei. (Redação
acrescida pela Lei nº 6.888/2011)

Art. 10 Os resíduos sólidos, a partir do momento em que são apresentados à


coleta, constituem responsabilidade exclusiva do Município para efeito de
coleta e destinação final, inclusive no caso de reciclagem.

Art. 11 Os resíduos sólidos secos coletados seletivamente serão destinados a


entidades sem fins lucrativos ou cooperativas de coletores de resíduos sólidos
recicláveis que atuem no Município e possuam infra-estrutura adequada para
recepção dos resíduos, desde que devidamente credenciadas junto ao Executivo
Municipal, para o que se levará em conta a viabilidade econômica do conjunto
das entidades ou cooperativas que atuam no setor.

Art. 12 Sem prejuízo da regular prestação do serviço público de coleta


seletiva, remoção e disposição de resíduos sólidos, os resíduos sólidos secos
recicláveis, poderão ser coletados diretamente por "coletores de resíduos
sólidos" associados, ou organizados em grupos por bairros, observados os
métodos adequados para transporte e disposição final e conforme regulamento
específico do Poder Executivo.

Art. 13 O Poder Executivo, em conjunto com a sociedade civil, desenvolverá


ações e adoção de hábitos corretos de limpeza pública,coleta seletiva e
preservação do meio ambiente, objetivando formar a consciência ambiental de
cidadania participativa.

Parágrafo Único - Para dar cumprimento ao disposto nesta lei, serão adotadas
as seguintes providências:

I - campanhas educativas através dos meios de comunicação de massa;

II - produção e distribuição de material de orientação como cartilhas,


folhetos, cartazes, filmes, vídeos e outros;

III - cursos de formação continuadas para agentes multiplicadores;

IV - informação, através da educação formal e informal, sobre coleta seletiva,


materiais recicláveis e biodegradáveis;

V - realização de atividades recreativas, culturais e esportivas em praças,


escolas, locais públicos e outros, objetivando a educação ambiental;
ambiental;

VI - convênios com organizações governamentais e não-governamentais,


associações de moradores, escolas, postos de saúde, igrejas, clubes de
serviços e meios de comunicação, visando a divulgação dos princípios de coleta
seletiva de resíduos sólidos e da reciclagem de materiais.

Art. 14 O Executivo Municipal, através da Secretaria de Qualidade, Integração


e Desenvolvimento, da FUNDEMA, SEINFRA e outras afins, juntamente com a
Assessoria de Imprensa do Gabinete do Prefeito divulgarão, mensalmente,
indicadores demonstrando a evolução do Programa de Coleta Seletiva de Resíduos
Sólidos de Joinville, bem como as ações realizadas com os coletores de
materiais recicláveis (catadores).

Art. 15 O Executivo Municipal buscará firmar parcerias com instituições


voltadas ao desenvolvimento econômico, no sentido de viabilizar a implantação
de uma incubadora de empresas voltadas ao reaproveitamento dos resíduos
sólidos.

Parágrafo Único - O Executivo Municipal deverá, no prazo de 60 (sessenta)


dias, a partir da publicação da presente lei, disponibilizar a toda comunidade
joinvilense um relatório contendo estudos de viabilidade da implantação da
incubadora citada no caput deste artigo.
Art. 16 O Executivo Municipal exercerá a fiscalização do cumprimento das
disposições desta Lei, aplicando, sempre que necessário, as penalidades
cabíveis, através de sua estrutura própria de fiscalização ambiental e de
posturas, em colaboração com a fiscalização trabalhista e previdenciária,
principalmente ao que se refere a funcionamento de galpões clandestinos."

Art. 17 O Poder Executivo Municipal poderá construir ou locar galpões, de


acordo com o zoneamento do Município, em bairros estrategicamente localizados,
objetivando a ampliação dos postos já existentes de recepção e seleção de
material reciclável, contribuindo, deste modo, com a geração de empregos e
renda, beneficiando inúmeras famílias que dependem de coleta destes materiais.

Parágrafo Único - O Poder Executivo Municipal poderá designar equipe técnica


de profissionais da área de psicologia, administração, serviço social e
pedagogia para acompanhar os processos de organização dos coletores de
materiais recicláveis em associações ou cooperativas; para a elaboração ou
encaminhamentos a cursos de formação, alfabetização e gestão; e para a
realização de trabalhos terapêuticos objetivando o resgate da auto-estima, da
convivência comunitária e outros.

Art. 18 Verificada a infração de qualquer dispositivo desta Lei, as


autoridades sanitárias, independentes de outras sanções cabíveis decorrentes
da legislação federal e estadual, poderão aplicar as seguintes penalidades:

I - advertência;

II - multa;

III - interdição total ou parcial, temporária ou permanente, de locais ou


estabelecimentos;

IV - cassação de alvará de licenciamento do estabelecimento.

