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COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA - CEB

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006


1 - Mensagem da Administração
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

Em cumprimento às disposições legais, a Administração da Companhia Energética de


Brasília – CEB tem a satisfação de apresentar o Relatório Anual da Administração, juntamente com as
Demonstrações Financeiras, Notas Explicativas e o Parecer dos Auditores, relativos ao exercício social de
2006.

O ano de 2006 iniciou com a implementação da reestruturação societária da empresa,


atendendo a definição da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, aprovada pela Resolução Autorizativa nº
318/2005 – ANEEL. A Companhia Energética de Brasília – CEB passou à condição de holding, sendo
criada a CEB Distribuição S.A., com personalidade jurídica distinta e foco no negócio de distribuição e
comercialização de energia elétrica no Distrito Federal.

A reestruturação societária respeitou um modelo conceitual de reestruturação organizativa


comum às empresas do setor elétrico brasileiro; porém, manteve como objetivo empresarial comum às
empresas do “Grupo CEB” a coerência de desenvolver ações preditivas e corretivas de equacionamento do
equilíbrio econômico-financeiro, resguardada a excelência de prestação de serviços e do atendimento a
clientes, parceiros e mandatários.

A meta de adequação de custos à tarifa posta pela ANEEL orientou a adoção, pela CEB
Distribuição S.A., de um Programa de Desligamento Voluntário – PDV, ao qual aderiram 185 profissionais,
representando a redução de 15% (quinze por cento) no custo de pessoal, que, acrescido da redução
conseguida com o primeiro PDV, realizado em 2005, antes da desverticalização, atinge uma economia de
mais de 30% (trinta por cento).

Ressalte-se que a Companhia, buscando atenuar os riscos institucionais, de curto e médio


prazos, provocados pela abrupta queda de receita no período pós revisão tarifária de 2004, que agravou as
dificuldades econômico-financeiras já observadas desde o período do racionamento de 2001/2002,
implantou a reestruturação produtiva, em 2004/2005, já com a perspectiva de implantação da
reestruturação societária, concretizada em 12.01.2006. A reestruturação produtiva, além de buscar a
alteração de metodologias técnico-gerenciais na linha da racionalização/redução de custos, propôs, dentre
outras medidas, a realização dos Programas de Desligamento Voluntário já citados. A modelagem adotada
prevê tornar positivo o resultado econômico-financeiro a partir de 2008, tendo as ações de reestruturação e
respectivos recursos contado com prévia anuência do órgão regulador e dos conselhos Fiscal e de
Administração. Caso ações como o PDV não fossem implementadas, a Companhia teria resultado
operacional negativo, com estimativas de desequilíbrio sistêmico, situação que foi evitada com as ações
tomadas.

O enxugamento do quadro de pessoal está favorecendo o desenvolvimento de trabalhos


diversos, onde competências e habilidades individuais somaram-se para o atingimento de resultados
empresariais comuns.

A CEB registrou, em 2006, a consolidação de medidas eficazes para o suprimento


energético do Distrito Federal, bem como inaugurou a Usina de Corumbá IV, que garantirá o suporte
necessário ao desenvolvimento da área de atuação mais direta da CEB.

No exercício de 2006, os dirigentes e técnicos da Empresa puderam alocar capacidade de


gestão para superar os desafios impostos por fatores exógenos e cumprir as metas definidas no seu
planejamento estratégico, para atingir os resultados empresariais e sociais exigidos pela sociedade do
Distrito Federal.

2 - Cenário Macroeconômico

Apesar do crescimento frustrante do PIB neste ano, a economia brasileira apresentou um


amplo conjunto de resultados positivos, como o comportamento da inflação e das contas externas, a
eliminação da dívida líquida cambial do setor público e a firme expansão da massa salarial e das vendas do
comércio varejista. Além disso, os indicadores financeiros de expectativas evoluíram muito favoravelmente
com o Risco Brasil (203 pontos) e as taxas de juros longas, tendo chegado aos seus menores níveis
históricos.
Enquanto o PIB cresceu apenas 2,8%, a taxa de crescimento da demanda doméstica
(Consumo + Investimento) foi de 4,2% no período. Assim, a demanda vem crescendo a uma taxa
razoavelmente elevada e bem superior à do ano passado (quando cresceu 2,5%). Como o principal efeito

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

negativo esperado da alta taxa de juros sobre a atividade econômica reside na contenção da demanda
doméstica, o crescimento desta, em 2006, sugere que não foi tão grande a responsabilidade da taxa de
juros (ainda elevada) para com o baixo crescimento do PIB neste ano.

A inflação (IPCA) ficou bem abaixo do que se previa, 3,1%. O saldo da balança comercial
surpreendeu positivamente fechando em US$ 45 bilhões, a despeito da taxa de câmbio bem abaixo do
esperado, pois o dólar encerrou o ano em R$ 2,15. A taxa SELIC recuou bem mais que o previsto – 13,25%
– devido basicamente ao comportamento positivo da inflação.

Na análise trimestral da evolução da indústria nacional em relação ao mesmo período do


ano anterior, verifica-se aceleração em seu ritmo de crescimento, na passagem do segundo para o terceiro
trimestre, por conta do movimento de redução na taxa de juros, apesar do efeito prejudicial do câmbio
valorizado. No segundo trimestre, a expansão alcançou 0,9%; no terceiro, 2,7%, completando-se doze
trimestres consecutivos de resultados positivos. Esse crescimento foi observado em todas as categorias de
uso e em 21 das 27 atividades acompanhadas pelo IBGE, com destaque para alimentos, que passou de
1,3% para 3,4%; e máquinas e equipamentos, de -0,5% para 5,3%.

O crescimento do volume de vendas do comércio varejista manteve-se praticamente estável


na passagem do segundo para o terceiro trimestre (de 6,3% para 6,2%), em relação ao mesmo período do
ano anterior. O indicador acumulado do ano registrou taxa de 5,8% para o volume de vendas do comércio
varejista e 7,4% para a receita nominal.

Os mercados financeiros continuam alcançando sucessivos recordes de pontuação em


2006. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o ano com alta de 32,93%.

Ao longo de 2006, foi possível consolidar a melhoria dos indicadores de endividamento


público. A dívida pública federal, que representa a dívida do governo em títulos, aumentou no mês de
novembro. O valor é de R$ 1,081 trilhão, frente ao registrado no mês de outubro, de R$ 1,063 trilhão. Os
resultados fiscais consolidados de janeiro a outubro sugerem que a meta de superávit primário de 4,25% do
PIB será, mais uma vez, alcançada com folga este ano, pois o superávit consolidado nos últimos 12 meses
chegou a R$ 89,4 bilhões (4,34% do PIB em outubro).

Portanto, mesmo com a melhora da maioria dos indicadores econômicos em 2006 -


aumento real do salário mínimo, programas sociais, inflação baixa e reajustes salariais favoráveis de
categorias importantes - é sabido que as reformas estruturais precisam ser feitas; que o câmbio continua
desfavorável, prejudicando as exportações; que as taxas de juros reais ainda estão muito elevadas; e que
as famílias já estão muito endividadas, comprometendo o crescimento da economia nacional.

3 - Reestruturação Societária - O Grupo CEB

A Companhia Energética de Brasília - CEB, razão social da então Companhia de


Eletricidade de Brasília - CEB, criada mediante autorização da Lei nº 4.545, de 10.12.64, e com a atual
denominação dada pela Lei nº 383, de 16.12.92, é uma sociedade de economia mista, de capital aberto,
regida pela Lei das Sociedades Anônimas e pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, desde 04.7.94,
data da abertura de seu capital. A CEB, concessionária de serviços públicos de energia elétrica, segue as
orientações da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, do Ministério das Minas e Energia, órgão
fiscalizador das concessões objeto dos contratos ANEEL/CEB nos 65 e 66/99.

A CEB, com a organização societária em forma de holding, decorrente de sua


reestruturação, amplia o horizonte desenvolvimentista preconizado pela Administração em 2006 e possibilita
às regiões circunvizinhas ao Distrito Federal a geração de renda, por meio da oferta de empregos
relacionados ao negócio, e o conseqüente desenvolvimento da região do entorno.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA

Companhia
Energética de
Brasília - CEB
Holding

G
D P
CEB CEB CEB
Geração S.A. Distribuição Participações Outras
(100%) S.A. (100%) S.A. (100%) Participações

Informações mais detalhadas sobre o grupo CEB poderão ser encontradas nas Notas
Explicativas n° 1.3 e n° 5 das Demonstrações Contábeis.

4 - Desempenho empresarial do segmento de Distribuição

4.1 - Obras e Serviços no Sistema Elétrico de Distribuição

4.1.1 - Rede de Distribuição Subterrânea até 15 kV


• 8,83 km de rede subterrânea de dutos diversas formações;
• 278 caixas subterrâneas de A.T/B.T.;
• 24,13 km de circuitos instalados;
• Foram executadas nove subestações de 13,8/0,38/0,22 kV, em diversos
locais do Distrito Federal, totalizando 19.000 kVA de potência instalada.

4.1.2 - Rede de Distribuição Aérea até 15 kV


• 1.307 postes;
• 86,33 km de redes de distribuição de energia elétrica;
• 1.285 kVA monofásico e 10.177,5 kVA trifásicos instalados em 227
transformadores;
• 10.200 unidades consumidoras.

4.1.3 - Obras de Melhoria no Sistema de Distribuição 15 kV


• Recondutoramento do circuito 0807;
• Construção de Rede de Distribuição Urbana – RDU de AT 13,8 kV
compacta para atender ao setor de Múltiplas Atividades Sul.

4.1.4 - Obras de Expansão e Iluminação Pública


• Remanejamento de Rede de AT/BT ao longo da DF-290 para possibilitar a
implantação de Rede de IP;
• Rede de AT/BT no pistão sul de Taguatinga para atender a obra de IP no
local;
• Construção de rede aérea para atender a iluminação pública da via entre
as QNO 08 e 14 (Ceilândia).

4.1.5 - Subtransmissão
• Instalação de 02 (dois) bays de linha e de 01 (um) bay de transformador,
tensão de 138 kV, na Subestação Brasília Centro;
• Instalação de 02 (dois) transformadores de 32 MVA na tensão de 138 kV,
02 (dois) bays de transformador e 02 (dois) bays de linha subterrânea,
tensão de 138 kV, na Subestação Embaixadas Sul;
• Iniciada a instalação do terceiro transformador de 6,5 MVA, tensão 69 kV,
na Subestação do PAD;
• Instalação da LD linha de distribuição subterrânea em 138 kV, entre a
Subestação Brasília Centro e a Subestação Embaixadas Sul,
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

compreendendo a distância de 4,2 km, com capacidade de transportar 160


MVA.

4.2 - Compra de Energia Elétrica em 2006

A energia comprada pela CEB Distribuição S.A. em 2006 teve a seguinte


composição:

Físico Financeiro
Fornecedor Energia – MWh Valor
Quantidade Participação (%) Quantidade (R$) Participação (%)
Itaipu 945.643,777 19,7 77.764.295,87 20,9
Proinfa 17.644,038 0,4 5.209.756,16 1,4
CCEAR 2.288.449,387 47,6 142.353.593,30 38,3
Corumbá IV 665.760,000 13,8 71.714.982,00 19,3
Lajeado 885.975,853 18,4 73.968.001,42 19,9
Investco 8.668,843 0,2 728.165,14 0,2
Total 4.812.141,898 100,0 371.738.793,89 100,0
Mix de Compra - R$/MWh 77,25
Quadro 01 - Quadro de energia comprada pela CEB Distribuição S.A.. Os valores apresentados não
contemplam as variações dos itens da parcela A-CVA.

A CEB Distribuição S.A. participou de dois leilões públicos de energia elétrica, na


qualidade de compradora:

• No 2o Leilão de Energia Elétrica proveniente de novos empreendimentos, A-3,


realizado em 29.06.2006, a CEB Distribuição S.A. foi contemplada com
9.030.649,734 MWh, cujo fornecimento ocorrerá a partir de 2009, tendo, para as
usinas termoelétricas, a duração de 15 (quinze) anos, ou seja, até 2023; e, para
as usinas hidrelétricas, 30 (trinta) anos, ou seja, até 2038;

• No 5o Leilão de Energia Elétrica A-1, proveniente de empreendimentos existentes


(“energia velha”), realizado em 14.12.2006, a CEB Distribuição S.A. adquiriu
157.832,070 MWh de energia de origem hidráulica, com fornecimento a partir de
01.01.2007 e duração de 8 anos, contratados de 4 empresas: CEEE, CELG,
CHESF e ELETRONORTE.

