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Sumário
Sumário ......................................................................................................................3
PIM significa Personal Information Management, e foi um termo que se tornou famoso, ao
nascer nos velhos PDA’s (Personal Data Assistent) como a Palm e Pilot, e então passou a
designar os primeiros telefones, antes de serem Smart’s, que também alegavam fazer a
gestão do PIM.
O núcleo desta sigla, até hoje, está atribuido à 4 programas: Calendário, Contatos, Notas
e Tarefas, sendo a correta gestão de sua agenda de compromissos, das pessoas com as
quais se relaciona, notas que tenham surgido entre as duas anteriores (notas de reunião,
notas sobre alguém, sobre uma empresa, sobre um produto ou até escritas diversas, feitas
na rua, na hora que a dona Inspiração bate à porta), e por fim, tarefas, a gestão de
artigos que devem ser feitos, sem uma data específica, exceto talvez, a final. Um exemplo
de tarefa é, digamos, trocar o óleo do carro esta semana, comprar flores para a sala,
comprar lembranças de natal, entre outras.
Muitas pessoas dizem que não têm dinheiro para fazer algo que realmente gostem,
culpam a falta financeira por não serem isto ou não terem aquilo. Acho que isto é
compreensível, afinal, alguns nasceram mais ricos, outros tiveram melhores oportunidades,
mas o que não aceito é alguém culpar a falta de tempo, afinal, o dia tem 24 horas para
todos os cidadãos do planeta. Não há na Terra ninguém com poupança de horas (e
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mesmo assim, muitos conseguem dever horas para a família, para os amigos, para tantas
coisas…).
A correta gestão de suas informações pessoais, como o PIM, podem tornar seu dia mais
produtivo, mas isso requer disciplina, aqui algumas dicas para fazê-lo, seja no papel, ou
no PDA:
1- Pare uma vez por semana e veja os compromissos já agendados para a semana
seguinte;
2- Reveja os feitos na semana passada e quantas alterações ocorreram na sua
agenda, quantos novos compromissos não esperados e quanto ficou sem fazer;
3- Avalie se não houveram oportunidades de declinar de um trabalho, dizer um
“não” para manter sua agenda e seus compromissos;
4- Todas as manhãs veja seus compromissos e tarefas do dia, tente conectá-los de
alguma maneira, como deixar a troca de óleo para a volta daquele cliente
perto do posto, ou coisas assim;
5- Mantenha sua agenda ou PDA com você, para não marcar compromissos em
Post-It e outros meios “perdíveis”, foco em um só lugar;
6- Se você usa um telefone celular com PIM e o Outlook, veja se os dois são
compatíveis, se há algum programa de sincronismo entre eles. A maioria hoje já
tem!
7- Mantenha um diário semanal, escrito, avaliando sua semana, suas emoções e o
que deu errado. Uma vez por mês leia-o e busque encontrar padrões que se
repitam. Descubra seus motivos para manter os acertos e corrigir os erros;
8- Procure um Coach! (eu ainda tenho horas disponíveis
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Por que é tão difícil apostar em nós mesmos?
Por Emanuel Campos
Numa segunda história, eu pergunto, quem já não comprou algo por mero impulso? Algo
que se revelou constrangedor, inútil, incômodo ou apenas desnecessário? Pois trata-se
também de uma mensagem do cérebro, que algo vai mal. Hoje já se sabe que o
sentimento da compra gera um hormônio de prazer (para mulheres e homens!), e
quando sua mente está estressada ou buscando prazer rápido, por vezes temos esse
desejo de compra, que nos leva a adquirir algo que não queremos de fato.
Com isso em mente, eu chego ao meu ponto: vender coaching, vender ajuda não é
fácil, muitas vezes nossa mente consciente busca negar a necessidade de ajuda externa,
queremos acreditar que não queremos ajuda, pois isso seria reconhecer uma fraqueza,
seria dar crédito a uma arte ou pessoa duvidosa, e o resultado, quase sempre, é comprar
algo sem necessidade ou por mero impulso. Podemos negar comprar-nos algo para nos
ajudar, mas cedo ou tarde, os sinais desconexos na nossa mente nos farão gastar dinheiro
em algo que não queremos realmente, e eu pergunto, por que não dar uma chance a
alguém dar um olhar externo à suas atividades?
O coaching tem como objetivo isso, na esfera onde atuo principalmente, o Personal
Coaching, a busca é o auto-despertar, o autoconhecimento, e para tanto, diversos
métodos e livros com exercícios que comprovadamente funcionam, não em 100% dos
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casos, pois não somos todos iguais, mas até nisso ajudam, ajudam a descobrir o que
funciona e o que não, para cada um de nós.
Por isso, antes de gastar em algo que não se importa realmente, dê a seu dinheiro a
chance de fazer algo realmente por você, e aceite uma ajuda externa, um olhar
questionador que pode ajudá-lo. Afinal, paga-se por sessão, e se pode desistir quando
bem entender. Podemos marcar um horário?
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Como Saber o que não sabemos?
Por Emanuel Campos
A maior pergunta dos últimos tempos tem sido esta, como saber exatamente o que não
sabemos? Pois é fácil medir o conhecimento que temos, avaliamos, aproximadamente,
aquilo que sabemos fazer bem ou mal, e ainda assim, às vezes as coisas nos surpreendem,
sendo mais difíceis que esperávamos, ou mais raramente, surpreendentemente mais
fáceis.
Se você usa um relógio, gostaria que o retirasse do pulso e o colocasse em alguma região
onde não possa vê-lo. Feito?
Agora quero que desenhe seu relógio, com o máximo de detalhes que puder lembrar.
Leve o tempo que quiser, mas ao olhar novamente para ele, o relógio, encerra-se o
exercício.
Quando achar que lembrou-se de todos os detalhes, veja novamente o seu aparelho e
confirme as diferenças de detalhes. Há muitos erros? Alguma peça ou ilustração que
ficou faltando? Aposto que sim, e o motivo é muito simples:
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Desenhe aqui seu relógio:
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Nossa mente está programada para sempre otimizar ao máximo as tarefas que
desempenhamos, assim, toda vez que você consulta as horas, você não vê na verdade,
nada além das horas, sua mente ignora o relógio ao redor da informação que ela
precisa. Aposto que numa boa olhada agora, surgiram riscos que você nem tinha notado
antes. Isso por que sua mente não buscava por eles.
