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Nações Primitivas e Impérios Mágicos

Ao contrario do que se pode dizer da historia das civilizações não mágicas e bruxas ao longo da
Europa, onde apesar de amistosas se comparada á America do norte, se subdividia a partir da
crescente influencia da igreja e da caça as bruxas, distanciando uma comunidade da outra de
forma que o desenvolvimento de ambas se via prejudicado em meio á guerras em conflitos
entre os povos derivados do império romano, entre os povos da América latina a situação era
outra.

Antes de sua colonização européia podendo gozar de total liberdade dos entraves da igreja, e
de sociedades distintas com termos como ‘bruxaria’ e ‘trouxas’ tanto pessoas mágicas como
não mágicos se desenvolviam e conviviam em uma única sociedade, onde a magia era
considerada muitas vezes como uma manifestação divina. Seja para o bem ou para o mal.
Normalmente famílias mágicas ostentavam lugares de destaque e status em meio á seus
grupos, sendo considerados sacerdotes ou pajés, ou grandes guerreiros e caçadores, de forma
a usar seus poderes assim como seu conhecimento xamânico a ajudar e governar as diferentes
tribos e cidades que se desenvolviam em grande avanço devido à união da mão de obra não
mágica e as façanhas de quem possuía magia.

Enquanto o conhecimento sobre animais, plantas e ervas era valorizado e empregado no dia a
dia pela America latina seus análogos europeus focavam no aspecto abstrato da magia visto
não possuir tantos e diversos recursos de magia bruta. Um aspecto que evidencia esse fator é
o emprego de varinhas pela comunidade bruxa européia, enquanto que na America latina,
esbanjava se recursos com grandes moldes como cajados, cachimbos e toda espécime de
artefatos mágicos de grande porte.

Variadas linhagens mágicas, dividiam-se entre os tantos impérios latino americanos,


acentuando a rivalidade existente entre estes grupos. Boatos e calunias eram espalhados em
formas de lendas a respeito dos governantes muitas vezes mágicos de impérios rivais,
procurando desqualificar e abalar o status de manifestação da natureza divina destes,
almejando com a discórdia alheia sobrepor de modo a conquistar não só o território inimigo e
seus recursos naturais, como na maioria dos casos os levarem ao cárcere e escravidão. De
modo que, se um escravo advindo de um grupo rival possuía um ‘x’ valor, um escravo com
potencial mágico, como saber sobre o trato de criaturas mágicas ou o uso de plantas valeria
até o triplo de ‘x’.

Grandes nações anteriores a presença européia deterioraram-se ao longo do tempo devido


esta constante rivalidade em relação ao solo e ao potencial mágico, de forma que ao decorrer
da historia levantaram se e caíram diversas nações, derrubando se umas as outras sem deixar
muitos vestígios, tais como os incas, maias e astecas, uma usurpando a outra para logo após
sofrer o mesmo destino. Tal sucessão só viu seu fim diante um perigo em comum, os
europeus.
Ocaan Ou CasteloBruxo

Havendo em terras latinas tal miscigenação entre os povos mágicos e comuns, ou sem magia,
e devido ao prestigio ou assombração a qual era encarado o fator mágico em meio a
sociedade, seguido pelo seu lugar de destaque e status social, era uma tradição comum a cada
império enviar seus mais valorosos herdeiros á um rito de passagem, onde o jovem, antes um
mero menino após provado e testado retorna agraciado pela sabedoria divina.

Este ritual era destinado á preparação daqueles que seriam os mais valorosos integrantes de
seus povos, pois todo aquele jovem que demonstrasse algum sinal de benção divina através de
magia era encaminhado com os tesouros da família a peregrinar sozinhos até Okaan, a Casa
das Almas.(Oca = casa / An= Alma). Porém toda a jornada se revelava uma verdadeira
provação, visto durante o caminho não serem poucos os jovens que pereciam ou devorados
por criaturas selvagens, ou assassinados por povos inimigos, que buscavam diminuir a força de
seus rivais, eliminando seus futuros lideres. Um comum recurso de proteção nestes casos, era
o candidato levar consigo um animal guardião para lhe ajudar durante o longo percurso cheio
de armadilhas e artimanhas, como as distrações de espíritos zombeteiros das florestas, como
caiporas.

