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Quando um objeto, flores ou um animal, uma paisagem ou um corpo humano são vistos
pelo artista, nesse mesmo instante, através da imaginação transformam-se numa outra
coisa. São agora objetos da ilusão, paradoxalmente reais para ele, são agora mais do que
eram simplesmente, porque revestem-se de outra matéria luminosa, estranhamente
imaterial, e assumem simbologia num contexto extraordinário, íntimo, que dialoga com
seu imaginário de artista.
Assim, o processo do vir a ser belo , seja o da flor, da paisagem, do corpo
humano - no curso livre de sua efetivação estética, tornam-se um outro objeto – exposto
na obra- encerrando a potência de uma ilusão encantadora.
E assim, ainda que ela, a obra, retenha em si a aparência de uma flor, de uma
paisagem ou de um corpo humano, ela é em verdade apenas representação, a ilusão de
ser o objeto da experimentação do artista. Isto porque ela dissimula materialmente ser o
que de fato era imaterial e portanto, não passa de um simulacro ilusório, um
encantamento luminoso capaz de evocar na imaginação do público formas emocionais
semelhantes as que sentiu o artista.