A mente é algo programável, e este exercício só busca trazer à tona este conhecimento.
Seu desenho nada foi além de reflexo de suas memórias sobre o relógio, quando a
informação da forma era relevante, na hora da compra, na hora que o recebeu de
presente, ou na eleição do aparelho certo para a roupa certa. Ao longo do dia, no
entanto, tudo que você consultou foram as horas, não o relógio.
Surpreso? Ah muitos mais a se conhecer de você mesmo e como sua mente trabalha. Um
belo truque que explora ainda mais o potencial do desconhecido vem numa corrente de
e-mail, como a relacionada abaixo:
Escolha uma carta abaixo, depois olhe 3 segundos para meu gato, Tobias, e ele irá
descobrir qual você escolheu!
Agora, o Tobias irá descobrir qual foi sua carta esolhida, deixe-o ler sua mente, olhe para
ele por 3 segundos:
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E a carta que você escolheu já não está mais aqui:
Você consegue descobrir qual é o truque? E por que você, se caiu, caiu na pegadinha?
Olhe novamente nas duas figuras e me diga, são mesmo as mesmas cartas as 6 da
página anterior e as 5 desta página? Claro que não!
A figura no início deste artigo representa um pouco sobre como funciona a nossa mente.
Se prestarmos atenção nela, ela representa nós mesmos (yourself) e os outros (others). Ela
também divide cada pessoa em dois campos, aquilo que eles podem ver (SEE), isto é,
têm ciência, conhecimento, sabem à respeito, e aquilo que eles não podem ver (CAN’T
SEE), isto é, não sabem conscientemente, de algo.
- Público aquilo que você e os outros sabem à respeito (onde ambos podem ver);
-Privado: aquilo que você pode ver, mas os outros não, são seus segredos, sonhos,
desejos, jamais compartilhados;
- Pontos Cegos: É tudo aquilo que os outros podem ver em você, menos você próprio, um
bom exemplo desta situação, é aquela pessoa que tem mal-hálito, mas não sabe disso,
por que ninguém nunca quis contar-lhe. Outros exemplos são suas manias, as caras que
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faz quando surpreendido, contente, irritado, tudo aquilo que você reage, mas que os
outros vêem em você;
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Qual a importância do Coaching afinal?
Por Emanuel Campos
Muitas pessoas ficam surpresas com o valor hora cobrado por um coach sênior, algo que
eu não sou, mais ainda, se surpreendem em saber que muitas pessoas requerem os
serviços de coach. Eu atribuo isso à falta de conhecimento dos gestores e gerentes em
geral. Existem alguns ditados que já são tão repetidos pelo mundo que já se tornaram
piegas ou repetitivos, ou lugares comuns, quando ainda transportam nos dias de hoje a
mesma sabedoria e conhecimento que portavam no dia em que foram escritos.
http://www.gestopole.com.br/article.php?article_id=1905
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A Palm e o Mercado
Uma análise não autorizada, por Emanuel Campos.
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Ainda em Organização Industrial vemos que a qualidade do produto acaba associada a
idoneidade e honestidade da empresa que os produz. Empresas com aparelhos que
funcionam melhor, com menor taxa de quebra ou reclamação, são vista como mais
transparentes, mais honestas e dedicadas aos clientes. A quebra está associada com
uma tentativa da empresa de te obrigar a trocar de produto, por um novo. Desta forma,
aumentar a qualidade através de processos de controle, absorvidas pelas etapas
produtivas, sem onera o produto final, além de se aumentar a produção, também
melhora a imagem da empresa no mercado.
Com isso em mente podemos avaliar a Palm Inc. e, talvez, entender como que uma
empresa que já deteve 90% do mercado dos computadore de mão, mais conhecidos
como PDA, viu chegar ao seu mercado concorrentes com produtos melhores, na mesma
faixa de preços, e hoje ela detem apenas 40% deste mercado.
A Palm Inc. já teve seu nome como sinônimo de PDA, e até hoje o tem entre o púlico mais
leigo, aparelhos leves, com Sistema Operacional estável, integração com windows e
linguagens de programação acessíveis e fáceis de se dominar, mas esta mesma
autonomia era seu fraco, seu sistema operaciona, no ápice, não permitia
implementações novas sem colocar em cheque seu maior ponto de venda, e assim, multi
tarefa, novas funções como gravar voz, ver fotos e reconhecer outros formatos externos,
como de figuras e documentos de escritório foram, lenta e dolorosamente sendo
integrados.
Restava a Palm Inc. mexer no Hardware para se tornar mais competitiva, e foi o que fez,
mas os resultados mostraram que foi para pior. Apostando que o consumidor destes
produtos tem como foco o preço, ela começou a ceifar recursos: tirou o gravador de
som, as bases de fixação das palms. Trocou as elegantes carcaças metálicas e canetas
com ponta reset por aparelhos de plástico e canetas inteiramente injetadas. Trocou
sucessivamente de conector em busca de uma melhor relação custo/benefício, mas, na
prática, tudo que conseguiu foi irritar o público que não perdia acessórios cada vez que
trocava de aparelho. E até mesmo, as consagradas caixas, como da saudosa caixa do
Palm Vx ou da Tungsten|t foram substituídas por displays plásticos.
O resultado é história, cinqüenta por cento de mercado perdido e, como a Ford Brasil que
passou 15 anos produzindo o mesmo Escort, a Palm perdeu o chão, e dos seus luxuosos
PDA''s, ela foi acomodando-se a uma posição de entrada de linha. Mesmo a atualização
de aparelhos, da Zire para a Zire 21 e da Zire 71 para a Zire 72, ao invés dos investimentos
previstos, aumento de memória, qualidade da foto, o que se viu foi: telas com zunidos,
síndrome de digitalizadoras malucar, linhas verdades sobre as fotos, enfim, a imagem da
empresa estava definitivamente arranhada. A Palm Inc. havia mexido na qualidade, mas
ao invés de integrá-la a produção, cortou-a de vez, como forma de diminuir ainda mais o
custo dos seus produtos. A imagem foi um preço caro.
