Vous êtes sur la page 1sur 11

mudar de vida

António Manuel Lima (coord.)

António Manuel S. P. Silva


Filipa Cortesão Silva
Maria Pilar Reis
José d’Encarnação
Rui Morais
Virgílio Hipólito Correia
Prefácio

Comemora-se este ano o trigésimo aniversário A qualificação patrimonial da Área Arqueológica do


da classificação da Área Arqueológica do Freixo Freixo foi ainda mais além através de um conjunto
como Monumento Nacional. de intervenções arquitetónicas contemporâneas
Com os seus 50 hectares este monumento, cuja ges- que permitiram, para além de albergar os diferen-
tão está a cargo da Direção Regional de Cultura do tes serviços ligados à investigação e formação,
Norte, constitui uma das maiores extensões de área alargar o conjunto de equipamentos culturais ao
classificada a merecer esse estatuto no nosso país. serviço da comunidade.
Como se a sua enorme dimensão não constituísse, Entre eles permitimo-nos realçar o Auditório e o
por si só, uma garantia de afirmação no panorama Centro Interpretativo, ambos construídos ainda
português do património cultural classificado, a na primeira década do século XXI, mas só agora
Área Arqueológica do Freixo soube afirmar-se verdadeiramente postos à disposição de todos,
também por outras vias. mercê da execução de um projeto que em boa
O projeto de investigação, formação, gestão, di- hora juntou, como parceiros e co-promotores, a
namização e valorização patrimonial que aqui foi Direção Regional de Cultura do Norte e a Câmara
implementado desde 1980 sob a liderança de Lino Municipal de Marco de Canaveses e que contou
Augusto Tavares Dias, permitiu desde logo afirmar com financiamento comunitário para o efeito.
as ruínas romanas de Tongobriga e a aldeia histórica Eis-nos, pois, perante um momento de vital im-
de Santa Maria do Freixo como as duas realidades portância na vida deste sítio: depois da inegável
patrimoniais – distintas mas complementares – afirmação das suas ruínas arqueológicas no con-
mais relevantes do espaço classificado. texto da comunidade científica nacional e inter-
A elas acresce uma vasta extensão de terrenos nacional, a abertura da exposição permanente do
que foram sendo adquiridos pelo Estado e que, Centro Interpretativo de Tongobriga irá permitir
além de constituírem uma fonte inesgotável de acrescentar uma nova dimensão à sua existência.
conhecimento científico pela imensa riqueza ar- Estamos, finalmente, em condições de narrar
queológica que os seus solos encerram, consti- uma história, dando sentido aos achados ar-
tuem também – fruto do trabalho de permanente queológicos que, deste modo, passam a estar
manutenção e tratamento dos cobertos vegetais integrados num discurso coerente que permite
– imensos espaços de lazer ao serviço de todos. a apreensão do seu significado.

António Ponte
DIRETOR REGIONAL DE CULTURA DO NORTE
Para uns, o romano
seria uma fonte de admiração.
Transformar-se num deles,
seria uma legítima aspiração pessoal.
Para outros, uma inaceitável negação
da sua identidade.
Para outros ainda, apenas
uma estranha forma de vida.
Para todos, em duas ou três gerações,
seria uma realidade.
Em menos de um século, todas as resistências
e inércias seriam vencidas.
E, do nascimento à morte,
todas as etapas da vida
estariam impregnadas de romanidade.
Do galaico
ao romano
António Manuel S. P. Silva

