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A Célula como Unidade de Vida

Microscopia e Estudo da Célula

Até ao início do séc. XVII o conhecimento dos seres vivos limitava-se,


fundamentalmente, a organismos macroscópicos.
A descoberta da célula só foi possível quando o avanço técnico permitiu
o aperfeiçoamento das lentes e a construção do microscópio óptico
composto (MOC).
Numerosos investigadores interessaram-se, pelo estudo de diversos
materiais vivos; os pequenos avanços de uns constituíam, para outros, pontos
de partida para estudos mais alargados. Simultaneamente, as técnicas de
observação foram sendo melhoradas o que, por sua vez, tornou possíveis
observações mais minuciosas e rigorosas.
Foi longo o caminho que conduziu a uma das mais importantes
generalizações da Biologia — a Teoria Celular.

TEORIA CELULAR
Princípio Unificador da Biologia

• A célula é a unidade básica de estrutura e função de todos os seres


vivos.
• Todos os seres vivos, dos mais simples aos mais complexos, são
constituídos por células, nas quais ocorre um conjunto de reacções químicas
necessárias à manutenção da vida.
• Todas as células provêm de células preexistentes, pois qualquer célula se
forma por divisão de uma outra.
• A célula é a unidade de reprodução e desenvolvimento dos seres vivos;
numerosos seres vivos formam-se por divisões sucessivas a partir de uma
única célula — ovo.
• A célula é a unidade hereditária de todos os seres vivos. É na célula que
está contida a informação genética que é transmitida de geração em geração,
durante os processos de divisão celular, permitindo a continuidade das
espécies.

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Microscópio Óptico
Constituição e Funcionamento

O microscópio óptico é um instrumento indispensável aos trabalhos


laboratoriais que envolvam o estudo da célula. Ao fornecer imagens ampliadas
de grande precisão, torna possível a observação de estruturas invisíveis à
vista desarmada.
Para uma rentabilização das suas potencialidades torna-se
absolutamente essencial conhecer a sua constituição e funcionamento.

Conjunto de lentes que permitem a ampliação do


objecto.
A ampliação dada pelo microscópio é igual ao
produto da ampliação da objectiva pela ampliação
da ocular.
Sistema de oculares
Ex.: Ampliação da ocular: 10 x
Sistema de objectivas
Parte Óptica

Ampliação da objectiva: 15 x
Ampliação do microscópio: 10 x 15 = 150 x

A objectiva aumenta a imagem do objecto


A ocular aumenta a imagem que recebe da
objectiva.
O espelho é duplo, pois tem uma face plana (para a
luz natural) e uma face côncava (para a luz
Espelho duplo artificial). Destina-se a reflectir para a platina a luz
Sistema de que recebe da fonte luminosa.
iluminação Condensador Distribui regularmente, no campo visual do
microscópio, a luz reflectida pelo espelho.
Diafragma Regula a intensidade luminosa no campo visual do
microscópio.
Suporta o microscópio, assegurando a sua

estabilidade.
Nos microscópios actuais é frequentemente
articulada na zona junto à platina, o que permite
Coluna
inclinar o microscópio, tornando as observações
mais cómodos.
Cilindro que suporta os sistemas de lentes,
Tubo ou canhão localizando-se na extremidade superior a ocular e
Parte Mecânica

na inferior o revólver com os objectivas.


Placa onde se colocam as preparações a observar.
Tem no centro uma abertura circular, a janela, por
Platina ou mesa
onde passam os raios luminosos que vão iluminar a
do microscópio
preparação (depois de atravessarem o sistema de
iluminação).
Macrométrico Engrenagem que suporta o tubo e que permite a
ou sua deslocação ou a da platina.
Cremalheira É indispensável para fazer a focagem.
Parafusos Imprime ao tubo ou à platina movimentos de
amplitude muito reduzida, completando a focagem.
Micrométrico
Permite explorar a profundidade de campo do
microscópio.
Disco adaptado à zona inferior do tubo, que suporta
2 a 4 objectivas de diferentes ampliações; por
Revólver
rotação, é possível trocar rápida e comodamente de
objectiva

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Microscópio óptico Composto (M.O.C.)