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Hoje a Palm Inc. com novo logotipo e novos produtos vem com uma promessa de
recuperar mercado com investimentos pesados em tecnologia: wi-fi, memória flash
integrada, uma nova linha de aparelhos com mini HD, e trás a promessa, que só tempo
confirmará, de ter evoluído em qualidade. É preciso tempo para que usuários que
pagaram além de suas palms, quase cinqüenta por cento de novo, só para usá-las sem
ruído ou linhas verdes, voltem a confiar na empresa, seus produtos ainda são vistos,
justificadamente, com um pé atrás, a própria Tungsten T5, que queremos acreditar, é a
última da velha Palm, era uma coleção de problemas, restart lento, sem gravador de voz,
novo padrão de conector, memória que fazia os arquivos crescerem, lentidão na troca
de informações. Rezemos, para a Tungsten E2 e o LifeDrive provarem que há ai uma nova
Palm.
A Palm, além do pioneirismo, conta com outras qualidades, é carismática, amigável aos
usuários e acima de tudo, é não Windows, pegando todos aqueles que fogem deste
ambiente, os linuxistas, Macintóshicos, e mesmo usuários do Windows que querem
versatilidade. Seus aparelhos também são mais amigáveis que as combinações que
lembram placas de automóvel, usadas pelas concorrentes, iPAQ 1940, RX 3420, RZ 3715, e
assim vai. Desta forma, os parcos fãs desta linha ficam agora rezando para que a Palm
domine enfim, conceitos básicos de Organização Industrial, vendo que uma empresa de
manufatura vive de fazer bons produtos, e não de mudanças de nomes, logotipos,
downsizing, abertura para bolsas de valores ou afins.
http://www.devmedia.com.br/post-7690-A-Palm-e-o-mercado.html
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Palestra de Rudolph Giuliani na HSM Management 2009
Por Emanuel Campos
Hoje teve início a ExpoManagement 2009 com incríveis convidados e grandes empresas
expondo e exibindo seus portifólios, diretamente no espaço de convenções Transamérica,
e eu estava lá, e assisti à incrível palestra de Rudolf Giuliane, o ex-prefeito de Nova York
durante o ataque às torres gêmeas, em 2001. O tema da palestra era sobre seu livro
Leadership, liderança, onde ele aborda alguns pontos que ajudam e guiam o leitor à
atingir a liderança…
A abertura da palestra de Rudolf Giuliane foi sobre seus desafios como prefeito de Nova
York, fazer o cidadão voltar a acreditar na sua cidade. A maior cidade do mundo tinha a
idéia do crime e das máfias como um problema insolúvel. O tempo havia permitido à
máfia e ao crime infiltrar pessoas no direito, na justiça, no governo, na polícia. Rudolf
então focou três objetivos para seu governo: solucionar a criminalidade, diminuir o custo
da máquina pública e diminuir os impostos.
Após a apresentação desta parte, Giuliani abordou então os temas do seu livro, sobre
como tornar-se líder. E foi uma das melhores palestras de toda a segunda feira. Em termos
gerais foram os seguintes tópicos que ele abordou:
- Tenha uma missão pessoal, saiba para onde está indo, tenha um objetivo sólido;
- Tenha coragem para tomar decisões difíceis;
- Esteja preparado para tudo, simule situações, pense antes de fazer, para tomar decisões
rápidas necessárias;
- Trabalhe em equipe, não faça tudo sozinho ou tente abraçar o mundo, nunca creia ser
o mais importante do seu grupo;
- Descubra seus pontos fracos e cerque-se de pessoas que te completem. (Se você não
encontrar um ponto fraco seu, pergunte à sua companhia, esposa ou marido, namorada
ou namorado, então, se não achar seus defeitos, pergunte a vizinhos e colegas da
empresa. Se ainda não encontrá-los, vá a terapia, todos têm defeitos, aceite isso!).
Após sua brilhante e energética palestra, houve então um talk-show entre o presidente da
HSM com o ex-Prefeito de Nova York, e um dos mais bem sucedidos prefeitos da grande
maçã. Neste talk show houve uma humanização desta pessoa maravilhosa, que iniciou
com perguntas sobre sua infância, origem e formação. Transcrevo suas respostas como
consegui anotar:
Nascido no Brooklyn de Nova York, fez duas escolas católicas para sua formação básica,
de tal forma que a primeira profissão que pensou adotar foi padre. Seu pai foi a o
desespero, mas um teste vocacional, no último ano do colegial, lhe indicou a direção ao
direito. Onde ele formou-se e disse ser muito importante fazer algo que você goste de
paixão, pois o fará para o resto da sua vida.
Então, ele tornou-se promotor público da cidade e já alí iniciou seu combate às máfias da
cidade, prendendo diversos funcionários públicos ou tirando-os de seus cargos quando
possível. Máfia, crimes do colarinho branco, até que concluiu que seu cargo não lhe
permitiria fazer tudo que gostaria e decidiu que se tornaria prefeito, para continuar sua
busca.
Perdeu sua primeira corrida à prefeitura, perdeu as primárias ao senado, mas ao invés de
desistir, aprendia a cada derrota como continuar lutando, até lograr a prefeitura.
Hoje, o ex-prefeito é dono de uma empresa de direito, na Time Square e dono de uma
empresa de gestão de crises, experiência aprendida com o atentado às torres gêmeas.
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Sobre as torres, a inevitável pergunta, ele respondeu que estava numa padaria na manhã
do ataque. Um policial entrou correndo enquanto ele tomava seu café e informou sobre
um acidente, um avião havia se chocado numa das torres e um incêndio parecia
alastrar-se. Ele então saiu correndo para fora da padaria e ao ver o céu azul de
brigadeiro e olhar para a torre, ele imaginou estranho um acidente com aquele céu,
pensou numa falha do avião, então imaginou que poderia ser um ataque terrorista, não
seria o primeiro, em 1993 uma bomba explodiu num estacionamento subterrâneo próximo
de onde ele trabalhava.
