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SOBRAL
2019
MIQUÉIAS GOMES FERREIRA
SOBRAL
2019
MIQUÉIAS GOMES FERREIRA
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof.(a) Ma. Carina Brunehilde Pinto da Silva (Orientadora)
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UEVA)
_________________________________________
Prof.
_________________________________________
Prof.
À minha filha, Vitória Larisse.
Aos meus pais, João Ferreira e
Conceição Gomes.
AGRADECIMENTOS
À Deus.
À minha filha pela constante descoberta do amor imensurável.
Aos meus pais pela existência, educação e amor dado durante todos estes
anos.
Aos meus irmãos pelo companheirismo fraterno diário.
À Prof (a) Ma. Carina Brunehilde Pinto da Silva por dividir comigo o seu
tempo e conhecimento na orientação desta pesquisa.
Aos colegas do curso de Especialização Qualificação do Ensino de
Matemática do Estado do Ceará de Sobral pela parceria nas horas divididas em busca do
conhecimento.
Aos demais professores do curso de Especialização que dividem o seu
conhecimento com cada aluno, contribuindo para a promoção do ensino de Matemática
em nossa região.
Aos organizadores deste projeto que proporcionaram mais perspectivas de
reflexões sobre o ensino e aprendizagem em Matemática.
Aos colegas de trabalho pelo incentivo e apoio.
A Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC) e os demais
parceiros, UFC e FUNCAP, por entender a necessidade e possibilitar uma formação
continuada deste porte, que só tem a trazer bons frutos a educação cearense.
“A Matemática é o alfabeto com o qual
Deus escreveu o Universo.”
(Galileu Galilei)
RESUMO
Figura 2 Exercício rítmico em compasso 4/4 e 3/4. Cada espaço entre as barras
verticais (compassos) aceitam apenas uma quantidade específica de
tempo musical, por exemplo, no compasso 4/4 cabem apenas quatro
tempos por compasso............................................................................... 25
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 12
2 APRESENTAÇÃO SOBRE O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO.......... 13
2.1 Formação inicial .........................................................................………... 13
2.2 Exercício da Docência........................................................................………... 15
3.3 Formações Continuadas............................................................................ 18
3 QUALIFICAÇÃO DO ENSINO DE MATEMÁTICA NO ESTADO
DO CEARÁ: APLICAÇÕES DOS MÓDULOS.................................... 21
3.1 Público alvo …..................……………….......………………………….. 21
3.2 Problematização ………….........................................…………………... 21
3.3 Metodologia................................................................................................ 22
3.4 Descrição das aplicações: históricos, fatos, resultados, observações,
registros (em diferentes mídias: textos, fotos, vídeos, multimídias,
impressos, digitais, etc.)............................................................................. 23
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ………………………………………....... 27
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 29
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1 INTRODUÇÃO
“Pode-se definir o saber docente como um saber plural, formado pelo amálgama, mais ou
menos coerente, de saberes oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares,
curriculares e experienciais.” (TARDIF, 2007, p. 41).
É preciso ter uma reflexão maior nos cursos de licenciatura sobre a importância
das disciplinas pedagógicas, pois à ciência chamada Didática “cabe converter objetivos sócio-
políticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função
destes objetivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o
desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos” (LIBÂNEO, 2006, p. 26).
Particularmente, talvez por ter me apropriado melhor destas disciplinas de cunho
pedagógico ou mesmo pelo interesse em buscar formação continuada na área, acrescentado a
isto a experiência na docência, hoje me sinto mais preparado para lidar com as aulas e as
problemáticas da juventude atual.
Este fato, do gosto por disciplinas pedagógicas, me ajudou a superar uma carência
que não foi suprida no Estágio Supervisionado da faculdade. No período em que fiz meus
estágios supervisionados senti que não aproveitei bem.
Hoje, quando vejo os estudantes dos cursos sendo inseridos já nos primeiros
períodos letivos da faculdade na escola, devido a projetos como Residência Pedagógica e o
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID), vejo que se esta
oportunidade fosse ofertada a mim, eu teria entrado na profissão mais seguro.
Contudo, faço um aporte quanto a este tema: só conhecemos a “vida real” do
professor quando começamos de fato a trabalhar. Existem muitos aspectos da profissão que a
faculdade não ensina. Aspectos burocráticos, socioemocionais, psicológicos, de liderança,
assuntos que nos deparamos na realidade da escola e que vamos aprendendo na prática.
Diante de todas as questões relatadas neste tópico, acredito que há ainda muito a
se discutir sobre um aprimoramento do ensino de matemática na escola. Acredito que esta
mudança está cada vez mais próxima devido a globalização do mundo. O mundo virtual nos
cobra cada vez mais novas posturas e a formação do licenciado em matemática deve seguir
este padrão ou ficar obsoleta. Temas como tecnologia, jogos, vivências pedagógicas, e outras
técnicas específicas e interdisciplinares precisam ser foco na formação e requalificação
docente.