Seguidamente apresenta-se a constituição de um M.O.C.:

1- Condensador
2- Revólver
3- Braço ou coluna
4- Objectivas
5- Pinças
6- Platina
7- Parafuso macrométrico
8- Diafragma
9- Parafuso micrométrico
10- Ocular
11- Espelho
12- Base ou pé
13- Tubo óptico do canhão

ILUMINAÇÃO E FOCAGEM

1- Iluminar o campo do Microscópio óptico - captar uma quantidade de


luz adequada para a observação do Material.

a) Fonte luminosa incorporada


- Ligá-la;
- Regular a abertura do diafragma e a posição do
Condensador

b) espelho
- Orientá-lo em busca de melhor captação de luz; usando a
face plana para a luz natural e a face côncava para a luz
artificial
- Regular a abertura do diafragma e a posição do
condensador.

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2- Focar – regular a distância entre as lentes e o objecto por forma a obter
uma imagem o mais nítida possível.

CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM EM M.O.


• A imagem que se obtém no M.O. Composto é:
o maior que o objecto (ampliada);
o virtual;
o invertida e simétrica.

• O microscópio óptico composto garante imagens adequadas quando as


necessidades de ampliação não ultrapassam as 1500 a 2000 vezes.

PODER DE RESOLUÇÃO E LIMITE DE RESOLUÇÃO

• Poder de resolução – é a capacidade que o microscópio apresenta de


fornecer imagens nítidas e minuciosas.

• Limite de resolução – mínima distância entre dois pontos a partir da qual


eles passam a ser confundidos como um único ponto.

O Limite de resolução depende do comprimento de onda da luz utilizada.

DIMENSÕES EM M.O.
Uma das primeiras preocupações de quem estuda a célula é estabelecer
uma relação de grandeza das estruturas celulares com as unidades de medida
mais usuais, o milímetro e o metro:
• Metro (m) - 1
• Milímetro (mm) – 10-3 m
• Micrómetro (µm) – 10-6 m
• Nanómetro (nm) – 10-9 m
• Angstrom (Å) – 10-10 m
• Picómetro (pm) – 10-12 m

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OUTROS TIPOS DE MICROSCÓPIOS ÓPTICOS

• Microscópio óptico de fluorescência — Muito usado em Citologia.


Permite a observação de estruturas celulares marcadas com substâncias
químicas que “fluorescem” ou emitem luz visível ao serem iluminadas pela
luz ultravioleta.

• Microscópio de contraste de fase — tem a vantagem de permitir o exame


de células vivas, não coradas.

• Microscópio de fundo escuro — é normalmente utilizado na observação


de estruturas de dimensões muito pequenas e transparentes.

• Microscópio confocal — é um microscópio bastante recente. O nome


«confocal» significa «ter o mesmo foco», o que, neste caso, corresponde a
ter duas lentes alinhadas cujos focos se situam num único ponto do espaço.
Assim, há formação de um cone de luz que faz um seccionamento óptico;
isto tem a vantagem de permitir observar organismos vivos, sem ser
necessário fazer cortes.

Preparações
Preparações temporárias ou extemporâneas – são realizadas quando o
objecto se destina a ser observado no momento e depois é desaproveitado.

Meios de Montagem utilizados:


- Água doce;
- Água destilada;
- Água salgada;
- Soro fisiológico artificial ou soluto de Ringer ou plasma
sanguíneo.

Estes meios de montagem não alteram as condições do material a observar –


Líquidos indiferentes.

Preparações Definitivas – Realizam-se quando o objecto se destina a ser


guardado para posteriormente poder voltar a ser observado.

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TÉCNICAS PARA OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS AO
MICROSCÓPIO ÓPTICO
A microscopia inclui vários tipos de instrumentos e técnicas.
De acordo com a constituição e funcionamento do microscópio óptico, o
material biológico, para ser observado, tem de ser sujeito a uma série de
manipulações físicas e químicas.
No microscópio óptico a luz é transmitida através do objecto, de modo
que o material tem de ser atravessado pela luz, a fim de se produzir a imagem.
Este aspecto impõe que, na observação de tecidos animais ou vegetais em que
as células estão justapostas, seja necessário fazer finos cortes de modo a que
se apresentem translúcidos.
Com esse objectivo, utilizam-se normalmente as seguintes técnicas:
1- Técnica do esfregaço;
2- Técnica do esmagamento;
3- Técnica de cortes finos.

