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Acolhimento Familiar: Breves Considerações (Hidemberg Alves da Frota) 1

Acolhimento Familiar: Breves Considerações1

Hidemberg Alves da Frota

http://tematicasjuridicas.wordpress.com

Sumário: Introdução; 1 Conceito; 2 Finalidade; 3 Diferenças


entre o acolhimento familiar e a adoção; 4 A experiência
brasileira; 5 Subsídios do Direito Comparado; Considerações
Finais; Referências.

Palavras-chave: acolhimento familiar; experiência brasileira;


Direito Comparado.

INTRODUÇÃO

Este artigo tem por objetivo divulgar, em breves linhas, o instituto do


acolhimento familiar, demonstrando sua importância social e relevância para o
Direito de Família e o Direito da Infância, da Adolescência e da Juventude, além de
(a) mencionar programas governamentais comprometidos com a implementação do
acolhimento familiar e (b) difundir achegas úteis do Direito Comparado.

1
Versão original deste artigo: FROTA, Hidemberg Alves da. Acolhimento familiar. Gazeta Juris, Rio de Janeiro, n.
5, mai.-jun. 2006. CD-ROM; Juris Plenum, Caxias do Sul, v. 1, n. 99, p. 186.257- 186.258, mar. 2008. 2 CD-ROM.
(Parte integrante da Revista Jurídica Juris Plenum — ISSN 1807-6017.) Revisado e atualizado, parcialmente, em 14
de dezembro de 2010. Parte do conteúdo deste estudo também encartada neste artigo: FROTA, Hidemberg Alves da.
O acolhimento familiar no Direito muçulmano. UNOPAR Científica: Ciências Jurídicas e Empresariais, Londrina, v.
6, n. 1, p. 23-29, jan.-dez. 2005.
Acolhimento Familiar: Breves Considerações (Hidemberg Alves da Frota) 2

1 CONCEITO

O acolhimento familiar, nas palavras de Érica Dantas Brasil, consiste na


“transferência, temporária ou permanente, dos deveres e direitos parentais dos pais
biológicos para um outro adulto”2, a “garantir os cuidados básicos (alimentação,
desenvolvimento físico, emocional e educacional) temporária ou definitivamente
sob a responsabilidade de um outro adulto com quem, na maioria dos casos,”3 o
menor acolhido “não têm relações cosanguíneas4”5.

2 FINALIDADE

O instituto do acolhimento familiar serve de meio para se por sob o amparo


de famílias acolhedoras menores em situação de risco (verbi gratia, vítimas de
violência doméstica ou filhos de pais apenados6), a fim de se evitar a internação de
crianças, adolescentes e jovens em instituições de abrigo7.

3 DIFERENÇAS ENTRE O ACOLHIMENTO FAMILIAR E A ADOÇÃO

O acolhimento familiar não se trata de adoção. Conquanto os acolhedores


possuam a guarda legal, diferentemente do que ocorre na adoção, no acolhimento

2
BRASIL, Erica Dantas. O conceito de acolhimento familiar na ótica de diversos atores estratégicos. In:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS (Org.). Colóquio Internacional sobre Acolhimento Familiar.
Rio de Janeiro: ABTH, 2004. p. 26. Disponível em: <http://www.terradoshomens.org.br>. Acesso em: 4 jul. 2005.
3
Ibid., loc. cit.
4
Ortografia adaptada ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa assinado em 16 de novembro 1990, vigente, no
Brasil, desde 1º de janeiro de 2009, por força do art. 2º, caput, do Decreto n. 6.583, de 29 de setembro de 2008. As
normas ortográficas novas e pretéritas coexistirão durante o período de transição (1º de janeiro de 2009 a 31 de
dezembro de 2012), conforme determina o art. 2º, parágrafo único, do precitado Decreto Presidencial.
5
Ibid., loc. cit.
6
CABRAL, Cláudia. O acolhimento familiar no Brasil e suas diversas perspectivas. In: ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS (Org.). Colóquio Internacional sobre Acolhimento Familiar. Rio de Janeiro:
ABTH, 2004. p. 21. Disponível em: <http://www.terradoshomens.org.br>. Acesso em: 4 jul. 2005.
7
Ibid., p. 16.
Acolhimento Familiar: Breves Considerações (Hidemberg Alves da Frota) 3