Esta era uma situação que ele não havia simulado e que não sabia como resolver, não
havia como sair da situação e estudar de fora o que acontecia, então ele seguiu seus
instintos, ficou o tempo todo junto ao ponto de contato, trabalhou muito e foi criticado
por ficar fora de seu gabinete tanto quanto foi elogiado, mas ele se sentiu útil e amigo alí,
no meio da confusão e do perigo.
Este foi, sem dúvida, seu momento de virada e consolidação das pessoas que ele
pensava ser e que definiram como ele seria pelo resto da sua vida. Foi quando sua
liderança e reação foram testados ao limite. E esta foi sem dúvida uma palestra da qual
jamais esquecerei.
http://www.administradores.com.br/home/emcampos/artigos/
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Plano de Negócios
Por Emanuel Campos
O objetivo primordial do programa para mim, foi organizar a empresa da minha esposa
de traduções (inglês/espanho/português), e colocar tudo às claras. Para ela, argentina
formada em magistério, foi muito elucidativo por fazê-la entender que existem
concorrentes, a necessidade de se criar diferenciais e todo o demais. O resultado foi tão
satisfatório, que já estou fazendo um ACCESS baseado no programa, que permita editar e
acumular empresas num portifólio, para fazer atualizações e acrescentar um par de
campos.
Por hora, tenho usado o programa como está, para ajudar outros amigos meus que
tensionam criar um negócio paralelo ao seu serviço, seja uns que fazem bolos para
vender, costuram, vendem artigos artesanais em geral, ou outros, mais profissionais e
vendem serviços e/ou consultorias. E com estes últimos, o que mais tenho identificado é
uma resistência terrível a entender as exigências do programa! Pessoas bem formadas,
consultores que já atuam no mercado, que resistem à definir (e a ver a importância em
defenir) certos serviços.
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Definir artigos básicos como "forma de cobrança" ou "garantias ao cliente" têm sido um
parto. Aparentemente as pessoas com mais formação, são as que menos vêem
necessidade de oferecer garantias ao cliente ou uma opção que não seja o pagamento
à vista. "Mas como eu pago minhas contas se eu parcelar" é algo que já cheguei a ouvir,
mas o pior é a definição de concorrência, aparentemente todos sabem que têm
concorrência, mas na hora de nomear 2 que seja, patinam, não sabem citar
textualmente uma empresa ou alguém famoso do mercado, menos ainda sabem citar
seus preços, formas de pagamento ou garantias que ofereçam ao mercado.
Pode parecer uma tendência, ou eu que tenho uma amostragem muito pequena, mas
praticamente todos que eu vi até agora, buscando especializar-se em algo, têm se
esquecido que o conhecimento num software, num ramo da administração, não é
suficiente para vender sozinho seus serviços. Será que a especialização cega a tal ponto
de esquecer-se que o público precisa saber do valor desta mesma especialização?
O link para o programa do SEBRAE-ME e para uma apostila muito bem redigida, em PDF,
está abaixo. Confira e veja se você também não tem se esquecido de alguma parte vital
do seu plano de negócios...
http://www.sebraemg.com.br/Geral/VisualizadorConteudo.aspx?cod_conteudo=1943&c
od_areasuperior=31&cod_areaconteudo=593&cod_pasta=594&navegacao=PARA_SUA_E
MPRESA/S%E9rie_Como_Elaborar/Como_Elaborar_um_Plano_de_Neg%F3cio&cod_pagina
conteudo=653
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/plano-de-negocios/44053/
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Como fazer uma apresentação – Dicas
Por Emanuel Campos
Dizem que tão importante quanto o plano de negócio da sua empresa é fazer uma
pequena apresentação, de até 10 slides, sobre o que é sua empresa. Afinal, de que vale
uma grande idéia de negócio, se você não consegue explicá-la? Partindo desta métrica,
encontramos diversos empresários que realmente não sabem, de forma sucinta ou clara o
suficiente, explicar exatamente o que faz sua empresa. Em uma rodada de negócios, me
lembro claramente, que um chegou a dizer "Bem, é complicado explicar o que faço, mas
vamos lá...", sabe para onde foi o interesse de todos os presentes após esta afirmação?
Pois bem, o segundo desafio, é fazer desta apresentação algo produtivo, e não um
sonífero, algo que estimule e motive a audiência, mesmo que seja sua esposa e seus
filhos, inicialmente. Para isso, diversos bons livros estão vindo ao mercado, seja mostrando
as técnicas usadas por um dos maiores shows mans da atualidade, Steve Jobs, ou através
de dicas mais objetivas. No fim, pode-se resumir o "o que fazer de apresentação" há
algumas regras bem simples, como estas abaixo:
Ao ver na faculdade e fora dela tantas e tantas apresentações mal feitas, carregadas,
poluídas de textos e imagem, nos perguntamos; afinal, o que será que ele quer que eu
saiba disso tudo?
Em seu livro “Brinde grátis! Aproveite!”, Seth Godin vem com quatro regras simples para
tornar sua apresentação mais interessante e outras cinco regras dos bons modos durante
a mesma; reproduzi abaixo os tópicos, sem a descrição para fins de divulgação do livro:
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1. Prepare fichas de mão para sua auto-orientação;
2. Os slides devem reforçar suas palavras, não repetí-las,
3. Crie um documento por escrito para entregar após a apresentação;
4. Faça um formulário de feedback após sua apresentação;
Pecados capitais:
http://www.gestopole.com.br/article.php?article_id=1836
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Como eleger um domínio na internet
Por Emanuel Campos
Muitas empresas buscam colocar no domínio o nome da empresa, sem olhar pontos
fundamentais no processo, tais como: o nome tem nomes similares registrados? Este é o
tipo de confusão que faz muitos clientes entrarem em outros sites, não encontrarem o seu
ou, o pior de tudo, ir para um site de concorrente! Também há o problema de grafias
complexas, nomes longos e, o mais comum de todos, ao encontrar o domínio desejado,
algo como "empresadojoao.com.br", a pessoa simplesmente muda a extensão do
domínio, ao invés de ".com.br" muda para ".com" ou ".net" ou ainda os domínios
específicos que só as pessoas da área conhecem, tais como ".eng.br, .adv.br, .ind.br,
.met.br" e o resultado acaba sendo o mesmo: clientes impelidos pela inércia dos finais
".com.br" irão somente para o domínio da outra empresa, até mesmo uma empresa
concorrente, o resultado é uma venda perdida com certeza e ainda a chance de estar
ajudando sua concorrência!