Quando o general romano Décimo Júnio Bruto designados – eram sistematicamente rodeados
cruzou o Douro e derrotou os Callaeci, em 137 por linhas defensivas constituídas por taludes
a.C., já Tongobriga existiria como povoado mas de terra e pedras ou muralhas pétreas, por ve-
desconhecemos, por enquanto, qual seria en- zes complementadas por fossos. Estas cercas,
tão a sua dimensão, caraterísticas ou número elementares em alguns povoados mas por vezes
de habitantes. Talvez porque fosse um aglome- muito complexas, ganharam maior expressão
rado de casas modesto e de pouca expressão, nos grandes castros tardios, por vezes chama- 7
mesmo considerando que a profunda renova- dos oppida (do lat. oppidum, sítio fortificado) ou
ção arquitetónica e urbanística que século e mais popularmente citânias ou cividades.
meio depois se verificou possa ter destruído Os moradores destes povoados dedicavam-se
muitos vestígios da ocupação mais antiga. E na sua maioria à agricultura e criação de gado,
como seria então Tongobriga? Seguramen- explorando os terrenos da encosta para pasto
te como a generalidade dos povoados dessa e cultivo de cereais e leguminosas. Ocasional-
época: um conjunto de construções de planta mente praticariam a caça, pois corços, javalis,
arredondada, umas feitas integralmente de lebres e outros animais de pequeno porte deve-
blocos de granito e outras de pequenos troncos riam abundar nas imediações, e não deixavam
e ramagens entrelaçados sobre uma base de de colher o que a natureza espontaneamente
pedras ou barro amassado, todas elas cobertas lhes oferecia, como as bolotas e castanhas, que
por colmo sobre traves de madeira. reduziam a farinha para o fabrico de pão, como
Milhares de aldeamentos deste género estabe- registou Estrabão.
leceram-se ao longo do primeiro milénio antes Não sendo uma sociedade tão estratificada
de Cristo no norte do nosso país e território da como outras da Antiguidade, estas comunida-
atual Galiza. Implantados de um modo geral em des não eram homogéneas e igualitárias. Por um
locais de altitude, com boa visibilidade para as lado, o diferente acesso aos meios de produção
áreas envolventes e muitas vezes sobre cursos ou o gado que cada um possuía estabeleceriam
de água, estes castros – como normalmente são por certo uma hierarquia; por outro, o desen-
volvimento de artífices especializados, como em bronze de asas ricamente trabalhadas, e os reordenamento urbanístico, para aplicar uma res individualizados, integrando por vezes tanto
os que sabiam trabalhar os metais, levava a objetos de adorno mais exclusivos, especialmen- expressão moderna. O casario de construções construções retangulares como de planta redon-
mecanismos de troca e interdependência, de te feitos em ouro, como as braceletes ou torques cobertas por colmo que se acotovelavam pelas da, parecem corresponder não só à procura de
modo a que aqueles que produziam os alimentos para o pescoço, delicados colares ou arrecadas encostas, separadas apenas por pequenos pá- melhores condições residenciais como também
pudessem sustentar os habilitados com com- vistosas para as mulheres se ataviarem. tios empedrados e sumidas vielas cosidas aos a alterações sensíveis na estruturação familiar.
petências mais raras. Terá sido em especial a partir das campanhas muros, começa a ser reorganizado em dois pla- Por fim, o sistema romano de cobertura cerâmica
Devem ainda considerar-se os diferentes pa- de César, em 61-60 a.C., que a maior parte do nos. Por um lado, ao nível das técnicas constru- (telhas planas, tegulae, com juntas cobertas por
péis masculinos e femininos, sendo sugerido por Noroeste peninsular ficou efetivamente sob o tivas, revelando os edifícios uma técnica de pe- imbrices de meia-cana) torna-se comum. 9
alguns estudiosos que as mulheres castrejas domínio romano, mas seria ainda preciso espe- dreiro mais aprimorada, graças à generalização A par deste esforço de organização espacial,
seriam fundamentais não só nas atividades ar- rar algumas décadas para que o primeiro impe- de picos e martelos em ferro, que possibilitam observa-se notório investimento na arquitetura
tesanais como a fiação, tecelagem ou no tra- rador, Augusto, viesse pessoalmente à Hispânia também que as casas de alguns notáveis come- pública, até então confinada às muralhas (cuja
tamento das peles e tecidos, como também no para dirigir a reorganização administrativa das cem também a ser ornamentadas com alguma edificação e manutenção implicavam um es-
trabalho dos campos, gerindo inclusivamente o novas províncias, distribuindo os principais po- pedra lavrada. Assim, vemos nos castros mais forço ordenado e permanente da comunidade),
património familiar. Por fim, fosse pelo próprio puli do Noroeste por ciuitates (territórios com importantes ombreiras ou padieiras com linhas aos sistemas mais elementares de circulação
desenvolvimento social, acumulação de riqueza uma dimensão média entre os atuais concelhos ou encordoados, aqui ou ali um bloco mais fina- e distribuição ou escoamento de águas e a uma
ou bens de prestígio, por liderança guerreira ou e distritos). Entretanto Tongobriga ter-se-á de- mente talhado com alguma suástica, rosácea ou ou outra construção a que se tem atribuído utili-
pela estirpe, tinha-se gerado nestas comunida- senvolvido, à semelhança da maior parte dos tríscelo, motivos seguramente mais simbólicos zação coletiva, como as casas redondas de maio-
des uma elite dominante, que tutelava cada al- castros da região, com significativas alterações ou mágicos que decorativos. res dimensões, com bancos de pedra corridos no
deia ou conjunto de povoados à escala regional. no povoado e no modo de vida dos seus habi- Por outro, e talvez mais significativo, tais cons- interior, que se encontraram em certos castros
Mais tarde, os romanos designarão por princeps tantes, mais por imitação dos gostos latinos truções desenham-se agora segundo plantas or- e costumam interpretar-se como tendo servido
alguns destes chefes e por castella ou oppida ou competição regional do que certamente por dinariamente retangulares, com esquinas bem para reuniões ou cerimónias particulares, se-