familiar não se altera a filiação do acolhido (este não se torna, do ponto de vista
jurídico, filho dos acolhedores).
Ao contrário da adoção (pautada pelas balizas do art. 41, caput, da Lei n.
8.069, de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente), o
acolhimento familiar (a) não atribui a condição de filho ao acolhido, (b) não lhe
confere os mesmos direitos e deveres dos filhos dos acolhedores (c) nem o desliga
dos vínculos com pais e parentes biológicos.
Porém, tendo os acolhedores a guarda legal do acolhido8, possuem tanto o
dever de lhe propiciar assistência material, moral e educacional quanto o direito de
se oporem a terceiros, inclusive aos pais (aplicável ao caso vertente, portanto, o
disposto no art. 33, caput, do ECA, em que se encontram positivados tais deveres e
direitos da pessoa natural que possui a guarda legal de criança ou adolescente).
Assiste ao menor acolhido, explica Marcy Gomes, “o direito de não sofrer
violência, de ser acolhido, amado e respeitado enquanto pessoa peculiar em
desenvolvimento”9, atentando-se, também, para “o direito de resgate da cidadania
de seus genitores”10.
Em geral, deve ser temporária a “colocação em família acolhedora”11, de
maneira que dure enquanto não se solucionarem os problemas vivenciados pela
família natural. Cumpre à família acolhedora proporcionar ao acolhido ambiente
onde possa “restabelecer laços afetivos”, “devolvendo à criança e ao adolescente a
esperança e a crença no amor”12.

8
GOMES, Marcy. As crianças que acolhemos modificam nossas vidas: o Projeto Família Acolhedora no Rio de
Janeiro. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS (Org.). Colóquio Internacional sobre
Acolhimento Familiar. Rio de Janeiro: ABTH, 2004. p. 153. Disponível em: <http://www.terradoshomens.org.br>.
Acesso em: 4 jul. 2005.
9
Ibid., p. 153.
10
Ibid., loc. cit.
11
Ibid., loc. cit.
12
Ibid., loc. cit.
Acolhimento Familiar: Breves Considerações (Hidemberg Alves da Frota) 4

Comparado com a adoção, o acolhimento familiar impõe mudanças menos


intensas e dolorosas para o menor acolhido e para as suas famílias substituta e
natural, porquanto, embora implique o dever de guarda por parte do casal
acolhedor, não corta os laços do acolhido com a família biológica13, podendo
depois o menor retornar ao seu lar original14.

4 A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA

A experiência brasileira (ano-base: 2004) de acolhimento familiar conta com


os exemplos eloquentes dos programas desenvolvidos pelos Municípios de São
Bento do Sul (SC), Campinas (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Em São Bento do Sul, figura (ano-base: 2004) como único programa
municipal de acolhimento provisório15. Dentre suas características, destacam-se:

— Subsídio financeiro em gênero para as famílias, durante o acolhimento


e de acordo com as necessidades da criança acolhida;
— Mobilização do grupo familiar e da rede de apoio da família de origem
da criança, antes do acolhimento pelo Programa;
— Formação de uma equipe interdisciplinar para atuar no programa;
— Articulação com diversos setores de atendimento à infância (Conselho
Tutelar, CMDCA, programas municipais, ONGs, secretarias municipais,
Judiciário, Ministério Público), reunidos em um Grupo de Trabalho
gestor do Programa;
— Atendimento individualizado e voltado para suprir as necessidades de
afeto, atenção e vivência familiar das crianças;
— Acompanhamento profissional à criança e família de apoio durante o
acolhimento e após o desligamento;
— Apoio à família de origem;
13
BRASIL, Erica Dantas. O conceito de acolhimento familiar na ótica de diversos atores estratégicos. In:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS (Org.). Colóquio Internacional sobre Acolhimento Familiar.
Rio de Janeiro: ABTH, 2004. p. 26. Disponível em: <http://www.terradoshomens.org.br>. Acesso em: 4 jul. 2005.
14
VALENTE, Janete Aparecida Giorgetti. A situação atual dos projetos de acolhimento familiar no Brasil — a
experiência do serviço alternativo de proteção especial à criança e ao adolescente — SAPEC. In: ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS (Org.). Colóquio Internacional sobre Acolhimento Familiar. Rio de Janeiro:
ABTH, 2004. p. 196. Disponível em: <http://www.terradoshomens.org.br>. Acesso em: 4 jul. 2005.
15
BITTENCOURT, Isabel L. F. Acolhimento familiar: relato da experiência em São Beto do Sul, SC. In:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS (Org.). Colóquio Internacional sobre Acolhimento Familiar.
Rio de Janeiro: ABTH, 2004. p. 131. Disponível em: <http://www.terradoshomens.org.br>. Acesso em: 4 jul. 2005.
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— Famílias de apoio: o ponto de sustentação do Programa. Ensinamentos


de amor, doação e solidariedade.16

Em Campinas, a Municipalidade almeja inserir as “famílias natural e extensa


em uma rede de proteção pessoal e social, para que possam criar os seus filhos com
cuidado e proteção”17, além de fomentar “a convivência em famílias
acolhedoras”18, em prol da desinstitucionalização e do “rompimento do círculo de
violência”19. De 1997 a 2004 “foram atendidos pelo programa 38 crianças, sendo
que 17 estão em acolhimento, 12 retornaram à família natural, 6 foram
encaminhadas à adoção e 3 retornaram ao abrigo”20. Em 2004 assim era o número
de atendimento:

• 17 crianças em acolhimento
• 09 crianças acompanhadas na família natural (retorno)
• 25 famílias naturais e extensas em acompanhamento
• 14 famílias acolhendo
• 32 famílias acolhedoras21

À época, o Município do Rio de Janeiro enxergara no acolhimento familiar


instituto voltado “à criança em risco social e vítima de violência doméstica” 22.
Levara-se em conta a situação familiar e a violência praticada.

5 SUBSÍDIOS DO DIREITO COMPARADO

16
Ibid., p. 131-132.
17
VALENTE, Janete Aparecida Giorgetti. A situação atual dos projetos de acolhimento familiar no Brasil — a
experiência do serviço alternativo de proteção especial à criança e ao adolescente — SAPEC. In: ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS (Org.). Colóquio Internacional sobre Acolhimento Familiar. Rio de Janeiro:
ABTH, 2004.p. 190. Disponível em: <http://www.terradoshomens.org.br>. Acesso em: 4 jul. 2005.
18
Ibid., loc. cit.
19
Ibid., loc. cit.
20
Ibid., loc. cit.
21
Ibid., loc. cit.
22
GOMES, Marcy. As crianças que acolhemos modificam nossas vidas: o Projeto Família Acolhedora no Rio de
Janeiro. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS (Org.). Colóquio Internacional sobre
Acolhimento Familiar. Rio de Janeiro: ABTH, 2004. p. 150. Disponível em: <http://www.terradoshomens.org.br>.
Acesso em: 4 jul. 2005.
Acolhimento Familiar: Breves Considerações (Hidemberg Alves da Frota) 6