Para aqueles de primeira viagem na internet, eu sempre passo estas simples dicas:
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1) evite nomes estrangeiros ou nomes muito longos, as pessoas têm memória curta e
dificuldade para escrever nomes estrangeiros. Mesmo sendo hépta campeão, Michael
Schumacher ainda gera muita confusão sobre como grafar seu nome, imaginem um
domínio: "www.schumacher.com.br"! Haja trabalho de divulgação para grafar este
endereço;
4) lembre-se que hoje em dia, o site é visto como um portal estático, um porto seguro
para buscar desde o endereço da empresa à informações dos produtos e manuais, mas
a informação dinâmica da internet hoje está em Blogs, Twitters e comunidades On-line,
como o Orkut (muito famoso no Brasil) ou o Facebook (famoso no resto do mundo). Fazer
um site é um excelente primeiro passo, mas não esqueça dos demais passos posteriores!
5) atenção ao suporte aos usuários. O site é um catálogo virtual, uma vitrine on-line, mas
sem a interação com os clientes, ele será estéril, é preciso garantir outros canais de
comunicação, como chat´s on-line, telefones de atendimento e, de preferência, mostrar
um endereço físico, as pessoas ficam mais tranqüilas se souberem que há um endereço
físico onde reclamar se algo der errado.
Veja que estas dicas todas nem sequer abordam questões como leiaute da página, ou
cores e logotipo. A questão da internet é menos trivial do que parece, desde o endereço
até a interação do usuário com a página, e apesar disto, o que eu mais ouço no
mercado é: ah, meu sobrinho/primo/filho já está cuidando da questão de internet.
Em plena era da informação, é triste ver empresas que subestimam tanto a força do
mundo virtual, mesmo empresários jovens, geração Y ou V, ainda têm dificuldades com o
mundo on-line. E você, precisa de algum ajuda?
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Palestra de Walter Longo na ProXXima 2010
Por Emanuel Campos
Um dos felizardos a poder comparecer a este prestigiado (e caro) evento, pude não
apenas assistir à brilhante palestra de Walter Longo (Diretor da Young & Rubicam Brasil)
como desfrutar das empresas presentes ao evento, como IG, UOL Host, Editora Globo,
Editora Abril (especificamente com a Veja), Mtv, Google, entre tantas outras.
Da feira, posso falar pouco, exceto que todos foram extremamente simpáticos e
atenciosos, mesmo tendo entrado no evento como estudante, pré-requisito para acesso
grátis oferecido pelo Walter Longo. Saí de lá com revistas da ESPM, Meio & Mensagem,
Veja e a maravilhosa revista ProXXIma que eu não conhecia.
Sobre a Palestra:
Primeiramente gostaria de salientar que Walter Longo foi uma pessoa maravilhosa,
recebendo os estudantes para fotos com incrível paciência, e autografando livros antes
de sua palestra. Durante sua palestra, ele demonstrou paixão e entusiasmo por aquilo que
falava, injetando à apresentação dinamismo, ritmo intenso, mas sem deixar que ninguém
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se perdesse. Uma apresentação brilhantemente criada, surpreendendo minha já elevada
expectativa.
No seu discurso, Longo falou como os 5 traumas da humanidade, dos últimos 500 anos
voltaram a assombrar o homem, todos juntos, em apenas 5 anos. Especificamente no
setor de comunicação e agências, o tema de abrangência dos presentes. O brilhante
filme “The last advertising Agency on Earth” dá o tom do que são estes traumas para este
setor.
Como era de se prever, todos estes traumas são oriundos da forma como a Internet e a
interatividade por ela vindouras alteraram a forma das empresas se comunicarem com a
audiência. Há muito mais “ruído, distração, novas informações”, do que no passado.
Canais que eram grátis se tornaram pagos e canais que eram pagos se tornaram grátis,
por exemplo, a TV sempre foi grátis, agora o melhor conteúdo é pago, o jornal sempre foi
pago, agora é praticamente atirado pela janela do seu carro, todas as manhãs.
Para aqueles que querem saber quais traumas são estes, especificamente, eles são:
Este foram os traumas que Walter Longo apresentou. Para cada qual, ele propôs
um antídoto, mas não sou do tipo que conta o final do filme ou faz spoiler daquilo que é
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interessante. Se interessou? Compre o livrodele, ou me contrate. Eu marquei direitinho os
pontos, prometo!
http://www.youtube.com/watch?v=ERGrSQoY5fs
http://www.submarino.com.br/produto/1/21412289/vendendo+e+aprendendo
http://emanuelcampos.wordpress.com/2010/05/02/palestra-walter-longo-proxxima-
2010/#more-120
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Como matar seu negócio
Artigo originalmente escrito por Lisa Barone, em:www.smallbiztrades.com
Se você está procurando maneiras de fazer seus negócios prosperarem existem várias
delas por aí, você pode pesquisar todos os caminhos já trilhados, ou optar pelos caminhos
nunca antes trilhados, ou pode ainda fazer um híbrido entre eles, obtendo o melhor dos
dois mundos se fizer as escolhas certas, contudo, se você está querendo que seu negócio
morra em sua rota ou ao menos limite seus lucros de forma bastante severa, você só
precisa fazer uma coisa…
O problema com “algum dia” é que esta data não está no calendário. Aquele dia que
você tanto espera nunca chegará. Um artigo publicado recentemente num site norte
americano mostrava como os 20 maiores negócios da internet se pareciam quando
foram lançados. Nesta lista estavam incluídas empresas como Google, Facebook,
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MySpace, Yahoo, YouTube, Wikipedia, Apple (este era uma beleza…) e outro sites que a
maioria das pessoas reconhece imediatamente. Grandes marcas da internet, e elas não
eram bonitas. A maioria do site parecia bastante crua, com apenas uma amostra de suas
funcionalidades que possuem hoje. Eu não pude evitar de pensar o que aconteceria se
estes sites não fossem lançados até estarem “perfeitos” e “prontos”. Se Larry Page e
Sergey Brin não tivessem lançado o Google ate’cada uma das páginas da internet já
estivessem indexadas em seus mecanismos de buscas e mapeadas.