TÉCNICA DO ESFREGAÇO

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Técnica utilizada com frequência em bacteriologia. Esta técnica permite a
separação de células em meio líquido. Consiste em espalhar um fragmento de
tecido ou uma colónia sobre uma lâmina de vidro, o que provoca a dissociação
de alguns elementos celulares e a sua aderência ao vidro.
Desta maneira forma-se uma camada fina de células, facilitando a
observação.
Método usado para:
- Observação de sangue e outros líquidos orgânicos.
(Coloca-se uma gota do líquido sobre uma lâmina e com
outra lâmina ou lamela, espalha-se bem (esfregaço).
- Após estar seco, o material, pode ser fixado e corado.

TÉCNICA DO ESMAGAMENTO

Técnica utilizada nos casos em que existe uma aderência fraca entre as
células do tecido a observar. Para visualizar as células, basta colocar um
pequeno fragmento do tecido entre a lâmina e a lamela e fazer uma pequena
pressão com o polegar. Provoca-se, desta forma, um esmagamento do tecido,
o que faz com que as células se espalhem, formando uma fina camada, que é
facilmente atravessada pela luz.

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TÉCNICA DOS CORTES FINOS

Esta técnica é mais complexa e frequentemente utilizada em Histologia.


Quando o material a ser estudado apresenta uma consistência mole, é
necessário proceder à sua inclusão prévia, embebendo-o, por exemplo, em
parafina líquida que, após solidificar, garante uma consistência adequada ao
corte. Este corte poderá ser feito com um micrótomo que permite obter fatias
muito finas, com cerca de 3 a 6 µm de espessura.
O material é banhado por um solvente e mergulhado em parafina
derretida pelo calor. A parafina penetra nas células e endurece; forma-se um
bloco de parafina que envolve o tecido a observar. Com a ajuda do micrótomo,
este bloco é seccionado em fatias finas (espessura 5 µm ). O corte é então
colocado sobre uma lâmina de vidro e a parafina é dissolvida por um solvente
(xilol), ficando o fino corte de células sobre a lâmina. O material é, em seguida,

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corado e desidratado, procedendo-se à sua montagem, para a qual se utiliza o
bálsamo do Canadá (meio de montagem), que, ao solidificar, faz aderir a
lamela à lâmina.
Outra forma de dar consistência necessária ao material biológico para
possibilitar o corte é empregando a congelação; ou seja, congelando o material
antes de o cortar.
No caso dos tecidos vegetais, que já apresentam uma certa rigidez, é
possível fazer cortes sem inclusão, ou então com uma simples inclusão entre
dois pedaços de medula de sabugueiro.

Quando não é necessário obter cortes extremamente finos, podemos


efectuá-los com:
- Uma lâmina bem afiada (ex.plo: lâmina de barbear)
- Um bisturi

Coloração e Fixação
Todas as técnicas citológicas implicam frequentemente a coloração de
material biológico; a maioria das estruturas celulares só são observáveis ao
microscópio óptico composto se a célula for previamente tratada por corantes.
Cada corante reage apenas com certos elementos celulares, que ficam
contrastados em relação aos outros, o que facilita a observação.
Para observarmos células vivas deve-se ter o cuidado de usar corantes
que não alterem nem destruam o material biológico. Tais corantes — os
corantes vitais — como é o caso do azul de metileno, do vermelho neutro e
da eosina, são utilizados normalmente nas preparações extemporâneas ou
preparações temporárias — preparações feitas para exames de ocasião.
Quando se pretende fazer um grande número de observações ou
exames demorados são geralmente utilizadas preparações definitivas.
Neste caso, além da coloração, há necessidade de preservar, da
maneira mais perfeita possível, a estrutura original das células. Tal efeito
consegue-se com a utilização de fixadores — substâncias químicas como o
formol, o éter, o ácido acético e o álcool — que matam rapidamente a célula,
mantendo as suas estruturas com a menor alteração possível, sendo assim
conservado o material biológico para futuras observações.

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Os agentes susceptíveis de exercerem acção fixadora também podem
ser de natureza física; como o frio e o calor. Consoante a estrutura celular que
se pretende observar, deve-se ter o cuidado de escolher o fixador mais
adequado, pois estes actuam de diferente forma.

