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Ao ser percorrido por uma corrente elétrica um dos lados do quadro fica sujeito a uma força
ascendente, e o lado oposto a uma força descendente. Isso provoca o surgimento de um
binário que obriga o quadro a girar ate que fique vertical nessa posição o quadro o para de
rodar a menos que o sentido da corrente elétrica seja invertido. A inversão no sentido da
corrente elétrica e feita cada meia volta utilizando-se um comutador. Formado por um anel
metálico dividido em duas metades, tonando permanente o movimento do quadro. A
corrente entra e sai do comutador através de duas escovas de carbono.
ELETROMAGNETISMO
Conceitos básicos:
Toda carga elétrica (q) imersa num campo de indução magnética (B) e dotada de
velocidade (V), de direção não coincidente com a direção do campo, e fica sujeita a
uma força (Fm) de origem eletromagnética.
A força magnética Fm é sempre perpendicular ao plano definido por V (velocidade) e B
(campo magnético). O sentido dessa força pode ser obtido pela conhecida "regra da
mão esquerda", onde o dedo indicador representa B, o dedo médio representa V e o
polegar a força magnética Fm.
Em 1818, Hans Oersted fez uma experiência que se tornou clássica: mostrou que uma
corrente elétrica cria um campo magnético, como um ímã. Corte uma rodela de isopor do
tamanho de uma moeda. Magnetize uma agulha com o ímã, ponha-a sobre a rodela e faça o
conjunto flutuar sobre a água em um copo de vidro. Pegue um pedaço de fio condutor e
descasque as pontas. Estique o fio sobre o copo, paralelo à agulha imantada. Encoste as
pontas do fio nos pólos de uma pilha e observe o que acontece com a agulha. Você
reproduziu a experiência de Oersted.
Modelo de motor elétrico com estator de ímã permanente e rotor de bobina.
Os terminais dessas bobinas funcionarão tanto como eixo de rotação do motor como
coletores de corrente elétrica. Eles devem ficar alinhados com o eixo horizontal da bobina.
O verniz deve ser completamente raspado de um desses terminais da bobina e no outro
terminal apenas de uma das metades ao longo do fio. Isso funcionará como comutador para
o funcionamento do motor.
O conjunto móvel deve ficar bem centralizado. Devido a raspagem de uma das
extremidades do fio de um só lado, com uma face da bobina voltada para o ímã não deve
haver contado elétrico entre a bobina e os mancais e, com a outra face virada para o ímã,
sim.
O campo magnético produzido por dois ímãs de faces opostas que se defrontam sem
armadura é menos concentrado do que o campo dos mesmos ímãs agora colados na
armadura.
A ilustração a seguir, mostra uma visão da montagem vista por um observador na direção
do eixo.
Ilustra-se o vetor campo magnético produzido pelos ímãs fixos (B), os sentidos das
correntes elétricas nos lados da bobina girante (Ä e ¤ ) e as forças magnéticas que esse
campo aplica nas correntes (F e -F).
Um dos fios do estator deve ser ligado em um dos mancais. A outra extremidade do fio do
estator vai para um dos pólos da pilha e, do outro mancal sai um fio para o outro pólo
da pilha.
A bobina deve ter de 20 a 30 espiras e sua extremidades devem ficar retas e diametralmente
opostas.
Um desses extremos deve ser totalmente raspado para retirar o verniz isolante. O outro
extremos deve ser apenas parcialmente raspado para funcionar como comutador de
corrente elétrica.
MOTOR DE ROTOR LÍQUIDO
Devemos analisar a curva característica do Motor elétrico com a curva da carga para
verificar se o Motor Elétrico vai conseguir acionar a carga. Para tanto é necessário que os
valores Cp>Cr e Cmáx seja o maior possível para que o Motor Elétrico vença eventuais
picos de carga como pode ocorrer em certas aplicações como por exemplo : Britadores,
Calandras, Misturadores e outras além de não "travar", isto é, perder bruscamente a
velocidade quando ocorrerem quedas de tensão excessivas momentaneamente.
Para motores elétricos de indução de gaiola, trifásicos, para tensão nominal > 600 V,
qualquer potência, conjugado de partida normal e partida direta valem os seguintes valores
mínimos de conjugados:
Cp/Cn = 0,6
Cmín/Cn = 0,5
Cmáx/Cn = 1,60
Onde:
3) Momento de Inércia ( J )
O Momento de Inércia é uma medida da resistência que um corpo oferece a uma mudança
em seu movimento de rotação em torno de um dado eixo. O momento de Inércia da Carga
acionada (Jc) é uma das características fundamentais para verificar, através do tempo de
aceleração, se o motor consegue acionar a carga dentro das condições exigidas pelo
ambiente ou pela estabilidade térmica do material isolante. Quando o momento de inércia
da carga tiver em rotação diferente da do motor como nos casos em que o acoplamento não
for direto (polias e engrenagens) este deverá ser referido a rotação nominal do motor de
acordo com a fórmula:
Onde:
Jr = 91,2 m (V²/N²)
Onde:
Para verificar se o motor elétrico vai acionar a carga deveremos calcular o tempo de
aceleração e comparar com o tempo de rotor bloqueado (trb) nos catálogos técnicos dos
fabricantes dos motores elétricos de baixa tensão ( WEG - Jaraguá do Sul/SC e EBERLE -
Caxias do Sul/RS). O tempo de aceleração (ta) pode ser determinado de maneira
aproximada pela fórmula abaixo:
Onde:
Onde:
tf = funcionamento em carga constante (s)
tr = tempo de repouso
Outros dois fatores que influenciam a escolha do motor estão a temperatura ambiente e a
altitude aonde o motor elétrico vai trabalhar. O motor elétrico normal foi projetado para
trabalhar numa temperatura ambiente de 40º C e altitude de 1000 m , se o motor elétrico for
operar numa temperatura maior ou menor do que 40º C e altitude maior que 1000 m
deveremos usar o fator de multiplicação de tabela específica além de fabricar o motor
elétrico especialmente.