Meu palpite é que o Google, junto com o resto destas companhias, nunca teriam sido
lançados. Eles ainda seriam alguma ótima idéia para “algum dia” de um dono de
pequeno negócio.
Todos nós sofremos deste tipo de perfeccionismo paralisante, a voz em nossas cabeças
que diz “ainda não está pronto”, que “ainda não está bom o bastante para ser lançado”.
Mas nesta avaliação, você nunca poderá dar o próximo passo, você ficará sentado
sobre o produto até que ele não seja “novo” mais ou perderá a excitação pelo novo que
você está sentindo.
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O que é Marca?
Por Emanuel Campos
Quando pensamos nas marcas que conhecemos, o que pensamos sobre ela? Pois fazer o
caminha inverso, daquelas que lograram o sucesso, é estudar como fazer de nós mesmos
um sucesso. Pizza Hut, por exemplo, ao pensar nesta empresa não pensamos apenas em
pizza, não é mesmo? Sabemos que são pizzas diferentes daquela do delivery, que seus
restaurantes são diferenciados e cheios de badulaques e ursinhos dos pequenos aos
gigantes. Shell nos remete a combustível, pensamos em qualidade e aqueles que gostam
de corridas já a relacionam também à Ferrari, muitas vezes há uma transferência nesta
associação de marcas, e associamos qualidade e confiança nesta marca, pela mesma
imagem que temos dos carros caros de Maranello.
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A Petrobrás recentemente gastou uma fortuna numa pesquisa para mudar seu nome,
para, vejam só, Petrobrax. Tudo por que eles queriam perder a relação com o
combustível fóssil, já que são grandes pesquisadores de combustíveis novos. Por fim,
concluiram que era melhor mudar só a missão da empresa. Alguém lembra-a decor?
“Energia para mover a vida”, uma forma igualmente simples, de associar a marca a fins
não fósseis. E até agora, o têm feito com grande sucesso.
Quando escolhemos o nome que vai num e-mail, por exemplo, que combinação
buscamos? Não pegamos combinações esdrúxulas
como zrrefdsgbrd99x9x9x9@gmail.com, pois sabemos que ninguém vai lembrar-se do
endereço ou associá-lo conosco, apesar deste provavelmente, ser um e-mail único, não
é? O mesmo princípio básico serve àqueles que buscam criar o nome da empresa.
Nomes demasiados simples provavelmente já estão em uso, mas a busca meramente
pela unicidade do nome, pode desassociar a marca daquilo que você faz, e assim,
dificultar as pessoas a lembrarem-se de você quando precisarem de seus
produtos/serviços.
Nota:
Brincadeira com as marcas realizada por Mário Amaya, uma pessoa que atua nas revistas
Windows Oficial e Mac+, que é um grande profissional, fotógrafo e uma pessoa que
admiro muito. (@marioamaya).
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Administrando Negócios
Por Emanuel Campos
Último ponto:
Mapeamos o ciclo de compras dos clientes, sobrevivemos o primeiro ano e sobrou caixa.
As contas, impostos estão pagos, fornecedores felizes e clientes satisfeitos. Que fazer?
Investir os lucros, aumentar um pouquinho a empresa, para a época de compras dos
clientes, você estar mais preparado para vender mais, e sobreviver a baixa, assim que
sem investimento exagerados, se tiver que dizer não a algumas vendas, as coisas estão no
caminho certo, vender mais, a qualquer custo, sai muito caro…
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Como identificar e proteger seu tempo criativo?
Por Emanuel Campos
Caso número 1:
Você chega ao trabalho cheio de entusiasmo. Teve uma grande ideia durante a manhã
e está louco para coloca-la no papel. Ligando o computador, contudo, o som familiar de
e-mails jorrando aos borbotões pela sua caixa de e-mails te chama a atenção, eles
soterram inclusive aqueles que você não teve tempo de ver na noite anterior. Alguns
também parecem bastante urgentes. Você então decide que vai responder apenas 2,
antes de começar a trabalhar na sua ideia... Vinte minutos depois, você continua no e-
mail. Já respondeu o que devia, mas ficou preso nos e-mails de amigos, links e piadas.
Você chacoalha a cabeça para espantar estas distrações da mente, fecha o e-mail, e
volta à sua ideia.
Em meia hora você está apaixonado por sí, sua ideia se conecta com tudo que sempre
sonhou e mais dois parágrafos e algo genial pode brotar, quando seu telefone toca. É um
coachee, falando de algo de uma reunião na semana passada. Você começa a buscar
suas notas na sua mesa, mas não as encontra, contudo, há algo que faz seu coração
gelar. Você acha uma carta que já deveria ter sido despachada há uma semana. Você
diz ao coachee “já te retorno”, e trata de terminar a carta para enviá-la, mas descobre
que faltava algo, por isso ela não foi enviada ainda. Você havia pedido algo a alguém
para poder enviar, o que era mesmo? E seu pensamento é interrompido pela voz da sua
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mulher, lembrando-o que hoje é dia de pagar o aluguel, de passar no mercado e de
comprar aquela fralda cara que o bebe gosta. O que era mesmo a sua ideia?
Caso número 2:
A escritora Maya Angelou faz uma distinção entre os tempos de escrever os rascunhos,
daquele que faz a revisão:
“Eu me levanto por volta das cinco da manhã... Pego meu carro e dirijo em direção a um
hotel, eu não posso escrever em casa. No hotel então, onde alugo um quarto, do qual eu
retiro tudo de todas as paredes, ficamos no quarto eu, a bíblia e algumas cerejas secas,
então eu trabalho até as 6:30. Eu escrevo deitada na cama, um cotovelo hoje já está
mais escuro que o outro de me apoiar sobre ele, e eu escrevo com letra de mão sobre
páginas amarelas. Uma vez que eu começo meu ritual, minhas dúvidas somem, é lindo...
Depois do jantar, eu reescrevo o que escrevi pela manhã... Ás “oito horas da noite são as
horas mais cruéis, por que é quando eu começo a editar, e toda a beleza que eu escrevi
é podada.”.
