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Considerações Iniciais 2
Técnicas de intervenção psicológica 2
Fases de mudança em psicoterapia 2
Transferência e Contratransferência 5
Escolas Psicoterapêuticas 8
A Psicanálise 10
Psicoterapias Breves 13
Psicoterapia Breve Psicodinâmica: Terapia Focal 14
O Papel do Terapeuta na Psicoterapia Breve 16
Terapia Comportamental 16
A Terapia Cognitiva 19
Terapia Cognitivo Comportamental 23
Abordagem humanista-existencial (Rogers e Perls) 30
Terapia Interpessoal 31
Psicodrama 32
Questões 34
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Considerações Iniciais
Esse é, sem dúvida o nosso tópico coringa (ou tópico Ibope): ninguém sabe
exatamente como esse tópico foi parar em nosso edital. Leia de novo: técnicas de
intervenção psicológica. Que técnicas são essas? Hummm. Organizacionais? Não é
coerente com o nosso edital. Clínicas? Espero que sim! Da psicologia jurídica?
Provavelmente. Mas, advirto que essas técnicas, se é que podemos chamar assim,
serão vistas na última aula somente.
Darei aqui uma ênfase no tópico de teorias e técnicas psicoterápicas. Qual o
motivo de ampliar isso? Psicanálise nunca sai do foco da FGV. Nunca mesmo! Por
isso, tratarei de conceitos mais amplos que você tem de dominar e tratarei das
abordagens mais frequentes.
Vamos começar!
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problema provoca estresse não apenas para si mas também para as pessoas à sua
volta, e
(10) libertação social, ou seja, o paciente realiza gestos construtivos para
seu ambiente social (família, amigos, sociedade em geral).
Em seu modelo transteórico da psicoterapia Prochaska et al. unem os
processos acima descritos a seu modelo das fases de mudança: os diferentes
processos estão intimamente relacionados às diferentes fases e determinados
processos são completamente inócuos se realizados em uma fase inadequada.
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Transferência e Contratransferência
Deixarei quem é mais capaz explicar esses conceitos por mim, destacarei
apenas alguns pontos.
A transferência surge do contato emocional dos pacientes com a situação
analítica e por se tratar de uma relação dinâmica, é algo vivo. Por outro lado, sabemos
que a transferência leva o analista a apresentar uma resposta emocional frente ao seu
paciente. É preciso destacar que esse encontro envolve duas pessoas, duas vivências.
Desse relacionamento surgirão afetos, sentimentos, vivências inconscientes que vão
engendrar mutualidade, tratamento relacional que está inserido no âmbito da
intersubjetividade. Assim sendo – paciente e analista –, estão irremediavelmente
vivos. Dessa forma, consideramos o efeito da presença na vida psíquica de cada
participante do encontro. Estamos, portanto, não só no domínio do intrapsíquico.
(PALHARES, 2008)
A oposição transferência x contratransferência constitui, por conseguinte, o eixo
essencial do processo analítico. Assim sendo, a teoria da transferência se articula
necessariamente com a da contratransferência.
[...]
O termo "transferência" foi utilizado pela primeira vez por Freud em 1895, como
uma forma de resistência, ou seja, um obstáculo ao processo analítico, como meio de
evitação aos conteúdos da sexualidade infantil que ainda permanece ligada às "zonas
erógenas", as quais, na evolução normal, já deveriam estar desligadas. (ISOLAN,
2005)
[...]
De acordo Isolan (2005), Freud conceitualiza a transferência ao afirmar que:
Transferências são reedições, reduções das reações e fantasias que,
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essa é a sua força e sua fraqueza. A sua força é devido a estar disponível às duas
pessoas e, portanto, passível de ser discutido por elas; sua fraqueza, porque o fato é
inefável e não pode ser discutido por mais ninguém”.
[...]
A ocorrência da transferência parece ter um caráter ambivalente, e essa relação
se destaca tanto no relacionamento analista-paciente quanto o inverso, ou seja,
dificultando a fluidez da análise. No entanto a transferência é condição para que o
tratamento ocorra e, ao mesmo tempo, a maior resistência possível ao tratamento.
(ROBERT, s.d)
“Em 1912 Freud descreveu três diferentes tipos de transferência: a negativa, a
erótica e a positiva. Sendo que a negativa e a erótica eram consideradas como as
que dificultavam o trabalho terapêutico, e a positiva como a que auxiliava o
trabalho terapêutico.” (LÖSCH, s.d.)
