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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ULA- UNIVERSIDADE LUSÍADA DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
ANO LECTIVO 2010
CURSO: Psicologia
REGIME: tarde
Docente
Drº Gilberto Pires
Assistente
Mateus dos Santos
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Ana Sebastião
Délcia Evalina
Domingas Miranda
José Domingos
Neusa Sangússia
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Dedicatória
"O essencial é que, para que uma criança entenda, deve construir ela mesma, deve
reinventar. Cada vez que ensinamos algo a uma criança estamos impedindo que ela
descubra por si mesma. Por outro lado, aquilo que permitimos que descubra por si
mesma, permanecerá com ela." (Jean Piaget)
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Introdução
Desenvolvimento
Ele fez seus estudos Através da observação dos seus próprios filhos e de outras
crianças, durante as suas brincadeiras e actividades, submetendo-os aos diversos testes,
Piaget verificou que o desenvolvimento do pensamento e da linguagem da criança se
realiza através de períodos ou fases bem definidas.
Os princípios que foram base para o trabalho de Piaget são conhecidos como o
conceito da adaptação biológica, portanto não foram ideias originais. Piaget tomou esse
conceito pré – existente e o aplicou sabiamente ao desenvolvimento da inteligência dos
indivíduos à medida que amadurecem, da infância até a vida adulta, baseado em sua
própria conclusão de que a actividade intelectual não pode ser separada do
funcionamento “total” do organismo. Piaget acreditava que o que distingue o ser
humano dos outros animais é a sua capacidade de ter um pensamento simbólico e
abstracto.
Estes 2 processos são utilizados ao longo da vida à medida que a pessoa se vai
progressivamente adaptando ao ambiente de uma forma mais complexa. À medida que
os esquemas se vão tornando mais complexos (responsáveis por comportamentos mais
complexos) eles são estruturas “terminais” e à medida que as estruturas de uma pessoa
se vão tornando mais complexas, elas são organizadas também de forma mais
hierarquizada. (do geral para o específico).
1. O processo de conhecer
2. Os estádios ou etapas pelos quais nós passamos à medida que adquirimos essa
habilidade.
Estádios de desenvolvimento
- Jogo: Para Piaget o jogo mais importante é o jogo simbólico (só acontece neste
período), neste jogo predomina a assimilação (Ex: é o jogo do faz de conta, as crianças
"brincam aos pais", "ás escolas", "aos médicos", ...). O jogo de construções transforma-
se em jogo simbólico com o predomínio da assimilação (Ex: Lego - a criança diz que a
sua construção é, por exemplo, uma casa. No entanto, para os adultos "é tudo menos
uma casa").
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Um dos pontos principais que Piaget enfatiza é que os jogos são essenciais na vida da
criança. Ele diz que a actividade lúdica é o berço obrigatório das actividades
intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à prática educativa.
Segundo Piaget os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento
para gastar energias das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o
desenvolvimento intelectual.
Inicialmente (mais ao menos aos dois anos), a criança fala sozinha porque o seu
pensamento ainda não está organizado, só com o decorrer deste período é que o começa
a organizar, associando os acontecimentos com a linguagem na sua acção.
A criança ao jogar está a organizar e a conhecer o mundo, por outro lado, o jogo
também funciona como "terapia" na libertação das suas angústias. Além disto, através
do jogo também podemos aperceber da relação familiar da criança (Ex: Quando a
criança brinca com as bonecas pode mostrar a sua falta de amor por parte da mãe
através da violência com que brinca com elas).
- Desenho: Até aos dois anos a criança só faz riscos, sem qualquer sentido, porque,
para ela, o desenho não tem qualquer significado.
A criança, aos três anos já atribui significado ao desenho, fazendo riscos na
horizontal, na vertical, espirais, círculos, no entanto, não dá nome ao que desenha. Tem
uma imagem mental depois de criar o desenho. Mas aos quatro anos a criança já é mais
criativa e começa a perceber os seus desenho e projecta no desenho o que sente.
De um modo geral, podemos dizer que, neste estádio, o desenho representa a fase
mais criativa e diversificada da criança.
