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Leptospirose
É uma doença infecciosa febril de início brusco, que pode variar desde formas
assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos graves associados a manifestações fulminantes.
As apresentações clínicas da Leptospirose foram divididas considerando as fases evolutivas da
doença: fase precoce (fase leptospirêmica) e fase tardia (fase imune).
Fase Tardia: Pode evoluir para manifestações clínicas graves iniciando-se, em geral, após a primeira
semana de doença. A manifestação clássica da Leptospirose grave é a síndrome de Weil,
caracterizada pela tríade de icterícia, sendo um sinal característico e, geralmente aparece entre o
3º e o 7º dia da doença, insuficiência renal e hemorragias, mais comumente pulmonar.
Sífilis
Sífilis adquirida: A Sífilis é uma doença infecto-contagiosa sistêmica, de evolução crônica, com
manifestações cutâneas temporárias, provocadas por uma espiroqueta. A transmissão da Sífilis
Adquirida é sexual, na área genitoanal, na quase totalidade dos casos.
Sua evolução é dividida em recente e tardia:
Sífilis adquirida recente: Compreende o primeiro ano de evolução, período de desenvolvimento
imunitário na Sífilis não tratada, e inclui as Sífilis primária, secundária e latente precoce e tardia.
A Sífilis primária caracteriza-se por apresentar lesão inicial denominada cancro duro que surge em
média em 21 dias, ocorrendo adenite satélite. As reações sorológicas treponêmicas para Sífilis
tornam-se positivas a partir da 3ª semana de infecção e, as reações sorológicas não treponêmicas
tornam-se positivas a partir da 4º ou 5º semana após o contágio.
A Sífilis secundária é marcada pela disseminação dos treponemas pelo organismo. Suas
manifestações ocorrem de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. A lesão mais precoce é
constituída por roséola. Posteriormente, podem surgir lesões papulosas palmo-plantares, placas
mucosas, adenopatia generalizada, alopécia em clareira e os condilomas planos.
No período de Sífilis latente precoce, não existem manifestações clínicas visíveis, mas há
treponemas localizados em determinados tecidos. Assim, o diagnóstico só é obtido pelas reações
sorológicas.
Sífilis adquirida tardia: É considerada tardia após o primeiro ano de evolução. Ocorre em
indivíduos infectados pelo treponema que não receberam tratamento adequado ou não foram
tratados. Suas manifestações clínicas surgem de forma tardia.
Compreendem as formas cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa. A Sífilis tardia cutânea
caracteriza-se por lesões gomosas e nodulares, de caráter destrutivo. Na Sífilis óssea, pode haver
osteíte gomosa, periostite osteíte esclerosante, artralgias, artrites e outras. O quadro
cardiovascular é a aortite sifilítica, aneurisma e estenose de coronárias. A Sífilis do sistema nervoso
é assintomática ou sintomática com as seguintes formas: atrofia do nervo óptico, lesão do sétimo
par, paralisia geral e tabes dorsalis, entre outras.
Tratamento - Sífilis primária: Penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, dose única (1.200.000UI, IV,
em cada glúteo). Sífilis recente secundária e latente: Penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, 1 vez
por semana, 2 semanas (dose total de 4.800.000UI). Sífilis tardia (latente e terciária): Penicilina G
benzatina, 2.400.000UI, IM, 1 vez por semana, 3 semanas (dose total de 7.200.000UI).
Sorologia treponêmica (FTA –abs; TPHA; imunofluorescêcia: São testes específicos, úteis para
confirmação do diagnóstico.
Toxoplasmose
A Toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita, causada por protozoário. Apresenta quadro
clínico variado, desde infecção assintomática a manifestações sistêmicas extremamente graves,
tais como:
Toxoplasmose febril aguda: - Na maioria das vezes, a infecção inicial é assintomática mas
pode ser acompanhada de exantema. Às vezes, sintomas de acometimento pulmonar, miocárdico,
hepático ou cerebral são evidentes. As lesões resultam da proliferação rápida dos organismos nas
células hospedeiras e, quando há manifestações clínicas, essas têm evolução benigna.
Linfadenite toxicoplásmica: o quadro se caracteriza por linfadenopatia localizada ou
linfadenopatia generalizada envolvendo os nódulos linfáticos cervicais posteriores ou
acompanhada por linfócitos atípicos no sangue periférico. A linfadenite regional pode estar
relacionada à porta de entrada, durante a síndrome febril aguda.
Toxoplasmose ocular - A coriorretinite é a lesão mais frequentemente associada à
Toxoplasmose e, pode ser atribuída ao toxoplasma. Dois tipos de lesões de retina podem ser
observados: a retinite aguda, com intensa inflamação, e a retinite crônica, com perda progressiva
de visão, algumas vezes chegando à cegueira.
Toxoplasmose neonatal - Resulta da infecção intra-uterina, variando de assintomática à
letal. Os achados comuns são prematuridade, baixo peso, coriorretinite pós-maturidade,
estrabismo, icterícia e hepatomegalia.
Toxoplasmose no paciente imunodeprimido: Os cistos do toxoplasma persistem por
período indefinido e qualquer imunossupressão significativa pode ser seguida por um
recrudescimento da Toxoplasmose. As lesões são focais e vistas com maior frequência no cérebro
e, menos frequentemente, na retina, miocárdio e pulmões.
Toxoplasmose e gravidez - Haja vista que a infecção da mãe é usualmente assintomática,
geralmente não é detectada. Por isso, tem-se sugerido a realização de testes sorológicos na
gestação, durante o acompanhamento pré-natal. Quando se realiza o diagnóstico, deve ser
instituída a quimioterapia adequada.
Modo de transmissão: ingestão de oocistos provenientes do solo, areia, solo, locais com
fezes de gatos contaminados; Ingestão de carne crua e mal cozida infectada por oocistos; infecção
transplacentária.
Medidas de controle: recomendações, evitar alimentos mal cozidos ou crus, eliminar fezes
de gatos em lugares seguros, evitar o contato de gatos com grávidas.