os castros mais importantes. imposição dos conquistadores ou fixação maci- desenhadas e agrupadas em núcleos familiares guindo aliás o testemunho de Estrabão.
Como não há poder sem representação e manipu- ça de emigrantes ou colonizadores. murados, alinhados de forma a produzir eixos Nesta fase tardia do urbanismo castrejo, em
lação de bens de prestígio, estariam reservados a O que se observa nos castros do Noroeste de circulação mais largos e retilíneos, como que alguns dos castros mais importantes, e tam-
esta elite, talvez também com tutela no domínio peninsular, especialmente a partir do séc. II organizando em bairros ou quarteirões de ten- bém em Tongobriga, surgem curiosos edifícios
religioso, o uso de armas e do raro vasilhame a.C. e já em período do domínio romano sobre a dência ortogonal o urbanismo mais orgânico das interpretados como balneários. Nestes equipa-
metálico, como os grandes caldeiros cerimoniais maior parte da região, é um notório esforço de velhas aldeias galaicas. Estes núcleos familia- mentos sucediam-se duas câmaras, uma com
tanque de água fria, para lavagens, e outra mais centros mais destacados) e outros são funda- Naturalmente haverá que recordar os diferen- de impostos, o julgamento das disputas e crimes
interior (à qual se acedia normalmente por uma dos precisamente neste período, provavelmente tes estratos sociais, pois a sociedade romani- menores e os cultos; entre estes incluíam-se
fachada monolítica com uma abertura estreita, por necessidade de aproximar as comunidades zada das províncias era tudo menos igualitária. provavelmente alguns cidadãos, que desde o
quase sempre ornamentada com signos mais dos fundos de vale que então, graças ao uso do A generalidade da população era de origem in- tempo de Vespasiano podiam ser equiparados
ou menos exuberantes, conhecida como “pedra arado e outras circunstâncias, se tinham co- dígena, mas nos maiores povoados, como Ton- em direitos e estatutos aos ciues romani.
formosa”), que estava bem isolada e era aque- meçado a cultivar. Ao longo do primeiro século gobriga, podem ter tido residência um ou outro No dia a dia, as mudanças, mais evidentes nos
cida com vapor produzido pelo derramamento da nossa era, por todo o noroeste da península magistrado ou mercator vindos de outras regi- estratos privilegiados, observavam-se desde
de água fervente sobre seixos do rio. as populações encontravam-se não só pacifi- ões do Império, ou porventura algum legionário logo no vestuário. Se muitos continuavam a en- 11
Nos castros que nesta época mais se desenvol- cadas como largamente adaptadas aos modos que se tivesse deixado ficar após o longo perí- vergar os saiotes e o sagum, grosso manto de
vem, importantes linhas de muralha são erigi- de vida dos conquistadores, graças à influência odo de serviço militar. E provavelmente viriam lã preso por fíbulas (alfinetes) da sua tradição
das, refazendo ou ampliando cercas anteriores. das cidades, das novas vias de comunicação, do de fora muitos dos escravos, indispensáveis ou posses, os mais ricos ou ousados preferiam
Não tanto por razões militares, pois os tempos comércio e do exército. ao estatuto das boas famílias e à economia de túnicas mais finas e de tons claros, cobertas por
eram de paz e em caso de eventual rebelião A vida urbana não se restringia apenas aos prin- qualquer centro romano. uma capa mais colorida. A frequência das termas
perante os conquistadores tais muros seriam cipais núcleos como Bracara ou Aquae Flaviae; A maior parte dos tongobricenses, como os da ou dos espetáculos estaria por certo entre as
pouco eficazes; mas uma muralha, para além de reproduzia-se em numerosos uici (aglomerações maioria dos outros castros, ocupariam os seus principais novidades desses tempos, e a simples
conter a fuga do gado não estabulado e evitar de menor expressão), como pode ter sido o caso dias no cultivo das terras ou a cuidar do gado, construção destes equipamentos pressupõe a
animais indesejados, protegia os habitantes de de Cale (habitualmente localizado no Porto) e como proprietários ou arrendatários; mas ou- existência de grupos sociais que os frequentas-
rapinas pontuais e sobretudo dava estatuto e também nos grandes castros como os de Mozinho tros estavam dedicados ao comércio e outros sem e assegurassem a sua atividade.
prestígio ao povoado, impressionando os alde- (Penafiel), Sanfins (Paços de Ferreira), Briteiros ainda trabalhariam nas profissões manuais, Entre outros aspetos, importa referir o progres-
ões que se acercassem das suas portas. (Guimarães) e muitos outros, entre os quais Ton- como pedreiros e canteiros, carpinteiros, fer- so da literacia, agora em relação com o uso do
Entretanto, o alastramento dos modos roma- gobriga, sítios que reuniam já uma população na reiros, oleiros e em muitos outros ofícios. Nas latim. As línguas indígenas – de que apenas se
nos, sobretudo a partir da fundação de cidades ordem de alguns milhares de pessoas, e cumpriam cidades, além destes contar-se-iam ainda li- conhecem raras expressões em epígrafes já
como Bracara Augusta (Braga) ou Aquae Fla- as diversas funções urbanas, como polos comer- berti, antigos escravos a quem os anteriores latinas – terão continuado a ser o veículo da
viae (Chaves) acelerou as transformações nos ciais, de produção agropecuária e artesanal e onde donos tinham dado a liberdade, sobrevivendo maior parte dos assuntos e transações locais,
grandes castros, ao mesmo tempo que entre os existiriam santuários ou locais de culto e por certo de forma mais autónoma ou servindo ainda a mas o conhecimento do latim era essencial para
mais pequenos, alguns eram abandonados (por- lideranças locais a superintender os novos planos casa dos seus amos, e por fim a classe que ga- todos os que estivessem em contato com a ad-
ventura por deslocação das populações para arquitetónicos e a manutenção dos equipamentos. rantia as funções administrativas, a cobrança ministração ou tratassem de questões judiciais.
ARRECADA

