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Compartilhando

a Palavra de Deus
Cópyright©2012 por Grady S. McMurtry
Tradução:
Ozçeas e Claudia Rossin
Capa Igor Braga
Editoração:
Manoel Meneses
Acompanhamento Editorial:
Priscila Laranjeira
Impressão e acabamento:
Gráfica Exklusiva
Publicado no Brasil com a devida autorização e com todos os direitos reservados pela
A. D. Santos Editora
Al. Júlia da Costa, 215
80410-070 - Curitiba - Paraná - Brasil
+55(41)3207-8585
www.adsantos.com.br
editora@adsantos.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
McMURTRY, Grady Shannon.
As Festas Judaicas do Antigo Testamento - Seu significado histórico, cristão e profético. Título original:
The Feasts of the Old Testament/ Grady Shannon McMurtry — Curitiba: A. D. Santos Editora, 2012.
168 p.
ISBN - 978-85-7459-282-4
1. Teologia Social Cristã (Atitudes do Cristianismo frente aos assuntos seculares e às outras religiões)
2. Teocracia
CDD - 261

Ia edição: Julho / 2012 — 3.000 exemplares.


Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com
indicação da fonte.
Edição e Distribuição:
EDITORA

SANTOS
Introdução
A. Descrição do Estudo: Este guia implicará no estudo dos Dias Sagrados
Judaicos e as Festas que comemoram os eventos históricos, os quais têm um
forte significado cristão e que preveem eventos futuros.
• Quais são as primeiras perguntas que devemos fazer quando confrontados
com um tema como esse?
• Por que deveríamos estar interessados num estudo sobre os dias santos
judaicos, em primeiro lugar?
• O que podemos aprender com isso?
• Qual o significado que esses dias sagrados têm para os cristãos desta era
moderna?
Sem o Novo Testamento, o Antigo Testamento é incompleto, é uma promessa
sem cumprimento, uma sombra da realidade. Na aliança mosaica havia cinco
componentes principais. Estes foram:
1. A Lei Moral e a Lei Civil, Deuteronômio 4:10-13 e 5:1-21.
A

2.0 Tabernáculo de Moisés, Exodo cap. 25-40.


3. Os Sacrifícios Levíticos, Levítico cap. 1-7.
A

4.0 Sacerdócio Araônico (Levítico), Exodo cap. 28-29 e Levítico cap. 8-9.
5. As Festas do Senhor, Levítico 23 e Deuteronômio 16.
Nossa proposta é descobrir o rico material contido no quinto componente - As
Festas do Senhor. Nelas, veremos contido, o plano de Deus para o homem e
aprenderemos como nos aproximar de Sua presença. Não é necessário
celebrar as festas bíblicas a fim de sermos salvos. Somos salvos pela fé em
Jesus. A questão das festas tem a ver em como sermos frutíferos, agora que
somos salvos. Quando comemoramos as festas, é como se fizéssemos um
ensaio de uma peça sobre o plano da redenção, e isso nos ajuda a manter o
foco correto em seus propósitos.
Os cristãos são chamados cristãos, porque os nãos crentes olhavam para os
Judeus que haviam aceitado Jesus como seu Messias, e para aqueles que não
eram Judeus, mas também aceitaram Jesus Cristo como seu Senhor e
Salvador, e diziam que eles estavam imitando a vida de Jesus Cristo, e por
isso foram rotulados ou identificados como “pequenos Cristos” ou “cristãos”.
Jesus nasceu, cresceu e morreu judeu. Ele foi chamado de “Mestre” ou Rabi,
porque foi reconhecido tanto como um professor profundamente conhecedor
da religião judaica e também, como um praticante daquilo que Ele sabia.
Note as palavras do próprio Jesus, antes de qualquer livro do Novo
Testamento ter sido escrito: “Não pensem que eu vim aabar com a Lei de
Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim acabar com eles, mas
dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isso é verdade: enquanto o
céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei - nem a menor letra, nem
qualquer acento. E assim será até o fimd e todas as coisas. Portanto,
qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a
feze-rem o mesmo será considerado o menor no reino do Céu. Por outro lado,
quem obedecer à Lei e esinar os outros a fazerem o mesmo será considerado
grande no Reino do Céu. Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no reino do
Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei
e os fariseus” (Mateus
5:17-20). Ele estava se referindo ao Velho Testamento judaico.
B. Objetivo: O que ganhamos com um estudo dos Dias Santos Judaicos?
1. Pode-se dizer que o catecismo (aprendizado) do judeu consiste no estudo
de seus calendários.
2. Nosso estudo nos permitirá ser capaz de participar e apreciar a celebração
desses dias com nossos amigos Judeus e Judeus messiânicos.
3. Ele nos permitirá efetivamente compartilhar o significado messiânico
profundo destes dias especiais com os outros.
4. Eles são sombras das coisas futuras. Ver Colossenses 2:16-17 eHebreus
10:1-2.
5. Eles são uma parte da Lei que é “um aio para nos conduzir a Cristo”. Ver
Gálatas 3:24
6. Todos eles apontam para algum aspecto da pessoa, obra
e glória do Messias, Jesus Cristo. Ver Hebreus 10:7, Salmo 29:9 e Salmo
40:6-8.
7. Eles estabelecem o ministério de Jesus em relação à salvação. Eles nos
mostram o plano redentor de Deus.
8. Há elementos neles que são para o nosso aprendizado. Ver Romanos
15:4.
índice
Capítulo Um
O judaísmo - A Principal Raiz da Nossa Fé O Shabat — A Primeira Festa_
Capítulo Dois
Os Calendários judaico e Gregoriano_
Capítulo Três
Pesach: A Páscoa_
Capítulo Quatro
Pães Levedados e Não Levedados_
Capítulo Cinco
O Seder da Páscoa - Elementos Básicos _
Capítulo Seis
O Seder da Páscoa- A Comunhão_
Capítulo Sete
A Segunda e a Terceira Festa_
Capítulo Oito
O Significado da Crucificação_
Capítulo Nove
A Quarta Festa, O Shavuot (Pentecostes)_
Capítulo Dez
Os Jejuns Menores de Verão_
Capítulo Onze
As Três Principais Festas Restantes do Outono.

Capítulo Doze

O Hanuká 114

Capítulo Treze
A Festa do Vurim 124
Capítulo Catorze
136
.142
.150
159
Adendo 1 - Rituais de Casamento_
Capítulo Quinze
Adendo 2 - A Data de Nascimento do Messias
Capítulo Dezesseis
Adendo 3 — 0 Dia do Senhor_
Bibliografia_
CAPÍTULO UM
JUDAÍSMO - A RAIZ PRINCIPAL
DA NOSSA FÉ SHABAT - A PRIMEIRA FESTA!
Aprender sobre os Dias Santos Judaicos é aprender que o Judaísmo é a raiz
principal da nossa fé.
I. Alguém pode inclusive afirmar que o catecismo dos Judeus consiste
em aprender sobre seu calendário.
A. Num certo momento no tempo, que são os dias sagrados dos Judeus,
Deus inscreveu:
1. Sua Santa Palavra.
2. Sua Doutrina Inspiradora.
3. Suas Verdades Eternas.

4. Seu Plano Para Salvação.


5. Seu Esboço Profético na História.
Isso é feito da mesma forma como o código genético está escrito sobre as
moléculas e não dentro delas.
B. Também pode trazer a ideia para nós que Deus escolheu o tempo, uma
coisa passageira, para usar nos dias sagrados
ou “épocas” e com isso tornar mais tangível e mais facilmente acessível para
cada pessoa, individualmente.
1. Pessoas morrem, as estruturas sucumbem, mas o tempo continua seu
ciclo constante (acontecendo todos os dias).
2. As pessoas só podem ministrar a um número reduzido ou limitado de
outras pessoas, e elas precisam visitar igrejas, templos ou monumentos, mas o
tempo visita a todos, sem exceção.
3. Dessa forma os “tempos”, ou os “dias sagrados”, chegam a cada um e
ninguém pode recusar sua visita, não importando as circunstâncias. Se
estivermos muito ocupados ou sossegados, saudáveis ou doentes, na prisão ou
com a família, esses “dias” dão testemunho, nos alertando, inspirando e
confortando. O tempo não teme ninguém. E contemporânando para todos,
não importando a estatura, importância ou localização física.
C. Nosso estudo vai permitir que sejamos aptos para participar e apreciar as
celebrações desses dias sagrados com nossos amigos Judeus e também com os
messiânicos.
D. Também irá permitir que possamos compartilhar com outras pessoas o
profundo significado messiânico dos dias sagrados. Realmente Deus
estabeleceu (indicou) um sistema profético profundo com um significado
infinito através de Sua escolha de sete convocações sagradas para serem
celebradas pelo seu povo escolhido, a cada ano.
E. Deus ditou para Moisés, no Monte Sinai, as datas e os métodos de
observação.
1. Todas as datas das festas mais importantes estão contidas em apenas um
capítulo; um capítulo de instruções pequeno, mas muito prático. Pedaços e
outras porções
são encontrados em outras partes das Escrituras, mas aqui elas estão todas
reunidas para que ninguém possa deixar de vê-las.

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on
2. Se um judeu cometesse qualquer erro na questão do tempo certo ou do
método de celebração, especialmente concernente à sexta festa mais
importante (O Dia da Expiação), ele era banido do meio do povo escolhido.
3. Leia Levítico, cap. 23.
a) Quando essas festas são celebradas hoje em dia, os sacrifícios que as
acompanhavam foram retirados pelo fato de não existir mais um Templo em
Jerusalém.
b) Sem sacrifício de sangue, o significado e a eficácia dessas festas foram
quase que totalmente deteriorados.

4. Os cristãos não têm nenhum dever ou compromisso de observar ou


celebrar essas festas, mas o entendimento do seu significado traz um ganho
tremendo para a Fé.
5. Jesus, como um judeu justo, celebrou cada festa, incluindo a celebração
do Seder Páscal na noite anterior à Sua crucificação.
II. As Festas.
A. O que o Novo Testamento fala sobre essas festas de forma geral? Leia
Colossenses 2:16-17.
1. Elas libertam a Igreja do legalismo.
2. As festas são destinadas a serem sinais proféticos, tipos e exemplos. Veja
1 Corintios 10:11.
Apesar de existirem muitos comentários sobre o que existem nas Escrituras,
tenha em mente que o Novo Testamento é o único comentário sobre o Antigo
testamento que é divinamente inspirado.
B. Ao mesmo tempo em que Deus entregou as Festas para a
nação de Israel, e lida com ela diferentemente das outras
nações, Ele deu essas mesmas festas para todos os cristãos.
1. Deus não faz distinção em seu tratamento com pessoas individualmente
— seja judeu ou gentio. Não existe diferença ou distinção quando o assunto é
o pecado. Leia Romanos 3:9-23. (Esse texto cita sete salmos)
2. Também não existe nenhuma diferença para ninguém quando se refere à
Salvação. Leia Romanos 10:12-13. (Cita Joel 2:32)
C. O que são essas festas? (Em Levitico 23: A palavra “festa”
no comentário Strong é Chag [Khug]).
1. Enquanto a palavra é traduzida para “regozijo”, o Dia da Expiação é na
verdade um dia de jejum.
2. Comer não é o propósito, mas sim estarem o tempo inteiro regozijando.
3. A palavra significa - um regozijo, um festival, um sacrifício, ou um tempo
de solenidade.
4. A raiz da palavra transmite a ideia de mover-se em círculo como numa
dança, uma procissão sagrada ou uma celebração de um dia solene.
5. A melhor leitura pode ser a de Deus chamando de “Minhas Solenidades”
em Isaías 33:20.
6. As Festas são compromissos estabelecidos por Deus.
7. Elas devem ser observadas em honra ao Seu Nome.
8. As Festas não eram celebradas apenas pelos sacerdotes, assim como
muitas outras ordenanças, mas por todo o povo.
9. Esses compromissos com o povo de Sua Aliança são denominados
“convocações”. O dicionário Webster’s
1828 define convocação como: “O ato de chamar ou reunir por convocação”.
D. A Primeiríssima Festa é na Verdade o Shabat!
1. A palavra Shabat vem da raiz que significa “desistir”, “cessar” ou
“descansar”. A celebração do Shabat significa que servimos o Deus da
criação. O Shabat é o “rei” ou a “alma” judaica. Um dia designado por Deus
para o descanso e a adoração. O Shabat e a circumcisão são as marcas de
identificação do Judaísmo.
A
2. E o sétimo dia da semana e comemora a interrupção da Obra de Deus no
final da Semana da Criação. Veja Êxodo 20:8-11.
a. O Shabat é o dia de descanso e de comunhão com Deus. Veja Deut. 5:13-
14.
b. O Shabat é um sinal do pacto entre Deus e o homem. Veja Êxodo 31:13.
c. O Shabat é um sinal que lembra nossa redenção. Veja Deut. 5:15.
d. O Shabat é um período, não de parar com o trabalho, mas de mudar o
foco do material para o espiritual. Veja Isaías 58: 13-14.
e. A observância do Shabat é considerado igual, em termos de valor, a todos
os demais mandamentos
A

encontrados na Biblia! Veja Exodo 31:16.


f. Somente aqueles envolvidos no serviço de adoração do Templo eram
liberados da exigencia do descanso (Shabat).
g. E a única convocação santa que não exige oferta pelos pecados.
h. O salmo tradicionalmente cantado no Shabat é o 92, que é um salmo
messiânico.
i. O Shabat é mais mencionado do que qualquer outra festa na Biblia.

j. Jesus realizou muitos de seus milagres, curas e pregações exatamente no


Sbabat; frequentemente quebrando, reescrevendo e observando a Lei.
k. Existem 39 categorias de atividades que não podem ser realizadas no
Sbabat. Essas categorias são chamadas Aboth, ou “Pais”. Cada A both é
subdivida em 39 classes chamadas Toledoth, ou “Descendência/ Prole.” Isso
perfaz um total de 1.521 atividades proibidas.
l. O escritor judeu Achad Ha’Am (pseudônimo de Asher Ginsburg, 1856-
1927), fez essa observação: “Muito mais do que os Judeus manterem o
Shabat, é o Shabat que mantém os Judeus.”
m. A manutenção do Shabat é a única observância ritual instituída nos Dez
Mandamentos.
n. O dia do Shabat é chamado de “Shabat Ha’Malka,” o Shabat Rei.
3. Cada um dos outros dias de festa tem seu próprio Shabat especial associado
a eles.
CADA dia de Festa é considerado um Shabat!
/ _

E. E necessário citar a diferença entre a celebração do


Shabat e do Domingo, o Dia do Senhor.
1. O Shabat é o sétimo dia da semana e comemora o término da Criação.
2.0 primeiro dia da semana é o dia da ressurreição e significa a redenção
completa. Leia Mateus 28:1-8 e João 20:19. Jesus se reuniu com seus
discípulos uma semana depois da ressurreição no domingo. João 20:19.
3.0 Shabat é o sinal da aliança entre Deus e Israel. Veja Êxodo 31:13.
4.0 domingo é o primeiro dia da semana, e significa a comunhão da Igreja e
seu Senhor. O apóstolo Paulo enfatizou a frequência dos crentes nas reuniões
do domingo. Leia Atos 20:7. Paulo recomendou que as ofertas da igreja
deveriam ser recolhidas no domingo. 1 Co 16:1 ‘2. Com toda certeza as
igrejas estavam se reunindo no domingo para que isso pudesse acontecer.
1. J udaísmo / Shabat i ?.,;Dr. Grà<fySçMtMktry
5. A obediência da observação do Shabat era ordenada por Lei, e o não
cumprimento dessa lei era punido com
A*
a morte. Leia Exodo 31:14.
6. A celebração feita pelos cristãos no domingo é algo voluntário, sem
nenhum tipo de mandamento, e é um dia para testemunhar e servir ao Senhor.
O quarto mandamento; a observância do Shabat não é mencionada no Novo
Testamento, enquanto todos os outros nove são.
7.0 Shabat é uma parte essencial do pacto das obras.
8.0 Domingo representa o pacto da Graça.
9.0 Shabat é um dia de coroação da semana de trabalho e uma recompensa
ao homem pelos seus esforços. A observação do Shabat, no entanto, não foi
imposta aos gentios pelos líderes da igreja judaica. Atos 15:1-29.
10. O Dia do Senhor enfatiza o que Deus fez por nós através da obra de
Jesus.
11. Essas diferenças colocaram os cristãos judeus primitivos num dilema.
Eles continuaram a adorar no Templo, mas as diferenças entre o Judaísmo e o
Cristianismo terminaram por afastá-los desse lugar, e mais tarde de
seus familiares. Leia Atos 2:46.
12. A gota d’água que acabou por afastar de vez os judeus cristãos do
Templo e das sinagogas foi uma nova oração
ou “bênção”, adicionada na liturgia diária chamada A midá.
!

A Amidah (Tefilat HaAmidah “oração em pé”), também chamada de Shmoneh


Esreh (“Dezoito” o número de bênçãos originais), é a oração principal na
liturgia judaica. Essa oração pode ser encontrada no Siddur, o tradicional livro
de orações dos judeus.
Os judeus religiosos recitam a Amidah nas três reuniões de oração num típico
dia de semana: pela manha, à tarde e à noite.
Uma Amidah abreviada é também o centro do culto Mus-saf (“Adicional”)
que é recitado nos festivais judaicos Shabat, Rosh Chodesh, depois da leitura
da Torah. Uma Amidah normal consiste de 19 bênçãos, apesar de que a
original continha 18.
A linguagem da Amidah aparentemente é datada do período mishnaico, antes
e depois da destruição do Templo (70 d.C.). O Talmude indica que quando o
rabino Gamaliel II decidiu reorganizar os cultos públicos e também
regularizar as reuniões familiares, ele nomeou Samuel HáKatan para
adicionar mais um paragráfo, com uma maldição contra os traidores e os
heréticos, que foi acrescentado como a 12a oração, em uma seqüência
moderna, totalizando em 19 o número de orações. Essa “bênção” era chamada
de BirJ<at HaMinim, “A bênção dos facciosos”, que era na verdade um
instrumento muito ofensivo, designado para afastar os cristãos de uma vez
por todas:
“E que não haja nenhuma esperança para os apóstatas, e o domínio e a
arrogância (provavelmente citando Roma) sejam desarraigados rapidamente
em nossos dias. Que os Nazarenos (judeus cristãos) e os sectários pereçam de
uma vez. Que eles sejam riscados do Livro da Vida e que não sejam inscritos
junto com os justos. Bendito sejas Tú Adonai, que humilha o arrogante.”
13. Não existe menção alguma de adoração no Shabat no Credo do Primeiro
Concilio de Jerusalém. Leia Atos 15:24, 28-29 e 20:7.
14. Ignácio (30 - 110 d.C.), Bispo de Antioquia, discípulo
do apóstolo João, escreveu em 107: ’
“Aqueles que andavam nas antigas práticas alcançaram agora uma novidade
de esperança, não mais observam Sha-bats, mas moldam suas vidas após o
Dia do Senhor, no qual nossas vidas surgiram através Dele, e que possamos
ser encontrados como discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre”.
“… e depois da observância do Shabat, que cada amigo de Cristo mantenha o
Dia do Senhor, o dia da ressurreição. Se alguém pregar a obediência da Lei
judaica a você, não dê ouvidos.”
15. Justino Mártir escreveu em 135 d.C.:
“O Domingo é um dia no qual todos nós realizamos uma assembléia comum,
porque esse é o primeiro dia no qual o Senhor forjou uma mudança nas trevas,
da matéria fez o mundo, e Jesus Cristo nosso Salvador, nesse mesmo dia,
ressurgiu dentre os mortos. E no dia chamado Domingo, todos os que vivem
nas cidades e nos campos se reúnem num só lugar, e a memórias dos
apóstolos e os escritos dos profetas são lidos enquanto o tempo permite.”
16. Manter o Dia do Senhor dedicado à adoração divina e ao testemunho é
algo piedoso, saudável e totalmente louvável. Fazendo tal coisa, restaura-se o
corpo e vivifi-ca o espírito.
17. No entanto, a nossa salvação não está estabelecida na observância de
algum dia em particular. Nossa salvação está estabelecida única, exclusiva e
intransigentemente na obra completa realizada por Cristo Jesus na cruz
do Calvário. A Igreja não é ordenada a obedecer ou man-
ter um dia especial ou particular para adoração* Veja Romanos 14:5-7, 1
Coríntios 9:20, 2 Coríntios 3:6, Colossenses 2:14-17, Gálatas 3:1,4:9-11,5:1 e
Hebreus 4:9-11.
l. Judaísmo/Shabat
F. Cada uma das sete festas principais representam um chamado específico de
Deus para um encontro com Seu povo
em determinadas épocas estabelecidas.
1. Atender essas convocações de Deus é festejar com Ele.
2. Quando essas festas são celebradas sem a presença do Senhor, elas se
tornam aquilo que João descreveu em João 6:4, como sendo simplesmente
festas dos Judeus.
3. Nós lemos em Levíticos 23 que as sete festas principais são:
• Páscoa
• Pães Azimos (sem fermento; não levedado)
• Primícias (primeiros frutos)
• Pentecosteses
• Trombetas
• Expiação
■ Tabernáculos
4. As festas da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos são chamadas
Festas dos Peregrinos.
5. Cada festa, convocação, ou tempo determinado, comemora um evento
específico do passado, e também pode prever um evento específico no futuro.
Por exemplo: A Páscoa comemora o livramento do anjo da morte que matou o
primogênito de cada família e de todo o gado do Egito, para quem não teve
sangue do sacrifício aspergido sobre os umbrais e na verga das portas.
Esse sangue veio de um cordeiro sacrificial. Esta comemora-
ção também profetizou a oferta do Cordeiro de Deus na cruz do Calvário.
III. Festas Com Seu Significado Já Cumprido
A. Veremos que as quatro primeiras das sete festas já foram
cumpridas por Cristo em sua primeira vinda, e que as três
próximas se cumprirão profeticamente em Sua segunda
vinda.
1. As quatro primeiras foram cumpridas exatamente no mesmo dia do mês
como foi na sua comemoração original.
2. Com isso em mente, podemos então olhar adiante e crêr que Deus irá
cumprir as três últimas restantes exatamente em suas datas comemorativas.
B. Estas festas mostram claramente que:
1. Deus está no controle.
2. Ele é, ao mesmo tempo, preciso e exato.
3. Ele definiu eventos específicos que seguem acontecem do.
4. Ele vê do começo ao fim.
5. Ele quer nos fazer entender a Sua vontade e Seu plano para nós.
x
CAPÍTULO DOIS

Os Calendários Judeu e Gregoriano


Pesach: A Páscoa
Pão Levedado e Não Levedado
O Seder da Páscoa -Elementos Básicos
O Seder da Páscoa -A Comunhão
A Segunda e a Terceira Festa
O Significado da Crucificação
A Quarta Festa, Shavuot (pentecostes)
festas Menores de Verão
As Três Últimas Grandes Festas de outono
Hanuká
A Festa do Purim
Adendo I
Rituais de Casamento
Adendo II
A Data do Nascimento do Messias
Adendo III
Os Calendários Judeu e Gregoriano
I. Deve ser salientado que sempre houve dois calendários judaicos. Leia
Êxodo 12:1-2.
A. Existe um que é usado hoje em dia para organizar o côm-puto religioso e
outro que era usado antes para fins civis.
1. O Ano Novo Judaico era originalmente celebrado no outono, para fins
civis. Agora, o ano religioso começa na primavera, na mesma época que o
Domingo da Ressurreição é também celebrado.
2.0 calendário judaico é baseado no ciclo lunar, ou seja, a lua orbita em volta
da Terra, e não o ciclo solar, ou seja, a Terra girando em torno do Sol. Há
razões muito específicas para isso:
a) Cada mês começa como surgimento da lua nova.
b) Uma vez que o ciclo lunar é de 29 Vi dias do mês, o meio do mês cai no
dia 14 ou 15, com lua cheia. (Por favor, mantenha isso em mente para usar
mais tarde.)
3. O calendário que usamos hoje foi criado pelo Papa Gregorio XIII, em
1582.
B. O ciclo lunar tem um grande impacto na natureza.

1. Ela afeta as marés.


2. Os CALENDÁRIOSjUDEU E GREGORIANO
2. A Lua faz um calendário melhor que o Sol, uma vez que muda de forma a
cada dia, enquanto o Sol permanece o mesmo em termos de aparência.
3. Mesmo uma pessoa iletrada pode saber o dia do mês, olhando para o
formato da lua.
4.0 Sol tem sido um objeto de culto de muitas religiões pagãs, onde os
homens, por pensaram que ele é mais magnífico do que a Lua, escolheram
para adorar a cria’ ção em vez do Criador.
5. Ao utilizar o ciclo lunar, o dia começa quando a Lua surge (muitas vezes
confundido com o pôr do sol). Deus, em Gênesis capítulo 1, instituiu esse
sistema. Deus declarou repetidamente que “foi a tarde e a manhã, o dia..”.
Deus estabeleceu primeiramente a noite. Este é um retrato que ilustra como
todos os cristãos começam na escuridão espiritual e terminam em
luz espiritual.
C. Os meses judaicos versus nosso calendário:
Mês Tudaico Mês equivalente aproximado

01 Nisctn/Abib Março-Abril

02 Zif/lyar Abril-Maio

03 Sivam Maio-Junho

04 Tamuz Junho-Julho
05 Ab/(Av) Julho-Agosto

06 Elul Agosto-Setembro

07 Tishrei Setembro-Outubro

08 Bul/Heshvan Outubro-Novembro

09 Chilseu/Kislev Novembro-Dezembro

10 Tebeth Dezembro-Janeiro

11 Sebat/Shebat Janeiro-Fevereiro

12 Adar Fevereiro-Março

13 Ve-Adar/IIAdar Fevereiro-Março

(Adar Sheni) *
D. *0 Ve-Adar pode ser entendido como um ano bissexto,
assim como 29 de Fevereiro sempre cai num ano bissexto.
II. Essas são datas e aniversários importantes com significado profético.
A. Qual é a importância do primeiro dia do primeiro mês?
1. O primeiro dia de cada mês é chamado de Rosh (Chefe) Hodesh (Lua).
2. No Rosh Hodesh, o shofar (chifre de carneiro) era soprado e tochas eram
acesas para que cada pessoa soubesse que aquele era o primeiro dia do mês.
Leia Salmos 81:3-5.
3. Durante o reinado do rei Salomão, na época do primeiro Templo, era o
Sumo-Sacerdote que determinava qual seria o primeiro dia do mês.
4. Mais tarde essa decisão de determinar o primeiro dia do mês passou para
o Sinédrio (70 anciãos que governavam junto com o Sumo-Sacerdote,
perfazendo um total de 71 autoridades).
B. Qual é a importância do primeiro dia do primeiro mês, no
calendário religioso?
l.Os temas ou significados que Deus concedeu para o primeiro dia de Nisan
(primeiro mês) são os Novos Come-ços e Rituais de Purificação. Desde o
êxodo, quando Deus mudou o calendário do Outono para a Primavera,
quatro eventos muito importantes ocorreram no primeiro dia de Nisan.
a) O Tabernáculo de Moisés foi dedicado depois de saí
A
rem do Egito. Leia Exodo 40:17-35.
b) O rei Ezequias purificou o templo. Leia 2 Crônicas 29:2-3. Porque ele fez
isso? Leia 2 Crônicas 29:17. Eles concluíram no período da Páscoa.
c) Esdras iniciou sua viagem de retorno para reconstruir o Templo. Leia
Esdras 7:9.
d) Artaxerxes publicou o decreto de reconstrução dos muros de Jerusalém.
LeiaNeemias 2:1-8. (Teria sido por volta de 14 de Março de 453 a.C. Esse é o
decreto relatado por Daniel e foi escrito e assinado pelo rei Medo-Persa
Artaxerxes)
2. Por último, está a profecia de Daniel (ou sua visão) sobre a reconstrução do
Templo, o decreto de Artaxerxes e a morte de Jesus, cobrindo um período de
490 anos entre eles. O mês e o ano desses eventos foram profetizados com
exatidão.
III. A próxima data de alto significado é o décimo dia de Nisan. A
Santificação é o tema de Deus para esse dia específico.
Três eventos importantes aconteceram nessa data.
A. A santificação (separação) do cordeiro para a Páscoa foi a primeira
rebelião declarada do povo judeu contra o Egito. Quatro dias antes da Páscoa,
no dia 10 de Nisan, Moisés disse ao povo para preparar o cordeiro.
Êxodo 12:3-6: Cordeiro 1 Coríntios 5:7: Cristo
B. Israel cruzou o rio Jordão em direção a Terra Prometida.
(Isso aconteceu na Primavera, quando o Jordão estava no
auge da cheia!)
Josué 3:15: Santificação Josué 4:19: Travessia Para
o Outro Lado
C. Cristo, nosso Cordeiro Pascal, é “separado” no Domingo
de Ramos, dia 10 de Nisan, no ano 30. Veja João 12:1‘2.
1. Deus apresentou Jesus Cristo como o Messias e alguns o aceitaram como
tal.
2. Cumprindo Daniel 9:26, Ele foi rejeitado pelo líderes religiosos de Israel.
3. Isso levou ao seu julgamento e crucificação durante a Páscoa.
4. Jesus foi “separado” no dia 10 de Nisan exatamente igual ao cordeiro da
Páscoa também era separado e depois de 4 dias de inspeção Ele foi
(crucificado) sacrifb cado na Páscoa, sendo o último sacrifício de todos
que existiram.
x
CAPÍTULO TRÊS
PESACH: A PÁSCOA