4.3 - Mercado

Em 31 de dezembro de 2006, a CEB Distribuição S.A. registrou o total de 743.542


clientes, com crescimento de 2,36% em relação a dezembro de 2005, a saber:
Classes de Consumidores 2005 2006 Variação (%)
Residencial 632.661 650.036 2,75
Comercial 79.195 78.698 -0,63
Rural 8.801 8.956 1,76
Poder Público 3.844 3.984 3,64
Industrial 1.653 1.580 -4,42
Serviço Público 198 218 10,10
Iluminação Pública 19 19 0
Total 726.371 743.542 2,36

Quadro 02 - Quadro de distribuição do número de consumidores por classes.

4.3.1 - Consumo por classe

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

O consumo de energia elétrica, por classe, em 2006, teve um aumento médio


de 4,89%, no total de 3.989.428 MWh, demonstrado em detalhes no quadro seguinte:

Classes de Consumo 2005 (MWh) 2006 (MWh) Variação (%)

Residencial 1.507.609 1.589.608 5,44


Comercial 1.174.348 1.225.611 4,37
Poder Público 459.283 488.253 6,31
Serviço Público 216.701 234.648 8,28
Iluminação Pública 211.739 212.766 0,43
Industrial 131.950 140.803 6,71
Rural 97.151 93.597 -3,66
Consumo Próprio 4.538 4.142 -8,73
Total 3.803.319 3.989.428 4,89
Quadro 03 - Quadro de distribuição do consumo de energia por classe de consumidores.

O consumo de energia elétrica no Distrito Federal cresceu 4,89 (quatro vírgula oitenta
e nove por cento), com destaque para o serviço público, considerando que o metrô do Distrito
Federal passou a operar o maior número de linhas. O setor industrial apresentou o aumento de
6,71% (seis vírgula setenta e um por cento) em seu consumo, mostrando crescimento acima
da média.

Industrial Consumo Próprio


Rural
Iluminação Pública 4% 2% 0%
5%

Serviço Público
Residencial
6%
40%

Poder Público
12%

Comercial
31%

Gráfico 01 - Gráfico da participação das classes de consumidores no faturamento da CEB


Distribuição S.A.

Registra-se que após a tarifa de energia elétrica definida pela ANEEL,


em agosto de 2006, a população do Distrito Federal paga a segunda menor tarifa
residencial do País.

4.3.2 - Tarifas de fornecimento

4.3.2.1 - As tarifas de fornecimento de energia elétrica da CEB Distribuição


S.A. foram reajustadas, em média, em –1,59% (um vírgula
cinqüenta e nove por cento negativo) pela Resolução Homologatória
da ANEEL nº 368, de 22 de agosto de 2006, sendo 2,88% (dois
vírgula oitenta e oito por cento) referente aos componentes
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

econômicos do reajuste tarifário anual e –4,47% (quatro vírgula


quarenta e sete por cento negativos) relativo aos componentes
financeiros.

4.3.2.2 - Dentre os componentes financeiros que causaram maior impacto


nas tarifas destacam-se: a CVA (Conta de Compensação de
Variação dos Valores dos Itens da Parcela A), que representa
–2,88% do IRT 2006; a parcela de ajuste da Rede Básica,
representando –2,28% do Índice de Reajuste Tarifário anual; e a
reclassificação da Subclasse Residencial Baixa Renda com –3,54%
do IRT 2006.

Os componentes econômicos da tarifa são reunidos em dois


grupos:

• Parcela A, que abrange os custos não-gerenciáveis da Empresa,


ou seja, aquisição de energia, encargos setoriais e encargos de
transmissão;
• Parcela B, que abrange os custos gerenciáveis pela
Concessionária, que correspondem aos custos operacionais,
remuneração do capital e quota de reintegração.

As novas tarifas da CEB Distribuição S.A. entraram em vigor em 26


de agosto de 2006, com vigência até 25 de agosto de 2007. Os
custos que resultaram no reposicionamento tarifário concedido para
a CEB Distribuição S.A. são apresentados a seguir:

Resumo dos Custos Aplicados no Reposicionamento Tarifário da CEB Distribuição S.A.


(Em R$ mil)
1 - TOTAL DE CUSTOS DA PARCELA “A” 551.700 63,46%
1.1 - Compra de Energia 374.619 67,90%
1.2 - Encargos Setoriais 112.224 20,34%
1.3 - Transporte de Energia 64.857 11,76%
2 - TOTAL DE CUSTOS DA PARCELA “B” 317.635 36,54%
Receita Requerida 869.335 100%

Quadro 04 - Quadro resumo dos custos aplicados no Reposicionamento Tarifário.

4.3.2.3 - Indicadores de Qualidade


Os principais indicadores de qualidade do fornecimento de energia
elétrica constantes do contrato de concessão e fiscalizados pela
ANEEL são o DEC – Duração Equivalente de Interrupção por
Cliente e o FEC – Freqüência Equivalente de Interrupção por
Cliente. No final de 2006, a qualidade do fornecimento de energia
elétrica, com relação à continuidade, medida pelos índices DEC e
FEC, teve a evolução retratada a seguir:

Anos DEC (horas/ano) FEC (freqüência/ano)


2004 10,95 14,21
2005 11,06 10,63
2006 13,44 11,54
Quadro 05 - Quadro de indicadores de resultado - DEC e FEC.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

O crescimento nos valores de referência do indicador DEC, entre outros motivos,


deve-se ao fato de o sistema ter acumulado quantidades intensas de chuvas com maior
volume em menor tempo, do tipo "pancadas de chuvas". Freqüentes estudos da Companhia
sinalizam para a aquisição de chaves e religadores telecomandados, os quais
possibilitarão isolar as regiões limítrofes com maior agilidade, possibilitando assim alocar,
com maior precisão, as equipes de plantão, contribuindo para a diminuição no número de
clientes interrompidos, a localização do defeito e, por conseguinte, a diminuição do tempo
de restabelecimento no fornecimento de energia elétrica, o que contribuirá para reverter a
tendência de alta. Destacamos que os valores do indicador encontram-se dentro dos
limites estipulados pela agência reguladora – ANEEL.

O FEC encontra-se com pequena variação, porém com valor inferior a anos
anteriores, demonstrando tendência de estabilização em patamares menores, possibilitando
afirmar que as interrupções ocorrem com menor freqüência e que parte do resultado
justifica-se pelos investimentos realizados, bem como ações de manutenção implementadas
no sistema elétrico de distribuição.

4.4 - Os números do segmento de Distribuição

Unidade 2004 2005 2006


Atendimento
Número de consumidores U 701.720 726.371 743.542
Número de empregados U 1.161 894 677
Relação clientes/empregados U 604 812 1.098
Mercado
Área de concessão km2 5.822,1 5.822,1 5.822,1
Energia requerida MWh 4.351.297 4.687.095 4.965.664
Energia comprada MWh 4.233.173 4.568.455 4.812.142
Energia vendida aos clientes MWh 3.568.844 3.803.319 3.989.428
Consumo médio residencial kWh/ano 2.331 2.383 2.445
Perdas de energia % 12,14 12,39 13,3
Evolução da demanda MW 727 785 836

Quadro 06 - Resumo do mercado da CEB Distribuição S.A.

4.5 - Gestão de Pessoal

A CEB tem por princípio básico a valorização de seu patrimônio humano, traduzida
em ações de desenvolvimento das competências e habilidades de cada profissional
integrante de seu quadro, garantindo, desta forma, a excelência no atendimento e na
prestação de serviços à sociedade.

4.5.1 - Principais Projetos de 2006

• Projeto Luz das Letras


• Desligamento Voluntário, com adesão de 185 empregados
• Capacitação e treinamento com investimento em 265 ações e 3.510
participações

4.5.2 - Reconhecimento Público

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

• CEB Distribuição S.A. ganha prêmio por peça publicitária – A CEB


recebeu Medalha de Prata do 22º Prêmio Colunistas Brasília 2006 pela
propaganda Família, produzida pela agência de publicidade D&M;
• CEB Distribuição S.A. é a melhor do Norte e Centro-Oeste e 3º do Brasil
em Evolução de Desempenho. A Companhia foi premiada pela
Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica - ABRADEE
como a melhor distribuidora do Norte/Centro-Oeste entre as empresas
que atendem mais de 400 mil consumidores. Na mesma ocasião, a CEB
Distribuição S.A. também foi premiada como a terceira empresa entre
todas as distribuidoras de energia elétrica brasileiras que mais evoluíram
em seu desempenho;
• A CEB Distribuição S.A. foi premiada com o Troféu JK Bronze, do
Programa de Qualidade do Distrito Federal – GESPUBLICA.

4.6 - Informações Sócio-Ambientais

A maior evidência da disposição da CEB Distribuição S.A. para atuar em harmonia


com a sociedade e a natureza está expressa no Programa CEB Solidária e Sustentável,
criado em março de 2001, que traz, no seu bojo, projetos de grande alcance social e
ambiental. A consolidação de ações que visem a integração da sociedade em prol de seu
próprio desenvolvimento é uma forma de a Companhia retribuir a confiança a ela conferida
pela sociedade local ao longo de mais de trinta anos de existência.
São priorizadas as ações que visem à diminuição das disparidades sociais,
fomentando atividades econômicas que gerem emprego e renda, educação básica e/ou
profissionalizante, cultura, saúde, esportes, educação ambiental, conservação, preservação
e recuperação do meio ambiente. Tais ações devem ser realizadas, sempre que possível,
em parceria com organismos da sociedade que venham ao encontro dos objetivos
estabelecidos pela Empresa.
Diante desses propósitos, o Programa CEB Solidária e Sustentável, além de
incorporar projetos já existentes no âmbito da Empresa, buscou criar novos projetos e
expandir sua abordagem de forma sistêmica, a fim de que seu alcance fosse ampliado e o
maior número de colaboradores - internos e externos, individuais e institucionais - pudesse
fazer parte desse mutirão em prol da melhoria da vida. Tais projetos, estruturadores por
natureza, visam contribuir com o crescimento humano de pessoas oriundas das classes
menos favorecidas, oferecendo a essas pessoas uma oportunidade para ingressarem no
mercado de trabalho, retornando ao convívio social, exercendo os seus deveres e
usufruindo dos seus direitos de cidadãos.

4.6.1 - Principais Projetos e Eventos

O Programa CEB Solidária e Sustentável iniciou sua atuação com um


projeto de inserção e reinserção social, denominado “Gente de Sucesso”, que foi
implementado em parceira com o Instituto de Integração Social e Promoção da
Cidadania – INTEGRA e com a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal –
VIJ. Este projeto trata da melhoria das condições de crianças em situação social
extremamente precária, proporcionando-lhes o desenvolvimento de virtudes morais,
intelectuais e espirituais, bem como o acesso aos meios necessários, que lhes
assegurem saúde, lazer e estudos, do ensino básico à faculdade ou escola técnica.

4.7 - CEB e a Comunidade

A CEB Distribuição S.A. vem cumprindo seu papel de integrar as múltiplas faces da
sociedade, em prol do desenvolvimento sócio-econômico da região em que atua, expresso
na promoção e implementação de projetos sociais, nas obras de melhoria e ampliação de
sistema de distribuição elétrica e iluminação pública, entre outras iniciativas, buscou o
cumprimento de suas metas, a despeito das dificuldades conjunturais, conforme destacado
a seguir.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

4.7.1 - Eventos Sociais, Culturais e Esportivos

A imagem da Companhia passou a ser vista com mais simpatia por parte da
sociedade local, a partir do momento em que a Empresa passou a realizar eventos
sociais, esportivos e culturais de grande impacto à população do Distrito Federal,
como a Festa dos Estados e shows populares (Roberto Carlos, Capital Inicial,
Paralamas do Sucesso, Festival de Música da Esplanada), dentre outros.
Durante o primeiro semestre de 2006, a CEB Distribuição S.A. realizou
uma campanha maciça de rádio e televisão, a fim de prestar informações de serviço
ao consumidor, com campanhas objetivas direcionadas aos direitos e deveres, uso
seguro da energia e orientação para a economia de energia.
Dessa forma, a CEB Distribuição S.A. empenhou-se a estar presente
em vários tipos de mídia, com o objetivo de atingir o maior número de pessoas
possível.