A alimentação modificara-se. A inserção destas ou os lugarejos de mais difícil acesso. Galaico-


comunidades no mundo romano diversificou os -romanos seriam todos por generalização, mas
menus e abriu os palatos a novas experiências, pelo menos os ritos, os cultos, algumas técnicas
sem que os antigos petiscos fossem necessa- ou talvez a língua dos ancestrais viviam ainda
riamente esquecidos. O equipamento doméstico em muitas comunidades rurais.
transformara-se também, nas cidades como
nos castros, adaptando-se o mobiliário às novas PARA SABER MAIS…

plantas e aumentando o conforto em função dos ALARCÃO 1988; ALMEIDA 2008; CALO LOURIDO 1993; 13
melhores processos de cobertura e isolamento FABIÃO 1992; SILVA 2007; SUÁREZ PIÑEIRO 2006;
das habitações. Nas cozinhas também a louça VÁZQUEZ VARELA E GARCIA QUINTELA 1998.
se modifica e os serviços importados têm cada
vez maior procura, suscitando imitações locais
mais acessíveis e embaratecendo o seu preço à
medida que ganhavam mercados mais amplos.
Em três ou quatro gerações o impacto das cul-
turas mediterrânicas, cimentado pela inserção CRONOLOGIA Séc. III – II a.C.