Vamos agora estudar sobre a Páscoa, que cai no dia 14 de Nisan. Essa é a
primeira das 7 grande convocações sagradas. A data é estabelecida em
Levítico 23:5. O livro de Levítico não entra em muitos detalhes sobre a
Páscoa porque nesse período o povo judeu estava completamente sem ensino
dou-
A

trinário sobre isso durante o Exodo. A Páscoa é um memorial


/V
e uma ordenança permanente. Leia Exodo 12:14. Os Judeus celebram a
Páscoa hoje praticamente da mesma forma, em substância, como celebravam
no tempo de Jesus porque eles preservam suas tradições com tenacidade e
fidelidade.
I. A Páscoa é claramente uma festa sobre salvação. E o sacrifício do
cordeiro substituto. Leia Exodo 12:2-11.
Nota: Eles tinham que comer todo o cordeiro juntamente com o pão ázimo
(pão não levedado, sem fermento). O que isso nos lembra? Comunhão! Leia
João 1:29, Mateus 26, Marcos 14, Lucas 22, e Lucas 22:14-20.
A. A Páscoa libertou o povo judeu da escravidão do Egito e também liberta os
cristãos da escravidão do pecado.
1. No passado os Judeus aplicaram o sangue do cordeiro na parte externa da
entrada de suas casas. Hoje nós
também aplicamos o sangue em nossa casa, mas em nosso tabernáculo
interior!
2. A celebração da Páscoa é uma comemoração do êxodo do Egito, mas
aquilo foi apenas uma sombra da redenção que mais tarde seria provida.
3. Muitos gentios participavam da Festa da Páscoa antes da ressurreição.
(Quantos muitos outros gentios tementes a Deus podemos imaginar que eram
verdadeiros crentes antes da ressurreição de Jesus Cristo?) Veja João 12:20.
B. O período de preparação da Páscoa era chamado de “Tempo de
Libertação” e “Tempo de Júbilo”. A Páscoa pode ser descrita como a Festa da
Liberdade, especialmente quando combinada com a segunda festa que
A

começa no dia 15 de Nisan; a “Festa dos Pães Azimos”, como descrito em


Levítico 23:4‘6.
C. O capítulo 12 do livro de Êxodo dá os detalhes exatos do ritual da
Páscoa, que vem sendo celebrada por quase 3.500 anos com algumas
interrupções. As instruções que os pais têm que passar para os filhos, sobre
essas observações, são encontradas em Deuteronômio 6:20-25.
D. Vemos a Páscoa sendo celebrada e respeitada em todo o Antigo
Testamento.
1. A primeira vez foi no Egito e a segunda no Monte Sinai. Veja Números
9:1-5.
2. A terceira vez aconteceu quando o povo entrou na Terra Prometida pela
primeira vez. Veja Josué 5:10-12.
3. Vemos isso quando Ezequias, rei de Judá, reinstitui a Páscoa. Leia
Crônicas 30:1-27.
4. Da mesma forma isso aconteceu quando o rei Josias encontrou o Livro de
Moisés no Templo e com isso
reinstitui a Páscoa mais uma vez. Veja 2 Crônicas. 34:14-21, 2 Crônicas.
35:1-9 e 2 Reis 23:21-23.
5. Mais uma vez ocorre a reinstituição da Páscoa quando Esdras retorna no
período que Zorobabel está reconstruindo o Templo. Veja Esdras 6:19-22.
E. Hoje em dia o ritual da Páscoa é bem similar ao original e é
celebrado em lares Judeus em todo o mundo.
1. O livro do ritual da Páscoa é chamado “Hagadá.” Pode ser descrito como
um manual de recitações ou um Livro de Orações. Esse livro narra a
substância mais profunda, o núcleo, a essência da história do êxodo, que
por sua vez se torna o núcleo, a substância e essência da cerimônia do Seder.
Deve ser lido durante toda a ceia ou Seder. O Livro de Moisés ordena que a
história do êxodo deve ser repetida 4 vezes durante a Páscoa. Veja Êxodo
12:26, 13:8, 14 Deuteronômio 6:20
O livro não foi iniciado e concluído de uma vez. Porções começaram a ser
escritas no início do período Macabeu, entre 170-150 a.C. A porção maior foi
concluída no período da Mishnah, que é a parte mais antiga do código de lei
rabínico, codificado por volta de 200 d.C. Finalmente. Ele foi totalmente
concluído no século 8 d.C. O conteúdo é uma antologia de várias fontes: As
Escrituras (Torah), Mishnah, Midrash, orações e bênções.
O Hagadá contém diversos grupos de “quatro”: quatro cálices de vinho;
quatro perguntas que devem ser feitas pelo filho mais novo; e quatro
alimentos especiais (o osso da canela do cordeiro, o matzah ou pão ázimo; as
ervas amargas (radish=raiz forte) e o charoset.
2. A palavra Seder quer dizer “ordem do culto”.
II. O dia 14 de Nisan trata da salvação e do nosso relacionamento aliançado
com Deus. O livramento de Israel do cativeiro do Egito é o ponto central na
história e na adoração dos Judeus, da mesma forma que o Calvário é o centro
da Fé Cristã, porque a redenção foi realizada para todo e qualquer crente. Seis
eventos dignos de nota ocorreram no dia 14 de Nisan. Esses eventos se
relacionam especificamente a vida espiritual da nação de Israel e em última
análise também à vida espiritual do
cristão.
A. Deus fez uma aliança com Abraão concernente a Terra
Prometida, no dia 14 de Nisan. Leia Gênesis 15:13‘14 e
Êxodo 12:40-51.
1. A realização da aliança, ou pacto, ocorre depois de Abraão salvar seu
sobrinho Ló e ter um encontro com Melquisedeque. Leia Gênesis 15:1‘4.
2. Eliézer é um tipo bíblico do mordomo cristão. Ele foi um escravo
comprado por um preço e vivia na casa de seu senhor.
3. Deus confirma Sua promessa dada no versículo 1. Leia Gênesis 15:5.
4. No versículo 2 a palavra usada para “Senhor” é Jeová e a palavra usada
para “Deus” é YHWH. Ali vemos que a justiça provém da fé. (Hebreus 11).
5. Não se usa o verbo no tempo presente na lígua hebraL ca, portanto a
palavra YHWH não significa “EU SOU” ou “EU SOU O QUE SOU”. Na
verdade significa “Eu Serei O que Serei”. Nosso Deus não é um Deus somem
te do passado e presente, mas sim é um Deus do passado, presente e futuro.

6. Deus promete e concede a Terra Prometida para Abraão e seus


descendentes. Leia Gênesis 15:7.
7.0 sacrifício para selar o pacto consistia de uma novilha, uma cabra e um
carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. Leia Gênesis 15:8-10.
8. Abraão foi colocado num sono profundo exatamente como foi feito com
Adão. Durante o sono Deus profetiza os 400 anos de cativeiro no Egito, que
aconteceu após a morte de José, até o êxodo. Leia Gênesis 15:1121.
9. No verso 17 lê-se que o sol se põe e um novo dia começa. Durante a noite
dois objetos são descritos como que passando entre as duas partes do
sacrifício. A metade de cada animal foi colocada uma de cada lado e também
um pássaro de cada lado.
a. A fumaça e as labaredas daquele sacrifício podem ser consideradas
metáforas de Abraão e o Senhor Deus.
b. Os sacrifícios eram considerados como Oferta Queimada (significando
um compromisso total) o qual é consistente com o fato de serem sacrifícios
espirituais.
10. Nos versos 18-21, encontramos o pacto, de fato.
B. Existem várias observações que precisamos fazer antes de
irmos mais adiante com esse estudo.
1. Por que, quando Deus disse a Abraão para trazer os sacrifícios, o fez
dormir, antes de fazer o pacto?
Abraão foi posto para dormir porque Deus é a única parte realmente ativa
numa aliança.
Isso foi para deixar claramente demonstrado que o pacto é incondicional e
unilateral.

3. PESACH: A PÁSCOA
2. Por que três animais de grande porte e duas aves?
0=3 Porque:

• Três é o número que significa a substância sólida, real, e completa do


Deus Triúno.
• O número três fala da perfeição divina de Deus e Sua plenitude, e por isso
são três animais de três anos cada um.
• Somando o número dois - o qual fala de “diferenças”, ou o número de uma
testemunha entre Deus e o homem — chegamos ao número cinco, que
representa a Graça de Deus.
^ O livro de Ageu tem cinco seções diferentes: três para encorajamento (para
aperfeiçoar), e duas para repreender (as diferenças entre os pontos de
vista entre o homem e Deus).
Portanto, os cinco animais usados para selar a aliam ça nos mostram o ato
perfeito de um Deus soberano concedendo graça livre e imerecida ao homem
pecador.
3. Deus prometeu a terra e uma descendência inumerável para Abraão. Mas
não foi tão simples assim, não é?
0=1 A terra da promessa foi tomada, mas nessa altura Abrão e Sarai já tinham
passado da idade da fertilidade.
0=1 Em resposta a essa situação, Deus faz uma declaração entregue pelo seu
mensageiro. Leia. Gênesis
18:14. *
4. Deus passa “por cima” do problema de infertilidade de Sarai.
5. Deus “passa adiante” o povo que um dia ocuparia a Terra Prometida.
Existem versículos em Gênesis que indicam que Deus fez a Aliança
Abraâmica no dia 14 de Nisan.

6. Exatamente 430 anos depois de entrarem no Egito, Deus confirma a data da


Páscoa no Egito. Leia Gênesis 15:13-14 e Êxodo 12:40-51.
C. O segundo evento a acontecer no dia 14 de Nisan foi o cordeiro pascal
sacrificado para a preparação do êxodo de Israel. Leia Êxodo 12:6.
1 u
D. O terceiro evento foi a primeira Páscoa na Terra Prometida. Eles não
celebravam a Páscoa há 38 anos. Leia Josué 5:10-12.
E. O quarto evento foi o Livro da Lei sendo encontrado no Templo, no dia
14 de Nisan.
1. O rei Josias tinha apenas oito anos de idade quando subiu ao trono.
a. A Bíblia nos conta que ele teve uma vida de retidão e ainda em sua
juventude, aos 16 anos de idade, buscou à Deus, e com 20 anos purificou toda
a terra de Israel. 2 Crônicas 34.T-3.
b. Anos mais tarde, quando tinha 26 anos, Josias fez uma coleta nacional e
liderou uma grande restauração do Templo. 2 Crônicas 34:8-9.
2. Durante o trabalho de reforma e restauração, um sumo-sacerdote de nome
Hilquias (que significa “boca de Deus”), descobriu o Livro da Lei. 2
Crônicas 34:14-35:2.
F. O segundo Templo foi dedicado no dia 14 de Nisan.
1. A reconstrução do segundo Templo foi concluída no mês de Adar
(Fevereiro), mas ele foi dedicado novamente ao Senhor no dia 14 de Nisan,
no ano de 515 a.C. Esdras 6:15-22.
2. Esdras era o bisneto de Hilquias. (Esdras 7:1).
G. O Seder da Páscoa, referido no NT como a última ceia, foi celebrado por
Jesus no dia 14 de Nisan. Lucas 22:1, 7-26! Coríntios 11:23‘26.

III. A importância da Páscoa para Deus, é evidenciada pela resposta que Ele
dá àqueles que desejam obedecê‘Lo e adorá‘Lo.
A. No período da segunda Páscoa no Sinai, algumas pessoas foram
consideradas impuras para participar da cerimônia no Sinai porque haviam
tocado em pessoas mortas. Números 9:6-7
1. Esses homens queriam adorar a Deus com fervor. Eles pediram a Moisés:
“… por que estamos impedidos de apresentar a oferta do Senhor no seu tempo
determinado, no meio dos filhos de Israel? ”
2. Eles não estavam impuros por alguma coisa errada ou imoral que tinham
feito.
3. Moisés respondeu a eles que isso era uma pergunta muito importante e
que eles deveriam aguardar por uma resposta.
B. Deus mudou a lei sobre esse assunto por causa da fé que essas pessoas
tiveram no próprio Deus.
1. Deus disse que se alguém, individualmente, ficasse impedido de
participar da Páscoa no primeiro mês,
então poderia participar no dia 14 do segundo mês.
*■

2. Isso mostra o desejo de Deus em ofertar a Sua Graça.


3. Nossa atitude é a nossa escolha.
4. Aqueles que, cerimonialmente, estavam limpos, mas eram relapsos em
sua fé, eram cortados. (Verso 13)

5. Um estrangeiro que fosse zeloso e fervoroso com as coisas de Deus teria


permissão de participar. (Verso 14)
C. Encontramos essa celebração alternativa da Páscoa acontecendo três vezes
na Bíblia. Para Deus ter registrado três vezes essa circunstância na Bíblia, foi
para demonstrar Sua Graça absoluta e aceitação daqueles que
livremente buscam por Ele.
1. A primeira vez foi no deserto no tempo de Moisés.
2. Ezequias convidou o povo das tribos do norte de Israel para vir celebrar a
Páscoa em Jerusalém, antes do cativeiro na Assíria. Alguns vieram porque
sabiam que não seriam impedidos. 2 Crônicas 30
3. Uma mulher cananita, gentia, procurou Jesus para que Ele curasse sua
filha. Ela disse, na verdade, “o que me impede?” (Mateus 15:21-28)
IV. O Seder da Páscoa é um tempo muito especial de comemoração e
celebração
A

(Exodo 12:14). Os rabinos ensinam que o Messias, muito provavelmente, virá


numa noite de Páscoa.
A. O Hagadá é lido e o filho mais novo pergunta ao pai: “Por que essa noite
é diferente das outras noites?” O pai responde contando a história dos eventos
da primeira Páscoa ainda no Egito, e a libertação do cativeiro. Essa
história serve para manter os Judeus unidos e dar-lhes esperança, não
importando as circunstâncias. Leia João 13: 23. João está reclinado sobre o
peito de Jesus e fazia essas perguntas. Ele era o mais jovem presente naquela
noite.
B. No Seder, uma das tradições é deixar a porta destrancada; uma cadeira
vazia à mesa; e um cálice cheio de vinho, que não é tomado. E para o profeta
Elias saber que é bem vindo, porque os Judeus acreditam que ele será o
arauto da chegada do Messias. Leia Malaquias 4:4-6.
C. Os Judeus ainda não entenderam que existem duas vindas. Nós sabemos
que João Batista veio (como) o espírito de Elias para ser o arauto da primeira
vinda de Cristo. Lucas 1:13-17.
D. Elias será o arauto da segunda vinda de Cristo. Apocalipse
11:3.
E. O Shabat antes da Páscoa é chamado de Metsora Shabat HaDeusal (O
Grande Shabat).
F. O Seder da Páscoa é uma ceia ritual com um significado bastante
importante. Os ingredientes dessa ceia são:
1. ZVioa: Um osso inteiro, sem qualquer fratura, da canela do carneiro,
símbolo do sacrifício do cordeiro, confer-
A

me prescrito em Exodo 12:1-3. Pois, celebrar a Páscoa sem o cordeiro é como


realizar uma cerimônia de casamento sem a noiva.
2. Matzos: Um pão ázimo, puro, imaculado, símbolo de uma vida sem
pecados.
3. Maror: Ervas amargas, símbolo do sofrimento no Egito.
4. Vinho, símbolo do sangue sacrificial. .
5. Beitzãh: Um ovo, símbolo de todas as qualidades da vida, um tipo de
ressurreição.
6. Água salgada, símbolo das lágrimas derramadas no Egito.
7. Karpás (salsa): símbolo do hissopo usado para aplicar o sangue nos
umbrais e nas vergas das portas, e lentilhas, que também são símbolos da
Primavera.
8. Charoset: Uma combinação de vinho, canela (o condimento), nozes e
maçã ralada, símbolo dos tijolos de argila feitos durante a escravidão no
Egito.
9.0 Seder é comido à luz de velas, símbolo das velas usadas no Tabernáculo
para a adoração.
CAPÍTULO QUATRO
PÃO Levedado e NÃO Levedado
I. A páscoa ou Pesach é seguida de uma semana de Festa dos Pães Azimos
(não levedados). O uso dos pães ázimos é tão importante para a celebração da
Páscoa que se torna absolutamente necessário entender o que significa os
termos “levedado” e não levedado”.
A. No Antigo Testamento, fermento poderia ser leite; ovo; ou qualquer
outro ingrediente que ao ser adicionado na massa poderia causar a
fermentação. Normalmente o fermento é a levedura, e a massa se leveda
quando é adicionada outra massa contaminada, nessa massa fresca e
pura. Leia Gálatas 5:9 e I Coríntios 5:6-8.
B. Era exigido que os Judeus retirassem todo o fermento de suas casas antes
da Páscoa, exatamente como foi dito em Gênesis 12, e assim suas casas
seriam purificadas. Eram purificações fisícas e espirituais. Mateus 16:5-12.
C. O termo fermento ou (levedo) no seu sentido mais amplo, é qualquer
coisa que pode causar uma mudança numa
massa maior. Referente às Escrituras, é qualquer coisa que corrompe um
ingrediente quando é adicionado.
II. Considere um pedaço de matzo (pão sem fermento) e o que isso nos
mostra.
Quais são os 15 significados que isso transmite a respeito de Cristo?
A. Ele é o Pão da Vida. [1], A maior de todas as passagens sobre isso se
encontra em João 6:22-59.
1. Jesus é para a nossa alma e espírito o que o pão é para o nosso corpo.
Quando comemos o pão, estamos ingerindo o alimento e ao mesmo tempo,
dizendo que Ele é a fonte de nossa vida e sustento.
2. Ele nasceu em Belém, que quer dizer Casa do Pão, e que era a cidade
natal de seu pai (ancestral) Davi.
B. Ele não teve fermento [2],
1. Ele foi o pão puro sem nada que o tivesse contaminado.
Ele não era “inchado ou ensoberbecido” como um
homem pecador.
/ *
2. E um estado de completa ausência de pecado e maldade. Também
representa uma situação livre de falsa doutrina. Mateus 16:5-12.
A
3. E provado pelo fogo e encontrado verdadeiro e digno de confiança.
C. Ele foi açoitado, dilacerado, [4], traspassado [5] e moído (ferido) [6] por
nós. Isaías 53:4-6 (Isaías 53 QUASE NUNCA é lido numa casa de Judeus).
1. O Matzo é cheios de sulcos na aparência.
2.0 Matzo é perfurado para que o calor do forno possa passar por todo seu
interior, completamente.
3.0 Matzo é feito de semente esmagada, mas não apenas de uma única
semente, e sim muitas. Jesus disse que Ele mesmo era a oferta dos Primeiros
Frutos (prímícias), que é um símbolo da ressurreição. [7]. Ele disse que “se a
semente, caindo na terra, não morrer, não poderá produzir uma grande
colheita”. Ele é a “Semente Única”, que morreu para que muitas outras
sementes pudessem nascer e serem usadas para produzir muitos pães. [8]. Se
você continuar mastigando um pão por muito tempo, ele vai começar a
parecer adocicado em sua boca. [9].
4. Seu corpo foi moído por nós. [10]. Ele é Santo, o que significa que é
separado para um propósito específico, assim como o pão consagrado também
é separado para um fim específico. [11].
D. É a Oferta dos Cereais [12] - quando o azeite é adicionado à farinha não
levedada. Esse pão é feito de farinha pura, sem nenhuma partícula de casca ou
“palha”, tendo o significado espiritual de uma vida inteiramente separada.
[13].
E. Você pode ver a luz (A Luz) olhando através dela. [14].
F. O pão não levedado é assado numa forma de formato quadrado para que
não sobre nada que possa fermentar. [15].
G. Em sua totalidade, essa representação nos fala exatamente como foram
os dias de Jesus antes e durante Sua crucificação.
III. É extremamente valioso entender como o Kashrutj a dieta judaica, faz
parte da vida diária dos Judeus. Deuteronômio
14:21.
A. O que é permitido comer?
1. Estão autorizados a comer os quartos dianteiros de animais de quatro
patas que mastigam e ruminam. Estes animais devem ser mortos por um golpe
com uma faca afiada. A carne permitida é carne bovina, vitela, cordeiro e
cabra.
2. Podem comer peixes com escamas e barbatanas, mas nenhum outro
animal marinho. Eles podem comer alguns tipos de insetos. Aves, exceto
aquelas que são expressamente proibidas (a maioria aves de rapina, pre-
dadoras). As aves permitidas são frangos, patos, perus e pombos. São
excluídos enguias, tubarões, bagres, esturjões, mariscos, rãs e répteis.
3. Podem comer animais que morreram de uma forma não convencional e
permitida de acordo com o costume.
4. Não é permitido comer cabrito cozido no leite da própria mãe e nenhuma
carne ainda com sangue.
5. Não podem comer nada que vive em enxames ou que rastejam. Existem
poucas exceções nesse grupo.
B. Os alimentos permitidos pela Lei Judaica são chamados de Kasher
(Kosher). Nas Escrituras, a tradução mais apropriada seria “próprio” ou “que
se encaixa”. O oposto do Kosher é o terefah, que significa “dilacerante”,
como em uma cena na qual um animal mata outro animal.
C. Outra expressão bíblica para descrever animais permitidos a servirem de
alimento são “puros e impuros”. Tahor significa “brilhante, limpo ou puro” e
tame significa impuro ou “tolo” dentro do sentido bíblico.
D. Filo de Alexandria e o Rabino Maimônides escreveram que as razões
pelas quais os Judeus tiveram permissão de comer animais que ruminavam o
que comiam, foram para que entendessem que o homem só cresce em
sabedoria se
“ruminar” e meditar mais e mais naquilo que estudou e
aprender a separar e distinguir os vários conceitos.
E. Existem muitas razões para as leis dietéticas Kashrut.
Algumas incluem:
1. Para tornar o abate do animal o menos doloroso e sofrido possível.
2. Para causar repulsa ao derramamento de sangue.
3. Trabalhar a autodisciplina nos Judeus.
4. Para ajudar a sustentar o Judaísmo e manter a coesão na comunidade
judaica.
5. Para elevar o ato de se alimentar acima do mero ato de comer entre os
animais.
A
CAPÍTULO CINCO
5.0 SEDER DA PÁSCOA - ELEMENTOS BÁSICOS

O SEDER DA PÁSCOA -ELEMENTOS BÁSICOS

I. Tendo comentado o que é a Páscoa e os elementos básicos usados durante o


seder da Páscoa, chegou a hora de estudarmos os elementos que são usados
durante a Ceia da Páscoa. Com isso voce irá aprender o trmendo significado
profético e
cristão contido na estrutura do ritual do

Seder. E uma linda cerimônia com muitos costumes honrosos. A leitura é feita
do Hagadá com comentários incluídos em determinados lugares.
A. Haged significa “contar” ou “narrar”. Veja em Êxodo 13:8.
1. O Hagadá é um livro de rituais que narra a história da Páscoa.
2. Da mesma forma que os Judeus são instruídos a ensina’ rem seus filhos,
nós também somos responsáveis em narrar as Palavras de Deus aos nossos
filhos.
B. Na preparação para a celebração da Páscoa, a casa inteira é inspecionada
para que exista a certeza que não haverá
nenhum alimento com qualquer levedura. (Chametz significa “contém
levedura”) Veja em Êxodo 12:15.
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G-j
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1. Essa é a época de uma grande limpeza da residência. Até mesmo os
potes, vasos e panelas são fervidos para que seja removido qualquer vestígio
de fermento que pode ter ficado grudado.
2. Momentos antes do Seder Pascal a casa recebe uma última inspeção que é
chamada o Bedikat Chametz ou “despedida do mal, do pecado e da
corrupção”. A mesma admoestação é dada a nós cristãos. A remoção de todo
fermento é chamado de “anulação”.
3.0 pai ora: “Bendito sejas Tú Ó Senhor nosso Deus, Rei do universo, e que
nos santificou, nos deu Seus mandamentos e nos ordenou que tirássemos todo
fermento do nosso lar”.
A

C. E costume ter convidados para o Seder. Esse costume serve de paralelo


ao fato de nós, gentios, termos sido convidados por Deus, e sermos contados
como Seus.
D. O Seder começa com o acender das velas.
1. O Seder é servido à luz de velas exatamente como provavelmente foi na
noite da primeira Páscoa e para honrar o candelabro que existia no
Tabernáculo.
2. Nós também devemos iluminar nossas vidas com as chamas de Jesus, que
é nossa luz no caminho estreito e escuro.
E. Os dois candelabros são acesos, seguido de duas orações (baruchas).
II. Depois dessas duas orações vem o Seder. Essa ordem tem sido seguida
por mais de 1900 anos.
Por quê?
O Templo foi destruído no ano 70 a.C., mas antes disso os
sacerdotes celebravam a Páscoa no Templo em Jerusalém.
Hoje a páscoa tem que ser celebrada em cada casa judia até
que o Templo seja novamente construído. Essa é a seqüência
do ritual, em ordem:
A. Kadesh ou Kiddush (“santificação”): Oramos o Kadeish e enchemos o
primeiro cálice de vinho.
B. Urchatz (“lavar”): Lavamos nossas mãos.
C. Karpás: Megulhamos a salsa duas vezes em água bem salgada,
declaramos abençoada e a comemos.
D. Yachatz (“dividir”): O anfitrião reparte o matzah em duas partes e
esconde a parte maior em algum lugar dentro da casa.
E. Maggid (“narrando uma história”): O filho caçula faz quatro perguntas, o
anfitrião conta a história da Páscoa, e todos enchem o segundo cálice de
vinho.
F. Rachtzah (“lavar”): Lavamos novamente nossas mãos e pronunciamos
uma bênção.
G. Motzi (“trazendo”): Abençoamos o matzah, o pão sem fermento.
H. Maror (“as ervas amargas”): Mergulhamos as ervas amargas no charoset,
dizemos uma bênção e a comemos.
I. Koreich (“combinando”): Comemos um sanduíche feito da parte do fundo
do matzah com ervas amargas.
J. Shulchan Orcich: Nesse momento nós desfrutamos da ceia principal e
temos comunhão. O cordeiro não é comido
porque no presente momento não existe o Templo em Jerusalém para que seja
sacrificado. Ele é substiuído por frango ou carne bovina.
K. Tzãfun (“escondido”): O Afikomen é encontrado e servido como
sobremesa.
L. Bareich: Declaramos uma bênção após a Ceia, enchemos o terceiro
cálice e damos as boas vindas ao Profeta Elias.
M. Hallel: Cantamos hinos de louvor e tomamos o quarto cálice de vinho.
N. Nirtzah: O Seder é concluído.
III. A mesa para o Seder tem uma travessa com cinco elementos.
A. Zeroahy o osso da canela lembra os cordeiros sacrificados nos dias que
existia o Templo.
B. Beitzãh, o ovo lembra a oferta do peregrino no Templo e é também um
simbolo da ressurreição e uma nova vida. Vida surgindo de outra vida.
C. Maror, as ervas amargas lembram dos tempos amargos no Egito.
D. Karpas, as salsas lembram o hissopo usado como brocha ou pincel
usados nos umbrais das casas no Egito e também é um memorial da festa da
primavera.
E. Charoset, as maçãs picadas, as castanhas e o vinho lembram o barro (ou
argila) do qual eram feitos os tijolos.
IV. A Mesa do Seder tem também outros elementos importantes:
A. Os dois candelabros lembram o Menorá do Templo.
B. Tigelas para água pura e água salgada.
C. Uma cálice especial para o profeta Elias.
D. Uma sacola de tres compartimentos para armazenar o matzo (pao ázimo).
E. Toalhas para enxugar as maos.
Receita para fazer o Charoset (ninguém faz o charoset da mesma forma):
Io
3 maçãs bem grandes Metade de um limão Açúcar Canela
1/2 cálice de nozes
1/4 de um cálice de vinho tinto suave
Descasque e grelhe as maçãs, esprema o limão sobre a maçã e misture
enquanto está grelhando. Adicione açúcar e outros ingredientes.
2o
6 cálices de maçãs raladas e grelhadas.
2 limões bem suculentos
1 cálice de nozes picadas e levemente raladas
1 cálice de uvas passas
Vi cálice de mel
1 colher de sopa de canela
lA cálice de vinho tinto suave

Misture os ingredientes (*esse é meu favorito)


3o
1 cálice de nozes picadas
2 maçãs grandes
2 colher de sopa de canela
2 colher de sopa de açúcar Vinho tinto suave a gosto Misture
2 a 2 Vi gramas de maçãs picadas e grelhadas
1 limão. Use a casca
2/3 a 1 colher de canela
4 a 5 colheres de mel
Muitas nozes. Moer até o óleo aparecer.
Misture todos os ingredientes.
x
CAPÍTULO SEIS
6.0 SEDER DA PÁSCOA - A COMUNHÃO

O SEDER DA PÁSCOA -A COMUNHÃO

I. Kaddeish ou Kiddush:
A. A primeira coisa a fazer na cerimônia do Seder é acender os candelabros
e proferir duas bênçãos. A primeira bênção é para a Festa da Páscoa e a
segunda é pelo vinho. O Seder começa depois que estiver completamente
escuro lá fora, após o sol se por. Leia Lucas 22: 14-18.
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach Ha’Olam B’Ray P’Ree Ha’Gafan.)
(Bendito sejas Tu o Senhor nosso Deus, Rei do universo, que criou o fruto da
videira)
B. Bebe-se o primeiro cálice de vinho.
1. Esse é o cálice da santificação.
2.0 vinho representa o sangue do sacrifício.
3. Os quatro cálices de vinho que são tomados durante a cerimônia do Seder,
por tradição, é explicado que representam as quatro declarações ditas por
Deus quando Ele revelou Seu plano de redenção da escravi-
A

dao do Egito. Exodo 6:6-7.


a) Verso 6
0=1 Vou trazê-los para fora… (aqui fala de santificação) Vou libertá-los do…
(aqui fala de livramento)
Vou redimi-los da… (aqui fala de redenção)
b) Verso 7
Vou tomá-los por… (aqui fala de adoção)
C. Um quinto cálice de vinho é colocado sobre a mesa, mas não é consumido.
1. Esse cálice pertence ao profeta Elias, que será o arauto do retorno do
Messias.
2. Esse cálice também representa a quinta declaração de Deus sobre o plano
de redenção, como é visto em Exodo 6:8.
0=1 Vou trazê-los… (aqui fala de lar, o céu)

II. Ur’chatz:
A. Depois de beber o primeiro cálice de vinho, lavamos as mãos. Esse é um
ato de purificação da mesma forma que os Kohanim (Cohens), os sacerdotes,
lavavam suas maos antes de realizar os rituais ou proferir as bênçãos.
(Pesach Dik, que significa Páscoa limpa).
B. Pense como isso se torna um paralelo com a adoração no Tabernáculo e
no Templo. Assim que entravam no átrio exterior eles lavavam as maos na
bacia da purificação e examinavam as mãos e o rosto no espelho que existia
no mesmo lugar. Esse ato era chamado de Purificação ou Limpeza.
n
III. Karpás:
A. Mergulhe a salsa numa vasilha com água salgada (nossas lágrimas no
Egito) e profira uma barucha.
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach Ha’Olam B’Ray P’Ree Ha’Adamah.)
(Bendito sejas Tu o Senhor nosso Deus, Rei do universo, que criou o fruto da
terra)
B. Todos ingerem a salsa (apesar que aipo, alface ou rabanete podem ser
usados como substitutos: eles simbolizam uma planta de Hissopo mergulhada
em nossas lágrimas —
A

Exodo 12:22.)- Esse evento é aquele que Jesus estava se referindo com
respeito a Judas em Mateus 26:20-25 e Marcos 14:17-21. Essa é uma das duas
vezes em que Judas é chamado de traidor.
/ ^

IV. Yachatz: E feito um convite que se lê assim: “Esse é o pão da aflição que
nossos pais comeram na terra do Egito. Que todos que estiverem famintos,
possam vir e comer, que todos aqueles que têm necessidades possam vir e
celebrar a Páscoa. Agora nós celebramos aqui, mas no ano que vem
esperamos celebrar como homens livres na Terra de Israel. Hoje somos
escravos, mas então seremos homens livres”.
A. Esse é o momento em que os três grandes pedaços de mat-zoh, que
estavam guardados em três bolsas tipo container são apresentados e o pedaço
do meio é removido.
B. Yachatz significa “dividir” ou “repartir” e é o momento quando o pedaço
do meio é repartido pelo patriarca da casa.
1. Ele pega o pedaço maior, o Afikomen, o embrulha num pano de linho e
escondido em algum lugar da casa.