4.8 - Conselho de Consumidores

No decorrer do ano de 2006, o Conselho de Consumidores realizou onze reuniões


ordinárias, em que foram discutidos diversos temas, tais como o melhor meio de orientar o
cliente em relação aos serviços da Concessionária; e a busca da interação cliente-
concessionária, a fim de esclarecer aos conselheiros a forma de atuação da CEB
Distribuição S.A.
Em virtude do término do mandato de quatro conselheiros, como prevê o art. 7º do
capítulo I da Resolução 138 da ANEEL, foram empossados quatro novos conselheiros e
realizada a eleição para troca do presidente do Conselho, em julho de 2006.
O CCCEB atuou junto à comunidade intermediando negociações entre prefeituras de
quadras e administrações regionais, no intuito de solucionar questões relativas à iluminação
pública, e prestou atendimento a clientes da CEB Distribuição S.A. visando à ajuda na
solução de questões de parcelamento de contas e aprovação de projetos.
Em 2006, foram realizados dois seminários visando esclarecer o público dos
segmentos industrial, comercial e residencial, bem como a comunidade técnica, quanto à
segurança das instalações elétricas.
O Seminário Normalização e Certificação das Instalações Elétricas de Baixa Tensão,
realizado em 26 de abril de 2006, apresentou a importância da certificação que garante o
correto funcionamento de uma instalação elétrica residencial, comercial e industrial, visando
eliminar prejuízos e principalmente acidentes, de acordo com a ABNT NBR-5410/2004. O
Seminário atraiu cerca de 130 pessoas, sendo muito bem avaliado pelo público.
O Seminário Evitando Choque Elétrico, realizado em 31 de agosto de 2006, teve
como objetivo chamar a atenção para a importância da utilização do dispositivo DR na
proteção contra choques elétricos em instalações elétricas residenciais, industriais e
comerciais, em conformidade com a norma ABNT NBR-5410.
Em 20 de junho de 2006 o Conselho de Consumidores promoveu, no Centro de
Ensino do PADF – Brasília – DF, o Projeto Consumidores do Futuro, que atendeu a 630
alunos de 5ª à 8ª séries, nos dois períodos, com palestras sobre eficiência energética e
preservação do meio ambiente, palestras do DETRAN e da ECOCÂMARA. Este Projeto
apresenta grande importância para as áreas educacional, social e ambiental do Distrito
Federal.
De 27 a 29 de novembro de 2006, o Conselho de Consumidores da CEB Distribuição
S.A. participou do IX Encontro Nacional de Conselhos de Consumidores de Energia
Elétrica, que ocorreu no Recife, no qual ocorreu a eleição para coordenador do Fórum
Nacional e coordenadores regionais do Fórum Nacional dos Conselhos de Consumidores de
Energia Elétrica.

10
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

5 - Investimentos

Os investimentos estão detalhados nas Notas Explicativas n°s 1.3 e 5 das Demonstrações
Contábeis.

6 - Desempenho Econômico-Financeiro Consolidado

Em 2006, a receita operacional bruta consolidada atingiu R$ 1.306.230 mil. A receita de


fornecimento de energia elétrica aumentou em 3,27%, totalizando R$ 1.213.007 mil em 2006, em
comparação à receita de R$ 1.174.560 mil em 2005.

Descontados os impostos e contribuições sobre a receita e os encargos do consumidor, a


receita operacional líquida consolidada totalizou R$ 901.247 mil, traduzindo-se no crescimento de 5,62% em
relação ao ano anterior.

O custo do serviço de energia elétrica, somado às despesas operacionais consolidadas,


totalizaram R$ 959.784 mil em 2006, que, comparando com a receita de R$ 783.693 mil de 2005,
representou o crescimento de 22,46%. Em relação à despesa com energia comprada, houve o aumento de
6,58%, em função do crescimento da demanda em 4,89%.

Embora tenham sido apurados lucros nas empresas CEB Geração S.A., CEB Participações
S.A. e CEB Lajeado S.A., conforme registrado nas demonstrações contábeis, o prejuízo da CEB em 2006
deveu-se, principalmente, aos ajustes efetuados na CEB Distribuição S.A., com destaque para o Programa
de Reestruturação Produtiva, que orientou a implementação do Programa de Desligamento Voluntário de
2006, o qual terá um custo de R$ 155.184 mil, de 2006 a 2015, além da provisão da RTE, no montante de
R$ 33.343 mil, determinada pela ANEEL por meio do Ofício-circular nº 2.396-SFF, de 28/12/2006,
considerando que o prazo para realização deste ativo encerrar-se-á em novembro de 2008 e não será
prorrogado.

O quadro a seguir destaca algumas informações relativas ao desempenho de resultados e


de patrimônio.

Resultados e Patrimônio Unidade 2004 2005 2006


Receita operacional bruta R$ mil 1.112.511 1.254.112 1.306.230
Receita operacional líquida R$ mil 769.906 853.257 901.247
Resultado financeiro R$ mil (67.860) 25.596 (64.913)
Lucro líquido R$ mil (19.557) 27.533 (154.192)
Lucro líquido por mil ações R$ (4,26) 6,00 (34)
Patrimônio líquido R$ mil 274.195 487.607 308.316
VPA (lote de mil ações) R$ 59,71 106,21 68,22
Quadro 07 - Resumo do desempenho econômico-financeiro e patrimonial consolidados.
7 - Capital Social

O capital social da CEB, em 31 dezembro de 2006, corresponde a R$ 342.056 mil,


composto por 4.591,7 milhões de ações nominativas, sem valor nominal, sendo 2.288 milhões de ações
ordinárias, representando 49,84% do total de ações; 656 mil de ações preferenciais classe “A” (14,3%) e
1.647 milhões de ações preferenciais classe “B” (35,9%).

Composição Acionária
PNB
35,9%
ON
49,8%

11
PNA
14,3%
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2006

A Nota Explicativa de nº 10 das Demonstrações Contábeis detalha estas informações.

8 - Auditores Independentes

A Companhia informa os setores competentes, nos termos da Instrução CVM nº 381, de 14


de janeiro de 2003, da utilização dos serviços de Auditoria Independente PELEGRINI & RODRIGUES
AUDITORES INDEPENDENTES S/S, não tendo utilizado, em 2006, outros serviços desses auditores
senão aqueles ligados diretamente à auditoria das demonstrações contábeis.

9 - Agradecimentos

A administração da Companhia Energética de Brasília - CEB agradece aos acionistas,


clientes, parceiros, fornecedores e instituições financeiras a confiança que depositaram na Companhia
durante o ano de 2006. Em especial, agradece aos empregados pela dedicação, empenho e esforço
empreendidos na consecução dos objetivos empresariais que tornaram a CEB uma referência nacional.

Brasília, 31 de dezembro de 2006.

12
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005


Em Milhares de Reais

ATIVO

Controladora Consolidado
2006 2005 2006 2005

CIRCULANTE
2.37
Disponibilidades 2 17.773 29.835 18.606
Consumidores, Concessionárias e Permissionárias - 304.519 312.055 304.519
Recomposição Tarifária Extraordinária - RTE - 75.185 31.423 75.185
Energia Livre - 11.650 7.012 11.650
Energia do CCEE - 7.367 5.484 7.367
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - (46.726) (76.420) (46.726)
2.24
Serviços Prestados a Terceiros 6 26.173 31.698 26.173
84
Estoques 0 6.415 6.901 6.415
4.20
Juros sobre Capital Próprio e Dividendos a Receber 8 237 - -
1
Créditos com Empregados 4 3.467 1.590 3.467
Créditos com Fornecedores - 2.550 - -
Títulos de Créditos a Receber - 6.475 5.327 6.475
12.34
Tributos e Contribuições Sociais Compensáveis 2 18.074 36.062 18.074
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos - 7.559 3.745 7.559
Cauções e Depósitos Vinculados - 2.631 3.712 2.631
1
Outros Créditos 3 7.955 7.630 9.093
Serviços em Curso - 7.862 - 7.862
Ativos Regulatórios - Despesas Pagas Antecipadamente 50.160 44.949 50.160

Despesas Pagas Antecipadamente 1 889 930 891


22.03
TOTAL DO CIRCULANTE 6 510.215 451.933 509.401

NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo
Recomposição Tarifária Extraordinária - 38.904 28.804 38.904
Energia Livre - 23.863 6.427 23.863
Depósitos Judiciais Vinculados a Litígios - 3.698 5.152 3.698
Títulos de Créditos a Receber - 4.436 4.852 4.436
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos - 13.380 40.240 13.380
Ativos Regulatórios - Despesas Pagas Antecipadamente - 23.515 27.061 23.515
Outros Créditos - 216 1.884 623
Total do Realizável a Longo Prazo - 108.012 114.420 108.419
Permanente
283.32
Investimentos 0 277.741 492.172 495.672

13
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

5
Imobilizado 3 422.926 460.495 423.064
Diferido - - 2.413 2.036
283.37
Total do Permanente 3 700.667 955.080 920.772
283.37
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 3 808.679 1.069.500 1.029.191

305.40
TOTAL DO ATIVO 9 1.318.894 1.521.433 1.538.592

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005


Em Milhares de Reais

PASSIVO

14
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

Controladora Consolidado
2.006 2.005 2.006 2.005

CIRCULANTE
Fornecedores 477 99.110 109.893 94.040
Energia Livre - 12.541 12.988 12.541
Tributos e Contribuições Sociais 3.818 70.539 51.385 71.374
Contribuição de Iluminação Pública - 6.289 13.329 6.289
Empréstimos, Financiamentos e Encargos 16.323 61.902 65.218 61.902
Debêntures e Encargos - 22.400 - 22.400
Abono Assiduidade - 14.997 - 14.997
Folha de Pagamento 16 10.969 17.856 11.017
Programa de Demissão Voluntária - PDV - 10.364 19.337 10.364
Encargos do Consumidor a Recolher - 2.911 10.805 2.911
Consumidores - 2.032 1.662 5.186
Benefício Pós-Emprego - Previdência Privada - 27.796 45.831 27.796
Benefício Pós-Emprego - Assistencial - 2.326 2.326 2.326
Passivos Regulatórios - 59.281 127.409 59.281
Controladas e Coligadas 10.181 - 2.175 -
Outras Obrigações 26 19.723 25.899 28.473
TOTAL DO CIRCULANTE 30.841 423.180 506.113 430.897

NÃO CIRCULANTE
Fornecedores - 195.098 196.625 195.098
Energia Livre - 23.863 6.427 23.863
Tributos e Contribuições Sociais - 15.368 11.031 15.368
Debêntures - - - -
Empréstimos e Financiamentos 17.741 165.962 139.634 165.962
Benefício Pós-Emprego - Previdência Privada - 77.656 97.478 77.656
Benefício Pós-Emprego - Assistencial - 59.586 69.402 59.586
Programa de Demissão Voluntária - PDV - 22.798 101.418 22.798
Provisão para Perdas em Investimentos 100.146 - - -
Provisões Trabalhistas, Cíveis e Fiscais - 23.543 23.526 23.543
Outras Obrigações - 967 1.025 967
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 117.887 584.841 646.566 584.841

PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS - - 60.438 35.247

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social Realizado 342.056 342.056 342.056 342.056
Reserva de Capital - Partes Beneficiárias - - 151.224 151.224
Reserva Legal - - 411 240
Reserva Estatutária - - - 336
Prejuízos Acumulados (197.344) (43.152) (197.344) (43.152)
15
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 144.712 298.904 296.347 450.704

Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital 11.969 11.969 11.969 36.903

TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO E ADIANTAMENTOS


PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL 156.681 310.873 308.316 487.607

TOTAL DO PASSIVO 305.409 1.318.894 1.521.433 1.538.592

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
Em Milhares de Reais
Controladora Consolidado
2006 2005 2006 2005
1.253.20 1.254.1
Receita Operacional 98.309 2 1.306.230 12
1.173.65 1.174.5
Fornecimento de Energia Elétrica 47.714 0 1.213.007 60
(4.46 (4.4
Superávit do Baixa Renda (882) 3) (27.034) 63)
Suprimento de Energia Elétrica 6 33 11.503 3

