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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...

VARA DA
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA...

ASSOCIAÇÃO CRIANÇA FELIZ, entidade privada da sociedade civil, inscrita no


CNPJ sob n..., com sede na rua/av..., n..., bairro..., cidade de..., estado..., CEP...,
representada por seu sócio..., conforme contrato social anexo, por seu advogado infra
assinado, assim constituído no instrumento de mandato incluso, que receberá as
intimações do feito no endereço, rua/av..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., vem,
perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA C/ PEDIDO DE
TUTELA ANTECIPADA, com fulcro nos artigos 4º, I, e 282 e seguintes do CPC, em
face da União Federal, pessoa jurídica de direito público interno, na pessoa de seu
representante legal, situada no endereço, rua/av..., n..., bairro..., cidade..., estado...,
CEP..., pelos motivos de fato e de direito abaixo aduzidos:

DOS FATOS

A parte autora é uma instituição de assistência social sem fins lucrativos, isto é, entidade
privada da sociedade civil, na forma de ente paraestatal, que, prestando atividade de
interesse público, por iniciativa privada, não almejam o lucro, mas a pratica de política
assistencialista, ao lodo do chamado “primeiro setor”, que é o próprio Estado, e do
“segundo setor”, que é o mercado.

Ocorre nobre julgador que houve publicação de portaria ministerial determinando a


incidência do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros ou relativas a
títulos e valores mobiliários (IOF) sobre as operações de créditos das instituições de
assistência social sem fins lucrativos.

Sabe-se, portanto, que tal portaria ministerial, atinge o direito de imunidade da parte
autora resguardado pela Carta Magna a seguir exposto.

DO DIREITO

Diante dos fatos narrado, fica evidente a agressão ao direto do autor, justamente, pois
conforme o artigo 150, VI, c da Constituição Federal (CF) prever que o afastamento dos
impostos das entidades beneficentes de assistência social.

“Art. 150, CF. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

VI- instituir imposto sobre:

(...)

c) patrimônio, renda ou serviço dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei”;
Sabagg (2011) diz que o elemento teleológico, que justifica o comando imunizante
exsurge da proteção à assistência social (arts. 203 e 204, CF), que se corporifica, em sua
expressão mínima, em direitos humanos inalienáveis e imprescritíveis, tendentes à
preservação do mínimo existencial.

“Art. 203, CF. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: (...);”

“Art. 204, CF. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas
com recursos do orçamento da seguridade social, previsto no artigo 195, além de outras
fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: (...)”.

No mesmo sentido, diz a jurisprudência:

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PREVIDÊNCIA


PRIVADA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. INEXISTÊNCIA. (...) 2. As instituições de
assistência social, que trazem ínsito em suas finalidades a observância ao princípio da
universalidade, da generalidade e concede benefícios a toda coletividade,
independentemente de contraprestação, não se confundem e não podem ser comparadas
com as entidades fechadas de previdência privada que, em decorrência da relação
contratual firmada, apenas contempla uma categoria específica, ficando o gozo dos
benefícios previstos em seu estatuto social dependente do recolhimento das
contribuições avençadas, conditio sine qua non para a respectiva integração no sistema.
Recurso extraordinário conhecido e provido. (RE 202.700/DF, Pleno, rel. Min.
Maurício Corrêa, j. 08-11-2001) (Ver, ainda, nesse sentido: RE 259.756/RJ, Pleno, rel.
Min. Marco Aurélio, j. 28-11-2001; e RE 235.003-SP, 1ª T., rel. Min. Moreira Alves, j.
26-02-2002).

Assim, a incidência do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros ou


relativas a títulos e valores mobiliários (IOF) sobre as operações de créditos da parte
autora não devem ocorrer, pois conforme o mencionado acima, esta associação possui
imunidade.

DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA

Segundo o art. 273 do CPC, são pressupostos autorizadores da tutela antecipatória: a


verossimilhança da alegação, em face da prova inequívoca da alegação, e o fundado
receio de dano irreparável.

A concessão da tutela antecipada justifica-se, pois a violação dos princípios da


legalidade é uma inequívoca da verossimilhança do pedido da parte autora. Pois
havendo a incidência do tributo sobre a parte autora estará maculando um direto
constitucional.

DO PEDIDO

Pelo exposto, a parte autora requer a Vossa Excelência:

1. A concessão da tutela jurisdicional antecipada, de acordo com o art. 273, do


CPC, afastando, assim, a incidência de IOF sobre as operações de créditos da
instituição, pois há a prova inequívoca da verossimilhança do pedido e receio de
prejuízos orçamentários;
2. O julgamento procedente do pedido, declarando-se a inexistência de relação
jurídico-tributária com a União Federal, em relação a incidência de IOF sobre as
operações de crédito da parte autora;
3. A citação da União Federal para, se quiser, apresentar contestação;
4. A condenação da parte ré ao pagamento das custas processuais e dos honorários
advocatícios;
5. A produção de todos os meios de prova em Direito admitidos.

Dá-se à causa o valor de R$...

Nestes termos,

Pede deferimento.

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