do Noroeste nas estruturas políticas, adminis- DESCRIÇÃO Arrecada ou brinco, para suspensão no CONTEXTO Área Habitacional Poente

trativas e económicas do Império, provocou lóbulo da orelha (por pinça ou perfuração), em ouro, COMPRIMENTO 39 mm

certamente mais transformações nas formas composta por dois elementos: um elemento ovalado LARGURA 18 mm

de habitar, nos objetos, nos modos de vida e nos formado por sete filamentos de ouro, uns de superfí- ESPESSURA 2 mm

rituais que o transcurso do milénio precedente. cies lisas, outros torcidos formando cordas, dos quais
Das velhas tribos galaicas emergira uma nova os dois centrais fecham em volutas, sob travessão
realidade social, adaptada ao quadro de uma central; e um outro elemento em forma de cacho com-
província romana. Por completo? Não. O Impé- posto por onze semiesferas em alto relevo sobre folha
rio chegara depressa às cidades e aos oppida também de ouro (PÉREZ OUTEIRIÑO 1982, TIPO IIA).
e esquecera por vezes os interiores serranos

DO GALAICO AO ROMANO FRAGMENTOS DE VIDA


BIBLIOGRAFIA

ALARCÃO, Jorge de – O domínio romano em Portugal, Mem ENCARNAÇÃO, José d’ – “O mágico simbolismo de uma árula HÜBNER, Ernst Willibald Emil – Corpus Inscriptionum Latinarum, SARMENTO, Francisco Martins – “Inscripções inéditas”, Bole-
Martins, Europa-América, 1988. conimbricense”, Boletim de Estudos Clássicos, 58, Coimbra, vol. II Supplementum – Inscriptiones Hispaniae Latinae, Berlim, tim da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos
2013, pp. 147-151. Disponível em linha em: http://hdl.handle. Academiae Litterarum Regiae Borussicae, 1892. Disponível em Portuguezes, 2ª Série, 4(4), 4(5) e 4(7), Lisboa, 1883 – 84, pp.
ALFAYÉ VILLA, S.M. – “Sit tibi terra gravis: magical-religious
net/10316/25163 linha em: http://arachne.uni-koeln.de/books/CILv2suppl1892 58-59, 69-70 e 105-106
practices againts restless dead in the ancient world”, in Marco
Simón, F.; Pina Polo, F.; Remesal Rodríguez, J. (coord.) – Formae ENCARNAÇÃO, José d’ – “Manifestaciones religiosas en la ISINGS, C. – Roman glass from dated finds, Archaeologica SILVA, Armando Coelho Ferreira da – A Cultura Castreja no
mortis: el tránsito de la vida a la muerte en las sociedades an- Lusitania romana occidental”, in Álvarez Martínez, J. M.; Car- Traiectina, Jacarta, 1957. Noroeste de Portugal, 2ª ed., Paços de Ferreira, Câmara Mu-
tíguas, Barcelona, Universitat de Barcelona, 2009, pp.181-216. valho, A.; Fabião, C. (ed.) – Lusitania Romana – Origen de Dos nicipal, 2007.
LEÃO, Delfim Ferreira – Petrónio: Satyricon. Introdução e tra-
Pueblos, Studia Lusitana, 9, Mérida, Museo Nacional de Arte
ALMEIDA, Carlos A. Brochado; Almeida, Ana P. – Castro de São dução do latim, Lisboa, Cotovia, 2005. SUÁREZ PIÑEIRO, Ana M. – A vida cotiá na Galicia romana,
Romano, 2015, pp. 267-273. Disponível em linha em: http://hdl.
Lourenço – Esposende, Esposende, Câmara Municipal, 2008. handle.net/10316/28664 Santiago de Compostela, Lóstrego, 2006.
LIMA, António Manuel de Carvalho – “Os Mosaicos da Igreja de
BEARD, Mary – Pompeia, Lisboa, A Esfera dos Livros, 2010. Santa Maria do Freixo e a Ecclesia de Tongobriga, Paróquia da TOYNBEE, J.M.C. – Death and burial in the roman world, Lon-
FABIÃO, Carlos – “O passado proto-histórico e romano”, in
Mattoso, José (coord.) – História de Portugal, vol. 1, Lisboa, Diocese Portucalense no Século VI”, Cadernos de Tongobriga, don, Thames and Hudson, 1971.
BOROBIA MELENDO, Enrique Luis – Instrumental médico-qui-
Círculo de Leitores, 1992, pp. 79-299. 1, Porto, EAF/ DRCN, 2012.