2. Mais tarde as crianças vão procurar, encontrar e trazer para o pai pague
uma resgate por isso.
3.0 pedaço menor é colocado de volta junto com os outros dois pedaços na
bolsa tipo container para aguardar que o pedaço maior seja encontrado e
devolvido.
C. O Matzah é chamado de o pão do homem pobre.
O que os três pedaços de matzo representam?
1. Alguns dizem que eles são para Abraão, Isaque e Jacó; outros dizem que
representam os Kohanmi (sacerdotes), levitas e os israelitas, os três grupos em
torno dos quais as nação é unificada.
2. Tradicionalmente os três matzos são chamados de:
a) O de cima é chamado o HaShem (o nome de Deus).
b) O do meio é o HaKohan (o sacerdote mediador).
c) E o que está embaixo é o Ha Am (o povo). Leia 1 Timoteo 2:5.
3. O matzo do meio também é chamado de Afikomen.
a) Essa palavra (afikomen) quer dizer “Eu vim” ou “Eu retornarei”.
b) Os Judeus serviam esse matzo como sobremesa porque era o último a ser
saboreado depois de ter sido trazido de volta.
4. Isso claramente ilustra o nosso Jesus quebrantado por nós, sepultado e
ressurreto dentre os mortos.

5. Isso é um paralelo da comunhão na Ceia e o quanto tudo está


profundamente ligado ao Seder Pascal.
V. Após esse momento, o segundo cálice de vinho é servido. Esse é o cálice
da libertação.
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach Ha’Olam B’Ray P’Ree Ha’Gafan.)
(Bendito sejas Tú, Senhor nosso Deus, Rei do universo e Criador do fruto da
vide)
VI. Maggid:
A. Esse é o momento que o filho mais novo faz as quatro perguntas.
A pergunta mais importante é: “Por que essa noite é mais importante do que
as outras?” (Veja João 13:23 - João era o mais jovem de todos na ultima ceia.)
“Em todas as outras noites comemos pão normal ou sem fermento, mas por
que somente hoje comemos apenas o pão azimo?
“Em todas as outras noites comemos qualquer tipo de legume ou verdura; mas
por que nessa noite especificamente nós temos que comer a erva amarga”?
“Em todas as outras noites não temos que mergulhar nosso legume no molho,
nem mesmo uma única vez; mas por que nessa noite nós temos que fazer isso
duas vezes”?
“Em todas as outras noites podemos fazer nossas refeições da forma que
preferirmos; mas por que nessa noite temos nos sentar em volta da mesa
seguindo esse ritual”?
(Antes do ano 70 d.C., (destruição do Templo de Jerusalém) as quatro
perguntas se resumiam nessa: “Em todas as outras noites nós comemos
qualquer parte do carneiro e da forma que desejamos, ou qualquer tipo de
carne preparada da forma que gostamos, mas nessa noite tem que ser o
Cordeiro Pascal e obrigatoriamente deve ser assado. Por que tem que
ser assim?” Depois do ano 70 o cordeiro pascal não pôde mais ser servido e
comido e a pergunta foi modificada.)
1. O pai apresenta as respostas e profere uma barucha.
• Por que comemos o Mat^o? Nossos pais saíram do Egito apressadamente.
Não houve tempo da massa crescer.
• Por que comemos ervas amargas? Comemos para lembrar dos anos de
amargura e da escravidão que passamos no Egito.
• Por que mergulhamos no molho duas vezes? A primeira é para sempre
lembrarmos que agora somos livres e podemos comemos da forma que
quisermos e a segunda é vermos que a amargura do Egito foi transformada
em doçura.
• Por que nos assentamos à mesa? Para servir de sinal de liberdade e
conforto.
2. Nesse momento o pai conta a história desde Abraao até a primeira noite
da Páscoa.
3. Ele conta a história de José e da servidão no Egito.
4. Também o pai ensina sobre a vida de Moisés e como ele se tornou o líder
do povo como um homem de Deus.
B. Quando ele começa a contar a história das dez pragas, todos molham o
dedo na cálice de vinho e depositam uma gota no canto do prato.
07 (dam)
“lD-ÜTiy (Tsifardeah) CT-30 (Kinim)
(Arov)
“O‘7 (Dever)
(Shkhin)
1. É colocada uma gota de vinho no canto do prato para cada uma das dez
pragas.
0=3 Sangue na água 0=1 Rãs

Piolhos/Moscas 0=5 Enxame de insetos Peste no gado Sarna seguida de


úlceras
Saraiva e fogo (Barad)
03 Gafanhotos “H • 3 (Arbeh)

^Trevas TO (Choshech)
0=1 Morte dos primogênitos (Ma-kat B’Cho-rot)

a) A gota de vinho depositada no prato por cada praga é uma forma de


demonstrar que agora somos livres da escravidão. A nossa liberdade foi
adquirida por causa do sacrifício de outros que sofreram e morreram.
b) Essa é nossa forma de lamentar por aqueles que rejeitaram à Deus.
c) O salmistas escreveu: “meu cálice transborda”, e um cálice cheio
representa plenitude de alegria. Ao retirar dez gotas de vinho demonstramos
que nossa alegria diminui ao ver o sofrimento daqueles que pereceram.
d) Depois que derramamos as dez gotas de vinho associadas às dez pragas, a
história da Páscoa continua e agora é contada a parte da travessia do Mar
Vermelho.
2. O número 10 é identificado nas Escrituras com a perfeição divina ou
plenitude; isto é; 10 Mandamentos ou 10
/V ’
pragas. Exodo 9:14.
3. Cada praga foi um tapa na cara de cada deus do panteão egípcio. Por
exemplo:
a) A primeira praga: O rio Nilo se torna em sangue. Isso foi a mensagem
direta ao “deus Nilo”, mostrando que ele tinha morrido.
b) A nona praga: As trevas foram uma mensagem direta contra o “deus Rá
(sol)”, mostrando que ele tinha morrido.
C. O cálice de vinho é levantado na presença de Deus e uma promessa Dele é
recitada.
D. ‘O vinho é então colocado sobre a mesa, sem ser consumido,
6.0 Seder da Páscoa - A Comunhão Dr. Grady S. McMurt
E. O próximo ato da cerimônia é deixar claro que Deus tem demonstrado
muitos sinais de Sua bondade. Esse é o momento que se diz “Dayaynu.”
1. Dayaynu significa “isso é suficiente para nós” ou “só isso já seria
suficiente, por isso somos imensamente gratos apenas por isso”.
2. A palavra Dayaynu é dita depois de cada declaração.
Se Ele só tivesse nos tirado do Egito Dayaynu
0=3 Se Ele só tivesse trazido os egípcios ao julgamento Dayaynu

Se Ele só tivesse feito justiça em deuses do Egito Dayaynu


0=3 Se Ele só tivesse matado os primogênitos Dayaynu

0=1 Se Ele só tivesse nos dado a suas riquezas Dayaynu

c> Se Ele só tivesse dividido o mar e nos atravessado em terra seca Dayaynu

0=1 Se Ele só tivesse só tivesse afogado nossos opressores no mar Dayaynu

Se Ele só tivesse satisfeito as nossas necessidades no deserto por 40 anos


Dayaynu
0=3 Se Ele só tivesse nos alimentado com o maná Dayaynu

Se Ele só tivesse nos dado o Shabat (sábado) Dayaynu


Se Ele só tivesse nos trazido ao Monte Sinai e nos dado a Sua palavra
Dayaynu
0=3 Se Ele só tivesse nos trazido a Eretz Israel (a terra de Israel) Dayaynu

0=3 Se Ele só tivesse construído Seu Santo Templo para nós Dayaynu

0=3 Se Ele só tivesse enviado o Messias para nós Dayay-nu

AS FKSf AS WÊÊÈÊÈÊlÊmà 6, 0 SEDER DA PÁSCOA - A COMUNHÃO


0=1 Por todas estas — sozinhas ou todas juntas nós dizemos Dayaynu

3. A recitação do dayaynu é seguida de várias outras declarações, após o qual


o segundo cálice é enchido e tomado, que é o cálice do livramento.
VII. Rachtzah: Lava-se as mãos mais uma vez antes da refeição ser servida, e
uma bênção é proferida.
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach Ha’Olam Asher Kidshanu B’mitzv’tav
Vitzi’vanu Al N’tiAat Yadim.)
(“Bendito sejas Tú, Ó Senhor nosso Deus, Rei do universo, que nos santificou
nos dando Seus mandamentos e que nos ordenou que lavássemos nossas
mãos”.)
VIII. Motzh Esse é o momento de abençoar o restante dos Mut^os e distribuir
para os presentes.
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach Ha’Olam Hamotzi Lehem Min
Ha’aretz-)
(Bendito sejas Tú O Senhor nosso Deus, Rei do universo, que nos dá o pao
vindo da terra.)
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach Ha’Olam Asher Kidshanu B’mitzv’tav
Vitzi’vanu Al A-checAat Matzah.)
A

(Bendito sejas Tú O Senhor nosso Deus, Rei do universo, que nos santificou
nos dando Seus mandamentos e que nos ordenou a respeito do matzoh.)
IX. Maror: Essa é a bênção sobre as ervas
amargas.
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach HaOlam Asher Kidshanu B’mitzv’tav
Vitzhvanu Al A-checAat Maror.)
(Bendito sejas Tú Ó Senhor nosso Deus, Rei do universo, que nos santificou
nos dando Seus mandamentos e nos ordenou a respeito das ervas amargas.)
X. Coreich: Preparamos um sanduíche com maror, charoset e partes do
pedaço de baixo do matzOy Ha Am, e comemos. Esse
é o chamado sanduíche de Hillel, em homenagem ao Rabino Hillel. E
preciso entender que nessa altura não resta mais nada na bolsa de três
compartimentos.
Esse é o exato momento que Jesus identifica Judas Iscariotes como o traidor
e ele abandona a cerimônia do Seder. Judas sai do cenáculo antes de comer a
ceia e o ritual da comunhão. João 13:21-30.
XI. Shulchan Oreich: Nesse momento todos participam do jantar principal.
A. Após todo o ritual, toda a comida é consumida e agora chegou o
momento de procurar pelo Afikomen.
B. As crianças o encontram e devolvem ao pai esperando o resgate, seja em
dinheiro ou na forma de um presente.
XII. Tzafun: Depois que o resgate é pago, o Afikomen é repartido é dado a
todos os presentes.
A. Não há nenhuma bênção a ser proferida porque isso faz parte da
sobremesa.
B. Nenhum alimento pode ser ingerido após o Afikomen para que não se
perca seu sabor na boca.
X

C. Esse é o momento durante o Seder Pascal, na Ultima Ceia, em que se


instituiu a Santa Comunhão, ou o Culto da Santa Ceia.
D. Ele repartiu o pedaço maior do Matza, o HaKohan, e distribuiu entre
Seus discípulos.
E. Exatamente da mesma forma que Jesus foi “moído, quebrado”, sepultado
e ressurreto, assim se sucede com o Afikomen. Por favor, leia Mateus 26:17-
26; João 6:35 (somente a parte A) e 6:48-58; e 1 Corintios 11:24.
X

XIII. Bareich: E pronunciada uma bênção


após a ceia.
A. Nesse momento um terceiro cálice é enchido e dá as boas vindas ao
profeta Elias.
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach HaOlam B’Ray
P’Ree Ha’Gafan.)
(Bendito sejas Tú O Senhor nosso Deus, Rei do universo,
que criou o fruto da vide.)
B. Então o terceiro cálice é ingerido, que é chamado de cálice da redenção.
C. A segunda parte da Comunhão vem em seguida. Veja Mateus 26:27-29;
Marcos 14:22-25; Lucas 22:20 (Lucas diz que o terceiro cálice é aquele que
deve ser tomado após todo tipo de alimento ter sido ingerido.); Joao 6:35b; 1
Corintios 11:25-34 e Colossenses 1:13-14. Jesus instituiu a Santa Comunhão
ou Ceia, como um procedimento a ser seguido pelos crentes, e não como um
sinal.
D. Tendo tomado o terceiro cálice, é enchido o quinto cálice, aquele que nao
pode ser tomado, mas em vez disso é colocado no centro da mesa.
E. Quando o quinto copo é depositado no centro da mesa, dá-se as boas
vindas ao profeta Elias e a porta, que estava destrancada, é agora aberta como
um símbolo da chegada de Elias e do Messias.
XIV. Hallel: Esse é o momento de cantar louvores. O Hallel consiste em
leitura e cântico dos Salmos 113 ao 118. Depois segue-se a leitura do Grande
Hallel, que é o salmo 136. Jesus e Seus discípulos fizeram isso em Mateus
26:30 e Marcos
14:26.
XV.Nirtzah: A última parte do Seder é quando se enche o quarto cálice de
vinho.
A. Uma bênção é proferida e o quarto cálice é tomado.
(Baruch Atah Adonai Elohanu Melach Ha’Olam B’Ray P’Ree HaGafan.)
(Bendito sejas Tú O Senhor nosso Deus, Rei do universo, que criou o fruto da
vide.)
B. Uma bênção final é pronunciada.
“O Seder que o Senhor ordenou termina, a ordem do ritual da Páscoa foi toda
obedecida como era prescrita, de acordo com todas as formalidades e
costumes que tivemos o privilégio de organizar. Que possamos ter o
privilégio de poder fazer a mesma coisa na próxima vez. Oh puro morador
das alturas, levante o Seu povo sobre quem já foi dito: quem pode contá-los?
Que nos apressemos a conduzir os frutos de Sua descendência e trazer os
remidos até Siao.”
Vshanah ha ba ah B’Yerushalayiml (ano que vem em Jeru-Kaléml) Leia
Romanos 8:15, 23.
CAPÍTULO SETE
A SEGUNDA E A TERCEIRA FESTA

I. Será que devemos interpretar cada palavra das Escrituras literalmente?


A. Note que foi durante o momento que o Afikomen é comido e o cálice da
redenção é tomado, é que Jesus instituiu a Comunhão. Já que Jesus disse
“Esse é o meu corpo” e “Esse é o meu sangue” é apropriado discutir aqui
aquela questão de muitas pessoas interpretarem a Bíblia “literalmente”.
Exatamente igual a todos os livros sérios de não ficção, a Bíblia contem
metaforas, alegorias, provérbios, analogias, símiles, metonímia, etc; figuras
de linguagem que obviamente não deveriam ser interpretadas “literalmente”.
Por exemplo: se Jesus tivesse dito, “o pão representa meu corpo,” então Ele
teria feito uma analogia direta entre Seu corpo e o pão.
1. A definição de metáfora é “uma analogia implícita”. Em outras palavras é
uma símile com a comparação direta ou uma frase não presente.
a) Em Mateus 26:26, a declaração de Jesus, “Isso é o Meu corpo”, é uma
metáfora, uma comparação implícita entre o pão que Ele estava servindo e
Seu próprio corpo. Demonstra claramente que Ele mesmo, sendo Pão, estava
servindo o pão aos discípulos.
b) Uma alegoria é uma metáfora expandida, ampliada. Algumas das
parábolas de Jesus são metáforas curtas; por exemplo: Na parábola do
semeador, Jesus explica que o semeador é o Filho de Deus e que a semente é
a Palavra de Deus.
c) As profecias dos finais dos tempos de Daniel, Eze-quiel e do Novo
Testamento são quase todas alegóricas. As passagens mostram que são
alegorias quando, por exemplo, que os “os dez reis são dez chifres”.
2. Referente a Jesus, “levar a Bíblia ao pé da letra” e a Comunhão, nós
temos que compreender que Ele não transformou o pão em carne quando
distribuiu aos discípulos.
a) A Bíblia jamais descreve esse momento como um milagre ou um “sinal”.
b) O canibalismo é proibido na Bíblia.
3. No entanto, muitas comparações foram feitas com “comida ou bebida
espiritual”. No evangelho de Joao é dito que “a Palavra se tornou carne”, e
que ela é um alimento espiritual, e isso é claramente uma metáfora.
B. Um aspecto importante nos escritos bíblicos é que as passagens que são
claramente factuais podem conter informações conotativas, espirituais,
metafóricas, tipológicas e outros estilos. Não é diferente de outros escritos de
autores sérios.
1. Um exemplo óbvio que um incrédulo diria é “com certeza você não
acredita que Jonas foi realmente engolido por um grande peixe ou que Noé
construiu uma arca mesmo, certo?” Mais de 200 civilizações ao redor
do mundo têm histórias sobre um grande dilúvio em suas histórias de tradição
oral ou escrita, contando como algumas pessoas foram salvas num grande
barco.
2. Mais importante do que isso, no entanto, é que Jesus, Pedro e outros
autores bíblicos aceitaram essas histórias como fatos.
3. Nenhum historiador realmente respeitado e autêntico duvida da existência
de Jesus. Muitos historiadores não cristãos do primeiro século confirmam a
morte e a execução de Jesus: Cornélio Tácito, Lúcio de Samosata, Flávio
Josefo, Suetônio, Plínio “o Jovem”, Talos, Fle-gonte, Marah Bar-Serapião,
incluindo referências no Talmude e outros escritos hebraicos. “Essa
histórias independentes provam que naqueles tempos mais antigos, mesmo os
oponentes do Cristianismo jamais tiveram qualquer dúvida da historicidade da
existência de Jesus. Esse tipo de dúvida e questionamento só surgiu no final
do século 18, durante o século 19 e início do século 20”. (15a- edição da
Enciclopaedia Britannica)
C. A visão correta se a Bíblia deveria ser encarada literalmente ou não seria
essa:
1. A Bíblia deve ser lida como qualquer outro livro sério de não ficção.
a) Ela deve ser interpretada como se o escritor fosse inteligente e criativo
(sem trocadilhos!), e tivesse usado uma linguagem que qualquer escritor
inteligente usaria em qualquer cultura.
b) Ela deve ser interpretada como se o escritor tivesse usado metáfora,
alegoria e figura de linguagem onde ele achou que fosse apropriado.
2. Desde que a Bíblia foi escrita para que pudesse ser lida e entendida por
todos, exceto onde o autor claramente indica que a passagem deve ser vista
como simbólica, não existe nenhuma razão para que ela seja interpretada
como tal.
D. Muitas das interpretações onde na Bíblia são simbólicas vêm das
“tradições dos homens”. Leia Marcos 7:6-13. A oposição de Jesus às
tradições dos homens vinha de Seu conhecimento que essas tradições iriam
invitavelmente suplantar o significado puro e simples da Palavra de
Deus, alterando seu sentido por causa das opiniões dos homens.
II. Vamos estabelecer uma perspectiva do que as Festas realmente tratam.
A. Levítico 23 é a chave para compreender a Bíblia inteira quando se trata
das Festas, porque nos mostra um esboço ou plano para a redenção da
humanidade.
1. Todas as festas são centralizadas ou ligadas à agricultura ou temas
agrícolas.
2. As festas são memoriais de eventos históricos da nação de Israel e
profecias sobre o Redentor e Seus atos redentores.
3. Algumas festas tinham que ser celebradas em rituais apenas no Templo e
outras podiam ser em casa.
B. As sete maiores festas são divididas em dois grupos.
1. As quatro primeiras acontecem na Primavera, nas épocas do plantio e da
colheita da cevada.
2. As outras três ocorrem no Outono, no período da colheita do trigo.
3. Elas também são conhecidas ou “denominadas” de “as primeiras chuvas”
ou “chuvas temporãs” (primavera) e “as últimas chuvas” ou “chuva serôdia”
(outono).
C. Esses dois períodos de chuvas são relacionados diretamente a primeira e
a segunda vinda do Yesuah Ha’Mashiah (Jesus o Messias). Leia Oséias 6:3,
Joel 2:23, Deute-ronômio 11:10-17 e Tiago 5:7-8.
III. Em qual dia foi Jesus crucificado? Foi
A.

no dia 14 de Nisan. Leia Exodo 12:6.


A. O cordeiro tinha que ser sacrificado no crepúsculo ou início do
entardecer. A palavra hebraica usada para isso é Bain Ha’Arbayim (D’’]
SSHiT’D) que literalmente quer dizer “entre as noites”, mas nos dias de hoje
pode ser normalmente traduzido para “entre as tardes” ou seja, no crepúsculo.
B. No Templo a noite era dividida em três vigílias e as horas do dia eram
divididas em quatro quartos, totalizando sete períodos de tempo.
1. Do meio-dia às 3 da tarde, o terceiro período (quarto) era chamado de a
Oblação (oferta) Menor.
2. Das 3 da tarde até às 6 horas, era o quarto período e era denominado de a
Oblação Maior.
a) O horário entre os dois períodos seria exatamente às 3 horas da tarde.
b) Essa era também o que se conhecia como a Hora Nona, uma vez que o
dia com luz começava às 6 da manhã.
C. De acordo com Êxodo 12:6, na primeira Páscoa o pai reuniu a familia na
entrada da casa e impôs as mãos sobre a cabeça do cordeiro antes de sacrificá-
lo. A imposição das mãos é chamada de semicha. Hebreus 6:1-3.
Semicha: A imposição das mãos não era vista como algo mágico ou um gesto
místico, nem que isso implicava que o cordeiro estava substituindo o homem
naquele sacrifício. Em vez disso, o significado era que o sacrifício vinha (era
oferecido) de uma pessoa em particular e que ele estava oferecendo em seu
nome ou de sua família e que os frutos daquele sacrifício deveriam ser dele e
de sua família.
D. O cordeiro morreu às 3 horas da tarde, no dia 14 do mês de Nisan, e
aquele dia terminou às 6 horas. O animal foi
comido à noite, portanto já no dia 15, e isso ja era o início
/

da Festa dos Pães Azimos.


1. Várias coisas importantes aconteceram entre às 3 da tarde do dia 14 e o
dia 17.
a) A segunda festa, dos Pães Ázimos, Hag HaMatzah, dura do dia 15 até o
por-do-sol do dia 21 de Nisan.
b) Essa é uma celebração de sete dias, o número perfeito de Deus e celebra
Jesus, o nosso Pão da Vida, que é a Completa Redenção de Deus. Êxodo
12:15.
c) Jesus foi crucificado às 9 da manhã do dia 14 e morreu (expirou) às 3 da
tarde. Veja Marcos 15:25.
c)Ele foi sepultado antes das 6 da tarde daquele mesmo dia.
2. No ano em que Jesus morreu, ele foi sepultado numa Quinta-Feira e
ressucitou três dias depois. Isso prova para qualquer pessoa que um cristão
não fica sepultado para sempre!
E. Jesus morreu em apenas seis horas sem que suas pernas tivessem que ser
quebradas, quando uma morte por crucificação durava pelos menos três dias.
1. Com absoluta certeza o peso de todos os pecados da humanidade, de todas
as épocas, foi suficiente para que Ele morresse em apenas três horas!
2. Existem mais razões igualmente importantes do porquê Ele morreu tão
rapidamente. Jesus foi um judeu que jamais ficou sem participar das Festas
ordenadas por Deus e Ele não poderia desperdiçar mais tempo na cruz quando
deveria estar preparado para participar das Festas dos

Pães Azimos, das Primícias e do Pentecostes.
IV. O dia 15 de Nisan, que era o dia do inicio da festa do Hag Ha Matzah,
é importante for duas razões históricas:
A. Esse foi o dia em que os Judeus iniciaram a saida do Egito.
Exodo 12:14.
B. A fortaleza de Massada caiu no dia 15 de Nisan (ou Abibe), no ano 73
d.C. depois de 2 anos e 6 meses de cerco romano. Eleazar Ben Yair e seu
grupo de 960 combatentes, os últimos Judeus livres, cometeram suicídio
coletivo para não se tornarem escravos dos romanos. Leia isso no livro de
Flávio Josefo “A Guerra dos Judeus”, capítulo 8, seção 1 e capítulo 9, seção
9.
V. Quais são os detalhes dos eventos durante o êxodo entre os dias 15 e 17?
1. Na noite do dia 15, depois da ceia da Páscoa, os Judeus estavam prontos
para partir.
2. Naquela noite o anjo da morte matou todos os primogênitos de toda
fêmea, fosse mulher ou animal, em cada casa, no campo, onde não foi
aplicado o sangue nos umbrais e nas vergas das portas.
3. Por volta da meia-noite Faraó chama Moisés e concede a permissão para
o povo partir. Exodo 12:29-36.
4. Os Judeus eram propriedade particular do Faraó. Eles não pertenciam ao
Egito como nação. Eram escravos do próprio Faraó. Leia em Gênesis 47:26.
Portanto, se o Faraó morresse sem herdeiros, esse direito sobre o povo de
Israel cessaria e os Judeus seriam livres.
5. Os Judeus iniciaram a saída do Egito durante a noite depois que Faraó os
liberou.
6. Durante a noite viajaram para Sucote (“tenda”, ou
“tabernáculo”, nome associado com outra festa que
vamos analisar mais tarde) para buscar o corpo de José,
A , . enterrrado lá. Leia Exodo 13:18-20 e Números 33:l-8.
1
7. Depois de resgatarem o corpo de José de seu túmulo em Sucote, eles se
dirigiram para Etã que quer dizer “fronteira do mar”, e acamparam alí na
noite do dia 16.
8. Na manhã do dia 16, viajaram para Pi-Hairote que significa “oposto ao
acampamento”.
9. Bem no meio dos três dias limites, Faraó saiu em perseguição para tentar
recuperar os Judeus, na noite do dia 17. Êxodo 14:5-8 e 14:15-31.
10. Na noite do dia 17 o exército egípcio se aproximou do acampamento.
11. Entre meia-noite e 6 da manhã os Judeus atravessaram o Mar Vermelho.
Os egípcios entraram no mar para capturá-los e foram mortos; e no dia 17,
durante o dia, inciaram a jornada rumo a Terra Prometida, livres da possessão
de Faraó e da servidão no Egito, por causa da morte de seu filho.
12. Faraó tinha concordado em liberar o povo por três dias. Se ele tivesse
deixado o povo judeu fazer o que quisesse naqueles três dias, eles teriam
permanecido presos àquele compromisso e teriam que voltar, e Faraó teria
retido o direito de tê-los de volta, mas como ele saiu em perseguição, quebrou
sua própria palavra e rompeu o contrato entre eles.
D. Não nos surpreende que Jesus tenha seguido esse mesmo cronograma. Da
mesma forma que Jesus morreu na tarde da Quinta-Feira, ressussitou na
manhã de Domingo, durante a terceira vigília. Da mesma forma os Judeus saí-
ram de seu “túmulo de água” no mar Vermelho, suas águas do Batismo. 1
Coríntios 10:1-2.