16
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

1 31
10.65 10.6
Energia de Curto Prazo - 7 10.562 57
16.38 16.3
Disponibilização do Sistema de Distribuição 1.213 0 21.434 80
41.10 41.1
Receita da Prestação de Serviços 49.742 3 58.844 03
12.59 12.5
Arrendamentos e Aluguéis 10 2 12.967 92
2.19 2.1
Serviço Taxado 119 6 2.150 96
75 7
Outras Receitas Operacionais 387 6 2.797 56
(394.15 (400.8
Deduções da Receita Operacional (22.948) 2) (404.983) 55)
(247.95 (247.9
Impostos (11.165) 2) (263.815) 52)
(119.65 (126.3
Contribuições (11.408) 9) (134.686) 62)
(26.54 (26.5
Encargos do Consumidor (375) 1) (6.482) 41)
859.05 853.2
Receita Operacional Líquida 75.361 0 901.247 57
(737.86 (713.8
Custo do Serviço de Energia Elétrica (29.847) 8) (694.442) 58)
(408.85 (345.7
Custo com Energia Elétrica (12.635) 8) (351.213) 32)
(314.32 (243.5
Energia Elétrica Comprada para Revenda (9.292) 1) (259.529) 11)
(94.53 (102.2
Encargos de Uso da Rede Elétrica (3.343) 7) (91.684) 21)
(329.01 (368.1
Custo de Operação (17.212) 0) (343.229) 26)
(33.98 (52.1
Pessoal e Administradores (6.164) 7) (54.187) 49)
(48.36 (48.3
Programa de Demissão Voluntária - PDV - 4) (43.142) 63)
(23.36 (5.2
Entidade de Previdência Privada - 3) (3.798) 02)
(14.10 (14.1
Benefícios Pós - Emprego - 9) - 09)
(2.02 (2.0
Material (236) 0) (1.833) 20)
(62.40 (62.4
Serviços de Terceiros (6.429) 4) (41.033) 04)
(33.36 (33.3
Depreciação e Amortização (18) 9) (40.089) 69)
(38.9
Arrendamento - - (38.766) 79)
(21.26 (21.2
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (3.200) 3) (3.200) 63)
(44.29 (44.2
Conta Consumo de Combustível -CCC - 2) (88.122) 92)
(40 (4
Compensação Financeira Utilização de Recursos Hidrícos - 5) (4.225) 05)
(32.86 (32.8
Conta de Desenvolvimento Energético - CDE - 4) - 64)
(2.12 (2.1
Taxa de Fiscalização de Serviço Energia Elétrica - 3) (2.359) 23)
(2.98 (2.9
Pesquisa, Desenvolvimento e Eficiência Energética (255) 9) (16.387) 89)
(4.12 (4.1
Provisões Vinculadas a Litígios - 7) - 27)
(3.33 (3.4
Outros Custos de Operação (910) 1) (6.088) 68)
(27.47 (27.4
Custo do Serviço Prestado a Terceiros (39.807) 3) (39.807) 73)
(2.21 (2.2
Pessoal (2.863) 8) (2.863) 18)
(1.93 (1.9
Material (3.763) 1) (3.763) 31)
(22.70 (22.7
Serviços de Terceiros (32.525) 9) (32.525) 09)
(61 (6
Outros Custos (656) 5) (656) 15)
93.70 111.9
LUCRO OPERACIONAL BRUTO 5.707 9 166.998 26
17
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

(68.38 (69.8
Despesas Operacionais - 7) (265.342) 35)
(11.76 (11.7
Despesas com Vendas - 5) (84.073) 65)
(56.62 (58.0
Despesas Gerais e Administrativas - 2) (181.269) 70)
25.32 42.0
RESULTADO DO SERVIÇO 5.707 2 (98.344) 91
25.46 25.5
Receitas (Despesas) Financeiras (5.229) 8 (64.913) 96
1.01 1.0
Rendimento de Aplicações Financeiras 510 5 1.685 15
57.33 64.4
Variação Monetária e Acréscimos Moratórios sobre Contas de Energia 437 8 11.507 07
17.97 17.9
Remuneração Financeira Recomposição Tarifária Extraordinária - RTE - 1 15.204 71
1.49 18.6
Variação Monetária (líquidas) (1.479) 1 (24.532) 13
95 9
Variação Cambial (líquidas) 78 4 1.083 54
3.92 3.9
Juros sobre Capital Próprio e Dividendos 4.424 6 4.424 26
(50.54 (74.2
Encargos de Dívidas (8.509) 2) (72.467) 77)
(6.68 (7.0
Outras Receitas (Despesas) Financeiras (690) 5) (1.817) 13)
8.20 2.3
Resultado Equivalência Patrimonial (50.670) 2 (6.112) 33

Provisão para Perdas em Investimentos (100.146) - - -


58.99 70.0
RESULTADO OPERACIONAL (150.338) 2 (169.369) 20
2.04 2.0
RESULTADO NÃO OPERACIONAL (4.023) 1 1.423 41
61.03 72.0
LUCRO(PREJUÍZO) ANTES DA CSLL E IRPJ (154.361) 3 (167.946) 61
(17.38 (18.3
Imposto de Renda e Contribuição Social - Corrente 169 5) (8.994) 16)
2.04 (5
Imposto de Renda e Contribuição Social - Diferido - 7 48.975 27)
45.69 53.2
LUCRO (PREJUÍZO) ANTES DO ITEM EXTRAORDINÁRIO (154.192) 5 (127.965) 18
(18.16 (18.1
Item Extraordinário - Previdência Privada - 2) (17.557) 62)
27.53 35.0
LUCRO (PREJUÍZO) ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (154.192) 3 (145.522) 56
(1.3
Partes Beneficiárias - - (1.261) 31)
(6.1
Participação dos Minoritários - - (7.409) 92)
27.53 27.5
LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO (154.192) 3 (154.192) 33

LUCRO (PREJUÍZO) POR LOTE DE MIL AÇÕES-R$ (34) 6

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005

Em Milhares de Reais

18
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

Total Patrimônio
Adiantamentos Líquido e
Capital Lucros / Total do para Futuro Adiantamentos
Social Prejuízos Patrimônio Aumento de para Futuro
Realizado Acumulados Líquido Capital Aumento de Capital

SALDO EM 31.12.2004 342.056 (70.830) 271.226 2.969 274.195

Reversão de Dividendos - 145 145 - 145

Adiantamentos para Aumento de Capital - - - 9.000 9.000

Lucro do Exercício - 27.533 27.533 - 27.533

SALDO EM 31.12.2005 342.056 (43.152) 298.904 11.969 310.873

Prejuízo do Exercício - (154.192) (154.192) - (154.192)

SALDO EM 31.12.2006 342.056 (197.344) 144.712 11.969 156.681

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS


DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
Em Milhares de Reais

Controladora Consolidado
2006 2005 2006 2005
ORIGENS DOS RECURSOS

19
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

Dos Acionistas
Adiantamentos para Aumento de Capital - 9.000 - 71.227

De Terceiros:
Contribuição do Consumidor - 7.230 - 7.230
Redução do Realizável a Longo Prazo 108.012 122.570 122.696
Redução de Investimentos - - 3.500 -
Redução do Imobilizado 422.855 - 9.776 -
Juros sobre Capital Próprio - 3.925 - -
Partes Beneficiárias - - - 151.224
Aumento do Exígivel a Longo Prazo - - 61.725 -
530.867 133.725 75.001 281.150

TOTAL DAS ORIGENS 530.867 142.725 75.001 352.377

APLICAÇÕES DOS RECURSOS


Nas Operações
Prejuízo (Lucro) do Exercício 154.192 (27.533) 154.192 (27.533)
Itens que não afetam o capital circulante líquido:
Depreciação e Amortização (18) (38.524) (40.089) (38.535)
Item Extraordinário - Previdência Privada - (18.162) - (18.162)
Equivalência Patrimonial (50.670) 8.202 (6.112) 2.333
Perda de Participação em Investimentos (5.230) - - -
Desativações Líquidas - (2.487) - (2.487)
Variações Monetárias - Líquidas - (1.437) - (3.275)
Total das Operações 98.274 (79.941) 107.991 (87.659)

Aumento do Realizável a Longo Prazo - - 6.001 -


Aquisições do Imobilizado - 72.310 86.835 72.966
Redução do Exígivel a Longo Prazo 466.954 32.652 6.481 32.652
Aplicações no Ativo Diferido - - 377 423
Aquisições de Investimento 61.479 76.717 - 297.868

TOTAL DAS APLICAÇÕES 626.707 101.738 207.685 316.250

AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (95.840) 40.987 (132.684) 36.127


DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO
Ativo Circulante
No Início do Exercício 510.215 398.912 509.401 400.227
No Fim do Exercício 22.036 510.215 451.933 509.401
(488.179) 111.303 (57.468) 109.174
Passivo Circulante
No Início do Exercício 423.180 352.864 430.897 357.850
No Fim do Exercício 30.841 423.180 506.113 430.897

20
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

(392.339) 70.316 75.216 73.047


AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (95.840) 40.987 (132.684) 36.127

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS


DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
Em Milhares de Reais

2006 2005

21
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

SALDO INICIAL (43.152) (70.830)

Reversão de Dividendos - 145

Lucro (Prejuízo) do
Exercício (154.192) 27.533

SALDO FINAL (197.344) (43.152)

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO


DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
Em milhares de Reais

GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO


2006 2005

1 - Receitas 96.316 1.234.452


Vendas e Serviços 98.309 1.253.202
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (3.200) (21.263)

22
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

Não Operacionais 1.207 2.513

2 - Insumos Adquiridos de Terceiros (162.793) (590.249)


Custo de Energia Comprada (12.635) (408.858)
Serviços de Terceiros (39.216) (85.113)
Material (3.999) (3.951)
Provisão para Perdas em Investimentos (100.146) -
Provisão Benefício Pós Emprego - (14.109)
Provisão Indenização - PDV - (33.160)
Outros (6.797) (45.058)
3 - Valor Adicionado Bruto (1-2) (66.477) 644.203
4 - Retenções (Depreciação e Amortização) (18) (38.524)
5 - Valor Adicionado Líquido Produzido (3-4) (66.495) 605.679
6 - Valor Adicionado Recebido em Transferência (44.017) 155.457
Receitas Financeiras 6.606 147.255
Resultado de Equivalência Patrimonial (50.623) 8.202
7 - Valor Adicionado Total a Distribuir (5+6) (110.512) 761.136
8 - Distribuição do Valor Adicionado (110.512) 761.136
Pessoal e Encargos 9.027 120.058
Impostos, Taxas e Contribuições 23.034 491.758
Despesas Financeiras 11.619 121.787
Lucros Retidos / (Prejuízo do Exercício) (154.192) 27.533

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA


DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
Em Milhares de Reais

Controladora
2006 2005

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais


Recebimento de Consumidores 243.967 1.345.796
Outros 16
(55.96 (93.49
Fornecedores - Materiais e Serviços 6) 3)

23
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2006

(21.01 (440.07
Fornecedores - Energia Elétrica 5) 0)
(7.804 (163.47
Salários e Encargos Sociais ) 5)

Caixa gerada pelas operações 159.183 648.774


48.15
Impostos e Contribuições 1 407.332
69.13
Outras Despesas 102.117 2

Caixa líquida proveniente das atividades operacionais 8.914 172.310

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos


Dividendos Pagos - -
21.26
Aquisição de Imobilizado 1.318 1
46.06
Aquisição de Investimentos 6.447 0

Caixa líquida usada nas atividades de investimento (7.765) (67.321)

Fluxo de Caixa das Atividades Financeiras


25.56 54.05
Empréstimos e Financiamentos Obtidos 5 1
42.50
Serviço da Dívida: 1 180.929
36.48 99.27
- Principal 1 4
81.65
- Encargos 6.020 5
3.00
Outros 329 5

Caixa líquida usada nas atividades financeiras (16.607) (123.873)

Fluxo de Caixa das Atividades Não Operacionais


6.90
Outras Receitas - Eletrobrás - Programa Reluz 57 1

Caixa líquida proveniente das atividades não operacionais 57 6.901

Aumento/Diminuição do Saldo Líquido de Caixa (15.401) (11.983)


17.77 29.75
Saldo de Caixa no Início do Período 3 6
Saldo de Caixa no Final do Período 2.372 17.773

24
NOTAS EXPLICATIVAS

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E 2005
(Em milhares de Reais)

25
NOTAS EXPLICATIVAS

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1 - CONTEXTO OPERACIONAL

1.1 - Objetivo Social

A Companhia Energética de Brasília – CEB é uma sociedade de economia mista de capital aberto,
controlada pelo Governo do Distrito Federal, com objetivo principal de atuar como holding, participando
de outras sociedades ou de consórcios, desenvolvendo atividades nos diferentes campos de energia,
em quaisquer de suas formas, sobretudo a elétrica, serviços de telecomunicações, transmissão de
dados e prestação de serviços de consultoria.