rúrgico en la Hispania romana, Madrid, Impresos Numancia VAQUERIZO GIL, D. – “Espacios, hábitos y usos funerarios en
S.A.,1988. FERNÁNDEZ Vega, Pedro Ángel – La casa romana, Ediciones
LUDI ROMANI: espectáculos en Hispania Romana, Museo Na- la Hispania romana: reflexiones y últimas novedades”, in An-
Akal, 2003.. cional de Arte Romano, Mérida, 2002. dreu, J.; Espinosa, D.; Pastor, S. (ed.) – Mors omnibus instat:
CALDERA DE CASTRO, Pilar (ed.) – Convivium. El Arte de co-
aspectos arqueológicos, epigráficos y rituales de la muerte en
mer en Roma, Badajoz, Asociación de Amigos del Museo de FLANDRIN, Jean-Louis; Montanari, Massimo (dir.) – História da
NOY, D. – “Romans”, in Davies, D.J.; Mates, L.H. (ed.) – Encyclo-
el Occidente Romano, Colección Estudios, Madrid, Ediciones
Mérida, 2003. alimentação, 1. Dos primórdios à Idade Média, Lisboa, Terra- pedia of Cremation, Hants, Ashgate, 2005, pp. 366-368. Liceus, 2011, 191-230.
CALO LOURIDO, Francisco – A Cultura Castrexa, Vigo, A Nosa mar, 1998. PEREIRA, Maria Helena Rocha – Estudos de História da Cultura Clás-
VÁZQUEZ VARELA, José M.; Garcia Quintela, Marco V. – A vida
Terra, 1993. GALLAECIA PETREA, Xunta de Galicia, s.l., 2012. sica. Cultura Romana, v. II, Fundação Calouste Gulbenkian, 2009. cotiá na Galicia castrexa, Santiago de Compostela, Universida-
CIL II – Cfr. Hübner, Ernst Willibald Emil PÉREZ OUTEIRIÑO, B. – “De ourivesaria castrexa. I. Arraca- de de Santiago de Compostela, 1998.
GARNSEY, P. – Alimentação e sociedade na Antiguidade Clássica.
Aspectos materiais e simbólicos dos alimentos, Cambridge, 2002. das”, Boletín Auriense. Anexo I, Ourense, Museo Arqueolóxico WEBB, Percy H. – “The Roman Imperial Coinage. Valerian to Flo-
DELGADO, Manuela – “Elementos de sítulas de bronze de Co-
Provincial, 1982. rian”, in Mattingly, Harold; Sydenham, Edward A. – The Roman
nimbriga”, Conimbriga, IX, Coimbra, 1970, pp. 15-40. GIARDINA, Andrea (dir.) – O Homem romano, Lisboa, Editorial
PONTE, Salete da – Corpus Signorum das fíbulas proto-históricas Imperial Coinage, vol. V, Part I, London, Spink & Son, Ltd, 1927.
DIAS, Lino Tavares – “Necrópoles no territorium de Tongobriga”, Presença, 1992.
e romanas de Portugal, Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2009.
Conimbriga, XXXII-XXXIII, Coimbra, 1993-94, pp. 107-136. GRIMAL, Pierre – La vida en la roma antigua, Paidos Iberica, 1993.
REDENTOR, Armando José Mariano – A cultura epigráfica no
DIAS, Lino Tavares – Tongobriga, Lisboa, IPPAR, 1997.
HAYES, J. W. – Late Roman Pottery, London, The British School Conventus Bracaraugustanus (pars occidentalis): percursos
DIAS, Lino Tavares – “O estuque na arquitectura romana no at Rome, 1972. pela sociedade brácara da época romana, Coimbra, Faculda-
Norte da Meseta”, Actas do I Encontro Sobre os Estuques Por- de de Letras, 2011. Disponível em linha em: http://hdl.handle.
HOPE, V. – “Contempt and respect: the treatment of the corpse
tugueses, Porto, Museu do Estuque, 2008, p. 22-29. net/10316/19989
in Ancient Rome” in Hope, V.; Marshall, E. (ed.) – Death and dis-
DRAGENDORFF, Hans – La sigilée: contribution à l’étude de ease in the Ancient city, London, Routledge, 2000, pp. 104-127. REQUENA Jiménez, M. – “Nerón y los Manes de Agripina”, His-

l’histoire de la céramique grecque et romaine, Avignon, 1980. toriae, 3, 2006, pp. 83-378.
HOPE, V. – Death in Ancient Rome. A sourcebook, London, Rout-
ENCARNAÇÃO, José d’ – “A religião”, in Marques, A. H. de Oli- ledge, 2007. RIC – Cfr. WEBB, Percy H.