Chegando a Ocaan, a morada sagrada das almas, fazia parte da tradição o sujeito com o ouro e
riquezas mandadas pela família entregar como tributo um tijolo quadrado de ouro maciço para
a sua subida até o topo do templo quadrado feito de pedras douradas antes depositadas por
seus antecessores. Uma vez lá dentro iniciava-se o exílio e confinamento do sujeito sobre
provação, o qual abria mão de sua convivência com sua comunidade durante cinco anos para
passar seus dias em aprendizado em meio às plantas e animais, absorvendo da sabedoria dos
lideres mais velhos, os quais após completarem muitos anos de vida, alem da maioria comum
do seu povo, recolhiam-se a casa das almas a fim de ensinar seus conhecimentos aos próximos
escolhidos.

Passando-se os cinco anos, somente os mais preparados e hábitos voltavam para governar
seus povos, de modo que aos outros cabiam ajudar e orientar seu campeão, ou abrir mão de
suas origens e continuar a servir as almas em Ocaan.
Colonização e Ameaça estrangeira

A chegada de navegadores ditos trouxas á America do sul, fora em muito tardia se comparado
ao conhecimento entre os bruxos europeus, e latinos. Porem, devido às diferenças culturais
estas relações não se iniciou de maneira amistosa.

Enquanto a bruxidade européia distanciava-se da comunidade trouxa, devido o


fortalecimento da igreja e a perseguição que ocorria na America latina não havia nenhuma
divisão entre povos mágicos ou não, muito pelo contrario, a magia era vista como um
potencial meio de ligação com os espíritos divinos da natureza. Enquanto bruxos europeus
estranhavam tal relação, os habitantes latinos viam os primos distantes com certo olhar de
suspeita, diante o pouco caso deste com a natureza e o uso desenfreado desta segundo sua
vontade, assim como o receio de invasões a seus territórios já tão disputados entre si.

O tão proclamado descobrimento da America latina pelos trouxas europeus, só evidenciou os


atritos que se estabeleceriam entre os diferentes continentes. Pois com a chegada destes viera
junto à igreja e a condenação da magia. Tanto trouxas colonizadores divulgavam sua fé contra
lideres mágicos locais, condenando-os como pecadores e os associando á forças malignas,
como bruxos advindos de outros continentes futuramente condenariam o desenvolvimento
de nações mestiças entre sangue mágico e não mágico de forma aberta e natural, sendo
classificado como impróprio e perigoso, este posicionamento passou a ser mais evidente um
século depois do estreitamento destas relações entre europeus e latinos americanos, até lá a
opinião nativa dividia-se a respeito dos ‘visitantes’. Enquanto certa parcela dos integrantes não
mágicos de diversas tribos e nações estavam mais propensas e curiosas as novidades trazidas
pelos seus iguais vindos de terras distantes, a parcela mágica não se encontrava tão receptiva
diante o desmatamento e a exploração desenfreada dos recursos locais que estes propunham
em troca de seus presentes.

Enquanto colonizadores alheios a magia local tratavam de se estabelecer espalhando-se em