Art. 19 As infrações de natureza sanitária serão apuradas em processo


administrativo próprio e classificam-se em:

I - leves: aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstâncias


atenuantes;

II - graves: aquelas em que for verificada uma circunstância agravante;

III - gravíssimas: aquelas em que for constatada a existência de duas ou mais


circunstâncias agravantes.

Art. 20 Para a graduação e imposição da pena, a autoridade sanitária levará em


conta:

I - as circunstâncias agravantes e atenuantes;

II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas conseqüências para a saúde


pública;

III - os antecedentes do infrator quanto às normas sanitárias.

Art. 21 São circunstâncias atenuantes:

I - a ação do infrator não ter sido fundamental para a consecução do evento;

II - a errada compreensão da norma sanitária, admitida como excusável, quando


patente a incapacidade do agente para entender o caráter ilícito do fato;

III - a imediata e espontânea ação do infrator no sentido de procurar reparar


ou minorar as conseqüências do ato lesivo à saúde pública que lhe for
imputado;
IV - ter o infrator sofrido coação, a que não podia resistir, para a prática
do ato;

V - ser o infrator primário e a falta cometida revestir-se de natureza leve.

Art. 22 São circunstâncias agravantes:

I - ser o infrator reincidente;

II - ter o infrator cometido a infração para obter vantagem pecuniária;

III - o infrator coagir outrem para a execução material da infração;

IV - ter a infração conseqüências calamitosas à saúde pública;

V - se, tendo conhecimento do ato lesivo à saúde pública, o infrator deixar de


tomar as providências de sua alçada, tendentes a evitá-lo;

VI - ter o infrator agido com dolo, ainda que eventual, fraude ou má-fé.

Art. 23 As penas elencadas no art. 18 serão aplicadas de forma diferenciada,


de acordo com a gravidade da infração, como segue:

I - infração de natureza leve:

a) advertência;

II - infração de natureza grave:

a) advertência;
b) multa;

III - infração de natureza gravíssima:

a) advertência;
b) multa;
c) interdição total ou parcial, temporária ou permanente, de locais ou
estabelecimentos;
d) cassação de alvará.

§ 1º São competentes para a aplicação das penalidades de que trata este artigo
as autoridades sanitárias.

§ 2º O desrespeito ou desacato às autoridades sanitárias, ou ainda, a


imposição de obstáculo ou resistência ao exercício de suas funções, sujeitarão
o infrator à penalidade de multa, nos termos do inciso II, do art. 23, sem
prejuízo das demais penalidades cabíveis.

§ 3º A reiteração de infrações de mesma natureza autorizará, conforme o caso,


a interdição do local ou estabelecimento ou a cassação do alvará.

§ 4º Sem prejuízo do disposto no art. 23, na aplicação da penalidade de multa,


a autoridade sanitária levará em consideração a capacidade econômica do
infrator.

§ 5º Quando aplicada a pena de multa, o infrator será notificado para efetuar


o pagamento no prazo de 30 (trinta dias), contados da data da notificação,
recolhendo-a a repartição fazendária competente, sob pena de cobrança
judicial.

§ 6º No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

Art. 24 A pena de multa será variável, de acordo com a gravidade da infração,


como segue:
____________________________________________________________
| | Mínimo |Máximo|
|======================================|==============|======|
|I - infração de natureza leve |0,10 UPM |1 UPM |
|--------------------------------------|--------------|------|
|II - infração de natureza grave |acima de 1 UPM|5 UPM |
|--------------------------------------|--------------|------|
|III - infração de natureza gravíssima |acima de 5 UPM|10 UPM|
|______________________________________|______________|______|

Parágrafo Único - Para apuração dos valores de multas previstas nesta lei,
adotar-se-á a Unidade Padrão Municipal (UPM), criada pela Lei nº 1.416, de 15
de dezembro de 1975.

Art. 25 O processo administrativo próprio para apuração das infrações


previstas nesta Lei será operacionalizado nos mesmos moldes do disposto nos
artigos 62 a 70 da Lei Complementar nº 7/93.

Art. 26 O Poder Executivo exercerá a fiscalização do cumprimento das


disposições desta lei, aplicando, sempre que necessário, as penalidades
cabíveis, através de sua estrutura própria de fiscalização ambiental e de
posturas, principalmente ao que se refere a funcionamento de galpões
clandestinos de recepção de material reciclável, que entre outros objetivos,
arregimentam e exploram coletores de material reciclável (catadores) e seus
dependentes, estabelecendo relações onde inexistem garantidas de direitos, de
inclusão social e principalmente trabalhistas.

Art. 27 As despesas com a execução desta lei correrão à conta das dotações
orçamentárias pertinentes, cabendo a sua suplementação, se necessário.

Art. 28 O Poder Executivo, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, regulamentará


esta Lei, observando os princípios da publicidade e da impessoalidade.

Art. 29 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Marco Antônio Tebaldi


Prefeito Municipal

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