1.3.1 Transferência Negativa
Segundo Löst, s.d., a transferência negativa era considerada como transferência
de sentimentos hostis em relação ao analista, podendo também representar uma
forma de defesa contra o aparecimento da transferência positiva, podendo coexistir,
mesmo que infimamente com a transferência positiva.
1.3.2 Transferência Erótica
A transferência erótica era considerada aquela onde o analisando transfere para a
pessoa do analista sentimento de amor, ou seja, quando o paciente diz estar
apaixonado pela pessoa do analista. Quando isso acontece, o paciente perde o
interesse no tratamento e fica “inteiramente sem compreensão interna e absorvido
em seu amor”. O foco das sessões será o amor que o paciente exige que seja retribuído
e esse é exatamente o objetivo do paciente. O paciente esta resistindo à análise. Ele
coloca suas defesas em prática para não se lembrar ou admitir certas situações
passadas. (LÖSCH, s.d.) 03320238507
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[...]
O desenvolvimento do conceito de contratransferência começou a surgir quando
foi considerado em seus aspectos positivos, principalmente como meio importantes
de compreensão do inconsciente do analisando. A reação ou atitude
contratransferencial deixou de ser considerada como um simples obstáculo, e a sua
natureza terapêutica passou a ser reconhecida e valorizada. (ANDRADE, 1983)
[...]
Posteriormente, Freud já percebia o valor da contratransferência e recomendava:
"o analista deve voltar seu próprio inconsciente como um órgão receptor para o
inconsciente transmissor do paciente, de modo que o inconsciente do médico possa,
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Escolas Psicoterapêuticas
a situação presente e trabalham com métodos que possam gerar novas formas
de compreensão da realidade e de si mesmo.
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A Psicanálise
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centrada unicamente nas formas do sintoma para uma outra clínica que, no caso,
privilegia as modalidades da posição do sujeito na fantasia.
Psicoterapias Breves
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do paciente, de problemas e, para surpresa daqueles que não conhecem essa terapia
mais a fundo, dos pensamentos (como estímulos, mediadores ou consequências).
Consequentemente, o tratamento será específico, afetando as variáveis que controlam
cada um dos comportamentos-problema.
A evolução da terapia pode ser subdividida em cinco etapas: avaliação clínica,
formulação e discussão, intervenção terapêutica e acompanhamento. Na primeira
fase, o paciente é entrevistado em relação a cada problema ou queixa apresentada.
Cada dificuldade sua, bem como a totalidade de seus comportamentos na vida, serão
objeto de uma análise funcional calcada nas variáveis de estímulo, organismo,
respostas e consequências.
uma influência sobre as suas cognições, sobre as suas reações emocionais e sobre
comportamentos futuros semelhantes.
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de habilidade de relaxamento.
i) Biofeedback: utilização de sensores corporais no corpo para sinalizar
reacções inadequadas (como enurese)
j) Reversão de Hábitos: segue a sequencia de treinamento de
consciência, treinamento de resposta competitiva, gerenciamento de contingência,
treinamento de relaxamento e treinamento de generalização (usado na síndrome de
tourette e na onicofagia, por exemplo). O treinamento da resposta competitiva é a
exibição consciente de um comportamento selecionado no lugar do comportamento
que se busca substituir.
k) Treino de habilidade sociais: é o desenvolvimento de habilidades e
competências sociais através de ensaios no consultório e nos ambientes reais do
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A Terapia Cognitiva
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entender a estrutura de seus problemas e como deve intervir para a mudança. Isso
tem levado um grande número de pessoas com problemas psicológicos a procurarem
esse modelo de tratamento psicológico em virtude de seu modelo objetivo e
estruturado.
Na minha época de supervisor, costumava dizer que o filé da Terapia
Cognitivo Comportamental era enorme e soberano: o treino da auto-afirmação
(assertividade). Para reduzirmos nossos problemas psicológicos e interpessoais é
necessário que saibamos expressar adequadamente nossas idéias e impressões do
mundo, sem os traços agressivos ou passivos de comunicação. Ter uma boa
desenvoltura social, saber expressar sentimentos positivos, controlar agressividade e
a impulsividade e ter disciplina em projetos pessoais são itens fundamentais para
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1. Apresentação do problema
a. Primeira orientação a respeito problemática - consiste na coleta e
organização dos dados relevantes para a compreensão do paciente e de seu problema:
dados pessoais, sintomática e seu desenvolvimento, objetivos do paciente,
esclarecimento das condições necessárias para o trabalho psicoterapêutico;
b. Definição do(s) problema(s) e diagnóstico - definição dos diversos
problemas envolvidos e da relação entre eles, esclarecimentos diagnóstico (ex.