1.2 - Desverticalização

a) A CEB, em virtude das exigências estipuladas nos Contratos de Concessão de Geração e de


Distribuição nºs 65 e 66/1999, respectivamente - firmados com a União Federal, por intermédio da
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, e na Lei nº 10.848/2004 - realizou, em 12 de
janeiro de 2006, uma reestruturação societária, com a criação de empresas juridicamente
independentes para administrar separadamente os contratos de concessão de distribuição e de
geração de energia elétrica, inclusive no que se refere à contabilidade, gestão de ativos e
compromissos contratuais.

b) A ANEEL, por meio da Resolução Autorizativa n° 318, de 14 de setembro de 2005, anuiu com
a segregação das atividades, transferência de concessões e de participações da Companhia
Energética de Brasília – CEB e determinou:

i. Versão do patrimônio e transferência da concessão de distribuição de energia elétrica para a


subsidiária integral CEB Distribuição S.A., que exerce exclusivamente esta atividade;

ii. Versão do patrimônio e transferência das concessões de geração de energia elétrica para a
subsidiária integral CEB Geração S.A.;

iii. Transferência da participação no Consórcio CEMIG/CEB (AHE Queimado) celebrado no


Contrato de Concessão n° 06/1997, de 18 de dezembro de 1997, para a empresa CEB
Participações S.A. – CEBPar;

iv. Realização de aporte de capital na CEB Distribuição S.A., para compensar a manutenção de
dívidas indiretamente vinculadas à holding, no valor de R$ 142 milhões;

v. Constituição de fiança por parte da CEB Lajeado S.A., referente ao Instrumento Particular da
Primeira Emissão de Debêntures da CEB, firmado em 18 de janeiro de 2001, registrando que
esta aprovação não dará aos debenturistas direito de qualquer ação contra a ANEEL, em
decorrência de descumprimento, pela concessionária, dos seus compromissos financeiros.

c) Em atendimento às determinações da ANEEL, foram nomeados peritos independentes, que


procederam à avaliação dos bens, direitos e obrigações da empresa, cujo Laudo de Avaliação,
emitido em 16 de dezembro de 2005, concluiu que o Patrimônio Líquido Contábil da Companhia,
em 30 de novembro de 2005, era de R$ 306.342 e que o desdobramento dos acervos líquidos são
R$ 48.406 para a CEB Distribuição S.A., R$ 10.315 para a CEB Geração S.A., R$ 306.342 para a
Companhia Energética de Brasília – CEB (holding) e R$ 22.740, referente ao investimento
representado pela participação no Consórcio CEMIG/CEB (UHE Queimado), para a CEB
Participações S.A. – CEBPar.

26
NOTAS EXPLICATIVAS

d) Em 12 de janeiro de 2006, após aprovação do Laudo de Avaliação pela 72ª AGE da


Companhia e consideradas as operações ocorridas desde 30 de novembro de 2005, foi realizada a
versão patrimonial da Companhia Energética de Brasília – CEB, que exerce a atividade de holding,
permanecendo com as participações societárias na CEB Geração S.A., CEB Distribuição S.A. e
CEB Participações S.A.. – CEBPar.

e) Em 23 de janeiro de 2006, foi firmado o instrumento particular “Compromisso de Subscrição


de Ações” entre a Companhia Energética de Brasília – CEB e a CEB Distribuição S.A., com a
participação da CEB Lajeado S.A. e do Distrito Federal na qualidade de Intervenientes Anuentes,
estabelecendo que:

i. A CEB compromete-se a subscrever e a integralizar, até 31 de dezembro de 2009, número de


ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, de emissão da CEB Distribuição S.A.,
correspondente ao valor total de R$ 142 milhões em 2004, atualizado para R$151,206 em 2006;

ii. O valor total da subscrição será reduzido ou mesmo extinto, com a assunção, pela CEB, de
passivos da CEB Distribuição S.A., mediante a celebração de documento específico, o qual
deverá ser previamente submetido à ANEEL;

iii. Como garantia do aporte do valor total da subscrição, a CEB constituiu, em favor da CEB
Distribuição S.A., penhor sobre 33.830.000 (trinta e três milhões, oitocentos e trinta mil) ações
ordinárias da CEB Lajeado S.A. de sua propriedade, devendo o valor desta garantia ser
reduzido na proporção em que forem acontecendo as integralizações.

f) A empresa solicitou por meio da Carta nº 099/2006-PRESI e de recurso administrativo, que o


prazo de subscrição fosse postergado até 2014 e o valor anual de integralização limitado a 40%
(quarenta por cento) do lucro de cada exercício, estando aguardando pronunciamento da ANEEL.

1.3 - Participações em outras sociedades

A Companhia Energética de Brasília – CEB possui participações diretas nas seguintes sociedades:

1.3.1 - Empresas Controladas

a) CEB Distribuição S.A.

A CEB Distribuição S.A. é uma sociedade por ações, constituída como subsidiária integral,
concessionária do serviço público de energia elétrica, atuando na distribuição de energia
elétrica no Distrito Federal, atendendo aproximadamente 744 mil clientes, dos quais 650 mil
residenciais, com prazo de concessão até 2015, podendo ser prorrogado por período adicional
de até 20 anos.

b) CEB Geração S.A.

A CEB Geração S.A. é uma sociedade por ações, constituída como subsidiária integral,
concessionária do serviço público de energia elétrica, atuando na geração de energia elétrica
com as seguintes usinas localizadas no Distrito Federal:

 UPA – Usina Hidrelétrica do Paranoá, com potência instalada de 26 MW e prazo


de concessão que se encerra em 2019, sendo a energia produzida vendida por intermédio
de Contratos de Comercialização de Energia Elétrica em Ambiente Regulado – CCEAR;

 UTE – Usina Termelétrica de Brasília, a base de óleo diesel, com potência


instalada de 10 MW e prazo de concessão que se encerra em 2015. Esta Usina só entra

27
NOTAS EXPLICATIVAS

em operação por determinação do Operador Nacional do Sistema –ONS e apenas em


casos emergenciais.

Os referidos prazos de concessão podem ser prorrogados por período adicional de até 20
anos.

c) CEB Participações S.A. – CEBPar

 A CEB Participações S.A. – CEBPar é uma sociedade por ações, constituída como
subsidiária integral, atuando na compra e venda de participações acionárias ou cotas de
outras empresas energéticas, de telecomunicações e de transmissão de dados, majoritária
ou minoritariamente.

 A sociedade também atua na comercialização da energia elétrica, na proporção de


sua cota-parte de 17,5% no Consórcio CEMIG–CEB, produzida pela Usina Hidrelétrica de
Queimado, na condição de produtora independente de energia elétrica, com potência
instalada de 105 MW e prazo de concessão até 2032, localizada no Rio Preto, entre os
municípios de Unaí, no Estado de Minas Gerais, e Cristalina, no Estado de Goiás.

d) CEB Lajeado S.A.

A CEB Lajeado S.A. é uma sociedade por ações, controlada pela Companhia Energética de
Brasília – CEB, com 59,93% (cinqüenta e nove vírgula noventa e três por cento) das ações
ordinárias, e coligada da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, que detém 20%
do controle acionário da Investco S.A., produtora independente de energia elétrica, proprietária
da UHE – Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães (atual denominação da Usina
Hidrelétrica Lajeado), com potência instalada de 902,5 MW e prazo de concessão até 2032,
localizada no Rio Tocantins, nos municípios de Palmas e Miracema do Tocantins, Estado de
Tocantins.

A CEB Lajeado S.A. desenvolve atividades de comercialização de 19,80% da energia elétrica


produzida pela UHE – Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães.

e) Companhia Brasiliense de Gás – CEBGÁS

A Companhia Brasiliense de Gás – CEBGÁS é uma sociedade de economia mista, controlada


pela Companhia Energética de Brasília – CEB, com 51% (cinqüenta e um por cento) das ações
ordinárias, que tem por objetivo a exploração, com exclusividade, do serviço de distribuição e
comercialização de gás combustível canalizado, de produção própria ou de terceiros, podendo
inclusive importar, para fins comerciais, industriais, residenciais, automotivos, de geração
termelétrica ou quaisquer outras finalidades e usos possibilitados pelos avanços tecnológicos,
em toda a área compreendida no território do Distrito Federal. O prazo de concessão encerra-
se em 10 de janeiro de 2030, podendo ser prorrogado por período adicional de até 30 anos.

1.3.2 - Empresas Coligadas

a) Corumbá Concessões S.A.

A Corumbá Concessões S.A. é uma sociedade por ações, concessionária do serviço público
de energia elétrica, atuando na geração de energia elétrica, na condição de produtora
independente de energia elétrica, com prazo de concessão até 2035 para a exploração da
Usina Hidrelétrica de Corumbá IV, com potência instalada de 127 MW, localizada no Rio

28
NOTAS EXPLICATIVAS

Corumbá, municípios de Luziânia, Santo Antônio do Descoberto, Alexânia, Abadiânia e


Silvânia, Estado de Goiás.

b) Energética Corumbá III S.A.

A Energética Corumbá III S.A. é uma sociedade por ações, concessionária do serviço público
de energia elétrica, na condição de produtora independente de energia elétrica, com prazo de
concessão até 2036 para a exploração do Aproveitamento Hidrelétrico Corumbá III, com
potência instalada de 93,6 MW e encontra-se em fase pré-operacional no Rio Corumbá,
município de Luziânia, Estado de Goiás.

c) BSB Energética S.A.

A BSB Energética S.A. é uma sociedade por ações, constituída para construir Pequenas
Centrais Hidrelétricas – PCHs, para suprir parte da carga de energia elétrica do Distrito
Federal, com potência global máxima instalada de 200 MW.

2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As Demonstrações Contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as


disposições da Lei das Sociedades por Ações, conjugada com regulamentações editadas pela
Comissão de Valores Mobiliários – CVM e legislação específica aplicada às concessionárias do serviço
público de energia elétrica, emanada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, bem como
informações adicionais estão sendo apresentadas em notas explicativas e quadros suplementares, em
atendimento às instruções contidas no Ofício-circular CVM/SNC/SEP nº 01/2007, de 14 de fevereiro de
2007.

2.1 – Critérios de Consolidação

As Demonstrações Contábeis consolidadas foram elaboradas e estão sendo apresentadas em


conformidade com a Lei nº 6.404/76 e a Instrução CVM n° 247/1996 e incluem a Companhia
Energética de Brasília – CEB e suas controladas CEB Distribuição S.A., CEB Geração S.A., CEB
Participações S.A. – CEBPar, CEB Lajeado S.A. e a Companhia Brasiliense de Gás – CEBGAS, cujas
práticas contábeis estão consistentes com aquelas aplicadas pela Companhia.

Os principais critérios adotados na consolidação são a eliminação dos saldos e transações decorrentes
de operações entre as companhias e dos saldos dos investimentos, contra a proporção nos respectivos
patrimônios e o destaque da participação dos minoritários no patrimônio líquido e no resultado do
exercício.

3 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

3.1 – Ativos e Passivos Circulantes e Não Circulantes e Apuração do Resultado

O regime contábil é o de competência e a classificação em circulante e não circulante obedece à


Deliberação CVM nº 488/2005, estando os bens e os direitos demonstrados pelos valores de
realização e as obrigações por valores conhecidos ou calculáveis, incluídos os rendimentos, encargos
e variações monetárias incorridos até a data do balanço.

3.2 – Disponibilidades

Estão representadas pelos depósitos bancários à vista e pelas aplicações financeiras, acrescidas dos
rendimentos auferidos até a data de encerramento das demonstrações contábeis.

3.3 – Consumidores, Concessionárias e Permissionárias

29
NOTAS EXPLICATIVAS

Estão representadas, substancialmente, pelo saldo das contas a receber com fornecimento e
suprimento de energia faturada e não faturada, esta por estimativa, serviços prestados, acréscimos
moratórios e outros.