Corantes Específicos
CORANTES ESTRUTURAS
• Orceína acética • Cromossoma
• Água iodada • Núcleo, grãos de amido
• Eosina • Citoplasma
• Soluto de lugol • Parede celulósica, grãos de amido
• Vermelho neutro • Vacúolos
• Azul de metileno • Núcleo

Montagem
• Consiste na colocação do material num meio, entre a lâmina e a lamela,
que o isola do exterior, protegendo-o da acção de fungos e bactérias.
• Usam-se por exemplo a gelatina glicerada e o bálsamo do canadá.
• A montagem poderá ser completada com a colocação de um verniz ou lacre
que recobre as extremidades da lamela utilizada, reforçando o isolamento
do exterior.

Microscópio Electrónico de Transmissão (MET)


Considerações gerais

O nosso conhecimento sobre a complexa organização celular é


relativamente recente. Até à década de 40 apenas se conhecia da estrutura
celular o que era possível observar em função do poder de resolução do
microscópio óptico.
Olhando ao longe uma floresta, ela surge como uma mancha verde;
mas ao perto constatamos ser constituída por árvores e arbustos de espécies e

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tamanhos diferentes. Do mesmo modo, também só depois do aperfeiçoamento
das técnicas microscópicas e do aparecimento do microscópio electrónico a
célula pôde ser «olhada de perto» e observadas, detalhadamente, as suas
ultra-estruturas, até aí «escondidas» na massa semifluida do citoplasma.
Com um poder de resolução e de ampliação muito superior ao do
microscópio óptico, o microscópio electrónico permitiu penetrar no mundo
microscópico da célula.
Embora se apresente com uma construção física bastante mais
complexa e robusta, o microscópio electrónico de transmissão (M.E.T.) tem, na
globalidade, uma estrutura muito semelhante à do microscópio óptico.
A diferença fundamental entre estes dois instrumentos de observação
reside no facto de o microscópio electrónico não utilizar a luz para dar a
imagem do objecto, mas sim um feixe de electrões acelerados, o que faz com
que as lentes usadas não sejam de vidro ou cristal, como no microscópio
óptico, mas «lentes» electromagnéticas.
O comprimento de onda do feixe de electrões pode ser muito reduzido;
obtendo-se assim um elevado poder de resolução.
No microscópio electrónico de transmissão o feixe de electrões
atravessa o material a observar, de modo que a imagem resulta da maior ou
menor absorção dos electrões por parte das diferentes estruturas celulares.
A imagem é visualizada através de um ecrã fluorescente ou é registada
numa película fotográfica.

Microscópio Electrónico de Transmissão (MET)


Constituição e funcionamento

O Microscópio electrónico de transmissão tem basicamente duas partes:

1 – Parte electrónica
2 – Parte do vácuo

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1 – PARTE ELECTRÓNICA

• O tipos de radiação são feixes de electrões.


• Existe um filamento de tungsténio em forma de V que está ligado a alta
voltagem (40 KV a 120 KV). Esse filamento é levado à incandescência
através do aquecimento, o que conduz à emissão de electrões.
• No MET não existem lentes de vidro ou cristal, mas sim lentes electrónicas
(electrostáticas e electromagnéticas).

Lentes electrónicas:

• Lente electrostática – é esta lente que proporciona a formação do


feixe de electrões – canhão de electrões.
• Lentes electromagnéticas – São cilindros ocos, metálicos,
percorridos por uma corrente eléctrica que cria um campo magnético
permitindo a deflexão do feixe electrónico.

A focagem do feixe é conseguida através da variação da corrente que passa


nas lentes.

2 – PARTE DO VÁCUO

• Bombas rotativas e bombas de difusão;


• Pontos na coluna onde o ar é “aspirado”;
• Aparelhos de medida;
• Reservatórios;
• Válvulas;
• Existência, na zona da preparação, de um sistema de
isolamento que permite mudar a preparação sem que seja
preciso pôr ar no vácuo de toda a coluna.

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A IMPORTÂNCIA DO VÁCUO

É importante que exista vácuo pela simples razão de que se existisse ar


na coluna do microscópio, a colisão dos electrões com as partículas do ar iria
fazer com que os electrões se deslocassem, somente, escassos milímetros,
quando, na realidade, têm de percorrer cerca de 2 metros.

