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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG


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Psicologia da Educação - Curso de História (Licenciatura) – 3º Período – UNIFAL-MG


Saymon da Silva Siqueira – 2017.1.19.030

ANÁLISE DE VÍDEO

Este excerto tenciona expor as impressões gerais a respeito da metodologia empregada


na EMEF Presidente Campos Sales, bem como algumas considerações a respeito do uso de tal
metodologia no decurso da carreira docente.
Certamente, alguns pontos são potencialmente positivos para o desenvolvimento das
múltiplas inteligências e aprendizagens, especialmente, no tocante a significação do conteúdo
por sua proximidade com a realidade social dos estudantes. Nessa direção, a participação da
comunidade se faz muito importante, assim como tornar o “estudante protagonista”. Todavia,
há que se destacar que o aparente sucesso da instituição, está associada a processos gradativos
de assimilação de uma práxis inovadora. Considerar que são crianças em fases iniciais de
aprendizagem, que aprendem com os mediadores/professores a se relacionarem com a
metodologia diferenciada, me parece importante. Certamente, trata-se ainda de uma utopia, no
sentido literal grego, isto é, um lugar ou (experiência) ainda não vivenciado. Imaginar a
ausência de problemas nessa metodologia seria uma ingenuidade indevida. O financiamento
de empresas de grande porte pode acenar para intencionalidades (veladas ou não) e, portanto,
por relações assimétricas de poder. Há que se destacar que todo discurso contém alguma
forma de intencionalidade e disputa de poder, sobretudo, em uma análise foucaultiana. Deve-
se pensar que existe uma conformação sistemática que se estende para além das escolas, e que
permeia os meios sociais variados, e para que sejam aceitos, os indivíduos devem apreender
determinados conhecimentos e saberes. O próprio vídeo apresenta que os alunos estão em
contato bastante direto com tecnologias, o que nos permite pensar que, ainda que o vídeo
convide a pensar em “liberdade de aprendizagem”, existem relações de “coerção” impostas
por outros meios, como a indústria cultural por exemplo. Para usar colocações mais próximas
de Roger Chartier, o modelo não descarta pensar os sujeitos num limite tenso entre os
constrangimentos e a liberdade.
Mas podemos perceber que, feitas as ressalvas anteriores, há efetivamente um
horizonte de expectativas e possibilidades muito fértil e interessante, centrado em superar a
esteriotipação e marginalização de determinados grupos sociais, historicamente alijados da
participação efetiva nos processos educacionais. Nessa direção, uma metodologia em que se
utilize de diálogo com os estudantes e a comunidade, e em que mediações e a razoabilidade
sejam presentes, tendem a gerar bons resultados, ainda que o processo para que essas ideias
sejam assimiladas de um modo mais abrangente por outras instituições e mesmo pelos
educadores, seja algo de longo prazo e que certamente passará por muitas negociações.

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