3.4 – Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

Está constituída em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as prováveis perdas na
realização das contas a receber de consumidores, com base em análise dos valores a receber dos
clientes da classe residencial vencidos há mais de 90 dias, da classe comercial vencidos há mais de
180 dias e das demais classes para os valores vencidos há mais de 360 dias, inclusive clientes da
classe do poder público, à exceção do Governo do Distrito Federal – GDF.

3.5 – Serviços Prestados a Terceiros

Estão representados pelo saldo dos créditos a receber do Governo do Distrito Federal, referentes aos
serviços de construção e de manutenção da rede de iluminação pública do Distrito Federal.

3.6 – Estoques

Os estoques são registrados pelo custo médio de aquisição, não excedendo os seus custos de
reposição ou valores de realização; e, no caso da controladora, são destinados à aplicação na
construção e na manutenção da rede de iluminação pública do Distrito Federal.

3.7 – Despesas Pagas Antecipadamente

Referem-se principalmente aos custos incluídos na Conta de Compensação de Variação de Valores de


Itens da Parcela A – CVA e os respectivos encargos. Esses custos são apropriados ao resultado à
medida que a receita correspondente é faturada aos consumidores, conforme determinado nas
Portarias Interministeriais n° 296 e n.º 116, respectivamente de 25 de outubro de 2001, e de 4 de abril
de 2003, respectivamente, Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e resoluções complementares da
ANEEL.

3.8 – Investimentos

As participações societárias permanentes em controladas e coligadas estão registradas pelo método


da equivalência patrimonial e os outros investimentos estão registrados pelo custo de aquisição. As
práticas contábeis adotadas pelas empresas controladas e coligadas estão consistentes com aquelas
aplicadas pela Companhia Energética de Brasília – CEB.

3.9 – Planos de Aposentadoria e Pensão

A controlada CEB Distribuição S.A. inclui os benefícios pós-emprego e os planos de pensão,


reconhecidos pelo regime de competência e em conformidade com a Deliberação CVM nº 371, de 13
de dezembro de 2000.

4 – ATIVO CIRCULANTE

4.1 – Disponibilidades

Descrição Controladora Consolidado


2006 2005 2006 2005
Saldos Bancários 731 13.858 21.764 14.211
Aplicações Financeiras 1.641 3.915 8.071 4.395

30
NOTAS EXPLICATIVAS

Total 2.372 17.773 29.835 18.606

4.2 – Juros sobre Capital Próprio e Dividendos a Receber

Descrição Controladora
2006 2005
Juros sobre Capital Próprio
CEB Lajeado S.A. 2.369 -
Dividendos -
CEB Lajeado S.A. - 237
CEB Participações S.A. –
CEBPar 1.500 -
CEB Geração S.A. 339 -
Total 4.208 237

4.3 – Tributos e Contribuições Sociais Compensáveis

Descrição Controladora Consolidado


2006 2005 2006 2005
ICMS 35 10.079 13.884 10.079
COFINS 1.801 8 2.327 8
Imposto de Renda 6.567 5.036 12.021 5.036
CSLL 3.433 2.820 6.613 2.820
Outros 506 131 1.217 131

Total 12.342 18.074 36.062 18.074

5 – INVESTIMENTOS

31
NOTAS EXPLICATIVAS

As principais informações sobre as empresas investidas, em 31 de dezembro de 2006, são:

Quantidade de Participação da Patrimônio


Empresas ações da CEB CEB no Capital Capital Social Líquido Resultado
Social Integralizado (a) Líquido

CEB Distribuição S.A. 48.406.369 100% 48.406 (100.146) (148.553)

CEB Geração S.A. 10.325.212 100% 10.277 10.374 1.936

CEB Participações S.A. CEBPar 28.850.585 100% 28.851 37.303 1.579

CEB Lajeado S.A. 82.014.213 59,93% 145.656 302.093 11.349

Companhia Brasiliense de Gás – 867.000 17% 2.499 2.499 -


CEBGAS (b) (c) (d)

Corumbá Concessões S.A. 256.009.911 33,71% 364.453 340.961 (28.934)

Energética Corumbá III S.A. (c) 1.500 15% 13.471 13.471 -

BSB Energética S.A. (c) 176.157 9% 1.957 1.957 -

(a) Inclui Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital - AFAC.


(b) A CEB detém 51% das ações ordinárias.
(c) Empresa em fase pré-operacional.
(d) Demonstrações contábeis examinadas por outros auditores independentes.

32
NOTAS EXPLICATIVAS

As principais informações sobre os investimentos em participações societárias são as seguintes:

2006 2005
Descrição
Total AFAC* Investimento Total AFAC* Investimento
265.3
Participações Societárias Permanentes 35 17.656 247.679 236.925 18.022 218.903
Em Controladas 140.196 8.374 131.822 100.745 12.181 88.564
CEB Distribuição S.A. - - - - - -
CEB Geração S.A. 10.374 - 10.374 10 - 10
CEB Participações S.A. – CEBPar 37.303 8.374 28.929 12.191 12.181 10
CEB Lajeado S.A. 92.094 - 92.094 88.153 - 88.153
Companhia Brasiliense de Gás -
425 - 391
CEBGAS 425 - 391
Em Coligadas 125.139 9.282 115.857 136.180 5.841 130.339
Corumbá Concessões S.A. 116.336 3.232 113.104 128.087 82 128.005
Energética Corumbá III S.A. 8.300 6.050 2.250 7.699 5.450 2.249
BSB Energética S.A. 503 327 176 394 309 85
Consórcio CEMIG – CEB UHE
- - - 22.831 - 22.831
Queimado
Imóveis Destinados a Renda 17.239 - 17.239 17.239 - 17.239
Outros 746 - 746 746 - 746
Total 283.320 17.656 264.889 277.741 18.022 259.719
* Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital

As movimentações ocorridas nos saldos das participações são:

Descrição CEB CEB CEBPar CEB CEBGAS Corumbá Energética BSB Total
Distribuição Geração Lajeado Concessões Corumbá III Energética

Saldo em 31.12.2005 - 10 12.191 88.153 391 128.087 7.700 394 236.926

Desverticalização da CEB
mediante versão de ativos 48.406 10.315 22.740 - - - - - 81.461
(Nota 1.2)

Adiantamentos para Futuro - -


Aumento de Capital 2.293 1 - 3.150 600 327 6.371

Reembolso de investimento - - - - - - - (461) (461)

Redução de participação - - - - - (5.230) - - (5.230)

Integralização de capital 1 - - - 34 - - 243 278

Dividendos - (1.840) (1.500) - - - - - (3.340)

Equivalência patrimonial (48.407) 1.889 1.579 3.940 - (9.671) - - (50.670)

Saldo em 31.12.2006 - 10.374 37.303 92.094 425 116.336 8.300 503 265.335

a) CEB Distribuição S.A.

33
NOTAS EXPLICATIVAS

A Companhia Energética de Brasília – CEB registrou perda neste investimento de R$ 148.553, dos
quais R$ 48.407 correspondem ao valor contábil do investimento, registrado por dedução na
participação societária permanente e R$ 100.146 necessários à cobertura do passivo a descoberto
da empresa, em função da decisão de manutenção de apoio financeiro a sua subsidiária integral,
foram registrados como Provisão para Perdas em Investimentos e apresentados no passivo.

b) CEB Participações S.A. – CEBPar.

A Companhia Energética de Brasília – CEB, em decorrência do processo de desverticalização


(Nota 1.2 b iii), transferiu sua participação no Consórcio CEMIG/CEB (AHE Queimado) para esta
empresa.

c) CEB Lajeado S.A.

A Assembléia Geral Extraordinária - AGE da CEB Lajeado S.A. aprovou, em 14 de fevereiro de


2006, a operação pela qual a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS trocou sua
participação acionária na Investco S.A. pelo seu ingresso na CEB Lajeado S.A., mediante
subscrição de 54.835.800 ações preferenciais, sem direito a voto, e pela criação de 10.000 partes
beneficiárias sem valor nominal, com posterior alienação desses títulos à ELETROBRÁS.

Foi assinado na referida AGE o Acordo de Acionistas entre a Companhia Energética de Brasília -
CEB e a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, que assumiu a participação de
40,07% no capital social da CEB Lajeado S.A.

6 - IMOBILIZADO

Esses ativos estão registrados ao custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de
1995, deduzidos da depreciação calculada pelo método linear, a taxas anuais variáveis de 10% a 20%.

Controladora Consolidado
Descrição Taxas Anuais de
2006 2005 2006 2005 Depreciação
Imobilizado em Serviço
Intangíveis - 31.233 32.772 31.233
Terrenos - 5.010 4.309 5.010
Reservatórios, Barragens e Adutoras - 2.795 2.795 2.795 2,0 a 7,7%
Edificações, Obras Civis e Benfeitorias - 43.196 41.377 43.196 2,0 a 4,0%
Máquinas e Equipamentos 14 766.121 780.043 766.259 3,3 a 6,7%
Veículos 97 7.490 6.786 7.502 20%
Móveis e Utensílios 8 2.019 2.955 2.019 10%
Subtotal 120 857.864 871.037 858.014
Depreciação Acumulada (67) (450.116) (485.768) (450.128)
Subtotal Imobilizado em Serviço 53 407.748 385.269 407.886
Imobilizado em Curso - 87.956 149.220 87.956
Obrigações Vinculadas à Concessão - (72.778) (73.994) (72.778)
Total 53 422.926 460.495 423.064

34
NOTAS EXPLICATIVAS

7 - EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E ENCARGOS

O saldo devedor dos empréstimos e financiamentos é assim demonstrado:

Controladora Consolidado

ENCARGOS
ENTIDADES 2006 2005 2006 2005

ELETROBRÁS - 134.958 98.573 134.958 SELIC


Repactuação de dívida

ELETROBRÁS 10.867 29.222 34.446 29.222 UFIR ou IGP-M + Juros de 4,24% a 8% a.a.
+ 1 a 2% de Taxa de Administração

BANCO PINE 23.197 - 23.197 - CDI + 0,7% ao mês

BANCO ALFA - 13.888 20.556 13.888 CDI+ Juros de 2,92% a 6% ao ano

BANCO DO BRASIL - 20.837 9.295 20.837 CDI + Juros de 1,69% a 2,43% ao ano

BANCO MERCANTIL - 8.667 5.710 8.667 CDI + Juros de 0,48% ao mês a 5,91 ao ano

BANCO BBM - 12.292 5.401 12.292 CDI + Juros de 9,38% a 10,03% ao ano

CDI + Juros de 6% ao ano


BANCO MÁXIMA
6.674

BIC BANCO - 8.000 1.000 8.000 CDI + Juros de 0,9242% ao mês a 10,03%
ao ano

O quadro seguinte resume os montantes de empréstimos e financiamentos referentes ao passivo


circulante e ao não-circulante:

TOTAL 34.064 227.864 204.852 227.864

Total do Circulante 16.323 61.902 65.218 61.902

Total do Não 17.741 165.962 139.634 165.962


Circulante

As garantias foram concedidas mediante cessão de direitos creditórios.

As dívidas de longo prazo da Controladora possuem seus vencimentos conforme cronograma a seguir:

ANO 2008 2009 Total

Valor 13.141 4.600 17.741

35
NOTAS EXPLICATIVAS

As dívidas de longo prazo consolidadas, cujo vencimento final ocorrerá até o ano de 2022, possuem
seus vencimentos conforme cronograma a seguir:

Consolidado
ANO 2008 2009 2010 2011 2012 Após Total
2012

Valor 34.701 22.852 14.052 14.052 14.052 39.925 139.634

8 – CONTROLADAS E COLIGADAS

O saldo inclui R$ 10.131, relativos à CEB Distribuição S.A., decorrentes das seguintes operações:

 arrecadação de faturas de energia elétrica, no montante de R$ 4.454, creditados


indevidamente em contas bancárias da Companhia, a serem transferidos para a CEB
Distribuição S.A.

 a Resolução nº 318/2005 da ANEEL, que aprovou a desverticalização da Companhia e


respectivo Laudo de Avaliação, determinou que os empréstimos junto à ELETROBRÁS, no
âmbito do Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente – ReLuz, ficassem sobre sua
responsabilidade. Em função disto, os recursos financeiros no montante de R$ 5.677,
decorrentes da aprovação pela ANEEL, conforme Despacho nº 773, de 18 de abril de 2006, do
projeto relativo ao Programa de Eficiência Energética ciclo 2004/2005, executado com recursos
do ReLuz, foram transferidos da CEB Distribuição S.A. para a Companhia Energética de
Brasília – CEB.