No próximo tópico trarei a descrição das minhas experiências profissionais com o
ensino de matemática no ensino básico, elencando os percalços e fortuitos que o exercício
docente me apresentou.
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maneira que trabalhe as dificuldades dos estudantes de forma lúdica para que haja acréscimo
no aprendizado.
As turmas nas quais tenho trabalhado nestes últimos anos, quando da mudança
para escola de tempo integral, são turmas mistas, onde temos alunos com maior conhecimento
prévio em matemática e temos alunos que tem uma base muito ínfima. O objetivo é trabalhar
de maneira em que possamos, professores e alunos, chegar às metas, mas sempre instigando
os que têm mais base a desafios mais complexos e os que estão com dificuldades a buscar
vencer percursos mais simples para daí poder prosseguir.
Um fato interessante, é que todo ano sempre temos alguns alunos aprovados nas
áreas de exatas em cursos universitários, ainda de forma muito tímida, mas sempre tem
alguém que é tocado pelo interesse em prosseguir na área de matemática no nível superior.
Em 2019 tivemos um aluno aprovado em Matemática e outro em Física, o que nos deixa com
muito orgulho do trabalho de todos na escola.
Para alcançar nossas metas cada profissional deve estar atento a atualização do
seu cartel de ofertas, tanto pedagógicas quanto do conhecimento matemático. A busca por
cursos, formação continuada e até mesmo outras faculdades podem trazer novas perspectivas
para o ensino da matemática.
Contudo, este referencial precisa ser compartilhado entre os professores de um
mesmo grupo pedagógico. Na nossa escola os estudos são bem aproveitados para alinharmos
nossas metas e tarefas de maneira que possamos atingir os objetivos. Sendo assim, sempre
discutimos assuntos pedagógicos e melhor forma de tratar determinado conteúdo.
Assim a participação em grupos de debate e a própria reflexão da prática docente
nos ajuda muito a buscar novas metodologias para o ensino de matemática. Eu,
particularmente, defendo bastante a renovação pedagógica do profissional da educação.
É preciso caminhar junto das mudanças e estar sempre falando uma linguagem
compreensível para os jovens, senão fica difícil fazer as analogias necessárias para o processo
de significação. “A relação do homem com o mundo não é uma relação direta, mas uma
relação mediada, sendo os sistemas simbólicos os elementos intermediários entre o sujeito e o
mundo.” Oliveira (2005, p. 24).
Para avaliar como está o nosso processo pedagógico na escola fazemos uma
avaliação conceitual interna e uma estatística (a partir de provas e trabalhos). Incentivamos,
também, a participação em avaliações externas para identificar possíveis desvios de rota que
não vemos pelo fato de estar dentro do processo e, a partir daí, direcionar para um melhor
aprendizado.
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O processo educativo não pode ser pensado como estático e pontual, pelo
contrário, está em constante renovação. Nestas condições a formação continuada vem
preencher um espaço de atualizações necessárias do fazer pedagógico, tanto no que condiz
aos procedimentos e métodos, como a contínua avaliação e reavaliação do currículo a ser
ensinado.
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Quanto à contribuição direta desta formação, diante dos itens levantados posso
enumerar os seguintes:
Material de revisão do Ensino Fundamental estruturado em módulos e
relacionado a tópicos do Ensino Médio;
Sugestões de materiais de apoio na forma de textos, aplicativos, vídeos e
animações;
Estudo da teoria de resposta ao item e outros métodos de análise de
proficiência, com exemplos retirados dos principais testes;
Uso de tecnologias de informação no ensino de Matemática.
Estes pontos citados acima foram os que me influenciaram com maior efetividade,
porém considero que de alguma forma houve diversas contribuições tanto em relação aos
pontos direcionados no roteiro de TCC, quanto a outros oriundos do exercício docente.
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3.2 Problematização
A escolha deste público alvo não se justifica apenas pelo fato de serem as turmas
a qual estive responsável pelo ensino de matemática. Vai mais além, passando primeiro por
uma questão vivenciada na própria prática docente em anos anteriores, em que se observa
uma defasagem dos conteúdos matemáticos. Há também, uma percepção da dificuldade
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inicial do estudante ao adentrar o Ensino Médio e se deparar com conteúdos mais abstratos da
matemática.
Na tentativa de amenizar estes desfalques busco, sempre que a necessidade assim
cobrar, abordar conteúdos da matemática básica. No segundo semestre de 2018 e neste ano de
2019, quando o planejamento das aulas estava voltado para o nivelamento (reforço escolar),
passei a utilizar alguns módulos disponibilizados pela especialização.
Na utilização dos módulos procurei aliar a uma perspectiva menos tradicional de
ensino. O objetivo era trabalhar as dificuldades dos estudantes usando como referência o
“enredo” desenvolvido nos módulos, mas com uma abordagem metodológica mais ativa,
aspecto que era também direcionado no texto de algumas temáticas levantadas nestes
documentos didáticos.
