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Foto: Patrícia C.

Milanez

DOMÍNIO EUKARYA

REINO PROTISTA

Hemitrichia serpula

filo Acrasiomycota contém 12 espécies, distribuídas em quatro gêneros,


encontradas em solos, plantas e fezes de animais. Nenhuma espécie deste
filo foi relatada para o estado de São Paulo e não existem especialistas
neste grupo no Brasil. O filo Dictyosteliomycota é composto de
organismos cosmopolitas que ocorrem em solos, plantas em decomposição e fezes de
animais e contém 46 espécies, distribuídas em quatro gêneros, sendo que nenhuma delas foi
isolada no estado de São Paulo. O filo Myxomycota contempla mais de 700 espécies
sapróbias e cosmopolitas, comuns em florestas tropicais úmidas, onde ocorrem em plantas e
substratos orgânicos em decomposição. Em função de deficiência de coletas e falta de
especialistas, menos de 25% das espécies existentes foram relatadas no país, sendo que, destas,
70% foram registradas no estado de São Paulo. O filo Plasmodiophoromycota é formado
por um pequeno número de endoparasitas de plantas vasculares, sendo conhecidas 29
espécies, alocadas a 10 gêneros. Pelo fato de algumas espécies atacarem plantas terrestres e
aquáticas, registros de ocorrência no estado de São Paulo têm sido feitos por fitoptalogistas.
No momento não existem especialistas na taxonomia deste grupo no Brasil.
REINO PROTISTA

FILO ACRASIOMYCOTA
mixomicetos celulares; acrasiomicetos

Número de espécies
No mundo: 12
No Brasil: 0
Estimadas no estado de São Paulo: ?
Conhecidas no estado de São Paulo: 0

egundo Hawksworth et al. (1995), o grupo contém 12 espécies,


distribuídas em quatro gêneros, cujas características principais são: fase
trófica amebóide, o pseudoplasmódio agregando-se sem correntes;
pseudopódios das amebas lobópodes; esporocarpo séssil, multi-esporado;
células flageladas presentes em alguns representantes. O pseudoplasmódio não se
movimenta. Podem ser encontrados em culturas de câmaras úmidas de solo, partes mortas de
plantas e cogumelos e também em fezes de animais. Não há qualquer especialista no Brasil
trabalhando com esses diminutos organismos e nenhum relato de espécie consta da literatura
consultada para o estado de São Paulo. Teixeira (1970) descreve os gêneros nesse filo,
abrangendo, inclusive, Dictyosteliomycota, conforme o entendimento naquela década.
REINO PROTISTA

FILO
DICTYOSTELIOMYCOTA
mixomicetos celulares; dictiosteliomicetos

Número de espécies
No mundo: 46
No Brasil: 0
Estimadas no estado de São Paulo: ?
Conhecidas no estado de São Paulo: 0

ão organismos semelhantes aos verdadeiros mixomicetos (plasmódios


acelulares), porém o plasmódio, na realidade, é um agrupamento de
mixamebas e, neste caso, toma o nome de pseudoplasmódio. As células
que se agregam para formar o pseudoplasmódio nunca perdem a sua
identidade, e se alimentam como as amebas verdadeiras, por meio de filópodes. O
pseudoplasmódio move-se como um molusco, deixando um rastro de muco. Segundo a
literatura pertinente, são organismos cosmopolitas, ocorrendo no solo, em fezes de animais,
cogumelos ou plantas em decomposição. Raramente são observados num exame preliminar.
Suas estruturas de reprodução são pequenas, não ultrapassando 5mm de altura. A sua
importância é acadêmica e têm sido utilizados como modelos para estudos experimentais em
diferenciação celular. Não há relatos de estruturas flageladas no grupo.(Alexopoulos et al.,
1996). Segundo Hawksworth et al. (1995), o grupo contém cerca de 46 espécies, distribuídas
em quatro gêneros. Não há qualquer especialista trabalhando com o grupo no Brasil. Ao que
consta, no estado de São Paulo nenhum trabalho foi publicado sobre este grupo. Certamente
esses organismos ocorrem em nosso ambiente, porém a ausência completa de especialistas
deve ser o principal fator da inexistência de relatos no estado de São Paulo e no Brasil.
Consultar Teixeira (1970) para os gêneros incluídos nesse filo, estudados dentro de
Acrasiomycetes.
REINO PROTISTA