(Do livro Creators on Creating, Ed. Frank Barron, Alfonso Montuori, Anthea Barron).
Os hábitos de escrita da Maya Angelou podem parecer meio excêntricos, mas eles
realmente fazem sentido, ao escrever em um quarto de hotel ela efetivamente separa
seu tempo de escrita do resto da sua vida, eliminando distrações e garantindo que ela
atinja o estado mental máximo de criatividade.
Olhando por esse prisma, muitas supostas excentricidades agora parecem lógicas e
razoáveis. Talvez você também tenha um local especial que fará você se focar em
atividades criativas – um escritório afastado, uma cadeira em particular, uma mesa em
seu café favorito, ou talvez seu notebook favorito ou aquela caneta específica. Uma vez
que você os identifique e crie o hábito de utilizar esses gatilhos, eles formarão parte de um
ritual mental, ou um processo de auto-hipnose, se preferir, para ajuda-lo a atingir o estado
de absorção chamado de fluxo criativo, por Mihaly Csikszentmihalyi. Por fim, se mesmo
assim ocorrer de você se ver procrastinando frente a algum trabalho, siga o conselho de
Mark Forster, diga para você mesmo: “Eu não vou realmente trabalhar nisso agora, vou
apenas dar uma olhada nestas páginas...”.
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O processo criativo de Mozart, ou, programação neuro lingüística (PNL)
Por Emanuel Campos
Dentre as palestras paralelas do evento HSM Management Expo 2009, a primeira que ví,
logo de cara, foi no auditório do Mackenzie, com uma Profa. Mestra. Dra., sobre
programação neurolinguística. Eu, como formado em Marketing na Uninove (e posso
garantir que Marketing ao menos entendi, afinal lí na íntegra o grande livro vermelho de
Kohtler), e formado como técnico e tecnólogo mecânica por uma ETE e FATEC
respectivamente, não entendi nada.
A palestra no auditório Mackenzie era conferida por Ana Maria Roux Valentini Coelho
Cesar, e seu tema era: Neurociência Aplicada à Gestão, A tomada de decisão em
ambientes contábeis.
Mas vendo as buscas do Google que trouxeram pessoas a este blog, vi que alguém
procurou sobre “as cartas do processo criativo de Mozart” e resolvi ler o que era no
próprio Google. Por algum motivo, além de meu próprio blog, um excelente livro
apareceu no Google Books, o qual lí e transcrevo parte da tal carta aqui. Confesso que
hoje já me sinto um pouco melhor preparado para assistir novamente aquela palestra
que estava na segunda feira, o livro é mesmo excelente
Sobre o livro:
A estratégia da Genialidade, de Robert Dilts, Volume I, 1998, publicado no Brasil pela
Summus Editora.
DILTS, Robert; STRATEGIES OF GENIUS, 1998.
Livro disponível para leitura no Google Books.
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http://books.google.com.br/books?id=D5PoMb7T9lIC&printsec=frontcover#v=onepage&q
=&f=true
A primeira abordagem que achei fantástica do autor foi sua teoria da Auto-organização:
como que por de trás de um sistema caótico, quando diversas etapas precisam ser
empregadas deste sistema, uma ordem parece surgir dele espontaneamente, ao invés
de um caos ainda maior. Esta teoria não é novidade, vimos no blog em “Time
Managemente for Creative People”, onde o autor cita de outro livro, sobre como para a
criatividade funcionar diversos gatilhos emocionais são necessários, e por vezes o que
parece exagero e tiques nervosos de artistas são de fato, apenas processos criativos
mapeáveis, como uma escritora que para materializar sua novela, saía às 4 da manhã de
casa e rumava para um hotel, onde ela solicitava que no quarto que alugava fosse
retirado todos quadros e enfeites das paredes, deixando-a só com a cama, a
escrivaninha, a bíblia, e algumas balas de cereja. Ou outro autor que colocava maças
podres sobre sua mesa para escrever seus poemas.
Sobre Mozart:
Wolfgang Amadeus Mozart nasceu em 1756 e morreu em 1791 e sempre está relacionado
à genialidade. Não por acaso, a forma com que tocava dois instrumentos com
genialidade antes de eleger apenas 1, pois dizia, ninguém pode ser perfeito dedicando-
se à duas frentes ao mesmo tempo, e abandonando o violino. A forma com que compôs
uma peça enquanto jogava bilhar ou escreveu uma peça apenas duas horas antes de
tocá-la…
Se eu continuar desta maneira, passo a pensar de que forma posso transformar este
pedaço, para fazer dele um bom prato, digamos assim, adapatado às regras de
contraponto, às peculariedades dos vários momentos.
~ Ibid
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Tudo isso incendeia minha alma e, se eu não for pertubardo, o tema amplia-se, torna-se
metodizado e definido e o conjunto, embora longo, aparece quase que completo e
acabado na minha mente – assim, posso supervisioná-lo, como a um lindo quadro ou
uma bela estátua, com um único olhar. Tampouco escuto em imaginação as partes
sucessivamente, mas as ouço como se fossem algo único, de uma só vez (gleich alles
zusammen). Mal posso descrever a delícia que é! Toda esta invenção, esta produção,
ocorre em um sonho prazerosamente concreto. Ainda assim, a audição real do conjunto
é, sem dúvida, o que há de melhor.
Não esqueço com facilidade o que foi assim produzido e este é talvez o melhor presente
pelo qual tenho de agradecer ao meu divino criador.
Quando eu passo a escrever as minhas idéias, tiro do bolso da minha memória, se posso
me expressar assim, o que havia sido ali reunido previamente, da forma como mencionei
anteriormente. Por esta razão a escrita no papel é feita rapidamente, pois tudo está,
como já disse antes, feito; e raramente difere no papel daqueilo que existia na minha
imaginação. Neste estágio, posso ser interrompido; pois haja o que houver ao meu redor,
ainda continuo a escrever, e até conversar, mas apenas de coisas anódinas, ou de
Gretel ou Barbel ou de coisas parecidas.
~ Ibid, Ibid, Idid.