Exemplo:
Se o Motor elétrico for trabalhar em temperatura ambiente < - 20º C de verá possuir como
acessórios: resistência de aquecimento e graxa para baixas temperaturas nos mancais.
Se o Motor elétrico for trabalhar em temp. > 40 º C deveremos sobredimensioná-lo e usar
classe de isolação H, graxa especial, rolamento com folga C3.
7) Classe de Isolamento
8) Proteção Elétrica
O principal fator para determinação da confiabilidade do serviço, bem como para a vida útil
do motor elétrico recai na escolha do tipo de proteção a ser utilizada. Existe basicamente
dois tipos de proteção, uma dependente da corrente (fusíveis, relés bimetálicos de
sobrecarga e relés eletromagnéticos) e outra que depende diretamente da temperatura do
enrolamento do motor elétrico (termistores e termostatos). Os fusíveis somente protegem os
motores elétricos contra curto- circuitos mas não os protegem contra sobrecarga. Os relés
bimetálicos de sobrecarga oferecem somente proteção para o motor em serviços contínuos e
com poucas ligações por hora, aceleração de curta duração e corrente de rotor bloqueado
(Ip) de baixo valor, esta proteção para serviços intermitentes não é confiável. Os
termistores e termostatos operam diretamente no local onde a temperatura do enrolamento
está elevada , por isso são mais eficientes. Os termostatos são formados de pequenos
contatos bimetálicos e portanto interrompe o circuito sem o auxílio de reles, o único
inconveniente é que se forem submetidos a uma corrente excessiva podem "colar" os seus
contatos não sendo mais eficientes. Os termistores são semicondutores que possuem sua
resistência ôhmica variáveis com a temperatura, não são dispositivos que interrompem o
circuito logo, necessitam operar em conjunto com um relé adequado mesmo assim são os
preferidos para usar na proteção dos motores elétricos, poderemos usar dependendo da
classe de isolação do motor elétrico e sua aplicação para alarme e desligamento. Deveremos
citar também um tipo de proteção térmica que é a resistência calibrada tipo RDT que varia
linearmente com a temperatura (PT 100) que pode ser solicitada ao fabricante de motores
elétricos quando for necessária sua aplicação.
A norma NBR 6146 define os graus de proteção dos equipamentos elétricos por meio de
letras características IP seguidos por dois algarismos:
1º) algarismo: indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e
contato acidental:
0 - sem proteção;
1 - proteção contra corpos estranhos de dimensões acima de 50 mm;
2 - proteção contra corpos estranhos de dimensões acima de 12 mm;
4 - proteção contra corpos estranhos de dimensões acima de 1 mm;
5 - proteção contra o acúmulo de poeiras prejudicial ao equipamento;
6 - proteção total contra a poeira.
0 - sem proteção;
1 - pingos d'água na vertical;
2 - pingos d'água até a inclinação de 15º com a vertical;
3 - água da chuva até a inclinação de 60º com a vertical;
4 - respingos d'água de todas as direções;
5 - jatos d'água de todas as direções;
6 - água de vagalhões.
Para a maioria das aplicações são suficientes motores elétricos com grau de proteção IP54
(ambientes muitos empoeirados) ou IP55 (casos em que os equipamentos são lavados
periodicamente com mangueiras, como nas industrias de laticínios e fábrica de papel). A
letra W colocada entre as letras IP e os algarismos indicam o grau de proteção, indica que o
motor elétrico é protegido contra intempéries.
10.5) Forma Construtiva: Deverá ser de acordo com a NBR 5031. Geralmente o fabricante
fornece na forma construtiva B3, para funcionamento em posição horizontal com pés. Sob
consulta o fabricante poderá fornecer o Motor elétrico com flange e eixo com
características especiais.
B3E = Carcaça Com pés, Ponta de Eixo à esquerda, Fixação Base ou trilhos.
B3D = Carcaça Com pés, Ponta de Eixo à direita, Fixação Base ou trilhos.
B35E = Carcaça Com pés, Ponta de Eixo à esquerda, Fixação Base ou flange
FF. B35D = Carcaça Com pés ,Ponta de Eixo à direita ,Fixação Base ou flange
FF. V1= Carcaça Sem pés, Ponta de Eixo para baixo, Fixação Flange FF.
10.6) Motores à Prova de Explosão: quando o motor elétrico for trabalhar em ambientes
contendo materiais inflamáveis ou explosivos (como na indústria petroquímica) a norma
NBR exige que o motor seja especialmente construído para estas aplicações. Não se trata
propriamente de grau de proteção, pois os requisitos do motor elétrico não se destinam a
protege-lo, mas sim proteger as instalações contra eventuais acidentes causados pelo motor
elétrico.
Entre outras características o motor elétrico deverá possuir:
- Carcaça, caixa de ligação e tampas em ferro fundido FC 200;
- Caixa de ligação com furos roscados NPT;
- Enrolamentos do estator em fio de cobre esmaltado classe isolação H;
- Ventilador antifaiscante;
- Proteção contra sobreelevação de temperatura (termistor ou termostato);
- Terminal de aterramento interior da caixa de ligação e carcaça;
- Grau de proteção máximo: IP 54 (não poderá ser IPW55).