possíveis causas fisiológicas do problema), diagnóstico provisório (segundo a CID
10 ou o DSM IV-TR) e definição da indicação psicoterapêutica (ou seja, qual método
psicoterapêutico é o mais indicado);
c. Escolha do(s) problema(s) a ser(em) tratado(s)
3. Análise do objetivo
a. Pré-requisitos da mudança (de comportamento) - consideração dos
lados positivo e negativo do comportamneto atual (problemático), definição da
motivação para a mudança, determinação dos fatores ambientais que auxiliam a
mudança e daqueles que a atrapalham;
b. Determinação dos objetivos - quais os objetivos perseguidos pelas
partes envolvidas (paciente, terapeuta, terceiros), formulação de objetivos e dos
passos necessários para alcançá-los;
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como um meio de afastar-se de sua observação interna. Procure ser um só, você e
seu lado observador: deixe-se dissolver em pura observação. Lembre-se:
você não é sua ansiedade. Quanto mais você puder separar-se de sua experiência
interna e ligar-se nos acontecimento externos, melhor você se sentirá. Esteja com
ansiedade, mas não seja ela; seja apenas observador.
3. Aja com sua ansiedade. Normalize a situação. Aja como se você não estivesse
ansioso(a), isto é, funcione com ela. Diminua o ritmo, a velocidade com que você faz
as suas coisas, mas mantenha-se ativo(a)! Não se desespere, interrompendo tudo
para fugir. Se você fugir, a sua ansiedade vai diminuir mas o seu medo vai aumentar,
donde na próxima vez a sua ansiedade vai ser pior. Se você ficar onde está — e
continuar fazendo as suas coisas — tanto a sua ansiedade quanto o seu medo vão
diminuir. Continue agindo, bem devagar!
4. Libere o arde seus pulmões, bem devagar! Respire bem devagar, calmamente,
inspirando pouco ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Conte até
três, devagarzinho, na inspiração e até seis, na expiração. Faça o ar ir para o seu
abdômen, estufando-o ao inspirar e deixando-o encolher-se ao expirar. Não encha
os pulmões. Ao exalar, não sopre: apenas deixe o ar sair lentamente por sua boca.
Procure descobrir o ritmo ideal de sua respiração, nesse estilo e nesse ritmo, e você
descobrirá como isso é agradável.
5. Mantenha os passos anteriores. Repita cada um, passo a passo. Continue a: (1)
aceitar sua ansiedade; (2) contemplar; (3) agir com ela e (4) respirar calma e
suavemente até que ela diminua e atinja um nível confortável. E ela irá, se você
continuar repetindo esses quatro passos: aceitar, contemplar, agir e respirar.
6. Examine agora seus pensamentos. Você deve estar antecipando coisas
catastróficas. Você sabe que elas não acontecem. Você já passou por isso muitas
vezes e sabe que nunca aconteceu nada do que você pensou que aconteceria.
Examine o que você está dizendo para você mesmo(a) e reflita racionalmente para
ver se o que você pensa é verdade ou não: você tem provas sobre se o que você pensa
é verdade? Há outras maneiras de você entender o que está lhe acontecendo?
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Lembre-se: você está apenas ansioso(a): isto pode ser desagradável, mas não é
perigoso. Você está pensando que está em perigo, mas você tem provas reais e
definitivas disso?
7. Sorria, você conseguiu! Você merece todo o seu crédito e todo o seu
reconhecimento. Você conseguiu, sozinho(a) e com seus próprios recursos,
tranqüilizar-se e superar este momento. Não é uma vitória pois não havia um
inimigo, apenas um visitante de hábitos estranhos que você passou a compreendê-lo
e aceitá-lo melhor. Você agora saberá como lidar com visitantes estranhos.
8. Espere o melhor. Livre-se do pensamento mágico de que você terá se livrado
definitivamente de sua ansiedade, para sempre. Ela é necessária para você viver e
continuar vivo(a). Você precisa dela e ela ocorrerá sempre que você estiver em
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perigo ou que você pensar que está em perigo. Donde é natural que ela ocorra. O
que pode estar errado é o que você está pensando a partir dela. Em vez de se
considerar livre dela, surpreenda-se pelo jeito como você a maneja, como você
acabou de fazer agora. Esperando a ocorrência de ansiedade no futuro, você estará
em uma boa posição para lidar com ela novamente. Enriqueça sua memória com
esta experiência, entre outras importantes da sua vida. Você se tornou uma pessoa
diferente agora: mais realista, mais conhecedora de suas capacidades, mais segura,
mais confiante. Esta experiência vale um lugar de destaque em seu álbum de
recordações.