7. A SEGUNDA E A TERCEIRA FESTAS


V. A crença de que Jesus morreu numa sexta-feira é incorreta. Essa ideia
é baseada no texto de João 19:31, sendo que o Shabat começa na sexta à
noitinha e prossegue no sábado durante o dia até a noite, o que na realidade é,
e por isso pensa-se que Jesus deve ter morrido na sexta à tarde, que era o dia
da preparação antes de um Shabat. Leia João 19:31.
A. Durante o ano existiam alguns Sbabats extras conhecidos como
“Shabaton” ou como “O Grande Shabat”.
1. Esses sete “Grandes Shabats (ou sábados)” extras, caíam em dias especiais
do calendário e não exatamente nas noites de sexta-feiras.
a) O primeiro Shabaton do ano é no dia 15 de Nisan.
b) No ano que Jesus morreu, o dia 15 de Nisan caiu numa Quinta à noite e
na Sexta de dia. Portanto houve dois Shabats, um logo após o outro, ou
seja, um Grande Shabat para a Páscoa — o dia 15 de Nisan, celebrado na
Quinta-Feira à noite e Sexta durante o dia, que era o dia 16, e outro Shabat
normal celebrado na Sexta à noite e no Sábado durante o dia, que era o dia 16.
c) Isso pode ser encontrado no Novo Testamento somente se for lido no
grego em Mateus 28:1 onde a palavra traduzida para Shabat é na verdade
Shabaton, e indo até Marcos 15:42 encontramos o texto dizendo claramento
que “e portanto era o Dia da Preparação, isto é a véspera do sábado (Shabat),
…” Veja também Mateus 27:62 e João 19:31.
d) O “Dia da Preparação” refere-se a qualquer dia da semana, em qualquer
data, antes de um Shabat. Leia Mateus 27:62, Marcos 15:42, Lucas 23:54 e
João 19:31.
2. A grande mudança que ocorreu na Cruz foi que os Judeus trabalhavam seis
dias para ganhar um dia de descanso. Os cristãos ganham um dia de descanso
e são enviados para trabalhar seis dias.
B. Existe um paralelo interessante entre a história do êxodo e a morte,
sepultamento e ressurreição de Jesus, concernente a José do Egito e José de
Arimatéia. Lucas 23:50-55 e João 19:38-42.
1. Considere José do Egito:
a) O Egito representava o trono da idolatria — pense na multidão de ídolos
egípcios — José foi uma tipologia do Messias.
1) José foi odiado pelos seus irmãos, vendido como escravo, falsamente
acusado e colocado na prisão, mas mesmo assim foi exaltado à posição de
governador do Egito.
2) Durante a época de fome e de morte José foi enviado para preservar a
vida.
3) Antes de revelar-se aos seus irmãos, eles pensaram que ele era um
governante dos gentios, em vez de ser um judeu e irmão deles.
b) Quando José teve poder para matar seus irmãos, ele na verdade estendeu
a mão de misericórdia, amor e perdão.
2. O significado do nome José é “Deus vai aumentar”
a) Não somente Deus adciona, aumenta, seja qual for nossa necessidade
agora, isso também fala sobre outra pessoa vindo depois dele.
b) Jesus é o “meu filho da minha mão direita”, o Seu Benjamim.
3. Qual é o paralelo com José de Arimatéia?
a) A palavra grega traduzida do hebraico é Ramah.
b) Ramah em hebraico significa “trono das idolatrias”.
c) José do Egito viveu num país que era o “trono das idolatrias” e José de
Arimatéia era de uma cidade chamada “trono das idolatrias.”
d) José do Egito foi enterrado em Sucote e Cristo foi sepultado num túmulo
com a ajuda de um homem de Ramá.
e) Moisés recuperou o corpo de José, deixou o túmulo vazio e iniciou a
marcha de três dias que levou os cativos judeus para a liberdade na Terra
Prometida.
f) Jesus deixou o túmulo vazio e durante três dias liderou os cativos no
Paraíso do Hades rumo ao Céu, nossa Terra Prometida.
VI. O dia 17 de Nisan é o dia primordial na história da humanidade.
A. A Festa dos Feixes das Primícias ocorre durante a semana completa em
que ocorre a Segunda Festa. Levítico 23:10-11.
B. Existem quatro eventos muito significativos na história humana, e que
aconteceram no dia 17 de Nisan. Cada um é concernente ao tema central do
sepultamento (batismo) e a ressurreição.
1. A Arca de Noé repousou na região do Monte Ararate
no dia 17 de Nisan. Leia Gênesis 8:4.
a) A maioria das antigas culturas, incluindo Israel, iniciava seus calendários
no Outono, normalmente em Setembro/Outubro. Deus falou para Moisés
mudar o
calendário judaico que iniciava na Primavera em comemoração ao êxodo do
Egito. Leia Êxodo 12:12.
b) Ao mudar do antigo calendário para o novo, o dia 17 do sétimo mês se
torna agora o dia 17 do primeiro mês.
c) Noé e sua família foram os únicos do antigo mundo que “ressuscitaram”
e se tornaram as Primícias do Novo Mundo.
2.0 segundo evento foi a travessia do Mar Vermelho. Através desse evento a
nação de Israel ressuscitou da escravidão e servidão no Egito para se tornarem
uma nação renascida composta de crentes libertos. Veja Êxodo 12:14 e
Números 33:1 -8.
3.0 terceiro evento foi quando comeram as Primícias da Terra Prometida
conforme é descrito em Josué 5:10-12.
a) Depois de cruzarem o Rio Jordão, o povo celebrou a Páscoa na tarde do
dia 14 de Nisan.
b) No dia 15 eles comeram do alimento que tinham trazido.
c) No dia 16, Deus proveu o último Maná, e eles já comeram alguns dos
alimentos da Terra Prometida.
d) No dia 17, eles comeram somente dos alimentos das Primícias de Canaã.
4.0 quarto evento que ocorreu no dia 17, é claro, foi a ressurreição de
Cristo. Veja Salmo 16:10.
a) Jesus Cristo morreu na cruz, numa aparente derrota.
b) Ele ressurgiu em vitória. Ele profetizou esse acontecimento em João
12:24.
c) Jesus foi a Primícia de todos os salvos. Leia 1 Coríntios 15:20-23.
C. Aconteceram manifestações imediatas logo em seguida à ressurreição de
Cristo.
7. A SEGUNDA E A TERCEIRA FESTAS
1. Essa manifestações foram as Primícias de Cristo oferecidas a Deus Pai.
Leia Mateus 27:52-53.
2. Aqueles santos que ressuscitaram foram os primeiros de uma imensa
colheita que está para acontecer. Se você pensar na expressão “Primícias”
implica que outros mais virão.
a) Nas Primícias nós celebramos, não somente a ressurreição de Cristo, mas
também a ressurreição de toda a Igreja, que ainda irá ocorrer.
b) Jesus foi a primeira pessoa que permanceu ressurreto permanentemente,
mas Ele não será o único.
c) A Festa das Primícias é a terceira e última Festa que Jesus pessoalmente
cumpriu na Terra.
d) Jesus estava fisicamente presente na Páscoa, nos Pães Azimos (depois de
Sua ressurreição) e nas Primícias.
e) Ele subiu (ascendeu) ao céu depois de 40 dias, 10 dias antes do
Pentecoste.
f) Ele ainda tem que fisicamente cumprir mais três Festas.
D. Na Festa das Primícias, o Sumo Sacerdote carregava um maço ou feixe
de cevada nova, polvilhada com incenso, como símbolo de comunhão com
Deus, levantava e movia a oferta diante do Senhor. Leia Levítico 23:9-11.
1. O que Jesus disse não seriam sinais comprovados de que ele é o Filho de
Deus e não apenas um profeta enviado pelo Senhor?
a) Ele disse que seria levantado como a serpente no deserto. Leia João 3:14-
15.
b) Que também Ele morreria e após três dias iria ressuscitar. Leia Mateus
12:38-40 e Jonas 1:17; 2:2; 2:3, 2:5 e 2:6.
c) Jonas trouxe salvação à cidade de Nínive depois de pregar por 40 dias, e
o povo ter-se arrependido. Jesus trouxe a mensagem de salvação para todo o
mundo e esteve entre os homens por 40 dias depois de Sua ressurreição.
d) Assim como aconteceu quando Moisés levantou a serpente, o Sumo
Sacerdote seria o responsável por levantar Jesus. Leia Números 21:6-9 e 2
Reis 18:1-4
2. Na crucificação, Jesus foi levantado, e aqueles que
olham para Ele recebem salvação e cura.
VII. Existe um AVISO aqui a respeito da
idolatria.
A.A serpente confeccionada por Moisés, o Neustã, mostra o perigo de como o
povo pode facilmente perpetuar as tradições de homens, e como também a
idolatria pode se arrastar para dentro da Igreja.
1. Aqueles que olhavam para a serpente de bronze eram curados e salvos da
morte.
2. O plano de Deus foi mostrar a solução daquele problema único e
específico usando também uma solução única e específica, para um tempo
único e específico.
3.0 povo, no entanto, decidiu que se algo funciona uma vez, tem que
funcionar sempre.
4. Eles mantiveram a serpente de bronze e a levaram para dentro da Terra
Prometida. Lá, eles a colocaram num lugar alto e com isso ela se tornou um
ídolo.
B. Centenas de anos mais tarde o Rei Ezequias teve que lidar com esse
problema quando trouxe o povo de volta a um relacionamento com Deus.
Leia 2 Reis 18:1-5.
C. Algumas pessoas perguntam porque a Bíblia parou no livro do
Apocalipse; ou seja, no final da vida dos escritores da Igreja do primeiro
século.
1. Isso aconteceu porque Jesus Cristo é a última palavra de Deus para a
humanidade. Ele é o último apelo de Deus para os homens.
2. Não restará mais nada para aqueles que rejeitarem o último apelo.
3. Portanto, não há necessidade de se escrever mais nada, pelo simples fato
de que não há mais nada para ser dito e mais nada também para ser
adicionado até que chegue o tempo de perfeição.
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CAPÍTULO OITO
V.

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O SIGNIFICADO DA CRUCIFICAÇÃO

I. Cristo é a Primícia levantadas ao Céu e apresentado ao Pai como uma


oferta alçada ou movida.

A. Fazia parte do costume daquela época, colocar uma pequena placa de


madeira acima da cabeça da pessoa crucificada, para que todos pudessem ver
a lista de crimes pelas quais ele estava recebendo a pena de morte.
Os objetivos eram causar temor no povo, respeito à Lei, conhecer a justiça da
punição e concordar que aquilo era uma punição correta. A pessoa estava
morrendo por causa dos pecados listados sobre sua cabeça. Quando Cristo
morreu, qual foi a inscrição colocada por Pilatos acima de Sua cabeça? Leia
Mateus 27:37 ejoão 18:19-22.
1. Barrabás vem da palavra Bar Abbas, que significa filho
de um pai.
a) O filho de um pai foi substiuído pelo Filho DO Pai.
b) Por que ele era “o filho de um pai?” Todo homem é filho de um pai.

c) Talvez ele tenha sido um filho bastardo; ou quem sabe era um órfão; ou
um mercenário/combatente contra o império romano.
d) Barrabás também representa “todo homem e toda mulher”.
2. Qual foi o crime de Jesus? O que Ele disse que era?
3. Ele disse quem Ele era em João 18:37:
a) “Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho
da verdade.”
b) Cristo foi crucificado por dizer a verdade!
B. Quando o povo olhava para cima, era isso que viam: Uma declaração
escrita da condenação e dos crimes pelos quais o criminoso estava sendo
executado. Com isso:
1. Eles conheciam mais da Lei.
2. Eles aprendiam a temer a Lei.
3. Eles davam o consentimento mental para a retidão da Lei e também sua
execução.
II. Isso é o que acontecia no mundo físico e o que o povo podia ver. Mas o
que acontecia no mundo espiritual?
A. No mundo espiritual, Deus o Pai também colocou uma inscrição acima
da cabeça de Jesus, que continha todos os crimes e todos os pecados que cada
ser humano cometeu.
B. Quando olhamos para a cruz vemos somente uma acusação, que Jesus
era o Rei dos Judeus, a Verdade.
C. Quando Deus olhou para baixo, viu todos os pecados praticados por
todas as pessoas em toda a história, pregados no alto da cruz.
D. O homem e Deus viram que Jesus morreu debaixo daquelas inscrições e
por causa daquelas inscrições.
1. Existe uma grande distorção sobre o que texto de 2 Coríntios 5:21 diz.
2. Jesus NÃO se tornou pecado nem o pecado entrou em Seu corpo.
3.0 real conceito daquele texto do apóstolo Paulo deve ser visto dessa forma:
“Ele fez com que AQUELE que não conheceu pecado algum SE TORNASSE
oferta pelo pecado em nosso nome, para que nos tornássemos justiça de Deus
Nele.”
E. A vitória sobre o pecado é celebrada na Festa das Primí-
cias.
1. Jesus ressurgiu dentre os mortos no dia 17 de Nisan, um Domingo
naquele ano.
2. Nós servimos um Salvador vivo.
3. Há uma linha traçada entre a religião judaico^cristã e todas as outras
religiões. Nosso fundador está vivo, mas cada um dos outros fundadores estão
mortos. O corpo de Maomé ainda está em seu túmulo, Confúcio ainda está em
seu túmulo - mas Jesus ressuscitou. Leia Apocalipse 1:17-18.
CAPÍTULO NOVE
A
4
As Festas Ju dak:AS 9. A QUARTA FESTA, SHAVUOT (PENTECOSTES)

A QUARTA FESTA, SHAVUOT (PENTECOSTES)

I. Existe algo que liga a terceira festa com a quarta, que é a Festa de
Pentecostes.
A. Em Levítico 23:11 o dia das Primícias é chamado de “O dia que você
traz o Omer (feixe) para a festa da oferta movida.” Leia Levítico 23:15-17 e
Êxodo 34:22.
B. Depois das Primícias, conta-se o Omer.
1. Depois de passarem pelo Mar Vermelho, a nação de Israel viajou por 47
dias até chegar ao Monte Sinai, e ficou ali por três dias em separação e
purificação.
2. O total de dias entre a ressurreição deles e a Festa do Pentecostes é de 50
dias. Pentecostes é uma palavra grega que se refere ao número 50. O número
49 (7x7) fala de plenitude espiritual que os leva para o sétimo Shabat. O
número 50 é o número do jubileu ou júbilo, livramento e consumação perfeita
do tempo.

1. A contagem dos 50 dias é chamada de “contando o Omer”, contando os


feixes.
a) A libertação da servidão no Egito deu a liberdade aos judeus, mas
liberdade pode acabar indo para duas direções:
1) Livre, mas sem qualquer autoridade sobre si, leva à escravidão do
pecado.
2) Livre, mas com disciplina, leva a liberdade final.
b) A liberdade dos judeus não estava completa até que recebessem a Lei, a
Tora, no Monte Sinai, no dia dos Pentecostes. A Lei deu a eles propósito e
sentido de vida. Leia Jeremias 31:31-33.
4. A nação de Israel ressuscitou quando saiu das aguas do Mar Vermelho e
50 dias depois Deus deu a eles a Lei, a Torah. Jesus ressuscitou e 50 dias
depois Deus nos concedeu o Ruach HaKodesh (o Espírito Santo). Ambos
as casos citados aqui tem o mesmo propósito. Leia João 16:13 e Gálatas 5:22-
23.
5. A Festa hebraica é chamada de Festa do Shavuot. S/in-vuot significa
“semanas” e se refere as semanas que estão entre as festas das Primícias e do
Pentecostes. Esse é um tempo de celebração pelo fato de Deus ter
dado a Lei aos Judeus; por isso também é chamada de
*
“Festa da Entrega da Lei” ou “Epoca da Entrega da Lei”. *
6. E costume nesse período consumir somente laticínios, porque as palavras
da Torá são comparadas ao sabor do leite e do mel na língua.
7.0 livro de Rute é lido nos Pentecostes por duas razões.
a) O livro fala de Belém na época da colheita, bem apropriado para um
festival da colheita.
b) Também descreve Boaz como um tipo bíblico de Jesus, o Messias, o
parente redentor, e Rute como uma gentia que aprendeu a amar a Deus. Essa é
uma
história sobre o amor, de a amizade sendo mais forte que a morte.
C. O Pentecostes aponta para a libertação e o descanso dentro de um tempo
perfeito.
1. O Pentecostes acontece no exato tempo do fim da colheita da cevada.
2. A data no calendário é 6 de Sivam.
III. Dois grandes eventos são comemorados no dia 6 de Sivam:
A. A entrega dos Dez Mandamentos no Sinai:
1. A entrega dos Dez Mandamentos elevou o zelo espiritual em todos os
crentes daquela época.
2. A entrega da Lei aos Judeus foi considerada um presente de Deus. Isso
pode ser considerado como o nascimento do Judaísmo.
B. O Pentecostes cristão aconteceu na descida do Espírito
Santo; Ele é o presente de Deus para nós.
1. Esse evento aumentou nosso zelo espiritual ainda mais.
2.0 Pentecostes foi usado por Deus para revelar um novo relacionamento com
Ele. Ele pode ser considerado o nascimento da Igreja. Atos 2:41‘42.
IV.Perceba a diferença sutil, mas importante, das ordenanças entre as
Primícias e o Shavuot. Leia Levítico 23:10-11 e 23:15-17.
A. O que você vê como a diferença?
1. Nas Primícias, um feixe de “grãos ázimos” era movido perante Deus,
exatamente como Jesus, sem pecados, foi movido (levantado) diante do Pai.
2. No Shavuot, dois pães levedados (porosos) eram levantados diante de
Deus.

::
B. Já que os dois pães contem levedura (fermento), o que eles representam?
1. Os dois pães são as duas partes da Igreja, a judia e a gentia, mas ambas
contem pecado.
2. Jesus, a Cabeça da Igreja, não tem pecado, mas seus membros sim.
3. Os dois pães representam todos os homens e mulheres redimidos. Leia 1
Coríntios 12:12-13.
C. Shavuot, ou Festa das Semanas, é a Atzeret (Festa Final) da temporada da
Páscoa.
V. Vemos que essas Festas são ensaios feitos por Israel, das várias partes do
plano
de Deus para a humanidade.
A. Uma palavra hebraica associada com essas convocações é Mz/cra/r, que
literalmente significa “ensaios” ou “recitais”.
1. Deus pré determinou épocas e tempos nos quais o povo judeu deveria
estar em Jerusalém para essas celebrações.
2. Essas nomeações são tempos ou épocas especiais que devem ser
respeitadas, épocas em que Deus sempre faria algo especial com a nação de
Israel.
B. São Festas proféticas.
VI. O término da quarta Festa traz o encerramento das Festas das primeiras
chuvas, as chuvas temporãs.
A. Jesus falou sobre o Pentecostes na Última Ceia. Leia João 14:16-17, 26 e
15:26-27.
1. Ele também falou sobre isso no dia de Sua ressurreição e instruiu Seus
seguidores para que aguardassem em Jerusalém até que recebessem o dom
(presente) que Ele enviaria. Leia Lucas 24:44-49.

9. A QUARTA FESTA, SHAVUOT (PENTECOSTES)


2. Jesus também falou sobre o Pentecostes no dia de Sua ascenção. Leia
Atos 1:4-9.
B. 1.500 anos depois dos eventos no Monte Sinai, Deus fez um outro pacto
com Seu povo.
1. Tudo aquilo que os Judeus provaram no Monte Sinai: o fogo, o vento e as
línguas, também seriam experimentados pelos judeus cristãos em Jerusalém,
evento que aconteceu extamente no mesmo dia, no passado. Leia Números
11:17-25 e Atos 2:1-12.
2. A tradição judaica diz que Deus falou em 70 línguas diferentes, isto é
idiomas, no Monte Sinai, e da mesma forma os crentes no cenáculo em
Jerusalém falaram em 120 diferentes idiomas que eles não conheciam,
mas que foram perfeitamente compreendidas pelo povo que estava do lado de
fora.
VI. Podemos resumir as quatro primeiras Festas da seguinda forma:
A. Páscoa: Convocação pela morte do Messias.

B. Azimo Pão: Convocação pelo sepultamento do Messias.
C. Primícias: Convocação pela ressurreição do Messias.
D. Pentecostes: Convocação pela nomeação e delegação de poder ao povo
dado pelo Messias.
E. O lema tradicional do Shavuot é: “Voltaremos para casa com brados de
alegria, trazendo seus feixes juntamente com Ele”.
CAPÍTULO DEZ
FESTAS MENORES DE VERÃO

I. Existe uma importância para os diferentes números que ocorrem durante as


Festas.
A. Três é o número de plenitude, unidade e solidez. Servimos um Deus
triúno; três são os dias que Jonas e Jesus ficaram no Hades; três foram os dias
de adoração no deserto, três aos pés do Monte Sinai e em Gilgal para que o
período de purificação fosse completo.
B. Sete é o número da perfeição espiritual. Sete dias de pão
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Azimo; sete dias entre a “separação” do Messias até Sua ressurreição; 49
(7X7) dias entre a ressurreição e o Pente-costes; e 490 (7X7X10) tempos de
perdão para uma consumação perfeita do perdão.
C. Dez é o número da ordem divina da perfeição, cinco é o número da graça
e quatro é o número da criação. O Messias foi “cortado (separado)” no dia 10
de Nisan; Jesus subiu ao céu 10 dias antes do Pentecostes; tem 50 dias (5
x 10) da ressurreição até o Pentecostes; e foram 40 (4X10) dias/anos, o tempo
de prova, liberdade vigiada, teste, castigo e aliança entre Deus e o homem.
D. O número 17 é o número da ordem espiritual perfeita. Jesus ressurgiu
dentre os mortos no dia 17 de Nisan.
E. Setenta é o número do perfeito castigo. Foram setenta anos de cativeiro.
F. O número 120 é o numero do tratamento espiritual perfeito. Deus deu 120
anos de aviso para o povo antes do dilúvio de Noé; 120 pessoas esperaram
pelo Pentecostes; e 120 foram as línguas ouvidas no dia de Pentecostes.
G. O número 490 descreve a consumação perfeita do tempo de perdão.
H. Na forma de pensar da língua hebraica, a repetição de uma palavra não
dobra simplesmente seu valor. Por exemplo, se a palavra for repetida tres
vezes, não somará seu valor em três simplesmente (a+a + a=aaa), mas
sim será multiplicado exponencialmente [102 e não 10+10. 103 e não 10+
10+10].
Tendo como base essa pequena revisão dos números e seus significados,
vamos prosseguir para a próxima etapa que são os significados das datas no
calendário judaico.
Não estudaremos agora as Grandes Festas de Outono, o que faremos mais
tarde.
II. Festa das Lamentações ou do “Luto”, que ocorre do dia 17 de Tamuz (o
quarto mês), mas inicia um período de três semanas que termina no dia 9 do
mês Av (quinto mês).
A. Três eventos importantes que concernem Israel ocorrem no dia 17 de
Tamuz, que é o dia exato, três meses depois, em que Jesus ressurgiu dentre os
mortos (90 dias, exata^ mente três meses - 3 x 30).
1. Cada evento estava ligado a um símbolo de rompimento ou “ruptura”
espiritual.