Na Província canadense de Manitoba, o art. 1º (1) da Lei de Adoção de 1997


define o acolhedor como a pessoa que, não sendo familiar do acolhido, providencia
amparo e supervisão ao menor posto no lar daquela por serviços de assistência à
criança e à família sem se visar à adoção23.
Em Portugal, a Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (Lei n.
147/99, de 1º de setembro) prevê acolhimento familiar de curta e longa duração24.
O acolhimento familiar de curta duração é aplicável quando “previsível o retorno
da criança ou do jovem à família natural em prazo não superior a seis meses” (art.
48, n. 2). Já o “acolhimento familiar prolongado tem lugar nos casos em que, sendo
previsível o retorno à família natural, circunstâncias relativas à criança ou ao jovem
exigem acolhimento de maior duração” (art. 48, n. 3)25.
Na Espanha, na Comunidade Autônoma da Cantabria, a Lei de Proteção da
Infância e da Adolescência (Lei n. 7/1999, de 28 de abril) prefere a família
acolhedora que pertença ao ambiente original do acolhido (art. 50, “a”) e receba
todos os irmãos, impedindo-se separações entre eles (art. 50, “c”)26 — neste

23
Cuida-se deste trecho do art. 1º (1) da Lei de Adoção de 1997 de Manitoba, in verbis: “[...] „foster parent‟ means a
person, other than the child´s parent, who provides care and supervision to a child who was placed in the person's
home by a child and family services agency other than for the purpose of adoption (« parent d'accueil ») [...].”) O
mesmo dispositivo alude a child ou enfant como “menor de idade”: “[...] „child‟ means a person under the age of
majority; (« enfant »). [...]” Cf. MANITOBA. The adoption act (1997). Disponível em:
<http://web2.gov.mb.ca/laws/statutes/ccsm/a002e.php>. Acesso em: 10 dez. 2010.
24
PORTUGAL. Lei n. 147/99, de 1º de setembro. Disponível em: <http://www.azone-
online.org/documentacao_elem/Legislacao01/lpcjp01.htm>. Acesso em: 4 jul. 2005.
25
Art. 48 da Lei n. 147/99, de 1º de setembro (Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo de Portugal), ipsis
verbis: “Artigo 48.º Modalidades de acolhimento familiar 1 - O acolhimento familiar é de curta duração ou
prolongado. 2 - O acolhimento de curta duração tem lugar quando seja previsível o retorno da criança ou do jovem
à família natural em prazo não superior a seis meses. 3 - O acolhimento prolongado tem lugar nos casos em que,
sendo previsível o retorno à família natural, circunstâncias relativas à criança ou ao jovem exijam um acolhimento
de maior duração.” (grifo nosso) Cf. PORTUGAL. Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo (Lei n. 147/99,
de 1º de setembro). Disponível em:
<http://www.pgdlisboa.pt/pgdl/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=545&tabela=leis>. Acesso em: 14 dez. 2010.
(Grifo nosso.)
26
Art. 50 da Lei de Proteção da Infância e da Adolescência (Lei n. 7/1999, de 28 de abril), in litteris: “Artículo 50.
Principios de actuación La aplicación de esta medida por parte de la Administración de la Comunidad Autónoma de
Cantabria se regirá por los siguientes principios: a) Procurar la permanencia del menor en su ambiente, mediante el
acogimiento con familia extensa, salvo que no resulte aconsejable en atención al interés del menor. b)Priorizar su
utilización, evitando el internamiento de manera prolongada en centros. c) Evitar en lo posible la separación de
hermanos, procurando su acogimiento por una misma persona o familia. La separación de hermanos habrá de
Acolhimento Familiar: Breves Considerações (Hidemberg Alves da Frota) 7

segundo aspecto, assemelha-se à Lei de Família sérvia de 2005, segundo a qual, em


regra, o acolhimento de irmãos deve ocorrer pelos mesmos acolhedores (art. 113, n.
4)27.
O Código da Infância e Adolescência equatoriano de 2003 unta o instituto do
acolhimento familiar ao propósito da reinserção do acolhido em sua família
biológica (art. 220)28. Mesma diretiva segue, na Comunidade Autônoma de
Navarra, a Lei Foral 15/2005, de 5 de dezembro, Lei de Atenção e Proteção da
Infância e da Adolescência, a qual comete à Administração Pública daquela
Comunidade Autônoma espanhola o múnus de atuar, de modo que sejam
facilitadas “as relações entre o menor e sua família natural”, a fim de possibilitar
sua reintegração nesta (art. 69, alínea c)29. Em outra Comunidade Autônoma
espanhola, La Rioja, a Lei 1/2006, de 28 de fevereiro, a Lei de Proteção de