FILO MYXOMYCOTA
mixomicetos acelulares ou plasmodiais; mixomicetos

Número de espécies
No mundo: 720
No Brasil: 175
Estimadas no estado de São Paulo: ?
Conhecidas no estado de São Paulo: 124

ouco mais de 700 espécies de mixomicetos celulares são conhecidas no


mundo. Segundo (Hawksworth et al. 1995), são incluídos neste filo os
organismos possuidores de fase vegetativa diplóide, multinucleada,
desprovida de parede celular, o plasmódio, que exibe fluxos reversíveis de
protoplasma. Este pode originar estrutura de resistência - esclerócios - ou esporocarpos, que
formam esporos dotados de parede celular, em seu interior. Esses esporos são dispersos
pelas correntes aéreas. Quando germinam, podem formar uma ou mais mixamebas (células
amebóides) ou então células flageladas, dotadas de 1 a 4 flagelos lisos. Ambos, mixamebas e
células flageladas, podem funcionar como gametas, fundindo-se aos pares. Plasmogamia e
cariogamia ocorrem e originam o zigoto diplóide. Este cresce e transforma-se num
plasmódio jovem. Por meio de sucessivas mitoses e fusões com outros plasmódios, ele atinge
a maturidade e, sob determinadas condições, forma esclerócios ou esporocarpos. São
sapróbios e cosmopolitas, preferindo ambientes úmidos de florestas tropicais. Ocorrem em
troncos e folhas mortos e outros substratos orgânicos. Até pouco tempo atrás, eram
incluídos entre os fungos e, segundo Alexopoulos et al. (1996), este fato talvez os tenha salvo
da obscuridade, porque foram estudados por eminentes micólogos, interessados em suas
características de ciclo de vida, reprodução e possibilidades como organismos experimentais.
São freqüentemente encontrados nos mesmos ambientes em que os micólogos procuram os
verdadeiros fungos. No Brasil são pouquíssimos os micólogos que estudam os mixomicetos,
um deles atua no estado de São Paulo. As técnicas de coleta, além da observação direta de
substratos, incluem o uso de iscas adicionadas às amostras, ou colocadas no ambiente de
coleta.
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DIVERSIDADE NO REINO PROTISTA:
MYXOMYCOTA

ADAUTO IVO MILANEZ

Instituto de Botânica,
Caixa Postal 4.005, 01061-970 São Paulo, SP

1. Introdução

Os mixomicetos, atualmente inclusos em outro reino – Proctotista, ainda continuam a ser estudados pelos
micólogos, muito mais por tradição do que por afinidade com os verdadeiros fungos. A importância econômica
do grupo é pequena, mas torna-se relevante academicamente, constituindo-se em excelente material de estudo
para os pesquisadores de várias áreas, principalmente para a pesquisa do ciclo mitótico, morfogênese, mudanças
químicas que interferem na reprodução, movimento do protoplasma, entre outros. São cosmopolitas e saprobióticos,
vivendo em vários tipos de substratos. São visíveis na natureza, por meio de seus esporocarpos ou plasmódios A
fase vegetativa é formada por um protoplasma multinucleado sem paredes, denominado plasmódio. Este pode
dar origem ao esclerócio (estrutura de resistência) ou esporocarpo (esporângio, plasmodiocarpo ou etálio), que
contém no seu interior esporos. Liberados no meio ambiente, os esporos germinam, dando origem a mixamebas
ou células flageladas (flagelos tipo “chicote”). Estas fundem-se aos pares, dando origem ao zigoto, e este, ao
plasmódio. Isto acontece nas formas heterotálicas, porém o homotalismo também está presente. São cosmopolitas
e têm sido encontrados em todas as latitudes onde há substrato adequado: madeira e folhas em decomposição ou
outro substrato orgânico.