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Terapia Interpessoal
Para Bahls e Ito (2003)4, a terapia interpessoal (TIP) é uma terapia de formato
breve que foi desenvolvida para o tratamento de pacientes ambulatoriais adultos e,
com depressão. Tem como foco as relações sociais do indivíduo e a condição atual
destes relacionamentos. Os objetivos principais são o alívio da sintomatologia e a
melhora das relações interpessoais. […] Os relacionamentos sociais do individuo têm
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2!Bahls, Saint-Clair. Ito, Mitie Gisele Ito. Fundamentos da terapia interpessoal. Revista Psico UTP Online. n. 03, Curitiba,
out. 2003
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Psicodrama
Grupo e o Sociodrama.
Um dos objetivos do Psicodrama, do Sociodrama e da Psicoterapia de
Grupo é descobrir, aprimorar e utilizar os meios que facilitem o predomínio de
relações télicas sobre relações transferências, no sentido moreniano. À medida
que as distorções diminuem e que a comunicação flui, criam-se condições para a
recuperação da criatividade e da espontaneidade. Moreno pretendia que a ação
dramática terapêutica levasse a algo mais do que a mera repetição de papéis tais
como são desempenhados no quotidiano. A ação dramática permite percepções
profundas por parte do Protagonista e do grupo, a respeito do significado dos
papéis assumidos.
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desconhecimento. Ele atua como um ego auxiliar que assume uma postura idêntica
ao do paciente, que ainda não é capaz de se expressar. Essa técnica ocorre no
momento em que o paciente apresenta a indiferenciação do Eu/Tu, ou seja, a
dependência materna para a expressão de suas necessidades e vontades. Seu objetivo
é fazer com que o cliente entre em contato com sua emoção não verbalizada. Assim,
quanto mais o terapeuta estiver identificado com o paciente, melhor será o
aproveitamento da técnica do duplo.
b) Técnica do Espelho: nessa técnica, o terapeuta assume a postura física que o
paciente assume em determinado momento da dramatização, com o objetivo de que o
paciente, olhando para si de fora da cena, perceba com todos os aspectos presentes
nela e aprenda a verbalizar coerentemente a descrição dos comportamentos em
questão. Aqui o paciente já encontra um nível de diferenciação do Eu e do Tu, pois
consegue discernir o que faz e o que não faz parte de si e entende como espelhou-se
nos outros para criar sua identidade.
c) Técnica da Inversão de Papéis: nessa técnica, um indivíduo concretamente
toma o lugar do outro, sente, age, pensa e fala como este. Para Gonçalves6 (1993),
quando a criança se torna capaz de reconhecer o outro, ela também se torna capaz de
começar a desempenhar os papéis que observa e, posteriormente, mostra-se capaz de
compreender o desempenho de seu papel por outro. Acredita-se que as condições
para estabelecer e de compreender a troca, indicam que se está na etapa de inversão
de papéis ou de reconhecimento do tu. No Psicodrama, a técnica de inversão de
papéis é utilizada para oferecer ao protagonista condição de atingir a perspectiva do
outro, de captar o ponto de vista do outro sobre ele e sobre si mesmo.
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casal parental. Ele retira sua eficácia do facto de fazer intervir uma instância
interditória (proibição do incesto) que barra o acesso à satisfação naturalmente
procurada e que liga inseparavelmente o desejo à lei (ponto que J. Lacan acentuou).
Isto reduz o alcance da objecção introduzida por Malinovski e retomada pela
chamada escola culturalista, segundo a qual, em determinadas civilizações em que o
pai é desprovido de toda a função repressiva, não existiria Complexo de Édipo, mas
um complexo nuclear característico de tal estrutura social: na realidade, nessas
civilizações, os psicanalistas procuram descobrir em que personagens reais, e mesmo
em que instituição, se incarna a instância interditória, em que modalidades sociais se
especifica a estrutura triangular constituída pela criança, o seu objeto natural e o
portador da lei.” Considerando os estudos psicanalíticos presentes na citação, sobre o
Complexo de Édipo, podemos afirmar:
a) Em determinadas civilizações em que o pai é desprovido da função repressiva, não
ocorre a vivência do Complexo.
b) O Complexo de Édipo não é universal.
c) A interdição do incesto não é a lei universal que diferencia cultura e natureza.
d) A relação triangular constituída pela criança, com sua instância interditória pode
se especificar em diferenciadas modalidades sociais.
e) O que irá ser interiorizado para a estruturação psíquica da pessoa, é somente o
processo de interdição vivido pela criança em sua relação com o casal parental.