2. Essa “ruptura” mostrava a ausência do favor de Deus cm alguns períodos


de desobediência coletiva nacional.
3.0 período de três semanas de luto ou “lamento” era seguido de uma
conscientização nacional pelo pecado e um entendimento profundo de que a
disciplina de Deus aconteceria sempre que o povo desobedecesse.
4. Existem três períodos de jejum mencionados em Zacarias 8:19.
B. Três comemorações de relevância histórica ocorrem no dia 17 de Tamuz,
as quais são símbolos de “ruptura” do favor de Deus.
1. No dia 17 de Tamuz, Moisés quebrou as tabuas da Lei quando viu o povo
idolatrando o bezerro de ouro.
a) O Pentecostes ocorre no dia 6 de Sivam.
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I C/5-
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b) No dia 7 de Sivam, Moisés recebeu a ordem de subir
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o Monte Sinai. Leia Exodo 24:1-2.
c) Moisés subiu o Monte Sinai e permanceceu lá por 40
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dias e 40 noites. Leia Exodo 24:12-18.
c) Após esse período, Moisés desceu com as tábuas da
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Lei que Deus tinha escrito. Leia Exodo 32:15-20.
e) De 7 de Sivam até 17 de Tamuz são 40 dias.
2. Os babilônios entraram em Jerusalém e os sacrifícios diários foram
interrompidos em 17 de Tamuz, no ano de 586 a.C.
a) Os sacrifícios da manhã e da tarde são chamados Korban Tamid.
b) Depois de dois anos de cerco militar, Jerusalém caiu diante do exército
de Nabucodonozor.
c) Durante aqueles dois anos, os Sacerdotes baixaram cestos contendo
moedas de ouro para trocar por carneiros para os sacrifícios.
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u.
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C
d) Quando o muro exterior caiu no dia 17 de Tamuz, os babilônios pararam
de vender os cordeiros porque entenderam que a cidade estava para ser
conquistada de vez, e com isso iriam tomar posse de tudo que tinha dentro, de
qualquer forma!
e) Quando as trocas pararam, os sacrifícios diários no Templo cessaram de
vez.
f) Os Sacerdotes iniciaram um período de luto porque entenderam que Deus
tinha removido Sua proteção.
3. Os romanos também cercaram Jerusalém no ano 70
d.C., interrompendo os sacrifícios no dia 17 de Tamuz.
a) A guerra dos judeus, pela independência contra os romanos, começou no
ano 66.
b) As catapultas do exército do general Tito se aproximaram do Monte do
Templo no dia 17 de Tamuz, 70 d.C., exato aniversário do dia que os
sacrifícios diários cessaram após a invasão babilônica.
c) Os sacrifícios diários do segundo Templo também cessaram.
d) O general judeu e traidor, que mais tarde se tornaria historiador, Flávio
Josefo foi testemunha ocular desses eventos. Leia isso em “A Guerra dos
Judeus” livro 6, capítulo 2, e em Daniel 9:26.
III. Existe um período de três semanas (3x7 = 21 dias) de jejum e lamento que
começa no dia 17 de
Tamuz e termina em 9 de Av. Durante essas três semanas não pode haver
casamentos, festas ou cabelos cortados. Do dia 1 ao 9 de Av, a tradição é
de não comer carne, beber vinho (exceto no Shabat) e
de vestir roupa nova (que nunca foi usada). Esse jejum é mencionado em
Zacarias 7:5 e 8:19.
A. O dia 9 de Av é um dia de jejum e de aflição (lamento e
choro). E chamado Tisha B’Av.
a) Esse é um dia associado a lembrança da destruição dos dois templos.
b) Esse dia é para relembrar quando Deus removeu Sua proteção e favor.
c) Também é associado às maiores tragédias da história do povo judeu.
2.0 dia 9 de Av cai entre a metade de Julho até a metade Agosto no nosso
calendário.
3. As restrições no dia 9 de Av são semelhantes as do Yom Kippur: não
comer, não beber qualquer bebida, inclusive àgua, lavar coisas, tomar banho,
barbear-se, usar cosméticos, roupas ou calçados de couro, ter relações sexuais,
estudar ou ler, realizar trabalhos profissionais, sorrir, gargalhar, participar de
conversas fúteis ou frívolas. Nesse dia o povo senta-se em banquinhos.
4. As leituras do dia são: Todo o livro de Lamentações de Jeremias, partes
do livro de Jó e partes de Jeremias.
5. Nesse dia é proibido perguntar PORQUE essas coisas aconteceram, mas
COMO. A ideia é de corrigir as ações que levaram às conseqüências daquilo,
para que nunca mais aconteçam.
B. Nessa data os judeus relembram oito grandes eventos trágicos da história
da nação de Israel.
1. De acordo com a tradição, foi no dia 9 de Av, em 1445 a.C., que os 12
espias voltaram da missão de 40 dias dentro da terra de Canaã. Dez espias
entregaram um relatório negativo e por causa do pecado de increduli-
dade, o povo de Israel teve que passar por 40 anos de
castigo. Leia Números 13 e 142. A destruição do primeiro Templo aconteceu
no dia 9 de
Av, em 586 a.C.
a) O cerco de dois anos terminou quando os babilônios derrubaram o muro
externo de Jerusalém exatamente no dia 17 de Tamuz.
b) Eles chegaram ao Monte do Templo no dia 7 de Av.
c) Depois de festejarem por dois dias, os soldados queimaram
completamente o Templo no dia 9 de Av.
d) Jeremias foi testemunha ocular da queda de Jerusalém, da captura do rei
Ezequias, e do incêndio promovido por Nebuzaradan, capitão da guarda
real. Leia Jeremias 52:5-14 e Lamentações 2:7.
3. A destruição do segundo Templo pelos exercitos romanos, aconteceu
também no dia 9 de Av.
a) A guerra contra Roma começou no ano 66 d.C. e Jerusalém caiu no dia 9
de Av, em 70 d.C.
b) Alguns historiadores estimam que o número de pessoas presentes em
Jerusalém quando a cidade caiu era de mais ou menos 1.250.000, porque
muitos peregrinos tinham vindo celebrar a Páscoa, e foram pegos de surpresa
com o a invasão e o cerco.
c) O sacrifício diário parou no dia 17 de Tamuz, 21 dias antes, quando os
romanos derrubaram o muro exterior e invadiram a cidade.
d) O Templo era considerado a construção mais linda e majestosa de todo o
império romano e Tito recebeu ordens explícitas para preservá-lo a qualquer
custo.
e) Ele fez de tudo para preservar, não só o Templo, mas toda a cidadela em
volta do Monte, se a cidade se
rendesse, ou deixados passar em segurança para que lutassem em qualquer
outro lugar.
f) Quando o general finalmente percebeu que eles não iriam se render,
ordenou que o Monte do Templo fosse bombardeado, mas algum soldado
desobedeceu as ordens e ateou fogo no Templo. Leia “A Guerra dos Judeus”,
livro 6, capítulo 2.
g) Josefo menciona mais de uma vez que ele sabia da importância do dia 9
de Av e das antigas profecias sobre as destruições que agora ele se tornara
testemunha ocular. Flávio Josefo fala especialmente de Daniel 9:26.
h) O que Josefo não se lembrou ou não sabia, é que 40 anos anos Jesus
profetizou a destruição do templo no ano 30. Leia Lucas 19:41-44.
1) Considere o quão impressionante é a profecia de Daniel 9:26:
a) Os soldados romanos e não Tito, “o príncipe de Roma”, é que destruiram
o Templo, exatamente como Daniel profetizara. O “povo do príncipe”, e não o
príncipe destruiu o Templo.
b) Ainda mais notável é que quando o exército de Roma, sob o comando de
Tito, iniciou o ataque contra Jerusalém no ano 66, ele ainda não era
príncipe, nem tinha sangue real, mas em 68 o imperador Nero morreu, e em
69, o pai de Tito, Vespasiano tornou-se o novo imperador, e Tito herdou o
título de príncipe. Leia Lucas 19:41-44
2) A profecia de Jesus foi perfeita.
a) O templo seria destruído, e não seria deixada pedra sobre pedra. Por quê?
Por que o interior do Templo era inteiramente coberto de ouro.
b) O calor causado pelo fogo derreteu todo o ouro e toda a prata e com isso
tudo escorreu por entre as fissuras e rachaduras dos alicerces do Templo.
c) Depois que o fogo parou, milhares de soldados, usando alavancas, cunhas
e picaretas, moverem todas as pedras para colher tudo que fosse possível.
4. Exatamente um ano depois da destruição do Templo, no ano 71, isto é no
dia 9 de Av, soldados romanos praticamente “lavraram” todo o Monte do
Templo, em cumprimento a profecia de Miquéias 3:12.
5. Após a destruição, houve um período de paz forçada interrompido por
breves periodos de rebelião.
a) Esse período de “paz” durou de 70 á 135 d.C.
b) Jesus profetizou esse período na história de Israel.
1) Em Mateus 24, Jesus fala sobre a profecia de Daniel a respeito da
destuição do templo.
2) Ele advertiu sobre os eventos que aconteceriam após a destruição do
templo. Leia Mateus 24:23-24.
c) Diversos líderes se levantaram, declarando serem o Messias, o Cristo,
após a destruição do Templo, mas nenhum deles teve tanto sucesso como o
último deles, Simão Bar Koba.
2) Simão declarou ser o próprio Messias, aquele que iria expulsar as legiões
romanas para longe de Israel, e recebeu um imenso crédito porque o maior
dos teólogos da época, Rabino Akiba, proclamou que Bar Koba era o Messias.
3) Com esse apoio e aval, Simão Bar Koba reuniu um imenso exército e
desafiou a ocupação romana.
4) O imperador Adriano veio pessoalmente a Israel com um enorme
exército para debelar a revolta de Bar Koba. Ele trouxe o governador da
Bretanha Juíi-
us Severus a Israel. Outros dois grandes generais, Poblicius Marcellus da
Siria e Haterius Nepos da Arábia, receberam ordens para derrotar os
revoltosos. Os três generais receberam a mais alta condecoração que Roma
poderia conceder a um herói, a tri-umphalibus omamentis honoratus, por
terem suprimido a rebelião. Duas legiões inteiras e partes de várias outras
participaram da batalha.
5) Bar Koba foi parcialmente vitorioso por dois anos, de 133 a 135.
6) No dia 9 de Av, os exércitos romano e judeu se encontraram em Beitar,
sudoeste de Jerusalém. A vitória romana foi total e uma grande chacina
aconteceu. As perdas do lado romano também foram imensas. A 22~. Legião,
a Legio XXII Deiotariana, simplesmente deixou de existir. A décima legião, a
famosa Legio X Fretensis, teve que pedir um reforço urgente de
3.000 soldados.
7) Cassius Dio, historiador romano, escreveu que “580.000 soldados judeus
foram trucidados em vários ataques e batalhas” e “o número dos que
pereceram por fome, doença ou fogo, ainda está para ser calculado”. Dio
escreveu que quase 1.000 aldeias e cidades judias foram “reduzidas a cinza”.
Ele declarou que os cavalos de guerra atolaram na lama de sangue até a altura
das focinheiras.
8) Portanto, exatamente 65 anos depois da destruição do Templo, o ultimo
exército judaico foi destruído
até surgir o estado moderno de Israel, em 1948.
*
d) E mais impressionante ainda quando lemos isso em Isaías 7:8.
1) Efraim é uma referência direta a Israel, especialmente o reino do norte.
Efraim é a tribo que começou com José. E a tribo de Josué e Samuel.

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2) Para melhor ilustrar Efraim como sinônimo de Israel, leia em Oséias 5:3-
14 (o julgamento de Deus), e 11:1-4 (o amor de Deus).
3) A profecia de Oséias descreve o tempo, 65 anos depois, quando os
assírios vieram e levaram Israel (reino do norte) para o cativeiro. Isso ocorreu
em 721 a.C.
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6. No ano de 1.290 d.C., 18 de julho e 9 de Av caíram no mesmo dia.
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a) Nessa data, o rei Eduardo 1 da Inglaterra ordenou que 16.000 Judeus


deixassem o país sob a acusação de “prática de juros extorsivos”. Isso
perdurou até Oliver Cromwell, o “senhor protetor da Inglaterra”, conceder,
em 1657, o direito aos judeus de se estabelecerem novamente e poderem viver
lá normalmente.
b) Considere as ramificações desses dois eventos: a expulsão dos judeus da
Inglaterra em 1.290 e seu retorno em 1.657. Um período de 367 anos.
1) Os judeus foram expulsos por um monarca católico e restaurados por um
protestante puritano.
2) Durante aqueles 367 anos a Inglaterra se enfraqueceu demais como
nação, mas com o retorno do judeus, o país começou a florescer novamente.
7.0 dia 2 de Agosto de 1.492 caiu no mesmo dia de 9 de Av, e esse foi o dia
que 800.000 judeus foram expulsos da Espanha católica. Esse foi exatamente
o dia em que Cristóvão Colombo zarpou para a América.
8.0 dia 1 de Agosto de 1.914, foi também o dia 9 de Av. Muitos conhecem
esse dia pelo seu mais memorável “apelido” “A armas de agosto”. A primeira
guerra mundial começou no dia 1 de agosto de 1914 e afetou diretamente o
estabelecimento de Israel como nação.
9. Paralelamente, muitos outros eventos importantes ocorreram nessa mesma
data tão significativa.
a) A batalha no gueto de Varsóvia começou na véspera da Páscoa de 18 de
abril de 1942 e durou seis semanas.
b) Os Judeus foram enviados de Varsóvia para o campo de concentração de
Treblinka em 9 de Av.
c) A primeira Cruzada foi “instituída” pelo papa Urbano 11 em 1.095. Mais
de 10.000 judeus morreram no primeiro mês.
d) A explosão do Centro Comunitário Judaico de Buenos Aires aconteceu
em 9 de Av de 1.994.
C. A possiblidade de que oito dos maiores eventos históricos ocorram no
mesmo dia é de 1 em 863.078.009.300.000.000 ou 1 em 8.63 x 1017 ou 1 em
863 ziliões.
1. Sem a intervenção direta de Deus, isso seria impossível e confirma a Biblia
como a Palavra de Deus. Essa analise não leva em consideração três outros
eventos similares que ocorreram no dia 17 de Tamuz, ou outros também
muito parecidos que aconteceram no dia 17 de Nisan, ou ainda seis outros
exatamente iguais que ocorreram em 14 de Nisan, etc.
2. A cada ano, por volta de 1 de Agosto, existe a expectativa de que algo
grandioso irá acontecer envolvendo Israel.
CAPÍTULO ONZE
As Três Últimas Grandes Festas de outono
I. As três últimas grandes festas ou tempos escolhidos aconteceram todas
no mês de Tishrei (por volta da metade de setembro até a metade outubro).
Quando Deus ordenou a alteração no calendário judaico, o primeiro mês do
calendário civil se tornou automaticamente no sétimo mês, e o sétimo mês se
tornou o primeiro no calendário religioso.
Leia Êxodo 12:1-2.
A. A mudança do calendário foi um sombra do que viria acontecer, que seria a
mudança do Judaísmo para o Cristianismo.
1. O povo judeu trabalhava seis dias para descansar no último, enquanto o
cristão descansa no primeiro dia para trabalhar outros seis restantes.
2. Iniciamos com o descanso concedido por Cristo através de sua morte e
ressurreição e agora estamos trabalhando nos campos de colheita conforme
Ele ordenou que fizéssemos.
3. Não podemos descansar totalmente até Sua segunda vinda.
B. Outro paralelo é que os judeus começaram literalmente em trevas fisicas
e espirituais, terminaram em iluminação espiritual e fisica. Isso é
perfeitamente ilustrado em Gêne^ sis 1, “E foi a tarde e a manhã…um dia.”
C. Como cristãos, iniciamos na Luz de Jesus, que é a Luz do mundo, e O
proclamamos como LUZ para as trevas desse presente momento.
II. Tishrei, o 7o mês, é a época das últimas chuvas. Sendo Tishrei o sétimo
mês, é também o mês sabático. O que o sétimo dia representa para a semana,
o mês de Tishrei é para o ano. Portanto o primeiro dia do sétimo mês é
celebrado como o Shabat, um dia de descanso, de memorial, de tocar as
trombetas, e de santa convocação. O primeiro dia de Tishrei começa com as
festas de Outono.
A. Nós sabemos que as primeiras quatro festas principais, que aconteciam
no período das primeiras chuvas, foram cumpridas pessoalmente por Jesus
Cristo, em Sua primeira vinda.
B. Entendemos, então, que as quatro primeiras falam de sua primeira vinda
e as três últimas sobre Sua segunda vinda.
C. O dia 1 de Tishrei inicia uma festa chamada de Lesta das Trombetas ou
Yom Teruah (O Dia do Estrondoso Desper^ tar) ou ainda o Rosh HaShanah
(Cabeça do Ano). Essa é a única festa que começa com a Lua Nova.
1. Em Hebraico, Rosh HaShanah é também chamado de:
a) O dia do Som do Shofar.
b) O dia das Memórias.
c) O dia do Julgamento.
2. Essa festa inicia um período de dez dias, que vamos estudar com
profundidade por causa de seu incrível significado.
D. O mandamento para observar a Festa das Trombetas é encontrado no
capítulo chave usado em nosso estudo completo sobre as festas judaicas,
Levítico 23:23-25, e os detalhes específicos sobre os sacrifícios estão em
Números
29:1-7.
E. A Festa das Trombetas é a época tradicional de soar os shofares, o
tradicional chifre de carneiro.
1. Esse é um dia de Memórias por causa da importância dos carneiros e dos
chifres dos carneiros. O shofar pode ser feito de qualquer chifre, exceto de boi
por causa da adoração ao bezerro de ouro que Arão fez.
2. Essa tradição remonta a Abraão quando Deus proveu a ele o cordeiro
para o sacrifício em lugar de Isaque, predizendo com isso que um dia Deus
Ele enviaria Seu Cordeiro, Jesus, como o cordeiro do sacrifício sem mácula e
defeito, como nosso substituto. Leia Gênesis 22:1-19.
3. Quando Deus deu a vitória aos israelitas contra Jerico, o shofar foi
tocado.
4.0 Shofar tinha suma importância na celebração do Ano do Jubileu. Leia
Levítico 25:8-10.
5. A citação que se encontra no Sino da Liberdade, na Filadélfia,
“Proclamem liberdade por toda a Terra e a todos o seus habitantes”, vem de
Levítico 25:10.
6. Deus obviamente gosta de ouvir o som do shofar.
a) O Ruach HaKodesh soprou a vida dentro de Adão.

b) Quem sabe Ele não tenha usado um chifre de carneiro para canalizar Seu
“vento” (Ruah) para os pulmões de Adão? Veja também em João 20:22.
c) Quando sopramos o shofar, o folêgo do nosso mais profundo ser passa
através do chifre do carneiro, o qual representa Jesus, o Mediador entre Deus
e o homem, e o som que é produzido é ouvido pelo Criador. Esse ato de
louvor e adoração é pouco entendido pela maioria dos cristãos.
F. Como todos os meses do calendário, o primeiro dia de
Tishrei começa com o primeiro brilho de uma lua nova.
1. Os vigias no oriente de Israel ficavam observando até que surgisse o
primeiro raio ou sinal da lua nova e esse sinal era transmitido rapidamente de
vigia em vigia até chegar no Templo.
2.0 sacerdote ficava em pé no parapeito a sudeste do Templo e soava o shofar
para que fosse ouvido em todo o vale ao redor.
3. Aqui nós temos uma lição tremendamente importante tanto para o nosso
estudo quanto nosso futuro. Assim que o sacerdote soava o shofar, todos os
tementes a Deus, verdadeiros servos interrompiam imediatamente a colheita,
mesmo que ainda ficassem mais para ser colhido. Eles deixavam tudo lá
mesmo no campo.
4. Era época de colheita de trigo e eles paravam tudo e se dirigiam para o
Templo para a adoração do dia de ano novo, a Festa das Trombetas.
5. Jesus usou essa ilustração para descrever sua Segunda Vinda.
a) Imagine que um judeu e um árabe estão juntos no campo, lado a lado.
b) Isso acontece hoje em dia, nesse período de agitação, mas foi uma prática
comum dois mil anos atrás.
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6. Naqueles tempos, quando o shofar soava, o judeu dei’ xaria tudo ali mesmo
a se dirigia ao Templo, mas o árabe descrente ficava no campo. Leia Mateus
24:31-44
7. Paulo claramente ensina a associação do “soar das trombetas” com a
segunda vinda de Cristo sobre as nuvens. Leia 1 Tessalonicenses 4:16-17 e 1
Coríntios 15:51-52.
III. Vamos dar uma olhada mais profunda no Rosh HaShanah.
A. O soprar do shofar tinha vários propósitos no Antigo Testamento:
1. Anunciar o início das Festas, provocar temor, chamar o povo ao
arrependimento; lembrar que o Senhor Deus tinha uma aliança com Seu povo.
2. Reunir as tropas para a batalha.
3. Avisar de um perigo iminente; o que nos faz lembrar os profetas que
usavam suas vozes fortemente para que o mundo ouvisse.
4. Para reunir o povo para uma assembléia.
5. Como uma convocação para a corte celestial, no Dia do Juízo Final.
6. Proclamar a coroação de novos reis, proclamando a soberania de Deus.
7. Para nos lembrar da Lei que foi dada para nossa fidelidade.
8. Lembrar o dom da substituição, como o carneiro que substituiu Isaque.
9. Lembrar a destruição do Templo.
10. Como um lembrete sobre a ressurreição, um chamado para os mortos
ressurgirem de seus pecados e viverem novamente (Efésios 5:14).
B. A Festa do Soar das Trombetas é um Dia do Despertar Estrondoso.
1. Isaías associou o usso do shofar com a vinda do Messias. Leia Isaías
51:9e60:l.Veja também Apocalipse 11:15-18.
2. Paulo associou o despertamento estrondoso com o shofar com o
arrependimento dos pecados e citou Isaías 60:1 em Efésios 5:14‘17.
3.0 primeiro dia de Tishrei é o Dia de Ano Novo:.
a) Esse é um dia de início e renovação.
*
b) E um dia de reconciliação de cada um com Deus e com seus irmãos.
A
c) E também um dia de rededicação de um novo compromisso com Deus e
Seus caminhos.
c) Enquanto é melhor conhecido como Rosh Ha Shariah, é também chamado
de Yom HaZikkaron, o Dia da Memórias ou o Dia do Memorial. Leia Levítico
23:24.
C. Parte do tradicional culto do Rosh HaShanah é o “Zikhro-not” — que é
aquela parte do culto que lida com a Memória Divina. Vários livros são
abertos por Deus no dia do Rosh HaShanah, e um deles é o Livro das
Memórias. Leia Mala-quias 3:16.
1. Esse Livro das Memórias é aberto num momento chamado Natzal (termo
hebraico para “arrebatamento dos crentes”).
2. O Livro das Memórias, aberto após o Natzal, também é relacionando com
o julgamento e galardão dos que creem.
Paulo escreveu isso em Romanos 14:10, 1 Coríntios 3:9‘15, e 2 Coríntios
5:10.
3. A oração contida no livro das orações da sinagoga, para o dia de ano novo
é: “No Livro da Vida, que bênção, paz e prosperidade possam ser lembradas e
inscritas diante Ti, nós e todo o povo, a Casa de Israel, por uma vida feliz e de
paz. Bendito seja, oh Senhor, que fizestes a Paz”.
D. O Dia das Memórias é um dia para Israel se lembrar de
Deus, quem Ele é, e tudo que Ele faz.
1. Em reciprocidade Deus se lembra de Seu povo.
2. Nesse dia o Livro da Vida é aberto e Deus realiza o JuL gamento.
3. Na tarde do Rosh Ha’Shanah, os judeus se reúnem perto dos rios, riachos
e do oceano para “mandar para longe” todos os seus pecados. Essa cerimônia
está registrada e, Miquéias 7:19.
IV. Existem períodos de 2 dias, 10 dias e 40 dias nas quais coincidir durante
as festas de outono.
Elul Tishrei Tishrei
D30 1-2 10
4- Teshuvah 30 + 10 = 40 dias
<- Yamim Nora’im 10 dias ->
“Dias de Temor”
10 Dias de Arrependimento 10 Dias de Penitência
Rosh Ha Shanah Yom Kippur
(Festa das Trombetas) (Dia da Expiação)
A. Um período de 40 dias é chamada Teshuvah; a palavra significa retornar,
arrepender, arrependimento. Esses são dias de arrependimento.
B. O período de 10 dias no mês de Tishrei é chamado “Dias Santos
Supremos”, e vai do Rosh HaShanah ao Yom Kip~ pur. Esses são 10 dias de
Arrependimentos.
C. Hoje não existe o Templo, o sacerdote e o sacrifício de sangue em
Jerusalém e os rabinos providenciaram substitutos para o sacrifício expiatório.
O ensino rabínico tradicional é que o homem nasce com uma natureza
pecaminosa e o arrependimento é o antídoto.
1. Esse arrependimento não é simplesmente se afastar do pecado, mas sim
dar uma guinada de 180 graus.
2. Para o judeu, arrependimento também significa voltar-se para Deus e para
uma vida justa e de retidão.
3.0 Talmude descreve o arrependimento como uma das sete coisas que Deus
criou ou que já existia antes da Criação da Terra e do Universo. As sete coisas
são:
a) A Trindade.
b) A criação dos anjos (Jó 38:4,7).
c) O conceito do Livro da Vida do Cordeiro (Daniel 12:1 e Apo. 21:27).
d) O conceito da comunidade messiânica (Efésios 3:9-11).
e) A provisão da Salvação (1 Pedro 1:18-20).
f) A eleição do povo de Deus (Efésios 1:4).
g) A preparação para o Reino (Mateus 25:34)
4.0 judeu entende que o desejo de Deus é que todos se arrependam para que
ninguém tenha que enfrentar as penalidades pelo pecado. Leia 2 Pedro 3:9,
Ezequiel 18:21-23 e 30-32.
5. Adicionado a isso, a reparação do erro, orações, prática da caridade,
sofrimento, a própria morte (falsamente baseado em Salmos 116:15), o estudo
da Lei (especiab mente o Talmude) e o jejum, são considerados substitutos da
expiação.
6. Os mais importantes de todos são o arrependimento, a oração e a
caridade. No hebraico moderno a palavra “caridade” é a mesma para
“integridade”.
D. No Antigo Testamento Deus proveu dois sistemas para
diferenciar pecados contra Deus e contra nossos irmãos.
1. É por isso que existem dois tipos de ofertas por pecados no AT. Veja
Levideo 1-8.
2. Na Torá, Deus concedeu uma oferta pelo pecado chamada Chatacht ou
Hataat em restituição a Deus de pecados cometidos “por ignorância” contra
Ele e para purificação de impureza ritual.
a) A raiz da palavra hatath, é “errar o alvo” ou “pecar”.
b) Numa forma mais intensiva do verbo, a palavra significa “purgar” ou
“purificar”.
c) A palavra expiação, kipper, literalmente significa “cobertura do pecado”
(Veja Yom Kippur).
d) A palavra salahi é o correspondente para “perdão de Deus”.
e) A oferta pelos pecados oferece o perdão de Deus ao ofensor, uma
expiação do pecado.
f) Ela não limpava, mas servia como uma expressão de alívio do remorso do
pecador.
g) Ela proporcionava ao pecador uma forma tangivel de expressar sua
contrição.
h) Quando era usada para garantir purificação ritual, até o parto, leprosos e
outras coisas pessoais eram
incluídas. Tais coisas impediam a participação nas atividades comunitárias.
Portanto, essas etapas eram necessárias para um processo de restauração.
3. Deus deu o Ahsham, que é a oferta pela culpa para que se faça uma
restituição, diante de Deus, por um relacionamento com outra pessoa que
precisa ser restaurado.
a) Nesse sistema, portanto, quando uma pessoa pecava contra outra pessoa,
Deus não perdoava se fosse confessado apenas diante Dele.
b) Para que fosse completamente perdoado, a pessoa teria que primeiro
fazer uma restituição ao ofendido e só depois vir a Deus para um conserto e
perdão.
c) Jesus falou especificamente sobre isso em Mateus 5.23-24 e Marcos 7.11.
4. Há cinco passos ou etapas descritas em Levítico capítulos 1 a 7 pelos
quais nós nos aproximamos de Deus. Estão registrados na ordem inversa das
quais nós pessoalmente experimentamos.
a) A palavra Karban (ou Corban) refere-se a alguma coisa “dada ou
dedicada a Deus”. Essa palavra vem do verbo karav que significa “aproximar-
se ou ser atraído”.
b) Cada etapa do Karban deve ser entendida como um passo essencial na
nossa caminhada em direção de Deus.
c) Temos que abraçar o conceito de que os cinco passos são baseados numa
caminhada de fé bem ordenada, consagrada e rendida, em vez de ser uma
oferta ritual que “magicamente” nos oferece posições especiais ou
experiência.
d) Esses passos representam a capacitação divina para a maturidade na
nossa experiência de salvação.
e) O primeiro passo chama-se Ahsham Karban, ou Oferta pela
Transgressão, através da qual nos tornamos conscientes, admitimos e temos
que lidar com as conseqüências que nosso pecado causou na vida de outras
pessoas. Buscamos o perdão das pessoas feridas, restituímos, expressamos
arrependimento e procuramos o perdão de Deus. Isso exige sacrifício de
sangue.
f) O segundo passo é chamado Chataht Karban, ou Oferta pelo Pecado, na
qual nos tornamos conscientes e admitimos que pecamos somente contra
Deus. Arrependemos-nos e buscamos Seu perdão. E exigido sacrifício de
sangue.
g) Nos primeiros dois passos temos que acreditar que nossos pecados e
transgressões são totalmente expiados, independente de nosso passado e é
imperativo acreditar que os pecados do passado não podem mais impedir-nos
de nos aproximar de Deus.
h) O terceiro passo é o Shelamin Karban, ou Oferta de Comunhão, lida com
o fato de termos comunhão com Deus. Essa é a Oferta de Gratidão, ou Oferta
de Paz. Nesse “estágio”, nossa experiência com Deus não é mais algo
“estranho” ou apenas excepcional, mas sim algo normal e natural. Nesse
nível, nos sentimos em casa, na presença de Deus. Essa oferta exige sacrifício
de sangue.
i) O quarto passo é o bAenchah Karban, ou Oferta de Cereais, e que
representa nossos “atos de serviço”. Misturamos nossos grãos e nossa farinha
(que representa nosso tempo, talentos, labor e esforço, nossa energia, nesse
mundo) com azeite (simbolizando a unção e capacitação pelo poder do
Espírito Santo) e entregamos esse “presente” a Deus. Esse ato representa
nosso ato de serviço completo. Essa é a única
oferta que não exige sacrifício de sangue. Leia João 4:34b.
j) O quinto e último passo é o Olah (“subir”) Karban, ou Oferta Queimada,
que significa nossa total e completa consagração a Deus. Expressamos
nossa dedicação aberta a Deus, sem nenhum impedimento ou “condição”, e
sabemos que tudo é Dele e Ele é tudo. Elias e Enoque eram tão dedicados a
Deus que literalmente “subiram” à Sua presença ainda vivos. Essa oferta
exige sacrifício de sangue.
k) Você pode ser um cristão salvo e ir para o céu mesmo que passe somente
pela experiência das três primei’ ras ofertas, mas todos os cristãos deveriam
desejar ter a quarta oferta em suas vidas diárias. Existem aqueles cristãos, no
entanto, que Deus chama para oferecer a Ele a quinta oferta.
Tenha muito cuidado em observar e ficar atento para quando Deus requerer de
você a quinta oferta.
l) Não se pode ignorar um passo para querer pular para outro. Temos que
passar por eles na ordem apropriada. Na verdade, somente quando tivermos
digerido completamente o significado e os resultados de um passo ou oferta, é
que podemos seguir para a próxima. Esse esboço emgloba uma vida inteira
de um crente verdadeiro e consagrado.
Oferta pela Culpa
Ahsham
m) Podemos resumir esses cinco passos para nos aproximar de Deus da
seguinta forma:
Oferta pelo Pecado
Chatat
Negligência ou falhar em serviço
Shelamim
Oferta de Paz
Pecado, Tropeço, Errar o Alvo
Shalom (Paz), Comunhão
Menchah Farinha / Oferta Dom ou Presente
de Cereais
Olah Oferta Queimada Subir
E. O período de 40 dias do Teshuvah é uma época do ano em que cada
pessoa deve examinar sua própria vida e restaurar relacionamentos com
outras pessoas e também com Deus.
1. Lembre-se do que o Rosh HaShanah é chamado de “o Dia do Juízo”, uma
época em que as cortes celestiais se reúnem e fazem uma análise completa da
vida de cada pessoa.
2. Portanto o arrependimento é de vital importância.
3. Os 30 dias do mes de Elul, antes do primeiro dia de Tishrei, é então o
tempo de se voltar para Deus.
4. Exatamente como o judeu faz anualmente, vemos que precede o
encerramento do Rosh HaShanah que inaugura o “Dia do Senhor”. Leia
Sofonias 2:1-3.
F. Na tradição judaica o salmo 27 é apontado como um escrito sagrado que
descreve a época entre o Rosh HaSha-nah e o Yom Kippur, ou “o Dia do
Temor” (Yamin Noralm).
1. O salmo 27 é lido duas vezes a cada dia, desde o primeiro dia de Elul até os
Dias de Temor e a Festa dos Taber-náculos (Sukkot), terminando no dia 22 de
Tishrei. Leia o Salmo 27.
2.0 shofar é soado a cada manhã antes do Shacharit (a oração matutina) para
dar o aviso a todos que é o momento de se voltarem para Deus.
3. Durante o mes de Elul, o livro dos Salmos é lido completamente.