2. Estado do conhecimento

Menos de 25% do número total de espécies de Myxomycetes foram relatados para o país. Isto se deve
principalmente a deficiências de coletas e de recursos humanos dedicados ao estudo desse grupo de organismos.
Cerca de 70% das espécies mencionadas para o país já foram reportadas para o estado de São Paulo. Segundo
Hochgesand & Gottsberger (1996), os estudos no estado são poucos e muitos deles datam do início do século
XX. Os referidos autores, relacionam os trabalhos publicados sobre mixomicetos no estado de São Paulo. A
partir da década de 70, os estudos foram retomados, com os trabalhos de Farr (1974), Cavalcanti (1978, tese de
mestrado com mixomicetos do cerrado de Emas, Piraçununga), Maimoni-Rodella & Gottsberger (1980), Cavalcanti
et al. (1985), Gottsberger (1968, 1971), Gottsberger & Nannenga-Bremerkam (1971), Hochgesand & Gottsberger
(1989) and Hochgesand et al. (1989). Putzke (1996) apresentou uma revisão bibliográfica dos mixomicetos brasileiros,
referindo-se aos trabalhos publicados entre 1876 e 1996, relacionando 175 táxons específicos, distribuídos em 12
famílias e 32 gêneros. O autor apresenta chaves para a identificação até espécie, tendo compilado toda a literatura
publicada no período acima citado. Um trabalho taxonômico, em língua portuguesa, dos gêneros incluídos nesse
filo foi realizado por Teixeira (1971).
As principais coleções brasileiras localizam-se na Universidade Federal de Pernambuco PE; na UNESP de
Botucatu, no Instituto de Botânica em São Paulo e na Universidade de Santa Cruz do Sul, RS
Um único pesquisador no estado de São Paulo trabalha no campo, Dra. Rita Sindônia Cássia. Maimoni-
Rodella, do Departamento de Botânica, Instituto de Biociências da UNESP, campus de Botucatu, SP.
78 A.I. Milanez

Tabela 1 – Ocorrência de Myxomycetes no estado de São Paulo

Família no de gêneros no de espécies Variedades


Ceratiomyxaceae 1 1 -,-
Liceaceae 1 4 -,-
Enteridaceae 4 7 1
Cribariaceae 2 10 -,-
Dianemataceae 1 1 -,-
Trichiaceae 6 23 -,-
Echinosteliaceae 1 1 -,-
Clastodermataceae 1 1 -,-
Physaraceae 6 42 -,-
Didymiaceae 3 15 1
Stemonitaceae 4 19 -,-
Total 11 30 124 2
(-) não relatado

3. Metas

Um projeto de estudo do grupo no estado de São Paulo deverá conter um forte enfoque na formação de
recursos humanos, pois apenas uma pessoa está atualmente trabalhando em taxonomia de mixomicetos. Deverá
contemplar também coletas intensivas em áreas carentes. Bibliografia e herbários para depósito dos materiais
coletados não constituem problema.
REINO PROTISTA

FILO
PLASMODIOPHOROMYCOTA
plasmodioforomiceto

Número de espécies
No mundo: 29
No Brasil: 4
Estimadas no estado de São Paulo: ?
Conhecidas no estado de São Paulo: 3

onstitui um pequeno grupo de organismos endoparasitas de plantas


vasculares que causam hiperplasia das células. No mundo são conhecidas
cerca de 29 espécies, distribuídas em 10 gêneros, agrupados em uma única
família: Plasmodiophoraceae (Alexopoulos et al., 1996). É um grupo
monofilético, pela presença de alguns caracteres marcantes, como a divisão nuclear
cruciforme, presença de dois flagelos lisos “whiplash” de tamanhos diferentes e a presença
de uma fase multinucleada e protoplasma desprovido de paredes como um plasmódio.
Este é diferente do plasmódio dos mixomicetos, porque não fagocita os alimentos, nem
possui movimentos citoplasmáticos e está contido dentro das células dos hospedeiros.
Alguns representantes parasitam algas e oomicetos (Achlya spp., Saprolegnia spp.). Outras
espécies atacam raízes de plantas aquáticas ou terrestres. Poucas espécies possuem
importância econômica, como a Plasmodiophora brassicae, responsável pela hérnia de crucíferas,
e a Spongospora subterrânea, que causa a sarna pulverulenta da batata. No estado de São
Paulo os relatos têm sido feito por fitopatologistas e apenas uma espécie foi observada
parasitando Saprolegniaceae (Rogers et al., 1970; Viegas & Teixeira, 1943). Várias espécies
podem se tornar vetores de vírus vegetais (Alexopoulos et al., 1996) Não há um especialista
no campo no Brasil.
Protista 81