motivarse adecuadamente.” (grifo nosso) Cf. CANTABRIA. Ley 7/1999, de 28 abril, de Protección de La Infancia y
Adolescencia de Cantabria. Disponível em:
<http://www.saludcantabria.org/ordenacionsanitaria/pdf/normativa/leyes/Ley%207-
1999,%20de%2028%20de%20abril.pdf >. Acesso em: 10 dez. 2010.
27
Art. 113, n. 4, da Lei Familiarista da Sérvia de 2005, ipsis litteris virgulisque: “(4) When Foster children are
siblings, the Foster care is generally established with the same Foster parent.” Cf. SÉRVIA. Family Act (2005).
Disponível em: <http://www.jafbase.fr/docEstEurope/Serbie/Draft%20Family%20Law%20-%20english.pdf >.
Acesso em: 11 dez. 2010.
28
Art. 220 do Código da Infância e da Adolescência do Equador, verbo ad verbum: “Art. 220. - Concepto y
finalidad.- El acogimiento familiar es una medida temporal de protección dispuesta por la autoridad judicial, que
tiene como finalidad brindar a un niño, niña o adolescente privado de su medio familiar, una familia idónea y
adecuada a sus necesidades, características y condiciones. Durante la ejecución de esta medida, se buscará
preservar, mejorar o fortalecer los vínculos familiares, prevenir el abandono y procurar la inserción del niño, niña
o adolescente a su família biológica, involucrando a progenitores y parientes.” (grifo nosso) Cf. EQUADOR.
Código de la niñez y adolescencia (2003). Disponível em: <http://www.oei.es/quipu/ecuador/Cod_ninez.pdf >.
Acesso em: 14 dez. 2010.
29
Art. 69, da Lei Foral 15/2005, ad litteris et verbis: “Artículo 69. Criterios generales a aplicar en los acogimientos.
Para su aplicación, el órgano competente de la Administración de la Comunidad Foral aplicará los siguientes
criterios: a. Favorecerá la permanencia del menor en su propio ambiente, procurando el acogimiento con la familia
extensa, salvo que tal medida no resulte aconsejable para los intereses del menor. b. Dará prioridad al acogimiento
familiar sobre el residencial. c. Facilitará las relaciones entre el menor y su familia natural para posibilitar su
reintegración a la misma. d. Intentará atribuir la guarda de todos los hermanos a un mismo acogedor.
e. El acogimiento se mantendrá por el tiempo estrictamente necesario, procurando la integración del menor en el
entorno social y la asistencia a los sistemas educativos, sanitarios y laborales. f. Se procurará que la modalidad de
acogimiento sea la más adecuada a las concretas necesidades del menor y que esté más próximo a su entorno
familiar, a fin de que la relación entre éste y su familia no sufra excesivas alteraciones, salvo cuando no se considere
conveniente este contacto.” (grifo nosso) Cf. NAVARRA. Ley Foral 15/2005, de 5 de diciembre, de promoción,
atención y protección a la infancia y a la adolescencia. Disponível em:
<http://noticias.juridicas.com/base_datos/CCAA/na-l18-2010.html>. Acesso em: 14 dez. 2010.
Acolhimento Familiar: Breves Considerações (Hidemberg Alves da Frota) 8

Menores, incumbe à Administração Pública, com a colaboração da família


acolhedora, facilitar o relacionamento do acolhido “com sua família de
procedência” (art. 79, n. 2)30.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De rica experiência no Direito Comparado e incipiente disseminação no