Os estudantes se envolveram bastante nestas aulas de reforço do conteúdo
matemático. Um pouco por estarem revendo algo que era familiar para os mesmos, mas
principalmente por que o trabalho desenvolvido com o uso de jogos matemáticos, tecnologias
e desafios os instigaram ainda mais.
3.3 Metodologia
3.4 Descrição das aplicações: históricos, fatos, resultados, observações, registros (em
diferentes mídias: textos, fotos, vídeos, multimídias, impressos, digitais, etc.)
Segue um relato descritivo das práticas feitas a partir dos módulos nas salas a qual
estive lecionando este ano. Antes, é preciso mencionar a importância do papel do tutor
formador do polo Sobral, que direcionava um processo de discussão no qual todos podiam se
expressar, mas principalmente por-que contribuíam com proposições que foram pertinentes
para construção dos planos destas respectivas aulas.
A abordagem metodológica utilizada como entrada da aplicação nas aulas se deu
de forma dinâmica. O objetivo, por escolha pessoal, foi tornar o processo mais concreto. Na
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sequência da execução se fez uma exposição mais tradicional das definições e propriedades
do conteúdo estudado e, por fim, era direcionado para resolução de problemas relacionados ao
assunto.
Foram feitas algumas intervenções, mas para se ter uma melhor compreensão
vamos descrever duas das principais. A primeira aplicação a ser descrita aborda o tema:
Razão e Proporção. Para tal utilizou-se como referência o Módulo 3B (HOLANDA, 2018).
O objetivo desta aula foi desenvolver no estudante a capacidade de fazer relações
de proporções entre figuras correlatas, demonstrando conhecer a noção de razão e proporção.
A metodologia utilizada foi a aplicação de elementos específicos da escrita musical – que tem
uma relação de proporcionalidade entre si – na composição de melodias rítmicas utilizando as
figuras de valor sonoro e de silêncio.
Fonte: https://teoriamusicalweb.wordpress.com/2016/10/06/figuras-musicais/
pauta musical. Compasso é uma delimitação com capacidade numérica específica, que
estabelece a quantidade de figuras rítmicas (som e silêncio) possível de preencher cada um.
Figura 2: Exercício rítmico em compasso 4/4 e 3/4. Cada espaço entre as barras verticais
(compassos) aceitam apenas uma quantidade específica de tempo musical, por exemplo, no
compasso 4/4 cabem apenas quatro tempos por compasso.
Fonte: https://pt.scribd.com/doc/312532502/Exercicios-ritmicos-1
Eles próprios chegam à conclusão de que cada círculo tem um valor π aproximado
um do outro, momento em que se aproveita para explicar esta particularidade do π. Na
sequência eles, por repetirem várias vezes os cálculos, já não confundem mais as fórmulas do
perímetro e da área do círculo.
Após cada processo “lúdico” foi feito uma exposição das definições e
propriedades dos conteúdos abordados: razão e proporção, na primeira atividade relatada e
perímetro e área do círculo, na segunda. Foi mantido o diálogo com os alunos fazendo sempre
referência as atividades, buscando fazer as relações de significações possíveis e direcionando
para a etapa final: resolução de outros exemplos, em forma de problemas matemáticos.
A parte expositiva teve como referência pedagógica os Módulos 3A e 3B e,
quando da execução da parte final, que é a resolução de problemas diversos, foram resolvidas
questões propostas pelo mesmo material. Outro aspecto vantajoso nestes Módulos é que eles
trazem questões de diferentes bancas de avaliações externas, o que possibilita ao estudante se
apropriar das diversas formas em que um problema matemático pode ser estruturado.
O rendimento dos estudantes sobre os assuntos estudados, numa análise empírica,
foi aparente. O nível de participação foi satisfatório e foi possível perceber que os temas
abordados eram pontos de discussão entre os mesmos na tentativa de chegar à resolução
correta.
Podemos considerar que, quando o procedimento didático é bem estruturado
como é o caso do material estruturado utilizado na aplicação destas atividades (Módulos),
aliado a um processo metodológico bem fundamentado (atividade lúdica e teoria), pode-se
perceber um melhor aproveitamento das aulas, influenciando no aprendizado dos envolvidos.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 64. Ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra,
2017.
GRAVINA, Maria Alice. Geometria dinâmica uma nova abordagem para o aprendizado da
geometria. Anais do VII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, p.1-13, Belo
Horizonte, Brasil, nov 1996.
HOLANDA, Bruno. Interagindo com Números: Números Racionais (Módulo 3B). Revisores:
Antônio Caminha M. Neto e Ulisses L. Parente. No prelo 2018.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor, Adeus Professora? Novas exigências educacionais
e profissão docente. 13 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
MEDEIROS, Esdras. Figuras Planas (Módulo 3A). Revisores: Antônio Caminha M. Neto e
Fabrício Siqueira Benevides. No prelo 2018.
NUNES, Terezinha; CAMPOS, Tânia M. M.; MAGINA, Sandra & BRYANT, Peter.
Educação Matemática: Números e operações numéricas. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.