ECRAN

Os nossos olhos não são capazes de observar, directamente, imagens


produzidas por electrões. Devido a isso recorre-se a um écran que está
“pintado” com uma substância fluorescente, ou ao uso de uma câmara
fotográfica.

CÂMARA FOTOGRÁFICA

A utilização da câmara fotográfica está relacionada com o facto do feixe


de electrões destruir o material biológico.
Assim sendo, a imagem é recebida num écran fluorescente que permite
uma observação directa, ou então, numa chapa fotográfica que em seguida é
revelada.

VANTAGENS E INCONVENIENTES DO USO DO MICROSCÓPIO


ELECTRÓNICO EM CITOLOGIA

Como os electrões só se propagam a distâncias consideráveis no vazio,


toda a parte essencial do microscópio electrónico está encerrada numa coluna
hermética, mantida sob vácuo; logo, as células não podem ser observadas
vivas nem com as suas cores naturais. Além disso, o objecto tem de ser
extremamente fino, de modo a permitir que um número suficiente de electrões
o atravesse e forme uma imagem.

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Outro aspecto que devemos ter presente é que a grande ampliação
dada pelo microscópio electrónico, e o seu correspondente poder de
resolução, por vezes possibilita apenas a observação de uma parte de um
organito celular, pois a área do objecto que é visualizado varia
inversamente à ampliação utilizada.
A utilização do microscópio electrónico requer pessoal especializado; o
seu preço é elevado, comparativamente ao do microscópio óptico, a par das
dificuldades inerentes à preparação de material biológico para observação,
faz com que este precioso auxiliar de investigação seja apenas privilégio de
alguns laboratórios.

Comparação entre o MOC e o MET

CARACTERÍSTICAS M.ELECTRÓNICO M. ÓPTICO COMPOSTO


TRANSMISSÂO
Tipo de radiação Feixe de electrões Luz (fotões)
Lentes Electromagnéticas e
Vidro ou cristal
electrostáticas
Condensador Várias lentes
Uma ou algumas lentes
electromagnéticas

Ampliação 500 000 vezes 2000 vezes

Poder de resolução
0,5 – 0,1 nm 150 - 200 nm
máximo
Variação da corrente As lentes têm um foco fixo
Focagem eléctrica que passa através e o focagem efectua-se
das lentes electromagné- fazendo variar o distância
ticas em relação ao objecto
Local de formação da A imagem é projectada
num ecrã ou registada em Retina do observador
imagem película fotográfica
Imagem Preto e branco Geralmente colorida
Não vivo, desidratado,
Vivo e não vivo, sendo
Material a observar muito fino.
normalmente colocado
É colocado numa grelha de
numa lâmina de vidro.
cobre no vácuo.

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MICROSCÓPIO ELECTRÓNICO DE VARRIMENTO (MEV)

Há cerca de 30 anos começou também a ser utilizado um outro tipo de


microscópio electrónico — o microscópico electrónico de varrimento
(M.E.V.). Com uma construção e operação totalmente diferentes do
microscópio electrónico de transmissão (M.E.T.). O M.E.V. permite obter
imagens da superfície externa de partículas muito pequenas e a três
dimensões.

TÉCNICAS PARA OBSERVAÇÃO DE CÉLULAS AO


MICROSCÓPIO ELECTRÓNICO

Como foi referido, dadas as características de funcionamento do M. E.


não é possível a observação de células vivas.
O material a examinar é sujeito a um tratamento físico e químico.
Este tratamento tem o objectivo de tornar o material suficientemente fino
e seco a fim de permitir a passagem de electrões e haver formação de imagem.
Tal como acontece no microscópio óptico, o material é primeiramente fixado e
depois desidratado, sofrendo, de seguida, uma inclusão em resinas para
adquirir a rigidez necessária ao seu seccionamento, com o auxílio de um
ultramicrótomo. Uma das técnicas utilizadas é a técnica dos cortes
seriados, que permite reconstituir tridimensionalmente as estruturas celulares,
pois a célula não é plana e o que observamos em cada preparação não é mais
do que uma imagem parcial de um plano de corte que foi realizado na célula.

Resumo: Técnicas citológicas usadas em M. Electrónica:


- fixação (com Tetróxido de Ósmio);
- desidratação;
- inclusão em resinas artificiais;
- corte (ultramicrótomos);
- contraste (utilizam-se substâncias contrastantes como o
ósmio, o urânio ou o chumbo, que se ligam de forma
diferente às várias estruturas celulares, fazendo variar o
grau de penetração dos electrões nesses locais).