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familiar.
(D) aos sentimentos, às atitudes e às condutas inconscientes que o entrevistador
deposita no paciente em resposta ao lugar no qual o paciente o coloca.
(E) ao movimento empático, em que o entrevistado atuará na relação com o seu
entrevistador em papéis projetados em cenas identificadas por ele como de extrema
tensão emocional.
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(A) 0.
(B) 1.
(C) 2
(D) 3.
(E) 4.
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( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
19. CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Psicologia
Julgue o item a seguir:
A terapia de aceitação e compromisso trata, principalmente, da esquiva emocional e
se propõe a abandonar as tentativas de controlar as lembranças negativas para
encontrar fontes alternativas de reforçamento.
( ) Certo ( ) Errado
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pai é desprovido de toda a função repressiva, não existiria Complexo de Édipo, mas
um complexo nuclear característico de tal estrutura social: na realidade, nessas
civilizações, os psicanalistas procuram descobrir em que personagens reais, e mesmo
em que instituição, se incarna a instância interditória, em que modalidades sociais se
especifica a estrutura triangular constituída pela criança, o seu objeto natural e o
portador da lei.” Considerando os estudos psicanalíticos presentes na citação, sobre o
Complexo de Édipo, podemos afirmar:
a) Em determinadas civilizações em que o pai é desprovido da função repressiva, não
ocorre a vivência do Complexo.
b) O Complexo de Édipo não é universal.
c) A interdição do incesto não é a lei universal que diferencia cultura e natureza.
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d) A relação triangular constituída pela criança, com sua instância interditória pode
se especificar em diferenciadas modalidades sociais.
e) O que irá ser interiorizado para a estruturação psíquica da pessoa, é somente o
processo de interdição vivido pela criança em sua relação com o casal parental.
Gabarito: D
Comentários: Você deve se lembrar que o Complexo de Édipo é universal e
independe da presença real do pai. Assim, as duas primeiras assertivas estão erradas.
E, assim como o complexo, a interdição do incesto é universal também (discutida em
Totem e Tabu -1913). A alternativa D está correta, pois reflete adequadamente a
perspectiva de que a interdição que o pai realiza terá impacto em vários âmbitos
sociais. A última assertiva erra ao afirmar que somente o processo de interdição é
apropriado pela criança (pois o complexo de Édipo apresenta outras consequências
que não se limitam apenas a essa parte).
Gabarito: A
Comentários: Caso procuremos os nomes dos mecanismos de defesa nas
alternativas não iremos encontrar. O bom dessa questão é o excelente exemplo que
ela oferece para nos mostrar que não devemos brigar com a banca ou com a questão.
Devemos nos centrar no enunciado da questão que explicita as acepções dos
mecanismos de defesa. O recalque entra nessa definição, o narcisismo não (pois não é
entendido como uma defesa em si). No processo primário a energia tende a escoar
livremente, passando de uma representação para outra e procurando a descarga de
maneira mais rápida e direta possível, o que caracteriza o princípio do prazer. Na
projeção temos o sentido mais clássico de mecanismo de defesa. A fixação é um
mecanismo de defesa, e um processo pelo qual o indivíduo permanece vinculado a
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(D) um histórico detalhado de uma pessoa que contém dados de uma série de fontes.
(E) respostas precipitadas aos desenvolvimento.
Gabarito: A
Comentários: Para Freud, a técnica é um devaneio em voz alta. Em outras palavras,
o paciente encadeia pensamentos livremente, sem nenhum compromisso com
qualquer coisa, verbalizando as associações que lhe ocorrerem. A função da “voz alta”
é de comunicar ao psicanalista para que este possa fazer sua interpretação.
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2013
Com base nas teorias e técnicas psicológicas, assinale a alternativa correta.
(A) A análise dos sonhos e o estudo dos atos falhos podem ser considerados métodos
da teoria psicanalítica.
(B) A técnica do psicodrama não pode ser usada em situações não terapêuticas nem
aplicada ao sociodrama.