1. Introdução

Este pequeno grupo de organismos endoparasitas possui apenas 26 espécies distribuídas em 10 gêneros
dentro da única família e ordem (Dylewski, 1990; Hawksworth et al, 1995). Alguns de dois flagelos lisos de
diferentes comprimentos. possuem importância econômica pois parasitam plantas superiores causando doenças,
como a Plasmodiophora brassicae e Spongospora subterranea Outros atacam oomicetos, causando sempre hipertrofia
dos tecidos, ex. Woronina polycystis. São caracterizados pela divisão nuclear cruciforme, a presença de uma fase
multinucleada desprovida de paredes que ocupa as células do hospedeiro e a presença A fase multinucleada que
lembra um plasmódio, no entanto dele difere pela incapacidade de fagocitar, pela ausência de movimentos de
fluxos citoplasmáticos e ocupar células dos hospedeiros. A infecção do hospedeiro é iniciada pelo zoósporo
primário encistado na parede da célula hospedeira que lança o seu conteúdo nela. Divisões mitóticas cruciformes
ocorrem e o protoplasto aumenta e se transforma no plasmódio esporangial primário. Ele desenvolve-se, até
atingir condições de formar zoosporângios, que podem estar isolados ou agregados, formando soros. Zoósporos
secundários são formados dentro dos zoosporângios e liberados para fora do hospedeiro ou para outras células
deste. A germinação dos zoósporos secundários resulta, no hospedeiro, no plasmódio secundário. Nesse momento,
os tecidos do hospedeiro estão hipertrofiados. O plasmódio secundário forma esporos de resistência, após
sofrer divisões meióticas; estes podem estar isolados, mas geralmente aparecem agrupados - os esporossoros.
Estes, por sua vez, são liberados quando os tecidos do hospedeiros estão mortos e se desintegram. Podem ficar
dormentes até oito anos (Alexopoulos et al., 1996). Quando germinam, dão origem aos zoósporos primários. Na
maior parte dos relatos, os fitopatologistas estão envolvidos com a descrição de doenças causadas por esses
organismos. Há um trabalho em língua portuguesa sobre os gêneros desse filo (Teixeira, 1970).

2. Estado do conhecimento

No estado de São Paulo não há qualquer especialista trabalhando com esse grupo de organismos. Há
quatro relatos publicados sobre três espécies de plasmodioforomicetos, sendo que dois foram feitos por
fitopatologistas e dois por micólogos. A preservação de material pode ser feita por herborização das raízes dos
hospedeiros (exsicatas) ou por preservação em soluções preservantes.

3. Metas

É necessário estabelecer programa de treinamento de fitopatologistas e micologistas para capacitação de


reconhecimento das doenças causadas pelos plasmodioforomicetos, reconhecimento dos organismos e formação
de recursos humanos.

4. Bibliografia

Alexopoulos, C.J., Mims, thC.W. & Blackwell, M. 1996. Introductory Mycology. New York, John Wiley &
Sons, Inc. x + 869p. (4 . Edit.)
Bononi, V.L.R., Trufem, S.F.B. & Grandi, R.A.P. 1981. Fungos macroscópicos do Parque Estadual das
Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil, depositados no herbário do Instituto de Botânica. Rickia, 9: 37-53.
Cavalcanti, W.N.L.H. 1974. Mixomicetos corticícolas do cerrado de Emas (Piraçununga-Estado de São Paulo).
Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo.
Dylewski, D.P. 1990. Phylum Plasmodiophoromycota.. In Margulis, L., Corliss, J., Melkonian, M. & Chapman,
C.J. eds. Handbook of Protoctista. Boston, Jones & Bartlett Publs., 399-416.
Farr, M.L. 1974. An illustrated key to the Myxomycetes to the Myxomycetes of South America, with special
reference to Brazil. Rickia, 3: 45-88.

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