Direito brasileiro, o instituto de acolhimento familiar, cotejado com a adoção,
traduz alternativa mais prática, menos drástica e de menores entraves burocráticos.
Almeja-se que o instituto do acolhimento familiar se torne, cada vez mais,
assunto recorrente nas tertúlias jurídicas vindouras, por constituir solução viável
seja para se reduzir, sensivelmente, o contingente de crianças, adolescentes e
jovens submetidos a instituições assistenciais, seja para os órgãos e as entidades
estatais enfrentarem, de maneira mais eficaz, situações de risco ao desenvolvimento
de crianças, adolescentes e jovens, deflagradas pela violência e criminalidade.

30
Art. 79 da Lei 1/2006 (Comunidade Autônoma de La Rioja), ipssima verba: “Artículo 79. Finalidad. 1. El
acogimiento familiar procura la integración del menor en un núcleo familiar estable y adecuado a sus necesidades
para ofrecerle atención en un marco de convivencia, bien sea con carácter temporal, permanente o como paso previo
a la adopción. 2. La persona o personas acogedoras vienen obligadas a prestar al menor todos los cuidados
personales necesarios, y en concreto a velar por él, tenerlo en su compañía, alimentarlo, educarlo y procurarle una
formación integral. Asimismo, los acogedores tienen el derecho y el deber de colaborar con la Administración en las
actuaciones que ésta desarrolle para lograr la plena integración social del menor, en especial facilitando, en su caso,
las relaciones de éste con su familia de procedencia y las labores de seguimiento que aquélla periódicamente
desarrolle.” (grifo nosso) Cf. LA RIOJA. Ley 1/2006, de 28 de febrero, de Protección de Menores de La Rioja.
Disponível em: <http://noticias.juridicas.com/base_datos/CCAA/lr-l1-2006.html>. Acesso em: 14 dez. 2010.
Acolhimento Familiar: Breves Considerações (Hidemberg Alves da Frota) 9

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TERRA DOS HOMENS. Colóquio Internacional


sobre Acolhimento Familiar. Rio de Janeiro: ABTH, 2004. Disponível em:
<http://www.terradoshomens.org.br>. Acesso em: 4 jul. 2005.

CANTABRIA. Ley 7/1999, de 28 Abril, de Protección de La Infancia y


Adolescencia de Cantabria. Disponível em:
<http://www.saludcantabria.org/ordenacionsanitaria/pdf/normativa/leyes/Ley%207
-1999,%20de%2028%20de%20abril.pdf >. Acesso em: 10 dez. 2010.

EQUADOR. Código de la niñez y adolescencia (2003). Disponível em:


<http://www.oei.es/quipu/ecuador/Cod_ninez.pdf >. Acesso em: 14 dez. 2010.

LA RIOJA. Ley 1/2006, de 28 de febrero, de Protección de Menores de La Rioja.


Disponível em: <http://noticias.juridicas.com/base_datos/CCAA/lr-l1-2006.html>.
Acesso em: 14 dez. 2010.

MANITOBA. The adoption act (1997). Disponível em:


<http://web2.gov.mb.ca/laws/statutes/ccsm/a002e.php >. Acesso em: 10 dez. 2010.

NAVARRA. Ley Foral 15/2005, de 5 de diciembre, de promoción, atención y


protección a la infancia y a la adolescencia. Disponível em:
<http://noticias.juridicas.com/base_datos/CCAA/na-l18-2010.html>. Acesso em:
14 dez. 2010.

PORTUGAL. Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo (Lei n. 147/99, de


1º de setembro). Disponível em:
<http://www.pgdlisboa.pt/pgdl/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=545&tabela=lei
s>. Acesso em: 14 dez. 2010.

SÉRVIA. Family Act (2005). Disponível em:


<http://www.jafbase.fr/docEstEurope/Serbie/Draft%20Family%20Law%20-
%20english.pdf >. Acesso em: 11 dez. 2010.

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