9 – PROVISÃO PARA PERDAS EM INVESTIMENTOS

A Companhia Energética de Brasília – CEB, em função da decisão de manutenção de apoio financeiro


à sua subsidiária integral CEB Distribuição S.A., constituiu Provisão para Perdas em Investimentos no
valor de R$ 100.146, correspondentes ao montante necessário à cobertura do passivo a descoberto da
Empresa.

Buscando atenuar os riscos institucionais de curto e médio prazos provocados pela abrupta queda de
receita no período pós revisão tarifária de 2004, agravada pelas dificuldades econômico-financeiras já
observadas desde o período do racionamento de 2001/2002, a Companhia implantou a reestruturação
produtiva, em 2004/2005, já com a perspectiva de implantação da reestruturação societária que foi
concretizada em 12.01.2006. A reestruturação produtiva, além de buscar a alteração de metodologias
técnico-gerenciais na linha da racionalização/redução de custos, propôs, dentre outras medidas, a
realização de um Programa de Desligamento Voluntário, com primeira versão em 2005 e segunda em
2006. A modelagem adotada prevê tornar positivo o resultado econômico-financeiro a partir de 2008,
tendo as ações de reestruturação e respectivos recursos contado com prévia anuência do órgão
regulador e dos Conselhos Fiscal e de Administração. Caso ações como o Programa de Desligamento
Voluntário – PDV não fossem implementadas, a Empresa teria resultado operacional negativo a partir
da RTP de 2004, com estimativas de desequilíbrio sistêmico, o que foi evitado com as ações tomadas.

10 – CAPITAL SOCIAL

O Capital autorizado é de R$ 368.724, conforme art. 7º do Estatuto da Companhia, e o Capital Social


subscrito e integralizado é de R$ 342.056 em 31 de dezembro de 2006 e de 2005.

As ações são escriturais e sem valor nominal, sendo que as ações preferenciais de ambas as classes
não têm direito a voto.

36
NOTAS EXPLICATIVAS

A composição do Capital Social subscrito e integralizado por classe de ações e principais acionistas é a
seguinte:

Classe de Ações Quantidade de Ações


Ações Ordinárias Nominativas 2.288.216.491
Ações Preferenciais classe "A" 656.501.135
Ações Preferenciais Nominativas classe "B" 1.647.012.395
Total 4.591.730.021

Quantidade de
Acionistas Ações Ordinárias %
Governo do Distrito Federal - GDF 2.042.682.155 89,27
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil - NOVACAP 75.236.930 3,29
REGIUS – Sociedade Civil de Previdência Privada 48.690.000 2,13
FACEB – Fundação de Previdência dos Empregados da CEB 37.290.000 1,63
BRADESCO Capitalização S.A. 29.870.000 1,31
OPPORTUNITY Lógica II FIA 22.300.000 0,97
Outros 32.147.406 1,40
Total 2.288.216.491 100,00

11 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

Descrição 2006 2005


Ativo da CEB
Juros sobre Capital Próprio e Dividendos a Receber 4.208 -
Investimentos 140.196 100.745
Passivo da CEB
CEB Distribuição – controlada 10.131 -
Resultado da CEB
Equivalência Patrimonial (40.999) 8.202
Energia comprada para revenda - 71.544

12 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A atividade da Companhia tem como objetivo principal atuar como holding, participando de outras
sociedades ou de consórcios, desenvolvendo atividades nos diferentes campos de energia, em
quaisquer de suas formas, sobretudo a elétrica, serviços de telecomunicações, transmissão de dados e
prestação de serviços de consultoria.

Em 31 de dezembro de 2006, a Companhia possuía instrumentos financeiros representados por


empréstimos junto à Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, destinados ao financiamento
de projetos no âmbito do Programa Nacional de Iluminação Pública – ReLuz e junto a instituição
financeira para financiamento de capital de giro necessário à manutenção de suas atividades
operacionais.

O valor desses instrumentos reconhecidos nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2006


aproxima-se ao valor de mercado, mediante comparação de taxas de juros contratuais com taxas de
juros prevalecentes no mercado em operações similares na mesma data.

Não tem sido política da Companhia até a data destas demonstrações contábeis, operar com
derivativos e operações financeiras, com a finalidade de proteger-se dos riscos de perdas com
flutuações nas taxas de juros.

37
NOTAS EXPLICATIVAS

13 – SEGUROS

Os bens móveis e imóveis compostos por equipamentos, máquinas, ferramentas, móveis e utensílios e
demais instalações relacionadas à UPA – Usina Hidrelétrica do Paranoá e aos prédios administrativos,
operacionais, laboratórios e subestações de distribuição - componentes do Ativo Imobilizado da CEB
Geração S.A. e da CEB Distribuição S.A., conforme os critérios de riscos constantes de relatório
técnico - estão cobertos, até 02 de dezembro de 2007, por contrato de seguro para riscos nomeados
contra incêndio, raio, explosão e danos elétricos.

Os bens das Usinas Luis Eduardo Magalhães e Corumbá IV também estão devidamente segurados.

14 - PROGRAMA DE DESLIGAMENTO VOLUNTÁRIO – PDV

14.1 – Programa de Desligamento Voluntário de 2005

A Companhia implementou, em 2005, Programa de Desligamento Voluntário – PDV, o qual contou com a
adesão de 212 empregados.

Esse programa dispensou os empregados que tinham condições de aposentar-se junto ao INSS e que
completariam as condições junto à FACEB entre os anos de 2005 e 2009.
A Companhia, com base em autorização prévia da ANEEL, captou R$ 22.000 para pagamento das
verbas rescisórias. Este valor será recuperado com a economia global estimada no referido programa.
Esse programa tornou-se necessário em função do resultado da revisão tarifária, quando foi estabelecida
uma Empresa de Referência – ER com custos totais de Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e
Outros Custos – PMSO muito abaixo dos custos reais da CEB. O custo total do programa é de R$
73.361, abaixo demonstrado:

Verbas Verbas Indenizatórias


Rescisórias 2005 2006 2007 2008 2009 Total

20.302 15.204 16.020 11.194 7.034 3.607 73.361

O PDV faz parte de um programa para reduzir o custeio da empresa. Considera-se as metas de redução
dos custos de pessoal, material, serviços de terceiros e outras despesas, conforme disposto na
Resolução de Diretoria nº 290, de 07 de dezembro de 2004. Esse programa considerou a premente
necessidade de adequação dos custos operacionais da CEB, tendo em vista a adequação de custos
proposta pelo poder concedente à época da revisão tarifária periódica. O programa estabelece metas de
redução de custos e diretrizes de ação para o alcance dos objetivos pretendidos.

14.2 – Programa de Desligamento Voluntário de 2006 - CEB Distribuição S.A.

A controlada CEB Distribuição S.A, em continuidade ao programa para redução do custeio da


Empresa, iniciado em 2005, implementou, em 2006, Programa de Desligamento Voluntário – PDV, o
qual contou com a adesão de 185 empregados.

Esse programa dispensou os empregados que estavam em condições pré-aposentadoria, faltando de 05


a 10 anos para completar o tempo de serviço legal junto ao INSS e à FACEB.

38
NOTAS EXPLICATIVAS

A Companhia, com base em autorização prévia da ANEEL, captou R$ 21.000 para pagamento das
verbas rescisórias. Este valor será recuperado com a economia global a ser conseguida com o referido
programa, no montante de R$ 155.184, a seguir demonstrado:

Verbas Verbas Indenizatórias


Rescisórias Total
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
21.823 12.510 20.695 20.627 20.533 18.785 15.405 11.844 7.798 3.657 1.507 155.184

15 – PERSPECTIVAS EMPRESARIAIS A PARTIR DE 2007

A nova estrutura patrimonial da Companhia – após a constituição das controladas CEB Distribuição S.A.
e CEB Geração S.A., bem como a transferência da UHE Queimado para a CEB Participações S.A. –
deixou-a fortemente dependente da receita de dividendos ou juros sobre capital próprio. A participação
em empreendimentos de geração em operação comercial, já estabilizados (CEB Geração S.A., UHE
Lajeado e UHE Queimado), não é expressivo como fonte de recursos para as necessidades de capital de
giro ou investimentos que lhe cumpre executar. Assim, enquanto perdurarem as dificuldades de seu
principal investimento (CEB Distribuição S.A.) a Companhia terá dificuldades para alcançar o equilíbrio de
suas operações. Contudo, para que seus objetivos empresariais não sofram os efeitos dessas
dificuldades transitórias, estão programadas ações alternativas para administração dos passivos
remanescentes da reestruturação societária e continuidade dos investimentos de interesse da
Companhia. Assim, a dívida bancária de curto prazo será suportada por meio dos dividendos e juros
sobre o capital próprio, oriundos das controladas em operação (CEB Lajeado S.A., CEB Participações
S.A. e CEB Geração S.A.). Quanto à dívida de longo prazo do acionista majoritário com a CEB
Distribuição S.A., no montante de R$ 142 milhões, avalia-se a possibilidade de um realinhamento
patrimonial para gerar os recursos necessários à quitação do débito. No que concerne aos novos
investimentos, mormente os vinculados à participação na UHE Corumbá III, serão ajustados os principais
pontos da operação de devolução, à Terracap, do terreno adquirido em 2002, no Setor de Autarquias
Norte. O desfazimento da compra aportará os recursos necessários à permanência da Companhia
naquele empreendimento. Desta forma, malgrado as dificuldades atualmente vivenciadas, a Companhia
tem articulado conjunto de ações pontuais que lhe permitirão superar, em curto prazo, os obstáculos pós-
reestruturação societária, e alcançar o equilíbrio empresarial desejado.

Brasília, 31 de dezembro de 2006.

ROGÉRIO VILLAS BOAS TEIXEIRA DE CARLOS ANTONIO LEAL

39
NOTAS EXPLICATIVAS

CARVALHO Diretor
Diretor-Geral

RICARDO MARTINS WILSON SOARES DOS SANTOS


Diretor Diretor de Relações com Investidores

ELI SOARES JUCÁ


Gestora de Contabilidade
Contadora
CRC-DF 9770/0

40
PARECERES

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos
Acionistas e Administradores da
Companhia Energética de Brasília – CEB

1. Examinamos os balanços patrimoniais da COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA – CEB


(Controladora) e da COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA – CEB (consolidado) levantados em
31 de dezembro de 2006 e de 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do
patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos
naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de
expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e
compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume
de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; b) a constatação, com
base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis
divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas
pela Administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras
tomadas em conjunto.

3. Conforme mencionado na Nota Explicativa nº 1.3, a Companhia mantém investimentos nas


controladas CEB Geração S.A., CEB Distribuição S.A. e CEB Participações S.A. cujas
demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2006 foram por nós examinadas, cujos pareceres
foram emitidos sem ressalvas. As controladas CEB Lajeado S.A. e Companhia Brasiliense de Gás –
CEBGÁS, e a coligada Corumbá Concessões S.A., foram examinadas por outros auditores
independentes, que em 21 de março, 26 de janeiro e 2 de março de 2007 respectivamente, emitiram
parecer sem ressalvas. Nossa opinião, no que se relaciona às demonstrações financeiras dessas
empresas, é baseada no parecer desses auditores independentes. As coligadas BSB Energética S.A.
e Energética Corumbá III, onde o investimento monta a R$8.803 mil (Nota 5), não foram auditadas.

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo representam


adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da
COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA – CEB (Controladora e consolidado) em 31 de dezembro
de 2006 e de 2005, e o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as
origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

5. As informações complementares compreendidas pelas demonstrações do fluxo de caixa e do valor


adicionado, embora não requeridas como parte integrante das demonstrações financeiras exigidas pela
legislação societária brasileira, são apresentadas com o propósito de permitir análises adicionais, e foram
por nós examinadas de acordo com os procedimentos de auditoria mencionados no parágrafo 2. Em
nossa opinião, essas informações complementares estão adequadamente apresentadas em todos os
aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras da Companhia mencionadas no parágrafo
1, tomadas em conjunto.