Para uma detalhada interpretação da carta, bem como uma compreensão de outros
gênios criativos eu realmente recomento a aquisição do livro, feito em linguagem simples,
objetiva e muito elucidativa. Parabéns ao autor e ao tradutor, por manter o clima do
texto.
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Análise do livro: Como fazer amigos e influenciar pessoas
Por Emanuel Campos
Por definição eu sou contra livros de auto-ajuda, audiobooks e outras formas que sempre
considerei caça-níqueis, livros lançados à revelia, se um em cada 10 der dinheiro, bom
para a editora, paga o custo dos outros 9, quando os 10 são lançados em pequenos
lotes e num valor inicialmente mais elevado. Então, um grande amigo, Jefferson Gobetti,
me presenteou com uma cópia do audiobook Fazer amigos & Influenciar Pessoas e eu fui
obrigado a engolir todos meus preconceitos sobre estas formas de comunicação,
primeiramente por que o formato do audiobook me permitiu ler com uma atenção
redobrada, do que pensei ser possível. Nos meus trajetos de metrô e trem, eu venho
ouvindo estes audiobooks ao mesmo tempo que mantenho um bloco em mãos, um pitilé
da série macmaníacos, onde anoto os pontos chaves e gravo à ferro e fogo em minha
mente.
Segundo, além do formato que me permitiu ouvir e re-ouvir o livro nos últimos dias, o
conteúdo deste exemplar particularmente é excelente. Primeiro por sua linguagem mais
antiga, mas conservadora, de uma forma que eu sempre fui apaixonado, e segundo,
pelas lições tão óbvias, que ficavam por vezes completamente esquecidas em nossa
mente. Formas de tratar aos outros, como queremos ser tratados, ouvir como queremos
ser ouvidos, nos interessarmos verdadeiramente pelos outros, não só numa relação
diplomática de dois países à beira de uma guerra, mas entre nós e nosso cliente,
fornecedor, amigos, companheiros, filhos, família. Quantas e quantas vezes não
esquecemos o polimento, o interesse verdadeiro e a paixão pelo outro, em troca da
correria e de um interesse genuíno pelo “eu”! A palavra mais pronunciada na internet,
“eu, I, yo, Ich…”. Como vender ou fazer amigos, ou tratar sua família, quando tudo que
queremos é falar de nós?
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O livro serviu para me abrir os olhos da forma como vinha tratando meus amigos e minha
família, meus clientes e os fornecedores da empresa (que como toda cadeia de
fornecimento, não se resume apenas àqueles fora da companhia, mas a toda a cadeia
inter e intra empresarial, o departamento financeiro que é o meu fornecedor de notas
fiscais ao cliente, o departamente técnico que é meu fornecedor do serviço que vendi, o
departamento de manufatura que me pede ajuda e eu viro seu cliente ou seu
fornecedor.
Sempre fui apaixonado pela linguagem mais rebuscada e elevada, sempre acreditei,
egoistamente, que isto me traria distinção sobre as pessoas, e a verdade é que sempre
me trouxe mesmo esta tal distinção, mas mais do que isso, também eleva o ouvinte um
tratamento menos coloquial e mais formal.
Isto veio desde sempre, quando eu tinha entre 10 e 12 anos, eu acho, quebrei um dos
meus dentes dianteiros, definitivos, obviamente, e minha preocupada mãe me levou ao
dentista. Ela, a dentista, me perguntou como havia conseguido quebrar aquele dente e
eu falei: ah, foi simples, eu mergulhei na piscina e quando estava emergindo, calculei mal
e bati o rosto na borda. A dentista ficou perplexa com meu “emergindo”, fruto de um
seriado de TV com um submarino e sua tripulação como personagens centrais.
Hoje eu observo tristemente, com apenas 29 anos, como a geração mais nova, a tal
geração Y, Z, whatever, parece perder esta modesta demonstração de respeito ao
desconhecido. Casos como um vendedor chama alguém mais velho por “tio, tia”, o
excesso de gírias trazidas para se obter respeito na turma da escola, para o mundo
profissional, e uma imbecilização da linguagem.
É cada vez mais triste ver como muitas vezes, a linha de frente de um atendimento das
empresas, justamente por serem os salários mais baixos, recepção, telefonistas,
atendimento balcão, também têm sido as que mais sofrem com funcionários que se
comunicam mal, tratam as outras pessoas como coleguinhas das vilas onde cresceram,
“mano”, “tio”, “seu…”. Este último então chega a ser alarmante, tratar alguém por “seu”
parece passar uma imagem ao mesmo tempo mais íntima que o senhor e menos íntima
que “você”, mas na verdade apenas te diminui.
Que terá acontecido com os bons tempos ancestrais, onde as pessoas numa frase cortês,
podiam exprimir contentamento igualmente ao descontentamento. Quando as pessoas
faziam malabarismos verbais para te levarem a saber exatamente o que queria que você
soubesse?
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européias, mas outro foi o escolhido, e este mesmo outro deveria comunicar ao tal
advogado que ele não poderia ir, mesmo com todo seu entusiasmo e voluntariado.
- O Presidente não quer chamar muita atenção para nossa tentativa de paz, e ele me
escolheu por julgar que a sua ida, alguém tão importante e precioso, levantaria questões
demais sobre nossa influência.
Que forma brilhante, não? Nesta simples frase, seu autor disse: “você é importante demais
para ir secretamente, deixe que eu, que não chamo a atenção, vá primeiro”. Que
cavalherismo de quem a pronunciou, e que mente afiada tinha quem a ouviu, para
entender o elogia gritado nas entrelinhas.
Penso seriamente como seria importante fazer um curso para estas pessoas mais simples
tratarem melhor clientes das companhias, mas isto não resolveria todos os problemas do
mundo, às vezes, muitas vezes, na alto esfera das empresas também se escondem
pessoas importantes demais para tratar os outros bem. Mas esta já seria uma mentalidade
mais difícil de se alterar…
Deste livro ainda, gostaria de salientar a biografia do autor Dale Carnagie, que é por sí só,
uma lição de vida e um artigo de grande motivação e moral para quem o escuta, como
a vida de milhares de outros Dale Carnagie’s: Samuel Klein, Sr. Saraia do Habib’s e tantos
sonhadores, com incrível tato com clientes e mentalidade para negócios…
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