(C) O pré-consciente descrito por Freud refere-se ao sistema em que permanecem os
conteúdos inacessíveis à consciência.
(D) Nos estudos de Freud, o “ego” constitui o reservatório da energia psíquica e é
onde se “localizam” as pulsões de vida e de morte.
(E) Um dos pontos de convergência entre a gestalt- terapia e a psicanálise é o
enfoque no conceito do inconsciente.
Gabarito: A
Comentários: A análise dos sonhos e o estudo dos atos falhos são métodos
psicanalíticos utilizados para o desvelamento do inconsciente.
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Gabarito: D
Comentários: A contratransferência é a reação do analista provocada pela
transferência do paciente. A primeira, terceira e quinta assertivas tratam da
transferência e a segunda trata do rapport (sincronização entre paciente e
terapeuta).
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( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Uma coisa é uma coisa, outra é, outra. A teoria da transferência de
Freud é muito mais ampla que a técnica do brincar de Klein. Essa técnica, na verdade,
é uma das formas pela qual a criança irá realizar a transferência, não sendo assim
possível confundi-la com o seu propósito. Sobre a técnica do brincar:
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parte do organismo.
A prática clínica da gestalt terapia apóia-se na tríade: a relação figura/fundo,
a awareness e o método fenomenológico.
O processo de contatar ocorre a partir de um ir e vir de figuras e fundos, para
que seja possível a satisfação de uma determinada necessidade. Porém quando a
formação e destruição de gestalten estão interrompidas, as necessidades não são
reconhecidas formando gestalten incompletas, interferindo na formação de novas
gestalten.
Para haver este processo de contatar é necessário que haja a auto-regulação,
que é ajustar a necessidade do indivíduo com as possibilidades do meio. A auto-
regulação depende de dois processos interligados: a awareness sensorial (a pessoa
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pessoa.
Este trabalho fenomenológico é feito através de uma relação Eu-Tu que
pressupõe que o contato (encontro) acontece quando dois diferentes estão em relação
sem nenhum objetivo, reconhecendo as semelhanças e aceitando as diferenças. Cada
um é responsável por si, por influenciar e se permitir ser influenciado pelo outro,
conectando e separando-se.
O gestalt terapeuta respeita a auto-regulação do cliente, sem querer substituí-
la pelo objetivo do terapeuta ou da terapia. Através das técnicas fenomenológicas,
podem ser sugeridas maneiras que o cliente poderia experienciar o novo, tendo
sempre como objetivo que o cliente tenha awareness.
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34. CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Psicologia
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Julgue o item a seguir:
A terapia de aceitação e compromisso trata, principalmente, da esquiva emocional e
se propõe a abandonar as tentativas de controlar as lembranças negativas para
encontrar fontes alternativas de reforçamento.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentário: Creio que quem acertou, conscientemente, essa questão não precisará
nem fazer a prova para o Senado. Quase certamente, com 99,9% de chance, a prova
do senado trará uma abordagem pouco conhecida ou uma definição pouco comum.
Nessa caso não tem o que fazer, a sorte estará lançada. No nosso caso ainda podemos
fazer algo (rs). A literatura referente à Terapia de Aceitação e
Compromisso (ACT) existe essencialmente em inglês o que pode ser um obstáculo
para muitos. A ACT é uma proposta terapêutica que tem como propósito quebrar
processos de aprendizagem desenvolvidos em decorrência dos contextos sócio-
verbais presentes em nossa comunidade. Tais processos levariam à não aceitação e à
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vida social. Ele é um adjunto no desenvolvimento dessas habilidades (ainda mais nas
fobias sociais).
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quando a criança se torna capaz de reconhecer o outro, ela também se torna capaz de
começar a desempenhar os papéis que observa e, posteriormente, mostra-se capaz de
compreender o desempenho de seu papel por outro. Acredita-se que as condições
para estabelecer e de compreender a troca, indicam que se está na etapa de inversão
de papéis ou de reconhecimento do tu. No Psicodrama, a técnica de inversão de
papéis é utilizada para oferecer ao protagonista condição de atingir a perspectiva do
outro, de captar o ponto de vista do outro sobre ele e sobre si mesmo.
E o que é a técnica do solilóquio? É uma técnica que consiste em pedir ao
paciente que "pense alto", ou seja, o paciente verbaliza sua inquietação e seu modo
de construir a realidade, permitindo identificar estereótipos e inquietações.
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