diversas capitanias, tanto por parte dos portugueses como espanhóis, disputando entre si não
só quem dominaria os novos territórios, mas tendo de lidar com o interesse de outros
navegantes europeus como holandeses, franceses e alemães, bruxos de diversas
nacionalidades aventuravam-se em meio á estes novos povoados sem nenhuma organização
ou lei própria pré estabelecida. Estas disputas desencadeavam a exploração mais adentro do
continente de forma que tal busca pelos recursos locais tratou de espalhar boatos sobre a
existência de um CasteloBruxo todo dourado onde a parcela mágica da população considerada
primitiva se reunia de tempos em tempos para transmitir seus conhecimentos a respeito das
maravilhas naturais, de modo que as buscas pelo povoado mágico se intensificaram pelo
interior do continente.
Aqueles que foram seduzidos pelas novidades distantes tornaram e se receptivos aos
forasteiros se viram em grandes apuros, devido às intenções de expansão e exploração dos
estrangeiros, acabaram por muitos serem arrendados ao trabalho escravo. Processo esse
intensificado pela presença de grupos similares ao que ocorriam mais acima na America do
norte, bruxos estrangeiros de diversas nacionalidades denominados purgantes, aproveitando-
se do status primitivo o qual era considerado os povos nativos, utilizavam da sua magia
canalizada por varinhas para prendê-los e vende-los á escravidão. Ainda houve alguns lideres
locais que corrompidos pelos ideais de purgantes venderam muitos de seus inimigos em
disputas territoriais de forma que o novo grupo que surgia pode enriquecer a custa de tais
povos revendendo á trouxas colonizadores enquanto diminuíam a população nativa.

Em virtude disto, o que restou destes impérios enfraquecidos se vira diante uma difícil escolha,
lutar e resistir se opondo a ocupação destas terras por estrangeiros, ou partir em retirada ao
interior da floresta, rumo á Ocaan. Os que aderiram a primeira alternativa, acabaram por não
colherem bons resultados, visto o apoio de purgantes ao lado estrangeiro, de modo que a
maioria acabou por optar a segunda opção, unindo-se em retirada ao sigilo de Ocaan,
esconderijo este que se tornaria uma famosa lenda sobre uma mágica cidade de ouro.

Uma situação que ajudou a alastrar os boatos fora a deserção de alguns moradores da aldeia
que se formou próximo a Ocaan, os quais cobiçosos pelo poder, traíram a confiança da nova
comunidade que se erguia caracterizada pela comunhão de diferentes povos e seu sigilo. Este
grupo ficou conhecido como Línguas de fogo, por terem abandonado seu novo lar para se
juntarem aos colonizadores contando das riquezas e abundancias de uma cidade feita de ouro
em meio à floresta atlântica, espalhando-se entre os trouxas assim a fabula da cidade de El
Dourado. Porem entre os bruxos europeus não fora tão complicados reconhecer a origem
mágica de tais narrativas fabulosa, de modo que não demorou a se espalhar entre os bruxos
de toda Europa a existência de um possível CasteloBruxo em meio a América do Sul.

Com o tempo, e o espalhar da lenda sobre El Dourado entre diferentes exploradores, não só
colonizadores não mágicos europeus instalavam-se pelo novo território buscando tirar
proveito dos recursos naturais locais, como a demanda de bruxos de diversos países europeus
que se infiltravam em meio á estas expedições só aumentava com o intuito de adquirir as
especiarias mágicas encontradas por toda América Latina, como o uso do Pau-Brasil na
confecção de varinhas poderosas e valiosíssimas, que raptamente tornaram-se febre na
Europa trazendo futuramente um status de ameaça a tal arvore de propriedades mágicas,
como a diversidade local em pássaros, frutos e criaturas mágicas exóticos. Até mesmo o
reconhecido banco mágico de sede britânica iria mais tarde compartilhar destas riquezas
instalando diversas minas de exploração de ouro, com o uso do trabalho escravo de duendes
locais, fundando o que viria a ser denominado como Minas Gerais, com a justificativa de
auxiliar no controle da fauna mágica local em detrimento do recém proclamado sigilo
internacional da magia.
Obs¹: Línguas de Fogo ficou se conhecido o grupo de traidores a relatar as maravilhas de
Occan, de forma um tanto quanto mirabolante á trouxas, devido um antigo feitiço empregado
no rio local, visto que após terem comido das refeições de Ocaan, e bebido de seu rio, ao
fugirem e traírem a confiança dos que se escondiam lá, tinham suas línguas como em incêndio
ao tentar relatar com maior precisão a localidade de tal povoado.

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