veira – Nova História de Portugal, v. I, Lisboa, Presença, 1990. HOPE, V. – Roman death. The dying and the dead in Ancient RODRÍGUEZ COLMENERO, A. – “Pedras Formosas. Un Nuevo

ENCARNAÇÃO, José d’ – “Das religiões e das divindades indíge- Rome, London, Continuum, 2009. Matiz Interpretativo”, in Fernández Ochoa, Carmen; García
nas na Lusitânia”, in Ribeiro, José Cardim (coord.) – Religiões da Entero, Virginia – Termas Romanas en el Occidente del Impe-
HÜBNER, Ernst Willibald Emil – Corpus Inscriptionum Latina-
Lusitânia – Loquuntur Saxa, Lisboa, Museu Nacional de Arqueo- rio. II Coloquio Internacional de Arqueología en Gijón, Gijón,
rum, vol. II – Inscriptiones Hispaniae Latinae, Berlim, Acade- Principado de Asturias/ Ayuntamiento de Gijón/ Universidad
logia, 2002, pp. 11-16. Disponível em linha em: http://hdl.handle. miae Litterarum Regiae Borussicae, 1869. Disponível em linha
net/10316/27809 Autonoma de Madrid, 2000, pp. 397-402.
em http://arachne.uni-koeln.de/books/CILvII1869
ÍNDICE

03 PREFÁCIO 79 DESFRUTAR
86 Adereços
07 DO GALAICO AO ROMANO 93 Joalharia
13 Fragmentos de vida 104 Cerâmica de luxo
110 Entesouramento
19 NASCER 111 Decoração
24 Infância 118 Iguarias
119 Lazer
27 SOBREVIVER
32 Agricultura, arboricultura e recoleção 121 ORAR
34 Criação de gado 125 Amuletos
36 Tecelagem 128 Iluminação/ ambiente
47 Moagem 130 Epigrafia
48 Metalurgia
135 MORRER
51 VIVER 141 Sepultura do século IV d.C.
56 Serviço de cozinha 148 Sepultura do século II d.C.
60 Serviço de mesa 150 Sepultura do século I d.C.
75 Despensa/ armazenamento
154 BIBLIOGRAFIA
FICHA TÉCNICA

TÍTULO
Mudar de vida

EXPOSIÇÃO CATÁLOGO

CONCEÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL CONSERVAÇÃO E RESTAURO CONCEÇÃO CONCEÇÃO E DESIGN EDITORIAL


António Manuel Lima CERÂMICAS António Manuel Lima Rui Mendonça
NOVARQUEOLOGIA COLABORAÇÃO
ARQUITECTURA E DESIGN TEXTOS
José António Pereira, Noémia Guarda
Rui Mendonça António Manuel S. P. Silva,
Hélder Moura,
António Manuel Lima, REVISÃO
ASSESSORIA TÉCNICA e Rosa Geraldes
Virgílio Hipólito Correia, António Manuel Lima
Isabel Silva
PEÇAS METÁLICAS Rui Morais, e Jorge Martins Araújo 159
SELEÇÃO DE PEÇAS MUSEU D. DIOGO DE SOUSA Maria Pilar Reis, ISBN
António Manuel Lima Vítor Hugo Torres José d’Encarnação, 0000000000
e António Freitas e Palmira Ramoa e Filipa Cortesão Silva
DEPÓSITO LEGAL
TEXTOS
DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 0000000000
António Manuel Lima Materiais provenientes de intervenções
Rosa Salvador Mateos,
arqueológicas em Tongobriga,
TRADUÇÃO António Manuel Lima,
dirigidas por Lino Tavares Dias (1980 – 2013),
(PORTUGUÊS – CASTELHANO) António Freitas,
Lino Tavares Dias/ Rudolf Winkes (2004 – 2008)
Belém Campos Paiva e Inés López-Doriga
e António Manuel Lima (2014 – 2016)
(PORTUGUÊS – INGLÊS)
Jorge Martins Araújo
e Elsa Correia

AUDIOVISUAIS
Estação Arqueológica do Freixo
Museu D. Diogo de Sousa
Escola Profissional de Arqueologia
Digivision

Vous aimerez peut-être aussi