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TÉCNICAS ESPECIAIS PARA OBSERVAÇÃO DE ESTRUTURAS
CELULARES

Nos últimos anos têm sido desenvolvidas técnicas especiais no sentido


de permitir o isolamento das diferentes estruturas celulares e,
consequentemente, uma observação mais minuciosa desses constituintes da
célula:

• Uso de marcadores radioactivos — com este método é possível detectar


em que local da célula estão a ser sintetizadas determinadas substâncias e
acompanhar o seu percurso.
É uma técnica sofisticada em que se utilizam substâncias radioactivas que
têm a propriedade de impressionar chapas fotográficas — auto-radiografia.

• Criofractura — esta técnica tem contribuído grandemente para o estudo da


estrutura interna das biomembranas, pois permite a clivagem da bicamada
lipídica, deixando observar o seu interior.

• Centrifugação diferencial — permite isolar os diferentes organitos


celulares em função da sua massa. Com este método foi possível estudar
detalhadamente vários organitos celulares, nomeadamente mitocôndrias,
cloroplastos, núcleos e ribossomas.

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ORGANIZAÇÃO CELULAR
De acordo com a Teoria Celular, a célula é a unidade básica estrutural e
funcional de todos os seres vivos, comportando-se como unidade
independente, mesmo nos organismos multicelulares.
Apesar desta universalidade de estrutura e função, há diversidade no
tamanho, forma e grau de complexidade.
Algumas células possuem uma estrutura muito simples, mas a maioria
apresenta uma maior complexidade.
As células mais simples possuem um número muito reduzido de
organitos e não têm sequer um núcleo organizado, individualizado do
citoplasma por um invólucro — são as células procarióticas. As células mais
complexas possuem núcleo organizado e individualizado do citoplasma por
um invólucro e numerosos organitos — são as células eucarióticas.
Os seres constituídos por células procarióticas chamam-se
procariontes; incluem bactérias e algumas algas primitivas (algas azuis). Os
seres constituídos por células eucarióticas chamam-se eucariontes e incluem
os restantes seres vivos.

Aspectos comparativos entre Células Procarióticas e Células


Eucarióticas

Características Células eucarióticas Células procarióticas


Cerca de 40 µm de diâmetro;
em regra 1000 a 10 000 vezes
Tamanho da célula Diâmetro médio 0,5 – 5 µm
o volume da célula pro-
cariótica.
Presente nas plantas e
fungos. É rígida e formada por Rígida constituída por polissa-
Parede Celular
celulose nas plantas e por carídeos com aminoácidos.
quitina nos fungos.
Não existe invólucro nuclear,
Possuem verdadeiro núcleo nem nucléolo. O material
Material genético que contém um ou mais nuclear está em contacto
nucléolos. directo com o citoplasma e
constitui o nucleóide.
Ausência de organelos com
Muitos organelos
membranas. Contêm muitos
membranares como mito-
Organelos ribossomas que têm menores
côndrias, retículo, complexo
dimensões que os das
de Golgi.
células eucarióticas.
Hialoplasma e membrana
Estruturas respiratórias Hialoplasma e mitocôndrias.
plasmática.
Ocorre em cloroplastos com Sem cloroplastos. Tem lugar,
Fotossíntese uma estrutura membranar por exemplo, em lamelas
complexa. fotossintéticas.
Organelos locomotores Organelos locomotores
Flagelos complexos, rodeados por simples, não incluídos na
membrana plasmática membrana plasmática.

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Aspectos comparativos entre Células Eucarióticas Animais e
Células Eucarióticas Vegetais

Apesar de em todas as células eucarióticas existir uma estrutura básica


semelhante, há algumas diferenças entre a célula animal e a célula vegetal.
No quadro seguinte estão evidentes algumas dessas diferenças.

Estrutura Célula animal Célula vegetal


• Parede Celular Ausente Presente

• Centríolos Presentes (em regra) Ausentes (nas plantas


superiores)
• Plastos Ausentes Presentes
Presentes, as dimensões
• Vacúolos Presentes, são pequenos aumentam com a idade
e temporários da célula e o número
diminui.

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