A criança projecta nos seus desenhos a realidade que ela vive, não há realismo na cor,
e também não há preocupação com os tamanhos. Nesta fase os desenhos começam a ser
mais compreensíveis pelos adultos. A criança vai desenhar as coisas à sua maneira e
segundo os seus esquemas de acção e não se preocupa com o realismo. Também aqui a
criança vai utilizar a assimilação.
realizada podemos voltar atrás. Desta forma, podemos dizer que as estruturas mentais
neste estádio são amplamente intuitivas, livres e altamente imaginativas.
Para concluir a abordagem a este estádio é importante referir que a criança ao
contactar com o meio de forma activa está a favorecer a sua aprendizagem de uma
forma criativa e original.
Este estádio é fundamental pois a criança aprende de forma rápida e flexível, inicia-se
o pensamento simbólico, em que as ideias dão lugar á experiência concreta. As crianças
conseguem já partilhar socialmente as aprendizagens fruto do desenvolvimento e da sua
comunicação.
- Peso - para que a criança domine este conceito é fundamental que compare diversos
objectivos para os poder diferenciar.
- Classificação - primeiro a criança tem que agrupar os objectos pela sua classe e
tamanho, depois os classificar e consequentemente adquirir conceitos.
descritivo e intuitivo (parte do particular para o geral). Ao longo deste período já não
tem dificuldade em distinguir o mundo real da fantasia. A criança já interiorizou
algumas regras sociais e morais e, por isso, as cumpre deliberadamente para se proteger.
É nesta fase que a criança começa a dar grande valor ao grupo de pares, por exemplo,
começa a gostar de sair com os amigos, adquirindo valores tais como a amizade,
companheirismo, partilha, etc., começando a aparecer os líderes.
Progressivamente a criança começa a desenvolver capacidade de se colocar no ponto
de vista do outro, descentração cognitiva e social. Nesta fase deixa de existir monólogo
passando a haver diálogo interno. O pensamento é cada vez mais estruturado devido ao
desenvolvimento da linguagem. A criança tem já mais capacidade de estar concentrada,
e algum tempo interessada em realizar determinada tarefa.
Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não raciocinam como
os adultos. Esta descoberta levou Piaget a recomendar aos adultos que adoptassem uma
abordagem educacional diferente ao lidar com crianças. Ele modificou a teoria
pedagógica tradicional que, até então, afirmava que a mente de uma criança é vazia,
esperando ser preenchida por conhecimento.
Por vezes, as crianças observam os adultos ou outras crianças mais velhas quando
estão a resolver os problemas. Notam que o fazem de uma maneira diferente da sua, por
meio de regras que pertencem a outro estádio desenvolvimento e, por isso, sentem-se
perdidas. Mas este sentimento, que se deve à disparidade entre elas e os mais velhos na
resolução de problemas, tem os seus pontos benéficos. A criança procura então reduzir a
distância que a separa das outras, mais velhas e, por isso, aprende novas regras. Se a
criança for suficientemente madura imitará o modelo de acção usado pelos mais velhos
e, por consequência, iniciará a sua entrada no estádio seguinte. A aprendizagem de
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Implicações na Educação
• Abordagem construtivista
• Avaliação contínua
– Mudanças qualitativas
– Universalidade
– Influências culturais
Conclusão
Foi-nos bastante útil a realização deste trabalho uma vez que nos permitiu pensar num
tema que apesar de fazer parte da nossa identidade enquanto pessoa que vive em
sociedade, nunca tinha sido alvo de investigação e aprofundamento da nossa parte.
Queremos realçar que de acordo com a definição de estádios de desenvolvimento
apresentada neste trabalho, o crescimento é mais qualitativo do que quantitativo e que se
caracteriza por grandes saltos em frente, seguidos por períodos de integração, mais do
que por mudanças de grau lineares. A criança geralmente pensa de acordo com o estádio
apropriado à sua idade, mas por vezes é capaz de um pensamento próprio do estádio
seguinte, pois é a criança que está a evoluir por si sem pressões do exterior.
Esperamos ter conseguido alcançar os objectivos a que nos foi dado pelo professor.
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Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_cognitiva
http://pt.shvoong.com/humanities/philosophy/1832759-teoria-cognitiva-jean-piaget/
http://www.molwick.com/pt/cerebro/510-teoria-cognitiva.html
http://www.scribd.com/doc/12950578/Texto-Conceitos-Fundamentais-Da-Teoria-
Cognitiva
http://psicob.blogspot.com/2008/05/teoria-cognitiva.html
http://www.scribd.com/doc/6993136/Anonimo-Teoria-Cognitiva-de-Piaget