Analizando a natureza é possivel observar que a humanidade
desenvolveu um tempo muito mais rapido e violento que os demais seres vivos, isso se deu devido a habilidade de memorizar, guardar e propagar as linguagens. Também devido as evidencias físicas que constantemente expoem e retem os avanços, conquistas e histórias da humanidade, como a madeira, ferro, predios, ferramentas.
Ao observar ou utilizar estes objetos é remetido as descobertas,
conquistas, o ponto da historia onde o ser humano chegou. Indiferente de qual destes objetos usamos de exemplo, ele torna-se uma trava irrevogalvel do tempo, obriga a historia a avançar. A principal maneira de vermos isto é atraves de textos.
ORALIDADE PRIMARIA E ORALIDADE SECUNDARIA
A presença ou ausencia de determinadas técnicas de comunicação
auxilia-nos a classificar sociedades e seu tempo. Essa classificação apenas é uma ferramenta para nos localizar na historia, devemos saber que cada sociedade é singular e transitória, referindo-se as técnicas intelectuais.
A oralidade primaria refere-se a época pré-escrita, e tem como função
propagar a memória social e não somente a livre expressão das pessoas ou a comuniucação diária. Diferente da atualidade que as palavras sobejam, excedem o necessario, na oralidade primaria as palavras propagam toda a historia e não os textos. Em uma sociedade assim toda a essência cultural se baseia nas memórias dos individuos.
Nestas sociedades a inteligencia e sabedoria referem-se a memória,
principalmente auditiva. A escrita suméria retratava a sabedoria como uma cabeça com grandes orelhas. E na mitologia grega a Mnemosina (A Memória) está bem privilegiada na genealogia dos deuses. Antes da escrita as pessoas ouviam as historias, aprendiam ouvindo os sabios.
Já a oralidade secindaria baseia-se na escrita, nos textos permitindo uma
fidelidade paradoxa a livre interpretação.
Nas sociedades pré-escrita a produção de espaço e tempo está
totalmente ligada a memória, então faz-se necessario que a entendamos. Oque e como pode ser guardado?
Diferente de um aparelho de armazenamento fiel, nossa memória
reflete a nossa visão, misturada a associaçoes feitas inconcientemente e sem maldade ou intenção de deturpação.
A MEMÓRIA DE CURTO PRAZO
Refere-se a memória que usamos na atenção, um exemplo é quando memorizamos um numero de telefone até disca-lo, a maneira mais facil de memorizar é a repetição, porém a lembrança perdura por pouco tempo. Essa memória também é muito usada pelo aluno que lê o texto uma ultima vez antes de entrar e fazer a prova.
No entanto a memória de longo prazo é usada quando lembramos do nosso
próprio numero no momento oportuno. A melhor estratégia é associa-la a algo como uma imagem, sentimento, situação, pesquisas cientificas provam que a repetição nesses casos não surte grandes efeitos.
O processo mnésico é chamado de elaboração, a associação de algo a
uma situação , sentimento, emoção ou imagem, fazendo assim com que quando se fizer necessario lembrar haja um caminhos de associação até a informação.
INCONVENIENTES DAS ESTRATÉGIAS DE CODIFICAÇÃO
Temos muita dificuldade de discriminar as informações originais e as
elaborações que criamos. Nos casos juridicos as testemunhas alegam os fatos baseado em seus pontos de vista, sem nenhuma má fé.
AS ESTRATÉGIAS MNÉMONICAS NAS SOCIEDADES ORAIS
Analizando os mitos que datam da sociedade oral percebemos que
não por ignorância criam em historias magicas e sim por ser uma elaboração, uma maneira de memorizar e propagar a historia, utilizando-se de teatro, pesia e mitos.
Assim um mito era repassado e estava sempre atual, a tendência era
de assimilar todas as situações ao mito, trazendo a sensação ciclica de “eterno retorno”.
O TEMPO DA ORALIDADE
CÍRCULO E DEVIR
As sociedades orais tinhão a sensação de “eterno retorno” devido as
técnicas de memorização, mitos e demais, todavia isso não quer dizer que não houvesse conciencia de sucessor ou irreversibilidade. Nessas culturas quaisquer informaçoes que não fossem repetidas variadas vezes e em voz alta estava fadada a desaparecer. Não existe maneira de guardar as representações verbais, portanto a sensação ciclica é devido as repetiçoes que ecoavam de geração em geração quase intocadas. A oralidade primaria persevera ainda em nosso tempo não porque ainda falamos e sim porque grande parte do que aprendemos é ouvindo e repetindo. Além disso a oralidade sobreviveu paradoxalmente com a midia escrita, porque filosofos e religiosos obrigavam seus seguidores a responder ou repetir sob pena de não compreender, ainda grandes pensadores que registraram com a escrita suas ideias como Platão, Galileu e Hume escreviam textos como dialogos e perguntas. São Tomás organizou sua suma teológica em forma de perguntas.
Finalmente a literatura que findou a oralidade agora busca reavivar a
força ativa, magia de quando as palavras não eram etiquetas vazias sobre coisas ou ideias.
TCC - A Influência Do Mito Egípcio Implícita em Êxodo 32,4 Uma Análise Histórica Da Cosmogonia de Heliópolis em Diálogo Com A Fenomenologia Da Religião