6. Conforme consta da Resolução Autorizativa nº 318, de 14 de setembro de 2005, a ANEEL anuiu com
a segregação das atividades, transferência de concessões e de participações da Companhia Energética
de Brasília – CEB, que constou na versão do patrimônio e a transferência das concessões de distribuição
e geração de energia elétrica, respectivamente, para as subsidiárias integrais CEB Distribuição S.A. e
CEB Geração S.A., ficando a Companhia Energética de Brasília – CEB com a atividade de companhia
holding. Em atendimento às determinações da Resolução Autorizativa nº 318 – ANEEL, foram nomeados
peritos independentes para proceder à avaliação dos bens, direitos e obrigações, cujo Laudo de
Avaliação, emitido em 16 de dezembro de 2005, concluiu que o Patrimônio Líquido Contábil da

41
PARECERES

Companhia, em 30 de novembro de 2005, era de R$306.342 mil e que os desdobramentos dos acervos
líquidos são: R$ 48.406 mil para a CEB Distribuição S.A., R$ 10.315 mil para a CEB Geração S.A., R$
306.342 mil para a Companhia Energética de Brasília – CEB e R$ 22.741 mil referente ao investimento
representado pela participação no Consórcio CEMIG/CEB (UHE Queimado) para a CEB Participações
S.A.

7. Em 14 de fevereiro de 2006, foi aprovada a operação resultante do Acordo de Acionistas firmado


entre a Companhia Energética de Brasília – CEB e a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás, que
trocou sua participação acionária na Investco S.A., pelo ingresso no capital da CEBLajeado, mediante a
subscrição de 54.835.800 ações preferenciais, sem direito a voto, e pela criação de 10.000 partes
beneficiárias sem valor nominal com posterior alienação desses títulos à Eletrobrás, a serem pagas até o
ano 2032, resultando da participação da Eletrobrás na empresa com 40,07% do capital social.

8. A Companhia apurou prejuízo (controladora e consolidado) de R$ 154.192 mil, e prejuízos


acumulados de R$ 197.344 mil em 31 de dezembro de 2006 (R$ 43.152 mil em 2005), apurados em
função, principalmente, dos resultados negativos obtidos pela coligada Corumbá Concessões S.A. e pela
controlada CEB Distribuição S.A., como também do registro em seu resultado, de provisão para perdas
em investimentos no montante de R$ 100.146 mil decorrentes da apuração de Patrimônio Líquido
devedor em sua controlada CEB Distribuição S.A. Essa situação requer medidas de saneamento
econômico e financeiro, que possibilitem a recuperação dos ativos e a liquidação dos passivos no curso
normal das atividades das controladas. A Administração da Companhia e das controladas vem tomando
as medidas que julga ser necessárias para reverter essa situação e espera obter êxito. As medidas que
vem adotando relacionadas a esse assunto, foram apresentadas pela Companhia na Nota 15. As
demonstrações financeiras da coligada e da controlada e as da Companhia não incluem quaisquer
ajustes decorrentes de incertezas quanto à sua continuidade operacional.

9. Conforme descrito com maiores detalhes na Nota 1.2, a Companhia firmou com a sua controlada
CEB Distribuição S.A., o instrumento particular “Compromisso de Subscrição de Ações”, que prevê o
aporte de capital naquela controlada no montante atualizado em 31 de dezembro de 2006 de R$ 151.206
mil. Até a data da emissão deste Parecer, a Companhia não havia efetuado o aporte de capital da
primeira parcela prevista naquele instrumento, no valor atualizado de R$ 27.932 mil. A Administração da
Companhia entrou com solicitação junto à ANEEL no sentido de alongar o prazo de cumprimento do
aporte, para até 2014. Presentemente, não é possível prever o desfecho dessa situação.

10. Conforme descrito na Nota 8, a Companhia possui em seu Passivo não circulante créditos a pagar
para a sua controlada CEB Distribuição S.A. no montante de R$ 10.131 mil, oriundos de: a) o valor R$
5.677 mil, de repasse efetuado pela controlada, para cobrir despesas no âmbito do Programa Reluz,
efetuadas e registradas no período de 2003 a 2005, anteriormente ao processo de desverticalização, que
foi efetivado em 12 de janeiro de 2006. Neste exercício, foi aprovada pela ANEEL a sua classificação
como projetos de Programa de Eficiência Energética. (Presentemente, não é possível determinar o
desfecho desse assunto; e b) R$ 4.454 mil relativos a valores de faturamento recebidos em conta
bancária, no período de 12 de janeiro a 31 de dezembro de 2006, e ainda não repassados à controlada –
sobre esse montante, não foi registrada atualização ou encargo financeiro.

11. Com base em pareceres de seus assessores jurídicos e consultores externos, no período que
antecedeu a desverticalização, a Companhia emitiu faturas que agora estão registradas no balanço da
controlada CEB Distribuição S.A., relativas a contas a receber, multas, correção monetária e juros por
atrasos nos recebimentos de órgãos públicos, ocorridos no período de 1996 a 2005, no montante de R$
80.955 mil (o efeito líquido de impostos no Resultado e no Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de
2006 é de R$ 61.633 mil). Até 31 de dezembro de 2006, foi realizado pela controlada, o montante de R$
2.467 mil. As multas e juros cobrados em 2006 na fatura seguinte à do mês em atraso, não estão sendo
pagos por esses consumidores, que estão efetuando o pagamento pelo valor da fatura sem estes
acréscimos, através de depósitos em conta bancária, que nem sempre podem ser identificados.
Considerando as dificuldades encontradas para a realização desses créditos, a Administração da
controlada impetrou, através de seu Departamento Jurídico, ações de cobrança contra os diversos
órgãos devedores. A Administração da Companhia e da controlada acreditam no recebimento desses
créditos, mas diante das dificuldades encontradas para a sua realização, a controlada impetrou, através

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PARECERES

de seu Departamento Jurídico, ações de cobrança contra os diversos órgãos devedores, que estão em
fase de distribuição, conforme informações daquele Departamento. Tendo em vista o estágio em que se
encontra esse assunto, os seus assessores jurídicos não se posicionaram quanto à expectativa de
realização desses créditos. As demonstrações financeiras da Companhia e da controlada não incluem
quaisquer ajustes decorrentes de incerteza quanto à possibilidade de realização desse ativo.

12. Conforme mencionado no parágrafo 3, a coligada Corumbá Concessões S.A. foi auditada por outros
auditores independentes, que em seu parecer, emitido em 2 de março de 2007, incluíram ênfase sobre
os seguintes assuntos:

12.1. A Companhia mantém relações e transações em montantes significativos com sua


controladora e companhias associadas. As transações relacionadas à construção do
reservatório, barragens e adutoras, contratadas em 2001, dadas suas características
especiais, não são factíveis de comparação com os respectivos valores de mercado;
12.2. A Companhia despendeu quantias significativas em despesas pré-operacionais até 31 de
março de 2006, as quais, de acordo com as estimativas e projeções, deverão ser absorvidas
pelas receitas de operações futuras;
12.3. As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2006 foram
elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a empresas
em regime normal de operações. A Companhia apresenta em 31 de dezembro de 2006
situação financeira desfavorável, representada por excesso de passivo circulante sobre ativo
circulante. Os planos da administração relacionados a este assunto estão descritos na Nota
1. As demonstrações financeiras não incluem quaisquer ajustes decorrentes de incertezas
quanto à continuidade operacional da Companhia.
12.4. As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2005 foram
elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a empresas
em regime pré-operacional de negócios. Como comentado na Nota 17 às demonstrações
financeiras, a Companhia obteve, em 22 de dezembro de 2005, a Licença de Operação
emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
IBAMA e aguardava a liberação de recursos por parte do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES para a liquidação de suas obrigações e
continuidade de seus negócios. A liberação de recursos por parte do BNDES ocorreu em 15
de março de 2006, portanto, esses assuntos, relativos ao exercício de 31 de dezembro de
2005, não se aplicam para este exercício social.
12.5. A Companhia está avaliando o mérito da solicitação de recomposição de valores associados
a obras, efetuado pela Serveng Civilsan S.A. Empresas Associadas de Engenharia, no
montante de R$ 31.416 mil. Tendo em vista o estágio de apreciação dessa solicitação, e
segundo avaliação da administração, o desfecho desse assunto não pode ser determinado
presentemente. As demonstrações financeiras não incluem provisão sobre esse assunto.

13. Conforme mencionado no parágrafo 3, a controlada Companhia Brasiliense de Gás – CEBGÁS foi
auditada por outros auditores independentes, que em seu parecer, emitido em 26 de janeiro de 2007,
incluíram ênfase sobre o seguinte assunto:

13.1. O início das operações da Companhia depende da viabilização da construção do gasoduto


de transporte de gás natural ligando o gasoduto Brasil-Bolívia, à cidade de Brasília, no
Distrito Federal, ou por meio do suprimento do Gás Natural Liquefeito – GNL, proveniente da
planta de liquefação de Gás Natural instalada em Paulínia no Estado de São Paulo, e a sua
distribuição a partir da celebração de contratos de compra e venda com seus distribuidores
no Brasil.

14. Conforme mencionado no parágrafo 3, auditamos as demonstrações financeiras da controlada CEB


Distribuição S.A. e o nosso parecer, emitido em 29 de março de 2007, incluía ainda ênfase sobre os
seguintes assuntos:

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PARECERES

14.1. Em 31 de dezembro de 2006 a Companhia possuía créditos tributários ativos, no montante


de R$ 43.985 mil, relativos a imposto de renda e contribuição social sobre diferenças
intertemporais, sendo R$ 3.745 mil registrados no Ativo circulante e R$ 40.240 mil no
realizável a longo prazo, com fundamento em expectativas de resultados fiscais positivos no
futuro.
14.2. Existem dois processos em tramitação na Secretaria da Receita Federal, na esfera
administrativa, que atingem o montante aproximado de R$ 29.847 mil, relativos a
procedimentos assumidos pela Companhia na apuração de Imposto de Renda e
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido em exercícios anteriores, que não foram aceitos
pelas autoridades fiscais. Considerando que os processos estão em tramitação na esfera
administrativa, a Procuradoria Jurídica da Companhia ainda não se pronunciou sobre o
assunto, com o objetivo de avaliar a expectativa de perda e o montante do possível risco
envolvido. A Administração da Companhia decidiu não constituir provisão para contingências
para fazer face aos referidos processos, por considerar adequados os procedimentos
adotados, com base em orientações de consultores externos contratados na ocasião para a
recomposição das bases de cálculo dos tributos acima referidos. No momento, não é
possível prever o desfecho dos referidos processos.

Brasília, 29 de março de 2007

PELEGRINI & RODRIGUES S/S


AUDITORES INDEPENDENTES
CRC. DF – 360

José Geraldo Pelegrini Melo


Contador CRC MG 34.466 "T" DF

PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da Companhia Energética de Brasília - CEB, no âmbito das


suas atribuições legais e estatutárias, conheceu o Relatório Anual da Administração, examinou o
Balanço Patrimonial Individual e Consolidado da Companhia Energética - Holding, levantados em 31 de
dezembro de 2006, e as respectivas Demonstrações de Resultados, as mutações do patrimônio líquido
e as origens e aplicações de recursos, além das informações complementares compreendidas pelas
demonstrações do fluxo de caixa, demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados e da
demonstração do valor adicionado. Todas as peças foram apresentadas de forma comparativa àquelas

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PARECERES

encerradas no exercício findo de 31 de dezembro de 2005. O Balanço Patrimonial, assim como as


respectivas Demonstrações - individual e consolidada –, foram elaboradas de acordo com a Lei das
Sociedades Anônimas, Instruções da CVM e do Decreto n.º 11.531/89, baixado pelo GDF em
25.04.89, bem como as normas reguladoras do Tribunal de Contas do Distrito Federal. O Colegiado
tomou conhecimento do Parecer dos Auditores Independentes, emitido sem ressalvas, onde merecem
destaque os itens 8, 9, 10,11 e 14, demonstrando prejuízos acumulados nos últimos exercícios,
causando dificuldades no capital de giro da Companhia, com reflexos na sua liquidez. Esta situação
requereu medidas de saneamento econômico-financeiras, adotadas pela direção da Empresa.

O Conselho Fiscal concluiu, portanto, que as peças estão em ordem e adequadas,


em seus aspectos relevantes, sendo de opinião que se encontram em condições de serem submetidas
à deliberação final da Assembléia Geral dos Acionistas da Companhia.

Brasília, 30 de março de 2007.

ARMANDO LOPES MARTINS ADRIANA POZZA URNAU

FLÁVIO JOSÉ DA ROCHA JOSÉ VALMIR PAULINO DIAS

NÍSIO EDMUNDO TOSTES RIBEIRO

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