G. Os rabinos ensinam o seguinte:


1. No Rosh Ha’Shanah cada pessoa é julgada.
2. Deus abre três livros, e todos aqueles que tinham se vob
tado para Ele, seus nomes estavam escritos no Livro dos
Justos.
3. Depois disso Deus divide o restante em dois grupos.
a) O primeiro grupo é o Rashim, (completamente iníquo) e seus nomes sao
escritos no Livro dos Rashim, um livro que contem os nomes daqueles que
sao totalmente ímpios. O destino dos Rashim é selado no Rosh Ha’Shanah
porque eles rejeitaram, por suas próprias escolhas, a salvação provida por
Deus pelo Seu Messias.
b) O segundo grupo é o chamado de Intermediários.
1) Esse é o maior grupo e que nem é considerado justo ou totalmente
iníquo.
2) A esse grupo é dado 10 dias a mais para se arrepender, antes do início do
Yom Kippur.
3) Se eles se arrependerem até o Yom Kippur, então seus nomes são escritos
no livros dos Justos, mas se não, vão para o livro dos Totalmente Iníquos.
4) O destino de cada um é determinado no Yom Kippur.
4.0 Teshuvah contem não apenas um tema sobre arrependimento, mas também
uma mensagem profética. Leia Oséias 14:1-9.
V. Os últimos 10 dias do Teshuvah são os Yamin Noralm, ou os Dias de
Temor (“Os Dias Terríveis’’).
A. Esse é o período no qual todos prestam contas de seus pecados a Deus.
1. Rosh HaShanah é também chamado de Yom Ha’Din, o Dia do Juízo.
2. Junto com a leitura do Salmo 27, também é lido Ezequiel 33.1‘7, durante
o mês de Elul.
B. A mensagem muito forte que se passa aqui é a de que o vigia que fica
sobre os muros alerta o povo sobre o julgamento final, o qual é a espada posta
sobre a Terra.
1. O chamado do vigia é para que todos se voltem para Deus em
arrependimento.
2.0 som do shofar em Ezequiel 33 fala do Yom Teruah, o Dia do Estrondoso
Despertar.
3. Desde que o Rosh HaShanah é um período indicado para o Dia do
Senhor, os trinta dias do mês de Elul, antes do Rosh HaShanah são uma
mensagem franca e enérgica para arrependimento do pecados e um retorno a
Deus, antes que o som do shofar seja ouvido no Yom Teruah.
a) Durante o mês de Elul, a saudação entre as pessoas é: “Que você seja
inscrito no Livro da Vida para que tenha um ano feliz”. Durante os últimos
dez dias do Teshuvah, a saudação muda para: “Que você continue selado até o
Dia da Redenção” o Yom HaPeduth.
b) Paulo usou esse termo em sua epístola aos Efésios 4:30.
4. O Yom HaPeduth, o Dia da Redenção (Dia da Salvação) é o Yom Kippur.
C. Quatro eventos importantes têm ocorrido no Rosh Ha’S-hanah, o
primeiro dia de Tishrei.
1. Josué (que significa “Deus salva”), o sumo-sacerdote daquele ano, trouxe a
primeira oferta para o altar reconstruído durante o retorno de Esdras e
Neemias, do
cativeiro da Babilônia. Ele foi um tipo do Messias que reiniciou o sacrifício
de sangue, no dia de Ano Novo.
a) Em 516 a.C., Ciro, o rei da Pérsia, decretou que os judeus exilados
podiam voltar para Jerusalém, depois de terem sido capturados por
Nabucodonozor, 70 anos antes.
b) Ciro foi tão fortemente convencido pelo Espírito Santo de que o Templo
deveria ser reconstruído, que ele mandou de volta mais de 5.400 objetos
de ouro e prata que haviam sido roubados do Templo 70 anos antes.
c) 42.000 Judeus retornaram e se estabeleceram ao redor de Jerusalém e a
primeira providência que tomaram foi a reconstrução do altar e o reinicio
do sacrifício de sangue no Monte do Templo. Leia Esdras 3.1 -6.
d) Perceba que o nome do sumo-sacerdote era Jesua ou como hoje, diriamos
Josué, mas em grego o nome seria Jesus.
2. Depois que os muros foram reconstruídos em torno de Jerusalém pelo
exilados que retornaram, todos se reuni’ ram no mesmo lugar e Esdras, o
escriba leu o Livro da Lei, no dia primeiro de Tishrei. Leia Neemias 7.73‘8.3.
3. Como seria apropriado para o tema bíblico dos “novos começos”, a terra
estava seca depois do dilúvio no Rosh HaShanah, o primeiro dia de Tishrei.
Leia Gênesis 8:13.
4. De acordo com a tradição rabínica, o mundo foi criado no dia primeiro de
Tishrei.
13. A celebração do Yom Kippur encerra o período de 40 dias
de arrependimento e os 10 dias dos “Dias de Temor”.
VI. O Yom Kippur ocorre no dia 10 de Tishrei e é o dia de adoração mais
solene e mais sagrado no Judaísmo. Ele é chamado de o “O Sabbath dos
Sabbaths.” Leia Levítico 23:26-32. E veja em detalhes em Levítico 16.
A. Esse é o dia que todo Israel chora por seus pecados. Se não
fizerem tal coisa, a conseqüência é a morte. Levítico
23:29.
1. Essa é a única convocação que também é um jejum porque está associado
à disciplina da aflição da alma do crente, que é uma forma de sofrimento.
2. Esse é o único dia do ano que o sumo-sacerdote entra no santíssimo lugar
ou “santo dos santos”; o lugar mais sagrado, o local que continha a Arca da
Aliança e onde o Shekinah ou a Glória de Deus permanecia:
a) O sacerdote usava uma vestimenta especial, a “túnica sagrada de linho”,
levava o sangue do sacrifício para fora e salpicava sobre o propiciatório, a
cobertura da Arca.
b) Israel jejuava por 24 horas, não podia fazer trabalhos manuais, podia
caminhar apenas curtas distâncias e era esperado que usasse esse tempo para a
contemplação, e confissão de pecados cometidos no ano anterior.
3. Em Hebreus capítulo 9, podemos encontrar a celebração do Yom Kippur
como um sinal para os cristãos entenderem que não precisam mais de um
culto de Yom Kippur anual para expiar nossos pecados cometidos
não intencionalmente, mas que em vez disso nós temos um Senhor que foi
sacrificado uma única vez por todas.
B. Deus revelou Sua intenção de que o Yom Kippur deveria ensinar o perdão
de todas as dívidas; a libertação daqueles que estavam em algum tipo de
servidão e o retorno das possessões, em Levítico.
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1. Quando Ele instituiu o Ano do Jubileu, a cada 50 Yom Kippur teria que
ser um jubileu mesmo, ou seja, um júbilo. Leia Levítico 25:9-10.
2. Era uma prática que deveria começar 50 anos depois de sua instituição
em Levítico 23.
a) No entanto, essa celebração ainda não foi realmente celebrada de
verdade.
b) Israel falhou tão rapidamente em obedecer esse mandamento que nem
mesmo o primeiro jubileu foi celebrado com o perdão universal de todos
os débitos e a devolução das propriedades.
c) Portanto, Israel ainda aguarda a celebração completa de seu primeiro
jubileu, que vai acontecer quando o Messias retornar.
B. O Yom Kippur, ou Dia da Expiação, vem da palavra Kap-har que quer
dizer “cobrir”.
1. Jesus não é nossa propiciação ou cobertura. Ele é nossa expiação, Aquele
que apaga completamente os nossos pecados.
2. No Yom Kippur, Deus cobria os pecados de Seu povo com o sangue do
sacrifício.
3. Hoje, o sacrifício perfeito, puro, sem pecado e com Seu sangue
imaculado é que expia os nossos pecados. Leia Êxodo 12:13, Levítico 17:11,
2 Coríntios 5:21, Hebreus 9:22 e Zacarias 12:10, 13:1, 6.
D. Isso explica porque o Yom Kippur é a única das festas grandes que os
cristãos não precisam celebrar, mas que contém
um significado cristão. Existem quatro observações que
devem ser feitas sobre isso:
1. Primeiro, a liturgia da cerimônia deixa claro que Deus odeia o pecado. O
pecado tem que ser tratado de tal forma que um perdão precisa ser ofertado.
2. Segundo, o pecado é contagioso. O ritual de purificação (lavagem) e o
uso do bode expiatório foram tentativas para remover o pecado do meio do
povo.
3. Terceiro, as repetições anuais revelam que sua natureza é incompleta. O
pecado não era completamente tratado e erradicado e por isso uma nova
tentativa deveria ser feita no próximo ano.
4. Quarto, esse dia apenas antecipa a vinda de Jesus, o verdadeiro Cordeiro
de Deus, que vai completar essa obra.
E. Durante o Yom Kippur existem cinco cultos.
1. Depois do pôr-do-sol, no dia 9 de Tishrei, os pecados são cobertos. O início
do dia 10 (após o por-do-sol) era chamado de Kol Nidre que significa “todos
os votos”.
a) Kol Nidre: esse culto era uma súplica para que Deus perdoasse todo e
qualquer voto feito voluntariamente a Deus mas que não tinham sido
cumpridos. Essa é a oração:
“Todo voto, juramento, compromisso, promessa, punição e obrigação que
tenhamos dado o voto, feito o juramento ou assumido o compromisso, que
possam ser citados ou lembrados desde esse dia da expiação até o próximo
dia da Expiação, nos arrependemos de todos eles. Que possam ser liberados,
desatados, anulados e tornado sem efeito. Que 7ião tenham nenhum poder
sobre nós, e que nossos juramentos não sejam juramentos”.
Enquanto possa parecer que essa oração era uma tentativa desonesta de se
livrarem de qualquer obrigação assumida,
na verdade ela é uma profunda conscientização da nossa incapacidade de
manter nossa palavra, votos ou juramentos feitos a Deus. Não importa o
quanto o homem se sente consciente e responsável, ele vai sempre estar em
débito (ou dívida) no Livro da Contabilidade de Deus. O homem só tem uma
condição para encarar seu Criador face a face: Como um suplicante que
necessita de perdão.
b) ShacJiarist e Miissaf: Esse eram os cultos matinais.
c) ISÁinchah: Esses eram os cultos da tarde.
d) Neilah: Esse era o culto que acontecia um pouco antes do pôr-do-sol,
onde se cria que era o momento em que os portões do Céu se fechavam e uma
súplica final era feita antes que o Livro da Vida fosse fechado e selado até o
próximo ano.
2. Por que os judeus ainda não podem celebrar o Yom Kip-pur?
a) Porque é cumprimento de uma profecia. Leia Oséias
3:4-5.
b)Por falta de um sacrifício de sangue expiatório, os judeus o substituem por
arrependimento, oração, caridade e uma vida justa.
3. Os cristãos olham para trás e veem o sangue do sacrifício que Jesus
derramou conforme foi profetizado por Isaías. Leia Isaías 53:5-7.
F. Os judeus têm seus pecados cobertos por apenas um ano.
1. Essa cobertura tinha que ser renovada no ano seguinte, através de rituais
complicados e detalhados.
2. Deus “cobria” seus pecados a cada vez, porque Ele olhava para frente,
além daquele sangue de animais, e via o sangue de Seu próprio filho sendo
derramado. Leia Romanos 3:24-26. (Kappar, Kapparah = expiação, pro-
piciação) Leia Hebreus 9:12-22.
3. A palavra expiação, mesmo sendo um ensino do Antigo Testamento, não
é uma doutrina do Novo Testamento.
a) A palavra “expiação” não é nem mesmo encontrada no Novo Testamento.
b) Mesmo que você venha a encontrar a palavra expiação em Romanos 5:10
em algumas versões da Bíblia, ela não é a tradução correta, porque no original
está escrito reconciliação.
4. A palavra expiação mostra como cada pessoa tinha seu pecado coberto
por um ano apenas.
5. Já a reconciliação descreve todos os nossos pecados sendo perdoados e
esquecidos para sempre! Leia Hebreus 10:1-18.
VII. Dois eventos importantes historicamente aconteceram no Yom Kippur e
um terceiro ainda vai acontecer
nesse dia.
A. O primeiro foi a celebração em si do primeiro Yom Kippur. Leia Levítico
16:1-28.
1. Muitas precauções eram tomadas em relação ao sumo-sacerdote, quando
ele entrava no santo dos santos, incluindo amarrar uma corda em seu
tornozelo e costurar várias campainhas em seu manto.
2. Respingar o sangue sete vezes traz a ideia de perfeição espiritual. Leia
Levítico 16:19.
3. Eram usados dois cabritos. Um era sacrificado no Templo e seu sangue
aspergido em sinal de expiação dos pecados e transgressões e o outro
“carregava” todos esses pecados para o deserto. Ele era solto num
local chamado Azazel. Na verdade ele não era propriamente
solto, mas, sim, atirado de um precipício, para se ter a certeza que o
cerimonial foi completo mesmo.

Í. 04
1 oi ç/n
4.0 Yom Kippur pode ser considerado o dia que Israel chora por seu Messias e
também enxergam Suas chagas. Zacarias 12:10-11 e 13:1.
5. Cordeiros e novilhos também eram sacrificados no Yom Kippur.
6. Uma novilha vermelha, que nunca tinha sido usada no trabalho, sem
defeito ou mancha, era sacrificada fora do acampamento, e seu sangue
aspergido sete vezes em direção a entrada da Tenda do Encontro, para que
o povo fosse purificado de seus pecados. Números 19 e Hebreus 9:13.
7. Antes do Yom Kippur, o Sumo Sacerdote era separado do povo por sete
dias. No Yom Kippur o Sumo Sacerdote lavava seu corpo cinco vezes, e suas
mãos e pés 10 vezes.
|s
|c
| 3-
í —<
B. O segundo foi quando Israel foi invadido em 1973 no Yom Kippur e de
uma forma miraculosa derrotou ambos Egito e Síria.
VIII. O Yorn Kippur, o dia da Expiação, o dia mais sagrado do Judaismo, é
seguido apenas cinco dias depois pela última e maior festa do outono, a Festa
dos Tabernáculos,.
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A. A Festa dos Tabernaculos ou Sukkot (Succot) é também chamada de “festa
das tendas” (Sukkahs), A Festa do Senhor e a Festa do Recolhimento da
Colheita. Essa é a terceira das festas da colheita. Essa é a grande
temporada de júbilo e alegria.
B. Começa cinco dias (5: período da Graça) depois do Yom Kippur, no dia
15 de Tishrei, na lua cheia, normalmente no final de setembro ou início de
outubro e dura sete dias (22 de Tishrei), mais o oitavo e o nono dia da
Diáspora. Leia Lev. 23.34; Deut. 16.13. O oitavo dia é chamado de “Shrnini
At^eret” e considerado como parte do feriado sagrado. Leia Levítico 23:36;
Números 29:35. Como o Sukkot marcava o final do ano agrícola, um outro
feriado (9Q dia) chamado Simchat Torah foi adcionado para celebrar o final
do ciclo de leitura da Tora também.
1. Existiam três festas maiores (as festas dos peregrinos) onde todos os
homens judeus deveriam estar em Jerusalém. Deuteronômio 16:16-17.
2. Essas três festas são a Pesach (Pascoa), Shavuot (Pente -costes) e Sukkot
(Tabernáculos).
C. Por três vezes no ano cada homem deveria comparecer diante de Deus,
para ofertar diante Dele.
1. A festa dos Tabernáculos é uma ocasião festiva, alegre, que dura sete
dias, mais o oitavo e o nono dia para a Diáspora.
2. E uma celebração sobre a provisão de Deus.
3. Isso foi ordenado por Deus em Levítico 23:34, 39,
/V
42-43 e registrado em Exodo 23:16.
4. A festa comemora a provisão e o abrigo de Deus durante o êxodo e ilustra
Sua habitação no mundo porvir, a Nova Jerusalém.
5. Jesus celebrou a festa dos Tabernáculos como está escrito em João 7:1-
44.
6. A festa dos tabernáculos continuará a ser celebrada durante o reino
milenial de Cristo. Leia Zacarias 14:1619.
D. Ezequiel também fala do tempo quando Deus vai “taber-nacular” com o
homem. Leia Ezequiel 37:26-27. A palavra “glória” tem em sua raiz o
significado de “nuvens de glória” ou “Sukkan de Deus”.
1. Siikkot, a festa dos Tabernáculos, é o momento mais festivo e feliz de
todas as festas judaicas.
2. Sukkot é o momento mais importante da colheita agrícola anual.
a) Nesse período, as árvores, os campos e os animais estão todos juntos e
isso representa a evidência da abundância de Deus aos judeus.
b) Era uma oportunidade para Israel ver que Deus havia provido tudo que
necessitavam durante o inverno que estava para chegar até a colheita
da próxima primavera.
E. Considere os eventos das festas de outono e seus significados.
1. A festa das Trombetas, Rosh Ha’Shanah, já tinha passado e junto com
isso os 10 dias que eles tinham afligido suas almas. A agonia, a mortificação
de suas almas, o arrependimento e o lamento pelos pecados que
eles cometeram era agora coisa do passado.
2. O Yom Kippur, também havia passado e junto com ele a súplica para que
Deus “cobrisse” seus pecados havia se cumprido.
a) A reconsagração solene de seus corações e mentes a Deus já havia
ocorrido e eles haviam feito seus compromissos de viver uma vida mais santa
até o próximo ano para agradar a Deus.
b) O bode expiatório, em fé, removera os pecados da nação durante o ano
que passou, e Deus pode então
olhar e ver que eles tiveram a expiação de seus pecados.
c) Das trevas da tristeza e do arrependimento, os judeus entravam na luz da
mais alegre festa do ano, a festa dos Tabernáculos.
3. Existem dois rituais significados durante a celebração
do Sukkot (Tabernáculos).
a) Os sacerdotes tocavam os shofares durante os sete dias da festa. Quatro
plantas eram usadas na celebração dos Tabernáculos: a Palma (Lulav), o
Salgueiro (Aravah), e ramos de Murta (Hadassa) que eram amarradas em
feixes utilizando um fio de ouro, referidos coletivamente como Lulavs,
porque o Lulav era a planta principal, e este pacote era feito com a mão
direita; e na mão esquerda ia o etrog (a folha do limão), sendo então movidas
em conjunto e enquanto se curvavam, acenavam em seis direções; para
os quatro cantos da Terra, para cima e para baixo (para o Céu para a Terra).
Veja Levítico 23:40.
b) No primeiro dia da festa 13 touros eram sacrificados, 12 no segundo, 11
no terceiro, diminuindo a cada dia até que sete touros eram sacrificados
no sétimo dia, perfazendo um total de 70 touros. Os rabinos dizem que os 70
touros representavam as setenta nações do mundo (veja a Tabela das Nações,
em Gênesis 10).
c) O sétimo dia foi chamado Hosha’Na Rabba que significa o Dia do
Grande Hosana.
1) As pessoas cantavam o grande Hallel, o Salmo 113 a Salmo 118.
2) Leia o Salmo 113 a Salmo 118 na íntegra e você vai notar que:
O Salmo 113 é uma canção de louvor e adoração e o 114 fala da libertação de
Deus.
O Salmo 115 é um grande salmo falando de Deus como Criador.
O Salmo 116 é um salmo de ação de graças pela obra sab vadora de Deus em
nossas vidas que é seguido por outro salmo de louvor, o Salmo 117.
O Salmo 118 é um Salmo de Ação de Graças pela graça salvadora.
4. Em hebraico, Hosha’Na é o significado da palavra “guarde” ou “salvar
agora”.
5. Isso nos dá certo entendimento sobre o que as multidões estavam
declarando quando Jesus entrou em Jerusalém pela última vez, no dia 10 de
Nisan, em 30 d.C. Leia Marcos 11:8-11.
6. Essas mesmas pessoas que pediram por salvação no dia 10, seriam as
que, no dia 14 de Nisan, gritaram: “Crucifica-o, crucifica-o”! Marcos 15:13-
14.
5.0 dia seguinte, o oitavo, é celebrado como um feriado em separado com
seus próprios costumes e orações especiais, chamado Shemini Atzeret.
F. A segunda cerimônia de grande significado é o Festival de
A y

Coleta da Agua: o Nisuch Ha-Mayim (lit. “Derramar a água”) ou Cerimônia


da Libação no Templo. De acordo com o Talmud, Sukkot é a época do ano em
que Deus julga o mundo por chuvas, por isso esta cerimônia invoca a bênção
de Deus para a chuva caia em seu tempo próprio. A água para a cerimônia de
libação era coletada do tanque de Siloé (Breikhat Hashiloah) na Cidadela de
Davi que ficava no caminho que levava o peregrino ao Templo de Jerusalém.
Leia Isaías 12:3.
1. De uma fonte judaica: Sukkah, Volume I: “O ceremonial do festival
atingia seu clímax no Templo quando o procedimento conhecido como “a
alegria da coleta da água” começava na segunda noite do Sukkot e durava seis
dias. Cada manhã era feita a oferta de libação da água. A água era retirada do
poço ou tanque de Siloé (que quer dizer “o enviado”, também conhecido
como o poço da salvação, o exato lugar onde Jesus curou um cego de
Betesda), com um cântaro de ouro e levada com pompa e cerimônia, e
derramada dentro de uma bacia de prata perfurada, no lado sudoeste do altar,
simbolizando chuva abundante, pela qual o povo estava orando. Fogueiras
eram acesas e levitas dançavam segurando tochas e cantando cânticos e hinos
de louvor, com acompanhamento de harpas, liras, címbalos, todos tocados
pelos músicos levitas. Podemos entender perfeitamente a declaração da
Mishná: “Aquele que nunca presenciou a cerimônia da coleta da água,
jamais viu realmente o que é alegria na vida”.
2. Logicamente o derramamento de águas no último dia da Festa dos
Tabernáculos coincidia com o Grande Hosana, o HoshaNa Rabba.
3. Com isto em mente, o significado do que Jesus disse quando Ele
participou da Festa dos Tabernáculos se torna ainda mais evidente. Leia João
7:1-14, 37-39.
4. Jesus declarou que Ele era o único que podia satisfazer a sede espiritual,
aquele que poderia satisfazer a mais profunda e mais íntima necessidade
humana.
5. Assim como todos os dias os sacerdotes derramavam
água no Templo durante a Festa dos Tabernáculos,
Jesus também se colocou no monte do Templo e decla-
*

rou que a verdadeira Agua da Vida, a Vida no Espírito, estava sendo


derramada de dentro Dele mesma, (como
a tigela de prata falava das chuvas temporã e serôdia) para ser oferecida a
qualquer um que viesse a Ele.
ui
a) Leia 1 João 5:6-8.
b) Água e vinho caíram aos pés do Altar daquele dia, a Cruz. Veja 2
Coríntios 5:21.
6. Tome conhecimento do resultado da ação de Jesus. Leia João 7:40-43.
7. Suas palavras causaram uma divisão entre o povo.
8. Escavações na Cidade de David, ao sul do Templo, em 2005, revelaram a
localização desta alegre cerimônia de coletar esta água na piscina de Siloé.
G. Durante a Festa dos Tabernáculos, o Monte do Templo ficava
impressionantemente iluminado com muitas tochas e lanternas.
1. Essa cena também é usada por Jesus para ilustrar um ensinamento. Leia
João 8:12.
2. No Templo completamente iluminado Jesus declarou ser Ele mesmo a
verdadeira Luz, e essa declaração é diretamente ligada ao versículo do Hallel
lido aqui antes. Leia Salmo 118:27.
3. Jesus nos instrui que sejamos portadores dessa Luz. Leia Mateus 5:14-16.
H. Junto com todo o contexto da Festa existe um lembrete constante sobre o
número sete, que é o número da perfeição espiritual.
1. O Sukkot é a 7a Festa, celebrada por 7 dias, durante o sétimo mês do
calendário religioso.
2. Gênesis nos fala que Deus descansou no 7° dia.
3. A Festa dos Tabernáculos era uma epoca de júbilo.
a) Deus deu a alegria como mandamento. Deute-ronômio 16:13-14.
b) Deverá ser um período de tamanha alegria que até mesmo a Terra irá
sentir essa felicidade. Isaías
35:1-2.
I. A Festa dos Tabernáculos também é chamada de festa do Ajuntamento
ou “Seiva”.
1. Exatamente como toda a colheita é armazenada num mesmo lugar no
tempo do Sukkot (isso explica porque os judeus colocam a palha do milho nas
portas de suas casas no final de setembro), assim também a Festa da Colheita
celebra o ajuntamento de todos os povos com o Messias.
2. Hoje os cristãos precisam estar cientes que o verdadeiro Sukkot nao é
uma cerimônia anual ou um período futuro de paz e descanso, mas sim UMA
PESSOA!
3. Jesus em pessoa é o nosso Sukkot, nosso verdadeiro tabernáculo.
4. Jesus é descrito como sendo o nosso Sukkot, nosso tabernáculo em Amós
9:11.
5. Essa mesma mensagem é repetida em Atos 15:14-18.
6.0 Sukkot termina no oitavo ou nono dia com o “Simchat Torah” o “Júbilo
Pela Lei”.
J. O Festival das Cabanas tem muitas referências, e uma
delas está em Esdras.
1. Depois de retomar do cativeiro da Babilônia o povo festejou e reinaugurou
as festas na cidade de Jerusalém. Leia Esdras 3:4-5.
2.0 povo não vive em tendas (tabernáculos) desde os
A

tempos de Josué e do Exodo. Mas, veja o que acontecia. Neemias 8:13-18.


3. Qual resposta o povo apresenta depois que a Lei de Moisés fala sobre a
celebração do Sukkot?
a) Eles leem.
b) Eles entendem.
c) Eles creem.
d) Eles obedecem.
4. Essas attitudes os levam ao um grande júbilo.
K.Durante os sete dias do Sukkot, 14 cordeiros eram sacrificados a cada dia;
98 (7X14) no total. Leia Números 29:15,32.
1. Quem ensina sobre o livro de Mateus vai perceber que existe uma
correlação interessante.
2. No evangelho de Mateus tem três genealogias com 14 nomes cada.
a) 14 de Abraão até Davi.
b) 14 de Davi até o cativeiro da Babilônia.
c) 14 do cativeiro da Babilônia até Jesus Cristo.
L. Há dois eventos historicamente significativos que têm seus aniversários
durante os Tabernáculos e em um terceiro evento que pode ocorrer na Festa
dos Tabernáculos, no futuro.
A. O templo de Salomão foi dedicado durante a festa dos Tabernáculos.
Leia 2 Crônicas 5:2-3, 12-14 e 1 Reis 8:1-2.
B. Da mesma forma, 490 anos depois, o Segundo Templo foi dedicado no
dia 15 de Tishrei em 515 a.C. Leia Neemias 8:14-18. Quantas vezes Jesus
disse que temos que perdoar?
CAPITULO DOZE
HANUKÁ
I. O próximo evento de muita importância que vamos estudar é outra festa do
calendário religioso judaico chamado Hanukkah or Chanukah, que também é
chamado de a Festa das Luzes ou Festa da Dedicação.
A. Hanuká é uma festa que dura oito dias e pode começar já em Novembro,
mas normalmente inicia em Dezembro.
1. O primeiro dia da festa cai no dia 25 de Kislev, que é o 9o mês do
calendário religioso.
2.0 Evangelho de João menciona essa festa pós-mosaica. Leia João 10.22-23.
3. Existe a lenda de que o azeite para os candelabros durou oito dias de forma
milagrosa, mas o mais plausível e provável é que o povo festejou e
comemorou a Festa dos Tabernáculos por 8 dias pelo fato de não terem
tido permissão ou condição de celebrar por muito tempo por terem estado
debaixo de opressão estrangeira.
B. A Hanuká não é uma das sete festas principais, e nem mesmo é uma das
festas “escolhidas”.
1. Na verdade essa festa é para celebrar a purificação e rededicação do
segundo Templo no ano 165 a.C. sob a liderança de Judas Macabeu.
2. A Hanuká é, portanto uma festa alegre, jubilosa, porque celebra a última
vez que o judeus realizaram uma revolta bem sucedida e expulsaram o
agressor de suas terras nos tempos antigos.
a) Os agressores vieram da Síria liderados por Antíoco IV, um governante
selêucida, que se autodenominava antíoco Epifânio (ou seja, Antíoco, o deus
visível). Uma “epifania” é uma manifestação ou vinda de Deus em carne,
literalmente.
1) Esse Antíoco com certeza não tinha um ego pequeno.
2) Na moedas em sua homenagem, feitas por ele mesmo, tinha a incrição
“Theos Epiphanies”, que quer dizer deus manifesto.
3) Esse Antíoco era filho de outro Antíoco, chamado de “O Grande”, que
por sua vez era descendente direto de Seleuco 1, um dos quarto grandes
generais de Alexandre Magno, os quais dividiram o Império Grego em 4
grandes reinos, após a morte de Alexandre.
4) Alexandre tinha quatro generais.
• Lisímaco assumiu o leste da Asia Menor.
• Seleuco assumiu a Síria e a índia.
• Ptolomeu assumiu o Egito e a Líbia.
A
_

• Antígono “o Ciclope” assumiu a oeste da Asia Menor.


b) Sua história está registrada nos livros de Io e 2° Macabeus, mas também
profetizado em detalhes no livro de Daniel 11.20-35.
3. Antíoco desejava revitalizar e restaurar o império grego de Alexandre o
Grande.
a) Ele desejava reforçar a cultura helenística com todas as usas idéias
evolucionistase politeísta por todo o Oriente Médio.
b) Antíoco Epifânio tinha um apelido, Epimanes, que significa “O Louco”.
Ele também era chamado de “O Iníquo”.
4. Poucos homens na história podem ser comparados a Antíoco por causa de
sua iniqüidade.
a) Ele é representa a encarnação, como um arquétipo, do espírito do
Anticristo que está para vir.
b) Mesmo Hitler, Stalin e Herodes o Grande teriam muita dificuldade de
acompanhar as maldades desse homem.
5. Ele nasceu em 215 a.C. e governou a Síria entre 175 e 163 a. C.
. s
6. Depois da batalha de Magnésia (Asia Menor, 190 a.C.) na qual os
Romanos derrotaram seu pai, ele foi levado como refém para Roma, como
parte dos acordos de reparações pós guerra.
7. Ele foi liberado em 175 a.C. quando seu irmão Seleuco IV “o Filopater”
concordou em trocar seu próprio filho, Demétrio I, por Antíoco.
8. Enquanto Antíoco estava a caminho de casa, seu irmão foi assassinado.
Assim que chegou ao seu país, ele usim pou o trono dos dois filhos herdeiros
de seu irmão.
9. Ele inciou guerras contra todos que conhecia, de 170 a 168 a.C.
a) Invadiu o Egito duas vezes.
b) No caminho de retorno de sua primeira Guerra em 169 a.C., ele entrou
em Jerusalém e matou milhares de judeus, vendeu outros milhares para a
escravidão,
roubou objetos de ouro e prata do Templo, e chegou a invadir e profanar o
Santo dos Santos.

c) Em 168 ele invadiu o Egito novamente e estava a ponto de exterminar a


dinastia dos Ptolomeus quando ‘‘Navios de Quitim” (Chipre) chegaram,
exatamente como Daniel tinha profetizado em Daniel
11.30.
1) Esse navios trouxeram o Delegado romano Popilus Laenas com um
ultimato do senado romano para que ele “parasse e cessasse” com aquela
guerra.
2) Antíoco se sentiu humilhado e retornou a Síria. Mas você não humilha
um homem como esse sem fazê-lo ficar enlouquecido de ódio.
d) Por conta desse ódio, em 168 a.C., ele enviou tropas a Jerusalém, para
matar milhares de habitantes e saquear tudo que fosse possível.
10. Quando Jerusalém estava dominada, Antíoco promulgou o famoso decreto
que o fez imensamente infame:
a) Ele exigiu do judeus, sob pena de morte, “que abandonassem as Leis de
seus pais, e parassem de viver pelas Leis de Deus. Um pouco depois o
Santuário foi contaminado e profanado passando a ser chamado de Júpiter
Olimpo.” (2 Macabeus 6:1)
b) Isso significava o fim dos Shabats, das festas e da circuncisão.
c) Uma estátua de Zeus (o mesmo deus romano Júpiter) foi colocado no
altar.
1) A estátua desse deus grego tinha uma rosto muito parecido com a
fisionomia do próprio Antíoco.
2) No altar do templo, sob os “olhares” de Júpiter, ocorreu o ato final da
abominação.
d) No dia 25 de Kislev, no ano de 167 a.C., os soldados sírios trouxeram uma
porca, o mais odiado animal disponível no momento, e a sacrificaram no altar
do Templo.
1) De acordo com o livro de Macabeus, esse ato abominável deixou o povo
desolado.
2) Mais tarde, um bando de soldados sírios erigiu um altar numa pequena
cidade chamada Modiin e trouxe um porco para ser sacrificado.
3) Eles confrontaram o sacerdote Matatias Macabeus, e ordenou que ele
realizasse o sacrifício, o que representaria uma abominação.
4) Ele recusou, mas um judeu helênico (grego) se apresentou e se ofereceu
para fazer o sacrifício.
5) O velho sacerdote sabia que se isso acontecesse, a próxima coisa que iria
acontecer seria os soldados forçar o povo do vilarejo a comer a carne do
porco.
6) O sacerdote, num gesto rápido, tomou a espada das mãos do capitão dos
sodados, matou o judeu apóstata e logo em seguida também matou o
capitão invasor.
7) O outros judeus atacaram os demais soldados e os mataram.
8) Nesse instante e dessa forma, começou a revolta dos Macabeus.
B. Três anos mais tarde, no ano de 164 a.C. no mesmo dia 25 de Kislev, os
judeus derrubaram a estátua de Zeus e a esmigalharam.
1. Os Macabeus recapitaram Jerusalém e cercaram a fortaleza síria.
2. Eles entraram no Templo e imediatamente iniciaram a purificação e em
seguida re-dedicaram ao Senhor. Então o povo celebrou com muito júbilo a
Festa dos Tabernáculos, que dura oito dias e, por causa disso, o evento
chamado Hanuká é, hoje, celebrado por oito dias.
3. No ano seguinte, 163, Antíoco morreu na Pérsia, absolutamente demente
e louco.
A. A Hanuká começa no momento que se acende o Shamash, o braço maior
da Menorá, que tem nove hastes, conhecido como o hanukiá. O Shamash é
também chamado de o candelabro Servo ou candelabro Auxiliador (Jesus
veio como um servo).
1. A haste mais larga e maior é acesa primeiro e depois uma das hastes
menores.
2. Cada dia que passa uma nova haste é acesa até que se complete todas as
hastes.
B. A palavra Hanuká significa “dedicação”.
1. Também é conhecida como Festa das Luzes ou Festa da Dedicação.
2. Esse evento em João 10 tem um significado bem mais profundo do que
pode parecer superficialmente.
C. No ano de 164 a.C., a questão óbvia para os judeus justos e consagrados
era o que fazer com as pedras do altar, já que elas não poderiam ser
reaproveitadas, uma vez que receberam sangue de porco e tinham sido
profanadas, e teriam que ser substituídas.
1. A decisão tomada foi que eles a guardariam num local bem seguro e
aguardariam “até que um profeta dissesse o que deveria ser feito com elas”. (1
Macabeus 4-4446.)
2. 200 anos mais tarde, no exato dia de aniversário do dia
25 de Kislev, o Messias estava andando pelo Templo,
celebrando a Hanuká, com muitos judeus ali também
junto Dele.
a) Alguns reconheciam Jesus de Nazaré, como um verdadeiro profeta. Leia
João 1:21, 25; 6:14; e 7:40.
b) Eles vieram até Ele e evidentemente perguntaram a respeito das pedras
profanadas, que ainda estavam guardadas.
c) J esus deu a resposta, mas declarou ser Ele a
Pedra. João 10:22-30.
1) Sua resposta estava baseada em Gênesis 49:24, Salmos 118:22 e isso
também é citado em Atos 4:11-12.
2) Jesus declarou ser maior que Judas Macabeus; e que traria livramento
para a eternidade, que ele não era o Profeta, mas sim O Messias, e que era o
Filho de Deus. Deuteronômio 18.15-19.
III. Jesus já tinha anteriormente declarado ser Ele mesmo o nosso Shamash na
Festa dos Tabernáculos. João 8.12 e
9.5.
A. Jesus declarou ser Ele mesmo a Luz para os judeus, mas também para os
gentios.
1. Ele é a Luz para o mundo inteiro.
2. Ele anda na Luz. 1 João 1:7.
a) Quando temos luz, podemos ver.
b) Se andamos em trevas, tropeçamos, nos machucamos e podemos até
mesmo morrer.
c) As trevas são a ausência de luz.
d) Ele veio para iluminar e encher as mentes e corações cheios de trevas,
com a Verdade de Deus.
B. Como o Shamash é usado para acender os outros candelabros, Jesus
oferece luz, verdade e revelação de Deus, para todos aqueles que venham a ter
contato com Ele. João 3:19-21, Isaías 60:1-3, Salmos 27:1, Lucas 2:32,
Hebreus 1:3 e Atos 26:18.
IV. O Hanuká é celebrado a partir do dia 25 do mês de Kislev.
A. É merecedor de nota que quatro eventos muito importantes na vida de
Israel aconteceram exatamente no dia anterior a essa data:
B. Todos eles aconteceram no dia 24 e estão relacionados com purificação e
rededicação.
1. A fundação do Segundo templo começou no dia 24 de
Kislev.
a) O judeus remanescentes voltaram da Babilônia entre os anos de 538 e
536 a.C.
b) Por 16 anos eles reconstruíram suas casas, fazendas e comunidades.
c) Entre 522 a 520 a.C., o Senhor falou através de Ageu que ele só os
abençoaria a partir de agora se eles parassem de reformar suas casas e
começassem a reconstruir o Templo.
d) Ageu é descrito como um profeta de encorajamento. Leia Ageu 1.1-15
(Isso é um período de 23 dias).
e) No dia 24 do sexto mês, eles começaram os trabalhos de remoção dos
entulhos do Monte do Templo.
í)Quando foi extamente o dia que ele terminaram a preparação começaram a
fundação (alicerce) do Templo? Leia em Ageu 2:18-19.
2.0 dia 24 do 9° mês, como está registrado em Ageu, tem
uma importância tremenda para estudos proféticos.
a) Esse seria o exato dia do cumprimento dos 70 anos do cativeiro da
Babilônia.
b) Esse seria o dia exato do cumprimento dos 70 anos de julgamento bíblico
da nação judaica.
c) Foi profetizado que Israel sofreria 70 anos de desolação.
d) O cerco e invasão que levaria ao cativeiro começou no dia 10 do décimo
mês, quando os babilônios cercaram toda a cidade de Jerusalém. Veja em 2
Reis 25:1.
e) Setenta anos vezes 360 dias (no ano judaico) é igual a 25.200 dias. Essa é
exatamente a quantidade de tempo do dia 10 do mês 10 do ano 589 a.C. ao
dia 24 do mês de Kislev no ano de 520 a.C.
3. Talvez um dos dias mais tristes de proporção nacional
ocorreu no dia 24 de Kislev, em 168 a.C.
a) Esse é realmente o dia que os sacrifícios diários realmente cessaram no
Templo.
b) De acordo com 1 Macabeus 4.54, Antíoco Epifânio ordenou que
sacrifícios pagãos começassem a ser feitos no Templo no dia 25.
c) Judas Macabeus, também conhecido como Judas o Martelo, tomou o
Monte do Templo de volta no dia 24 de Kislev, em 165 a.C. — exatamente
três anos após os dia que os sacrifícios diários tinham cessado.
d) E como se não bastasse isso, o quarto evento dessa data aconteceu quase
2.000 anos mais tarde:
4.0 final da 1 Guerra Mundial representou também o fim
do Império Turco Otomano.
a) Os turcos tinham ocupado a terra de Israel por quase 400 anos quando as
forces aliadas expedicionária, sob o commando do General Allenby tomou
Jeru-
salém no dia 09 de Dezembro de 1.917, que era exatamente o dia 24 do mês
de Kislev daquele ano.

b) As ações do Lord Allenby podem ter sido o cumprimento de profecias da


Bíblia. Leia Isaías 31:5.
c) O exército britânico tomou a cidade sem disparar um único tiro.
d) O General Allenby entrou em Jerusalém a pé por respeito a Cidade Santa,
no dia 11 de dezembro.
e) O dia 24 de Kislev de 1.917, é na verdade a data do início da moderna
nação de Israel.
• Esse é o dia que começa o Mandato Britânico na Palestina, sob a
Declaração de Balfour.
• Dessa data em diante, um Lar para a nação Judia foi prometido!
x
CAPÍTULO TREZE
A FESTA DO PURIM

I. O último evento da liturgia do calendário judeu que vamos ver é a Festa do


Purim, também conhecida como a Festa de Ester.
A. O Anti-Semitismo é uma arte antiga.
1. Muitos governantes tentaram aniquilar os judeus.
a) O resultado desse “encontros” tem sido o início de uma nova festa
adicionada nos Calendários Judaico.
b) Um ato de Faraó deu início a Páscoa.
2. Antíoco Epifânio provocou o início do Hanuká.
a) Até mesmo Fiitler forneceu o mecanismo para a fundação do moderno
Estado de Israel e a celebração do seu Dia da Independência.
b) Nesse dia, um ato maligno provocou o início da festa chamada Purim.
B. Purim é um nome dado à sorte (ou dados) lançada por Flamã para
determiner o dia e o mês em que todos os judeus da Pérsia deveriam ser
assassinados. Leia Ester 3:7.
1. Purim, a Festa da Sorte, que também é conhecida como a Festa de Ester,
e que no livro de 2 Macabeus 15:36 é chamado de o Dia de Mordecai.
2. Purim comemora o livramento dos judeus sob a lideram ça de Ester e
Mordecai.
C. O Purim é celebrado por dois dias entre os dias 14 e 15 do mês de Adar
(final de Fevereiro e início de Março, um mês antes da Páscoa), que é o 12°
mês do calendário religioso.
D. Os eventos que acabram por culminar com esse Dia de Mordecai
começaram quando os judeus preferiram permanecer na Babilônia em vez de
retornarem para Jerusalém sob o comando de Zorobabel (Esdras).
1. Passaram 50 anos até que Ester entrasse em cena.
2. Para evitar o anti-semitismo dos persas, os judeus adotaram nomes persas
para uso público.
a) Ester é um nome derivado da deusa pagã Ishtar.
b) O nome Mordecai vem do nome do dues babilônico Mar duque.
b) A mesma tradição é vista em Daniel 1:7 quando seus amigos e ele mesmo
recebram nomes babilônicos. Daniel 1:7.
1) Daniel se tornou Beltesazar que significa “portador dos segredos
escondidos de Bel”. Bel era o deus principal do panteão Caldeu.
2) Ananias se tornou Sadraque que significa “inspiração do Sol”. Os caldeus
adoravam o sol.
3) Misael se tornou Mesaque que significa “pertence à deusa Saque”. Saque
era o nome que eles deram a deusa Venus (o planeta) e que também era
adorado pelos Caldeus.
4) Azarias se tomou Abedenego que significa “servo do fogo brilhante”. Os
caldeus também adoravam o fogo.
3.0 nome hebraico de Ester era Hadassa (Mistes), que era um nome bem
apropriado desde que ela era extremamente bela. Leia Ester 2:7.
4. Seu primo Mordecai tinha adotado e criado Ester. Ele tinha uma função
de alta importância no palácio e tinha acesso direto com o rei.
5. Mas, apesar de tudo isso, eles mantinham uma forte identidade judaica, se
mantendo extremamente zelosos de sua nacionalidade. Leia Ester 2:5.
6. Mordecai era da tribo de Benjamin. Ele era da mesma linhagem do rei
Saul. Ester 3:1.
7. Hamã era uma Agagita, ou seja, um descendente de Agague, o rei dos
Amalequitas, durante o reinado de Saul. Veja 1 Samuel 15:8.
8. Os amalequitas eram descendentes de Amaleque, que foi neto de Esaú.
Gênesis 36:12.
E. Portanto, as atitudes de Hamã contra Mordecai nada mais eram do que a
continuação dos antigos conflitos que aconteceram entre Esaú e Jacó.
F. Foram os amalequitas que atacaram os judeus desarmados no Monte
Sinai.
1. Deus jamais esqueceu desse ato covarde e traiçoeiro e
/V

amaldiçoou Amaleque. Deuteronômio 25:19 e Exodo


17:14.
2. Na verdade o Rei Saul recebeu ordens dadas por Deus de que deveria
destruir todos os amalequitas.

3. Saul não fez isso e seu ato de desobediência permitiu que 600 anos mais
tarde houvesse esse problema de Hamã arquitetando um plano contra
Mordecai.
G. O livro de Ester registra os eventos que aconteceram na
Fortaleza de Susã, a capital do império Persa.
1. O rei em questão é Assuero, mais conhecido nos livros de história como
Xerxes I, 486-465 a.C.
2. Nesse momento da história, o império persa está no seu apogeu, tendo
127 províncias, se extendendo da índia à Etiópia. Ester 1:1.
3. Assuero deu uma festa aos seus nobres que durou seis meses, e depois
disso ofereceu uma festa de sete dias para toda a população.
a) No sétimo dia o rei estava embriagado e enquanto estava nesse estado de
intoxicação por álcool, ordenou que sua rainha Vasti entrasse e removesse
seu véu para que todos contemplassem sua esplêndida beleza.
b) Ela recusou a fazer tal coisa e isso desencadeou um série de eventos.
c) Muito se tem ditto a respeito de Vasti; de que ela era uma vilã, arrogante
e rebelde, teimosa ou que pensava ser melhor que o rei; ou que estava muito
segura de sua posição e achava que era imune a qualquer punição.
1) Francamente falando, Vasti foi pega numa “sinuca de bico”.
2) As leis severas da Pérsia proibiam que as mulheres tirassem o véu diante
de estranhos.
3) Isso acontece ainda hoje em dia na Pérsia moderna, o Irã e em países
islâmicos.
4) Vasti recusou obedecer uma ordem que partiu de um homem alcoolizado,
que até sabia mais que ela a respeito das tradições e leis, e que na verdade
deveria ter preservado a reputação dela.
5) Mas, ao fazer isso ele criou uma crise de proporção nacional.
4. O rei agiu de forma imprudente e estúpida, mas sua honra agora estava
em risco.
a) As ordens dadas pelos reis medo-persas não podiam ser revertidas e além
disso a sociedade era extrema e predominantemente masculina e machista.
b) Uma vez dito, a ordem do rei Assuero tinha que ter um retorno.
c) Seus conselheiros o aconselharam que ele deveria destituir Vasti e coroar
uma nova rainha,
d) Portanto, Vasti pagou por seus erros e teimosia diante do rei.
5. No final do processo Ester foi escolhida.
6. Em seguida Mordecai salvou a vida do rei. Ester 2:1923.
7. Esse evento foi seguido pela revelação do segredo de que seu antagonista,
Hamã, tinha sido elevado a posição de primeiro ministro.
a) O rei deu ordens que todos deveriam se curvar diante de Hamã.
b) Isso seria semelhante a prestar homenagens à um deus e, por isso,
Mordecai se recusou porque configuraria pecado de idolatria.
8. Por causa dessa recusa, Hamã determinou que todos os judeus fossem
mortos em todo o Império Persa.
a) Pelo fato de ser politeísta e pagão, Hamã lançou son tes para saber qual
seria a data ideal para executar o plano.
b) Os dados (sortes) apontaram a data do dia 13 do mês de Adar, dando
onze meses de prazo para que o plano fosse levado a cabo.
9. Hamã enganou o rei de uma forma que autorizasse que todos os judeus
fossem mortos no mesmo dia.
10. Reagindo a essse plano terrível, Mordecai e Ester tomaram decisões e
agiram de tal forma que no final Hamã foi enforcado numa forca de 25 metros
de altura.
11. Mordecai foi promovido para o lugar de Hamã, mas a lei que ele tinha
feito continuava legítima, e com isso o projeto de execução em massa de
todos os judeus ainda estava valendo.
a) Os três, Mordecai, Ester e Assuero, desenvolveram uma estratégia e o rei
enviou decretos dando aos judeus o direito de auto-defesa contra seus
agressores.
b) Nas culturas orientais, naquela época e mesmo hoje em dia, se alguém
tira a vida de outra pessoa, mesmo que acidentalmente, significa que quem
matou tem que dar sua própria vida em troca ou pagar uma imensa quantia em
dinheiro, para compensar os familiares.
12. Quando aquele dia fatídico chegou o 13 de Adar, os judeus residentes
em todo o império lutaram por suas vidas.
a) Todas os presidentes das 127 províncias sabiam que Mordecai agora
usava o anel e selo real.
b) Temendo que Mordecia pudesse ficar ofendido, todos os governantes
deram proteção e ajudando os
judeus a combater aquele anti-semitismo em suas próprias províncias.

13. O anti-semitismo estava no auge porque muitos judeus ocupavam altas


posições no governo com o dinheiro dos próprios cidadãos persas.
14. Quando todos os ataques acabaram, tinham sido mortos 75.000 persas,
sendo 800 somente na capital,
a) Os dez filhos de Hamã foram enforcados e não houve nenhuma vingança
contra Mordecai ou Ester.
b) Deus terminou o que Saul deveria ter feito.
15. Mordecai tomou o cuidado de registrar todos esses eventos e acabou
escrevendo o que hoje conhecemos como o Livro de Ester. Ele iniciou o
Purim, para que o povo pudesse celebrar com muita alegria o livramento das
mãos de Hamã. Leia Ester 9.20-24-

H.Hoj e em dia a festa do Purim é celebrada de forma bem


simples.
1. Desde que essa festa é após a Lei de Moisés ter sido entregue, é
considerada uma festa menor, e por isso não existem restrições ao trabalho
nos dias de celebração.
2. Esses são dias de gratidão e troca de presentes, como Mordecai ordenou.
3. Em todas as sinagogas, nos dias 14 e 15 de Adar, os rabinos lideram o
povo nas orações e leem o livro inteiro de Ester.
a) Quando o nome de Hamã é pronunciado, toda a congregação declaram
em alta voz: “Que seu nome seja riscado”, e ao mesmo tempo eles
amaldiçoam seu nome e batem seus pés bem forte no chão.
b) Eles levam a sério a questão da eliminação do nome Hamã.
c) Alguns chegam a escrever o nome de Hamã nas solas de seus sapatos.
é
II. Desde que não existe nenhum detalhe ou especificações para a celebração
do Purim, diversas tradições acabaram se desenvolvendo nos últimos 2.500
anos.

A. Alguns celebram o “Jejum de Ester” no dia 13 de Adar.


1. O jejum original que foi iniciado por Ester durava três dias, registrado no
livro de Ester 4:16.
2. Esse jejum ocorria bem perto da Páscoa, onze meses antes do ápice e
conclusão dessa história.
B. O evento maior que acontece nos dias 14 e 15 é a leitura do Livro de
Ester.
1. O Rolo do livro é chamado de Megillah (pergaminho).
2. Existem cinco rolos ou pergaminhos na Bíblia Hebraica que são lidos em
festas específicas a que se referem.
Ester Purim
Cântico de Salomão Páscoa
c>= Rute Pentecostes

Lamentações Tisha B’Av


(lamento e choro)
°s Eclesiastes Sukkot (Tabernáculos)
3. Antes do rolo de Ester ser lido, é passado uma bandeja de coletas pela
congregação.
a) Essa é uma espécie de comemoração feita em forma de doação por parte
de cada pessoa do sexo masculL no, conhecido como A Coleta do Templo.
b) O dinheiro era usado para manter o Templo. Leia Êxodo 30:13.
C. Originalmente o imposto do Templo era de “meio she-quel”.
1. Hoje, essa coleta é normalmente usada para ajudar os pobres, em
cumprimento do capítulo 9:22.
a) “Porções”, como vistas em Ester 9:22, significa que eram doados itens
em alimento, normalmente iguarias.
b) Essa prática é chamada de Mishloah Manot.
c) E uma expressão externa de alegria.
d) As crianças carregam pratos ou bandejas cheias de bolos, tortas, doces,
frutas e castanhas para seus amigos e parentes.

2. Juntamente com isso, cada família envia presentes para duas pessoas
pobres, para que eles também celebrem o Purim.
III.Existe uma conexão bíblica que vai até a celebração do Purim, nos tempos
da Aliança Abraãmica. Leia em Gênesis 12:2-3.
A. A lei mais geral e óbviamente expressada por esse pacto é que Deus lida
com pessoas específicas e nações da mesma forma como esses povos lidam
com os filhos de Abraão e a Israel como um todo. Considere muito isso: nossa
atitude em relação os judeus é um reflexo direto da nossa atitude em relação
ao Deus dos Judeus.
1. Amaldiçoar Israel é amaldiçoar o Deus de Israel.
2. Israel pode não ser sempre correto e justo, mas odiar Israel é odiar o Deus
que criou Israel. Leia Zacarias 2: 8.
B. Portanto, a Aliança Abraãmica é algo como as Leis científicas do
“Momentum”.
1. “Para cada ação existe uma reação diretamente oposta à ela”.

2. Somos abençoados na exata proporção que abençoamos Israel e qualquer


maldição contra Israel voltará como um bumerangue sobre aquele que
amaldiçoou.
C. Deus nos mostra o ensinamento dessa realidade quando olhamos para a
vida de Hamã:
1. Hamã construiu uma forca para ali executar Mordecai, mas ele é que foi
enforcado nela.
2. Hamã tentou fortalecer sua posição de o número dois de Xerxes, mas no
final essa posição foi entregue a Mordecai.
3. Hamã planejou matar Mordecai e todos os judeus da Pérsia, mas em vez
disso foi ele, todos os seus filhos e todos os anti-semitas do Império Persa que
acabaram mortos.
4. Hamã quis exterminar a adoração ao único Deus verdadeiro, obrigando
cada cidadão que ajoelhasse perante ele, mas ao contrário disso, ele acbou por
promover a religião judaica e muitos se converteram. Ester 8:17.
D. Junto com as evidências da queda de Hamã, considere as vidas de outros
grandes anti-semitas:
0=1 Faraó

03 Antíoco Epifânio Hitler 0=3 Nasser

° Khomeini (seu nome em Farsi, idioma do Irã, é Hamã)


Leia Isaías 54:17 e Jeremias 31:36.
IV. O Purim celebra a vitória de Deus sobre Seus inimigos e o livramento de
Seu
4
povo.
A. Em Daniel 7, Deus profetiza que quatro poderes gentílicos iriam
supercar Israel. Cada um deles seriam mais agressivos e anti-semitas do que a
potência anterior. Eles são
os:
Babilônios Gregos ^ Persas 0=3 Romanos
B. Mas o livramento final de Israel virá nos tempos do Anti-Cristo (Besta).
Leia Daniel 12:1.
1. O livramento final não virá através de um povo ou país, mas sim por uma
Pessoa, o Nosso Senhor, pessoalmente.
a) Israel nao tem condições de sozinho se libertar, mas talvez, por causa de
eventos futuros, ele tentará essa libertação com esforços puramente
humanos, através de uma aliança fatal. Leia Isaías 26:18.
b) Mesmo que Deus tenha livrado Israel muitas vezes no passado, na
verdade sua libertação definitiva só acontecerá quando o Libertador chegar.
Romanos 11:26.
c) Somente o herdeiro do trono de Davi, Jesus, pode quebrar o poder e o
controle gentio sobre Israel.
2. Essa verdade está contida numa canção do Purim, tirada de Isaías 8:10,
a) A conspiração falha por causa de Emmanuel que quer dizer “Deus em nós,
ou Deus conosco”. Isaías 54:17 e Jeremias 31:36.
b) Jesus irá destruir o maior de todos os “Hamãs”, e livrar a todos que
confiarem Nele.
C. Aqui concluimos nosso estudo sobre as Festas Judaicas e seu significado
histórico, profético e cristão.
x
13. A FESTA DO PURIM
ADENDO I
CAPÍTULO QUATORZE
RITUAIS DE CASAMENTO

I. Para que se compreenda o ritual da cerimônia de casamente contido


nas festividades do Rosh HaShanah, temos que entender os costumes sobre
essa cerimônia antes dos tempos de Jesus.
Como em qualquer cultura construída sobre uma forte unidade familiar, o
principal desejo de qualquer jovem judeu era de se casar, ter filhos e assumir
responsabilidades de um adulto perante a comunidade.
1. Entre as idades de 13, que é o seu Bar Mitzvah, e os 20 anos de idade, é
esperado que se case.
2. Diferente de nossa cultura, não existe o período da adolescência e nem
mesmo o namoro.
a) Ninguém era considerado adolescente.
b) A pessoa passava direto da infância para a idade adulta.
Muitos diferentes métodos eram usados para encontrar o marido e a esposa.
1. Muitos pais arranjavam o casamento dos filhos já no dia que nasciam.

2. Algumas vezes, na época do seu 13° aniversário, um jovem poderia


começar a gostar de uma mocinha ou então seus próprios pais escolhiam a
noiva ideal.
C. De três coisas, uma iria acontecer:

1. Ou o pai se encarregava de organizar tudo, como o pai de Sansão fez.


Leia Juizes 14: D10.
2. Ou o pai contratava um agente ou teria alguém ao seu serviço para fazer
isso, como foi o caso de Abraão. Genesis 24: D10. Esse costume de Fazer Um
juramento é de onde vem a expressão “Testamento”.
3. Ou o jovem fazia todos os arranjos sozinho, como foi o caso de Jacó.
Gênesis 29:15-30.
D. O último método é o mais importante para nós, portanto vamos dar uma
olhada mais detalhada.
1. Um jovem ia até a casa da jovem para pedi-la em casamento.
2. Ele levava três coisas consigo:
a) Uma quantia enorme em dinheiro, com a qual ele pagaria o preço pela sua
noiva.
b) Um contrato ou certidão de compromisso chamado de Shitre Erusin.
c) Um odre cheio de vinho, e uma taça.
3.0 jovem se aproximava do pai e qualquer irmão mais velho que a moça
tivesse.
4. A certidão era entregue e o preço do resgate era negociado.

5. Uma vez que tudo era acertado, o jovem pretendente enchia a taça de
vinho e a jovem era chamada para entrar na sala onde estavam reunidos.
6. Se ela concordar em aceitar aquele jovem como seu esposo, ela então
deverá tomar aquela taça de vinho.
7. Ao tomar o vinho ela se compromete com o jovem e concorda que aquele
contrato é agora legal perante a lei e representa o compromisso de casamento
entre os dois.
8. Imediatamente eles são declarados marido e mulher, mesmo que
nenhuma cerimônia de casamento tenha sido realizada ainda.
9. Eles passam a ser considerados marido e mulher por contrato e voto, mas
ainda não chegou o dia em que estão completamente casados.
10. Quando a jovem toma o vinho, o rapaz faz uma declaração solene dizendo
que voltará para a casa de seu pai para preparar um lugar para sua esposa.
11. O lugar que ele irá preparar se chama Chadar (câmara) também
chamado de Shoupah (cama da lua-de-mel).
E. A partir do momento que o contrato é validado, aquela moça é separada e
consagrada ao seu marido.
1. Ela foi comprada por um preço.
2. Ela agora vai passar todo o seu tempo, desde o dia que o contrato foi
assinado, se preparando para ser uma esposa, e aprendendo em como agradar
ao seu marido.
C. Durante o tempo desse “noivado” ou contrato, aquele jovem prepara o
Chadar, que é um aposento equipado com tudo que for necessário. Esse
aposento tem comida suficiente, água e todos os confortos necessários
para viverem isolados por uma semana.
G. Se alguém perguntasse quando seria o casamento, o jovem diria assim:
“Ninguém sabe, exceto o meu pai”.

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1. O pai teria que ter certeza que tudo estava muito bem preparado e
organizado para o momento abençoado e esperado, antes que ele desse a
permissão para que seu filho fosse buscar sua noiva. Leia Marcos 13:32.
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2. Quando a permissão era concedida, ele escolhia dois de seus amigos para
ir com ele e agir como testemunhas durante a cerimônia.
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3. Um dos amigos ficaria para dar toda assistência a noiva, trazendo-a para
o local da cerimônia, enquanto o outro amigo servia de principal testemunha
ou “o melhor amigo”.

4. Ele ajudava a noiva e era responsável por uma tarefa especial após eles
entrarem no Chadar, asssim que a cerimônia terminava.
H. A cerimônia era chamada de Kedushin.
1. Durante a cerimônia, um segundo contrato chamado Ketubah, substituía
o anterior.
2. Esse contrato tem como testemunhas aqueles dois amigos, e era entregue
aos pais da noiva.
3. O Ketubah continha a promessa feita pelo noivo à sua noiva.
I. No dia do casamento, o noivo e a noiva eram tratados como rei e rainha,
sendo tudo feito para deixá-los o mais confortável possível.
J. Depois da cerimônia os dois entravam no aposento nupcial e o noivo
entregava os presentes preparados para a sua noiva.
1. Eles ficavam no aposento por sete dias.
2.0 melhor amigo ficava do lado de fora, perto da porta de entrada, enquanto
as testemunhas permaneciam nas imediações.
3. Em algum momento o noivo avisava o seu melhor amigo que o
casamento foi consumado, e ele então fazia o anúncio a todos os convidados.
4. Quando o anúncio era feito, todos os convidados iniciavam uma semana
de comemoração, que só terminava quando o casal deixava o aposento
nupcial para iniciarem a festa do casamento. Leia Joel 2:15-16 e Lucas 12:35-
37. Perceba que a festa mesmo só começava sete dias após a cerimônia do
casamento.
II.João Batista usou a terminologia do casamento para descrever
seu relacionamento com Jesus.
Leia João 3:28-29.
A. Por toda a Escritura Sagrada Deus usa termos específicos do casamento
para descrever Jesus, o Messias, e Sua noiva, a Igreja.
B. J esus usou a terminologia do casamento na Festa da Páscoa, quando Ele
entregou o cálice da comunhão, e fez uma declaração que só é dada por um
noivo que se despede para ir preparar o Seu Chadar. João 14:2-4.
1. O cálice da comunhão, que é o terceiro na cerimônia do Seder, foi dado
por Jesus para selar Seu contrato de noivado com sua noiva, ou seja, nós.
2. Paulo reconhece essa analogia e declara que Jesus pagou um preço por
Sua noiva quando derramou Seu sangue pelos nossos pecados - 1 Coríntios
6:20 e 7:23.

3. Uma das testemunhas escolhidas para servir a noiva foi João Batista.
a) Ele usa a terminologia de que ele é aquele que fica ao lado da porta do
Chadar, e anuncia a consumação do casamanto.
b) Ele foi um parente muito próximo e íntimo de Jesus. João 3:28-29.
4. A outra testemunha, e segundo amigo, pode muito bem ser Moisés, que
liderou Israel (um tipo de noiva) para se encontrar com o Pai no Monte Sinai.
Na verdade Jeremias dá uma dica desse conceito de Israel se
tornando comprometido com Deus no Monte Sinai. Jeremias 2:2.
C. O casal casado é descrito para nós numa passagem messiânica
encontrada em Isaías 61:10 e 62:5.
D. Uma vez que o casamento é consumado, o casal retorna para o aposento
nupcial.
1. Durante a Páscoa, o Shir Ha’Shirim, Cântico dos Cânticos, é lido.
2. Na Páscoa Jesus pagou o preço pela noiva. O Cântico dos Cânticos
descreve a initmidade no relacionamento de Jesus e Sua noiva.
ADENDO II

CAPÍTULO QUINZE
A DATA DO NASCIMENTO DO MESSIAS
J. Deixando bem claro que esse assunto é apenas uma especulação, eu
gostaria de também abordar a questão da data do nascimento de Jesus.
A. O versículo mais importante sobre isso, e que pode lançar uma luz sobre
esse assunto, está em João 1:14.
1. “Tabernáculos” é uma expressão muito incomum em grego para
descrever “habitar”.
2. Determinar a data do nascimento de Jesus é até bem fácil, baseado em
três coisas:
a) A data que Gabriel diz a Zacarias sobre o nascimento de João Batista.
b) A data aproximada da concepção de Maria.
c) A data da morte de Herodes (Lucas 1:5).
3. Zacarias era do turno de A bias.
a) Em 1 Crônicas 24, o Rei Davi dividiu os sacerdotes em 24 grupos.
b) Cada grupo era chamado de “turno” e recebia o nome do cabeça da cada
família.
c) Cada turno servia por uma semana, na primeira metade de cada ano, e
uma semana na segunda metade.

d) Além disso, todos os turnos estavam presentes nas três semanas do Chag
HaMatzot (Pães Azimos), Shavuot (Pentecostes) e Sukkot (Tabernáculos).
4. 1 Crônicas 24:10 lista Abias como sendo o oitavo turno.
a) Eles serviriam durante a décima semana do primeiro semestre do ano.
b) Foi nessa época que Gabriel falou com Zacarias, e seria entre Junho ou
Julho. Leia Lucas 1:8-13.
5. Levando-se em conta que nada se fala que a gravidez não tenha sido
normal, ou seja, nove meses, João nasceu por volta da época da Páscoa, isso é
em Mar-ço/Abril.
a) Lembre-se que João veio no “espírito de Elias”, ou seja, com um
ministério semelhante ao de Elias.
b) Elias é esperado para chegar justamente na Páscoa, para anunciar a
chegada do Messias, e João nasceu durante a Páscoa.
6. Seis meses depois da concepção de João, Gabriel foi enviado para falar
com Miriam (Maria), prima de Isabel.
a) Isso aconteceu não mais do que por volta de 15 a 30 de Dezembro. Leia
Lucas 1:26-33.
b) Contando noves meses, isso nos leva por volta da Festa dos
Tabernáculos, o Sukkot.
s

c) Isso TAMBÉM quer dizer que nós celebramos em 25 de Dezembro, a


concepção de Jesus, e não o Seu nascimento.
B. Claro que essa explicação acaba forçando outra pergunta que é “como nós
sabemos que o anjo apareceu na primeira metade do ano e não na segunda”?
1. A chave para essa resposta se encontra na vida e na morte do rei Herodes, o
Grande.
2. Herodes era extremamente odiado pelos Judeus, e tanto a Bíblia como o
historiador Flávio Josefo registraram sua morte em detalhes. Leia Mateus 2:1-
2.
3. A palavra Magi, mago (do grego) ou Mag (Babilônio) significa cientista
ou sábio.
a) Eles vieram da “terra do leste” ou “terra do oriente”, que é a forma de se
referir à Babilônia naquela época. Gênesis 29:1 e Juizes 6:3.
b) Na época do nascimento de Jesus, a maior população judaica do mundo
ficava na Babilônia. Eles eram descendentes dos judeus que permaneceram
lá quando Esdras e Neemias trouxe um pequeno grupo de volta para
Jerusalém.
4. Herodes, o Grande, era um edomita e foi um dos homens mais cruéis da
história.
a) Ele tinha tanto medo de perder o poder, que isso acabou por enlouquecê-
lo.
b) Ele matou seu próprio filho, sua esposa favorita, seu melhor amigo e
milhares de outras pessoas.
c) Ele não comia carne de porco apenas para dar uma boa impressão aos
judeus.
d) O imperador César Augusto, que o conhecia, certa vez disse que era
melhor ser um porco do filho de Herodes. Leia Mateus 2:7-8 e 16.
5. Em Israel, naquela época, a idade de uma pessoa era contada a partir do
dia da concepção, e não do nascimento.
a) Quando o bebê nascia, já era considerado como tendo nove meses.
b) Portanto, Herodes mandou matar todos os bebês que tinham um ano e
três meses de idade ou menos ainda.
6. Os ISÁagi (magos) chegaram exatamente nos dias do nascimento de
Jesus.
a) Quando eles chegaram, eles imaginavam que todos sabiam sobre o
nascimento de Jesus. Afinal de contas, os pastores contaram para todo mundo
o que viram e ouviram. Lucas 2:17.
b) E mesmo Herodes, e todos que viviam a apenas 8 quilômetros de Belém,
não tinham ouvido falar disso quando os Magi chegaram.
c) Ninguém dava credito à pastores de ovelhas (eles nem sequer podiam ser
ouvidos num tribunal de justiça) porque todo mundo sabia que eles
passavam todo o tempo deles nos pastos e montanhas, não fazendo nada,
apenas conversando e pensando sobre novas histórias inventadas. Todo
mundo sabia que eles eram mentirosos.
7. Herodes ordenou a matança dos bebês de Belém e arredores, mas morreu
em menos de 39 dias depois do nascimento de Jesus, porque a Bíblia relata
que Maria se apresentou no Templo para sua própria purificação e também ela
e José dedicaram o bebê no Templo 40 dias após seu nascimento, de acordo
com a Lei de Moisés.
8. Maria e Jesus não poderiam ter estado no Templo, se Herodes ainda
estivesse vivo. Leia Lucas 2:22-38.
C. Os pastores encontraram Jesus numa estrebaria, em Lucas 2:7-16, mas
quando os Magi chegaram, Jesus e seus pais já estavam numa casa. Leia
Mateus 2:11.
1. A palavra em hebraico para estábulo ou estrebaria é sulchá.
2. Sucote é o plural de sukká, portanto Jesus nasceu num tabernáculo.
3. Lucas 2:7 relata que Jesus nasceu numa estrebaria porque não tinham
mais aposentos ou quartos disponíveis nas pousadas. Belém ficava a apenas 8
quilômetros distante de Jerusalém e somente em três épocas do ano não
sobrava quartos nas pousadas: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos.
4. Tanto os magos quanto José, marido de Maria, estavam em Jerusalém,
parte por causa da Festa dos Tabernáculos, que como homens justos e
religiosos, tinham que participar. Mas, além disso, José e Maria estavam
aproveitando a viagem para pagar seus impostos e registrar-se no censo que o
imperador de Roma tinha ordenado, e por causa disso teriam que ir para
Belém de qualquer forma.
5. Durante aqueles 40 dias todas essas coisas tiveram que acontecer:
a) Os Magi (magos) chegaram e partiram de Belém.
b) Os bebês foram mortos.
c) José, Maria tiveram que fugir para o Egito.
d) O rei Herodes morreu.
e) José, Maria e Jesus voltaram para Jerusalém onde receberam as profecias
de Ana e Simeão.
f) Depois dos 40 dias, Jose, Maria e Jesus se mudaram para Nazaré.
D. Flávio Josefo relata que Herodes ficou muito doente na primavera
daquele ano logo após “um grande ato de impiedade” contra os sacerdotes.
1. Essa ação impiedosa aconteceu quando ocorreu um eclipse da lua.
2. A doença de Herodes durou vários meses, e Josefo explica que era algo
muito doloroso, e o rei estava numa situação de muita agonia, mas nada
parecido com o que ficou quando soube de todas as notícias sobre o
nascimento de Jesus (e muito menos do que ele está sentindo nesse momento
no inferno).
3. De acordo com Flávio Josefo, ele morreu em Setembro.
4. Isso coincide com a Festa dos Tabernáculos (Sukkot).
E. Certamente quando lemos Lucas 2:8 percebe-se que se refere a época do
outono, quando Ele nasceu. Leia Lucas 2:8.
1. Em dezembro o clima está muito frio para que os pastores possam ficar
ao relento, nos pastos, lá nos altos das montanhas com seus rebanhos.
2. Essa data atual para o Natal foi escolhida por Constantino, primeiro
imperador cristão, por volta de 320 d.C. Ele escolheu esse dia
especificamente para que o natal substuísse a festa pagã ao sol, chamada
Saturnalia.
3. Quando consideramos a precisão com que Deus tem, repetidamente, feito
acontecer eventos similares tão cheios de significados, em datas tão
específicas, é justo e muito fácil de admitir que Jesus nasceu na Festa
dos Tabernáculos, muito possivelmente no dia 15 de Tish-rei, e foi
circuncidado no oitavo dia, ou seja, no Grande Dia da Festa, o HoshaNa
Rabbah.
II. Na vida de Jesus vemos as Festas como uma moldura de um quadro.
A. Ele nasceu durantes os Tabernáculos.
B. Morreu durante a Páscoa.
C. Ressuscitou durante as Primícias.
D. Batizou Sua Igreja com o Espírito Santo durante o Pentes-costes.
F. Donald Guthrie, em seu comentário New Testament Intro-duction
(Introdução ao Novo Testamento) conclui que o Evangelho de João é escrito e
organizado para ilustrar a vida de Jesus, seguindo as épocas litúrgicas judaicas
e os Dias de Festa.
G. A introdução do Evangelho de João da Bíblia de Jerusalém diz:
1. “Alem disso, esse Evangelho (de João) é muito mais interessado no
assunto da adoração e dos sacramentos, do que os evangelhos sinóticos. Ele
relaciona a vida de Jesus ao Ano Litúrgico Judaico, e associa Seus
milagres com as Festas principais. O Templo é frequentemente mostrado
como um lugar para os milagres e as pregações de Jesus”.
2. “Em primeiro lugar, não há duvida que João dá importância especial às
Festas Litúrgicas Judaicas, as quais ele usa para “pontuar” sua narrativa. Elas
são: três festas de Páscoa, 2:13, 6:4, 11:55, etc. Em segundo lugar, o
evangelista faz calcula o número dos dias para dividir a vida de Jesus em
períodos diferentes”.
3. “Essa divisões não apenas sugerem que Jesus observou e cumpriu toda a
Liturgia Judaica, como também as completou em Si mesmo e as considerou
finalizadas”.
III. o arranjo das sete maiores festas claramente nos
mostra o paralelo da semana de trabalho dada a nós no
livro de
Gênesis.
A. Existem seis festas nas quais o trabalho de Deus é realizado e uma
sétima que provê Seu descanso.
B. Em Gênesis, Deus criou o universo físico em seis dias literais e
descansou no sétimo dia.
1. Ele não estava cansado, e inclusive poderia ter feito tudo em menos
tempo.
2. Ele fez em sete dias para nos dar um padrão à etica do nosso próprio
trabalho e para descrever como nós entramos no Seu descanso, o descanso da
dívida do pecado.
3. Noé recebeu esse nome profeticamente.
a) Seu nome significa “descanso”, porque atravérs dele o Messias viria e
daria descanso para todos que cres-sem Nele.
b) No Salmo 95:6-11, a palavra “descanso” é mnuchah, e descreve aqueles
que não entrarão no descanso de Deus. Leia Salmos 95:6-11. A mesma
palavra é usada em Isaías quando descreve o Dia do Senhor. Leia Isaías
11:10.
x
ADENDO III

CAPÍTULO DEZESSEIS
A. O termo “Dia do Senhor” é usado mais de 300 vezes no Antigo e no
Novo Testamento.
1. Vamo lembrar que a mensagem essencial da Bíblia é a Restauração.
2. A Bíblia fala da nossa necessidade de um Restaurador.
B. Deus originalmente fez o universo material e o homem em estado de
perfeição, e o colocou na terra para dominá-la.
1. O homem era perfeitamente capaz de realizar essa tarefa, até que pecou e
se tornou servo de Satanás. Leia Romanos 6:16.
2. Se Adão não tivesse pecado, estaria vivo até hoje.
a) O pecado mudou o corpo imortal de Adão em um corpo mortal, que
passou a precisar de um Redentor. Isaías 25:6-9.
b) O Mesias é o Redentor.
c) Em Hebraico a palavra redentor é Go ‘ei
1) Em Israel, quando uma pessoa perdia sua propriedade ou liberdade por
causa de uma dívida, um parente próximo era convocado para redimi-lo
daquele débito.

2) Existiam duas exigências para que alguém fosse um Go’el:


• Ele tinha que ser o parente mais próximo ou chegado.
• Ele tinha que ter condições de pagar por aquele débito.
3) Clatamente vemos que o Redentor, o Go’el de Isaías 59, é o Messias que
pagou o nosso débito. Isaías 59:15b-21.
4) Essa passagem também fala do Deus triúno, um conceito claramente
compreendido naquele tempo, por Isaías. Veja Isaías 61:1 em diante.
C. A missão do Redentor é no final de tudo restaurar a perfeição do homem
ao seu estado original, e ao domínio que Deus tinha originalmente preparado
e determinado quando tudo estava em estado de perfeição.
II. A palavra restauração, no hebraico, é “Bassar” que significa “boas
notícias” ou o que hoje conhecemos como “evangelho”.
A. Nos tempos antes da encarnação de Jesus, todo judeu sabia o que
“Bassar” queria dizer.
1. A Bassar não era o Messias em si; o Messias era o agente, o
transportador da Bassar.
2. Para o judeu, a Bassar, ou “boas novas, notícia”, poderia ser resumida
brevemente assim:
a) O Reino Universal de Deus.
b) A restauração da Casa de Davi.
c) Uma glória futura do retorno de Israel a Deus.
d) O retomo e ajuntamento de todos os exilados.
16. ODIADO SENHOR
e) A ressurreição dos mortos.
f) Galardão e punição no Juízo Final.
B. Para o judeu, a restauração final está condicionada à realeza e reinado de
Deus.
1. Antes de o pecado ter entrado no mundo, o “Reino de Deus” estava sobre
toda a Terra, e Adão era o governante mundial, sob a autoridade de Deus.
2. A redenção final vai restaurar esse relacionamento ao seu lugar de direito
e original.
3. Mas depois, o termo “Reino de Deus” foi substituído pelo termo “Malkut
Shamayim” que quer dizer “Reino do Céu”.
a) O termo hebraico HaBassar Hamalkkut Shamayim significa “O
Evangelho do Reino do Céu”.
b) Esse termo era usado e compreendido pelos judeus por séculos antes do
nascimento de Jesus. Leia Isaías 40: 9-11 e Marcos 1:14-15.
C. O “Reino do Céu” é trazido pela Bassar, “as boas novas” de restauração.
Na primeira vinda Jesus iniciou a restauração e em Sua segunda vinda Ele irá
completá-la.
III. De Zacarias e Habacuque até Jesus houve um silêncio de 400 anos,
sem nenhuma profecia ou profeta.
A. Quando estudamos o Seder Pascal, aprendemos que os judeus esperavam o
retorno de Elias como o Arauto, anunciando a chegada do Messias.
1. Mas em vez disso, após aqueles 400 anos, João Batista veio “espírito”,
ministério de Elias, e apresentou o Messias em Sua primeira vinda.
2. Jesus iniciou a Restauração quando foi ungido pelo
Espirito Santo, conforme descrito por Isaías. Leia Isaías 42:1 e Lucas 3:21-22.
B. Jesus iniciou a restauração e o cumprimento das promessas feitas e
profetizadas sobre o Dia do Senhor. Isaías 61:1-3 e Lucas 4:16-30.
1. Eu estive na sinagoga de Nazaré, onde Jesus leu o texto
de Isaías 61.
a) Por que Ele parou de ler exatamente no versículo 61:2 parte A?
1) Porque Seu Tempo ainda não havia chegado.
2) Se ele tivesse continuado a ler até o final da sentença e dito “Hoje se
cumpriu essa Escritura”, então Deus o Pai teria que ter trazido “O Dia da
Vingança”, e feito a “Sua Vingança” acontecer, e Jesus teria que ter sido
glorificado ali mesmo, naquele momento. E nós não estariamos hoje aqui!
3) Mas ainda não era o tempo de tudo se cumprir, mas sim de se iniciar a
restauração.
b) Quando o povo e os escribas O levaram até o penhasco para atirá-lo lá de
cima, eles na verdade estariam jogando Jesus no Vale do Armagedom.
2. Em Sua ressurreição, Jesus foi a primeira pessoa que
experimentou uma restauração completa com o Pai.
a) Ele é uma tipologia em pessoa da nossa própria experiência futura.
b) Através de Sua morte, ele venceu o pecado e derrotou a morte. João 7:37-
39.
IV. “O Dia do Senhor” é muito complexo e, igual a celebração das três
primeiras festas, também existem muitas coisas, todas acontecendo ao mesmo
tempo.
A. Quando “O Dia do Senhor” começar, ao som do shofar, os mortos
ressuscitarão e os santos que estiverem vivos encontrarão Jesus nas nuvens.
16.0 DIA DO SENHOR
1. Todos receberão corpos glorificados. Leia 1 Tessaloni-censes 4:13-15:3.
2. A Grande Tribulação termina quando Jesus retornar a Terra e iniciar Seu
Reino Milenial. Leia Zacarias 14:1-5, Isaías 11:1-12 e Apocalipse 20:4-6.
a) O Reino de Jesus no Milênio terminará quando Satanás for solto por um
pequeno período, e logo em seguida acontecerá seu julgamento. Leia
Apocalipse 20:7-15.
b) Esse ato completa a restauração e Jesus retorna o universo novamente
perfeito ao Pai. E o período do Olam Haba, o “mundo porvir”, inicia. Leia 1
Coríntios 15:20-28.
V. Esse foi apenas um pequeno resumo de uma história que ainda está para se
cumprir, representado pelas Festas do Rosh Ha’Shanah, Yom Kippur e
Sukkot — e as Festas das Trombetas, Expiação, e dos
Tabernáculos.
A. Deve ficar bem entendido que vão existir duas arenas de atividades nesse
período:
1. Terra.
2. Céu.
B. Já vimos aqui que Rosh HaShanah é também chamado de Yom Ha Dm, o
Dia do Juízo, e como os rabinos achavam achavam que os povos eram
julgados em três grupos separados.
1. No final daquele período de agonia, os intermediários eram julgados após
terem tido uma oportunidade de se
arrependerem e voltarem para Deus, para que no dia do Yom Kippur cada
pessoa seja declarada justa ou iníqua.

2. Durante a cerimônia do Rosh Ha’Shanah, chamado de culto Mussaf, os


portões do céu eram abertos.
a) Esses portões eram deixados abertos por dez dias, até o Yom Kippur.
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o
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b) Aqueles que se voltarem para Deus durante essa última oportunidade, e
se arrependerem, poderão entrar.
3. Durante os trabalhos de encerramento do Yom Kippur, ao fechar o portão,
a cerimônia do Neilah, os portões do Céu são fechados e ninguém mais
poderá entrar.
a) Esse dias são chamado de Yamin Noralm, ou “dias terríveis”, “tribulação
ou angústia de Jacó”, ou “dores de parto”. Leia Joel 2:1 e 11, Jeremias 30:4-
7, Isaías 13:6-9 e 26: 16-17.
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b) As dores de perto aqui não são apenas aquelas que Maria sentiu quando
deu a luz o Messias, mas também de Israel como um todo aceitando esse
Messias, e a nação toda nascendo de novo espiritualmente.
c) Jesus usou a terminologia “dores de parto” em Sua resposta à pergunta
dos discípulos sobre Sua segunda vinda. Mateus 24:3-8.
d) Nesse periodo chamado de “dores de parto” haverá um enorme
sofrimento, sendo muito maior do que do Holocausto. Leia 2 Tessalonicenses
2:3-41 e 9-12.
1. Esse período de grande aflição terá um fim quando o Messias verdadeiro
derrotar o falso messias. Daniel 7:19-22 e Apocalipse 17: 12-14.

5. Durante o Yom Kippur o sacerdote borrifa (arperge) sobre o povo como


sinal de purificação. A descrição
do retorno do Messias sofredor inclui a mesma referência sobre Ele mesmo
aspergindo as nações. Isaías 52:13” 15.
6. Um pouco antes do cerimonial do Yom Kippur e quando os portões são
fechados, um shofar especial, o Grande Shafar, Shofar Ha’Godal, é tocado.
As Festas Judaicas 16. ODiado Senhor
a) Depois que o grande shofar é tocado, assinalando a última oportunidade
dada pelo Messias, os portões do Céu são fechados.
b) Isso mostra claramente que existe um ponto em nossas vidas que se torna
tarde demais para receber o Messias, nosso Salvador.
c) Essa mesma analogia é usada para a vinda de Cristo. Isaías 27:12-13 e
Mateus 24:29-31.
C. E muito importante que tenhamos sempre em mente que nós olhamos
sempre para à frente, para a esperança da ressurreição.
1. Da mesma forma, os judeus associam sua fé no Messias com uma futura
ressurreição.

a) Para eles, os judeus, não pode existir uma coisa sem existir a outra.

b) Essa crença é tao fortemente arraigada que a incluiu com o 13° artigo,
nos seus 13 Artigos de Fé:
“Eu acredito com uma fé perfeita que haverá uma ressurreição dos mortos
quando chegar o tempo deles surgirem do Criador, que Seu Nome seja
bendito e Sua memória exaltada por toda eternidade”.
2. A crença na ressurreição é também encontrada em Daniel 12:1-3.

D. As antigas tumbas judaicas traziam imagens ou desenhos de Shofarim


(trombetas), indicando que eles criam que sua ressurreição vai ocorrer ao
toque do shofar.
1. O apóstolo Paulo usa esse termo “a última trombeta” quando estava
escrevendo sobre a ressurreição, e faz alusão ao Natzal, que é a
“arrebatamento ou captura dos crentes”. 1 Coríntios 15:50-55 e 1
Teessalonicenses 4:13-18.

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a) Se por um lado a palavra Natzal é um termo hebraico para o conceito de
uma “captura de crentes ainda vivos”, ela não é encontrada nas traduções
mais antigas em outros idiomas.
b) A razão é muito simples.
1) Em 1 Tessalonicenses, Paulo escreveu sobre o natzal, rapto, captura,
usando o termo grego harpuzo, que sgnifica “levados”.
2) Quando a igreja romana exigiu uma tradução do grego para o latim, a
palavra escolhida foi “raptiere.”
3) E quando essa expressão em latim foi levada para o inglês, se tornou
“rapto”.
4) Dessa forma, a palavra rapto ou arrebatamento mesmo usada como sendo
bíblica, não está na Biblia.
Lendo 2 Tessalonicenses 2:1-3, essa ideia é fortalecida.
a) Por exemplo, a tradução da palavra, “afastar-se” é uma tradução
equivocada do grego apostasia.
b) A raiz desse verbo grego apostasia como está em 2 Tessalonicensesés
aphistemi.
c) Das quinze vezes que esse verbo aphistemi é usado, onze vezes é
traduzido para “partir”, “partida”, ou “desaparecimento”.
d) Portanto, lendo 2 Tessalonicenses 2:1-3 seria interpretado como
“partida”.
e) Da mesma forma, quando 1 Tessalonicenses 4:13-18 diz que nós seremos
“tomados”, então se trata da questão de partirmos dessa Terra.
F. Agora temos também num novo nome para Rosh Ha’Sha-nah. No
Talmude os rabinos deram também o nome de Yom Ha’Keseh, ou o “Dia da
Omissão”.
1. Esse nome surgiu do calendário lunar, desde que o Rosh Ha’Shanah cai
no primeiro do mês (o único festival que começa no início do mes), e cai no
dia da Lua Nova, quando a lua nova não está visível ainda.
2. Esse evento é ligado ao toque do shofar, como seu homônimo, a Festas
das Trombetas. Leia Salmos 81:3.
G. O Rosh Ha’Shanah tem uma mensagem essencial, que é a realeza de
Deus.
1. Outro nome associado com Rosh Ha’Shanah é o “Dia da Coroação”.
2.0 Rosh Ha’Shanah, estando associado com o início do reinado messiânico,
assume que tem também seu rei messiânico.
VI. Diversas passagens proféticas da Escrituras constroem o tema da vinda do
rei. Leia Gênesis 49:10, Números 24:17, Jeremias 23:5 e Lucas 1:32-33.
A. Jesus foi reconhecido como rei na sua primeira vinda? Foi, e diversas
vezes. Leia João 1:48-51, Zacarias 9:9 e Lucas 19:37-38.
B. Para que exista um rei, precisa haver uma coroação, que é a cerimônia de
estabelecimento do rei.
C. As escrituras em Daniel estabelecem uma época de coroação. Daniel 7:9-
14.
D. Encontramos uma descrição mais longa ligando esse evento ao toque do
shofar, em Apocalipse 4:1 e 5:14.
E. Vários salmos falam da coroação do Messias e do toque do shofar. Leia
Salmos 2:1-12 e 47:1-9.
BIBLIOGRAFIA
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Publishing, 1987.
Buksbazen, Victor. O Evangelho nas Festas de Israel. Belb mawr, NJ: The
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International, 1972.
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TX: Hatikva Ministries, 1989.
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IL: Moody Press, 1987.
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Soltau, Henry W. O Tabernáculo. Grand Rapids, MI: Kregel Publications,
1972.
Stern, David H. O Novo Testamento ludaico. Clarksville, MD: Jewish New
Testament Publications, 1992.

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