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DERIVATIVOS
AUTORIA:
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente
listar esses nomes e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda Imprimir
logotipos, o autor declara estar utilizando tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática,
beneficiando e divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas
de autenticidade de sua utilização e direitos autorais.
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram
analisados em pesquisas de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram
expostas ao comércio livre editorial.
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A presentação
O bjetivo
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E menta
S obre o Autor
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S UMÁRIO
UNIDADE 1 ......................................................................................................................................... 8
Introdução A Derivativos .......................................................................................................8
UNIDADE 2 ....................................................................................................................................... 12
Histórico .............................................................................................................................. 12
UNIDADE 3 ....................................................................................................................................... 18
Conceitos Gerais ................................................................................................................. 18
UNIDADE 4 ....................................................................................................................................... 23
Formas De Liquidação ........................................................................................................23
UNIDADE 5 ....................................................................................................................................... 26
Modalidades De Contratos ..................................................................................................26
UNIDADE 6 ....................................................................................................................................... 29
Mecanismos De Garantia ....................................................................................................29
UNIDADE 7 ....................................................................................................................................... 35
Mecanismos Institucionais ..................................................................................................35
UNIDADE 8 ....................................................................................................................................... 38
Operações No Mercado De Balcão ..................................................................................... 38
UNIDADE 9 ....................................................................................................................................... 40
Estratégias Básicas Em Derivativos .................................................................................... 40
UNIDADE 10 ..................................................................................................................................... 45
Operações Financeiras .......................................................................................................45
UNIDADE 11 ..................................................................................................................................... 47
Mercado A Termo (Forward) ............................................................................................... 47
UNIDADE 12 ..................................................................................................................................... 56
Mercado A Termo Internacional .......................................................................................... 56
UNIDADE 13 ..................................................................................................................................... 60
Forward Interest Rates Agreements - Fras .........................................................................60
UNIDADE 14 ..................................................................................................................................... 64
Exemplo De Hedge - FRA ..................................................................................................64
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UNIDADE 15 ..................................................................................................................................... 68
Pricing de um FRA ..............................................................................................................68
UNIDADE 16 ..................................................................................................................................... 70
Mercado Futuro ................................................................................................................... 70
UNIDADE 17 ..................................................................................................................................... 75
Mercado Futuro no Brasil ....................................................................................................75
UNIDADE 18 ..................................................................................................................................... 82
Contrato Futuro de Dólar Comercial.................................................................................... 82
UNIDADE 19 ..................................................................................................................................... 84
Mercado Futuro de Câmbio.................................................................................................84
UNIDADE 20 ..................................................................................................................................... 89
Outras Considerações - Comparativo ................................................................................. 89
UNIDADE 21 ..................................................................................................................................... 92
Mercado de Swaps..............................................................................................................92
UNIDADE 22 ..................................................................................................................................... 99
Pricing das Operações de Swap ......................................................................................... 99
UNIDADE 23 ................................................................................................................................... 103
Mercado de Opções .......................................................................................................... 103
UNIDADE 24 ................................................................................................................................... 108
Negociação de Opções em Bolsas ................................................................................... 108
UNIDADE 25 ................................................................................................................................... 112
Prêmio de uma Opção ...................................................................................................... 112
UNIDADE 26 ................................................................................................................................... 114
Valor Tempo ...................................................................................................................... 114
UNIDADE 27 ................................................................................................................................... 119
Modelo de Black & Scholes............................................................................................... 119
UNIDADE 28 ................................................................................................................................... 123
Estratégia de Investimento ................................................................................................ 123
UNIDADE 29 ................................................................................................................................... 129
Exemplos de Combinações............................................................................................... 129
UNIDADE 30 ................................................................................................................................... 133
Estratégias Combinando Diferentes Posições com Opções ............................................. 133
GLOSSÁRIO ................................................................................................................................... 141
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BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 142
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U NIDADE 1
Introdução A Derivativos
Aspectos Operacionais
Com base nesse cenário, podemos perceber que os derivativos possuem enorme
importância para as empresas à medida que constituem uma grande ameaça ao sucesso
financeiro delas e, como veremos a seguir, apresentam enormes oportunidades de lucros e
gestão de riscos.
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apresentadas. Essa diferenciação refere-se à estrutura financeira dos contratos de seguro
em geral, que são baseados em variáveis de natureza bastante distinta daquelas envolvidas
com as variáveis financeiras normais.
b) Contratos a futuro;
d) Contatos de swaps.
Esses instrumentos são conhecidos como derivativos de primeira geração. Como exposto, os
produtos mais sofisticados, como opções exóticas e derivativos baseados em variáveis
climáticas e atuariais, não serão abordados. Mais adiante, será apresentado um breve
histórico desses produtos para, em seguida, serem expostas suas características mais
importantes.
Histórico
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A utilização da palavra bolsa, no sentido financeiro, advém provavelmente da cidade de
Bruges, na Bélgica, onde se realizavam assembleias de comerciantes na casa de um senhor
chamado Van Der Burse, em cuja fachada havia um escudo com três bolsas.
As primeiras Bolsas organizadas para entrega futura surgiram no Japão, no século XVIII, e
por volta de 1730, a Bolsa de Arroz de Osaka começava a negociar forward contracts, que
eram contratos para entrega futura. Em 1780, na Inglaterra, começaram a ser negociados
contratos conhecidos como to arrive, ou “a serem entregues”. Os atuais contratos futuros são
evoluções dos contratos to arrive ingleses, com a presença do especulador, que assume o
risco da outra parte envolvida na operação.
O mercado começou a assumir características do que viria a ser atualmente com a criação,
em 1948, da Chicago Board of Trade (CBOT), pioneira no desenvolvimento dos mercados
futuros, como eles são conhecidos hoje. Após a CBOT, seguiram-se inúmeras bolsas de
mercadorias que realizavam contratos futuros, como a Board of Trade of Kansas City (1856),
New York Cotton Exchange (1872), Mineapolis Grain Exchange (1881), Paris Commodity
Exchange (1918), The London International Financial Futures Exchange (1982) etc.
No Brasil, a primeira bolsa de commodities agrícolas surgiu em 1917; era chamada Bolsa de
Mercadorias de São Paulo e não negociava contratos futuros. Em 1983, foi constituída a
Bolsa Brasileira de Futuros (BBF), com sede no Rio de Janeiro. Em 1986, começa a operar
em São Paulo a Bolsa Mercantil & Futuros (BM&F), que, em 1991, se uniu à Bolsa de
Mercadorias de São Paulo, dando origem à Bolsa de Mercadorias & Futuros. Em abril de
2008 a BM&F se uniu à Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo S/A), criando assim a 3ª
maior bolsa do mundo, sob a denominação do BM&F Bovespa S/A.
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U NIDADE 2
Histórico
A história dos mercados futuros remonta à Idade Média, vinda de uma necessidade natural
da comercialização das safras e o aperfeiçoamento dos produtos.
Assim, o aparecimento dos derivativos ocorreu na Idade Média, na China antiga. Foram
desenvolvidos para atender às necessidades de produtores e comerciantes, a negociação
das commodities básicas.
O desenvolvimento e crescimento mundial dos produtos derivativos nos últimos anos têm
sido um dos mais extraordinários e importantes aspectos do mercado financeiro.
No Brasil, a primeira bolsa das “commodities” agrícola surgiu em 1917, com a criação da
Bolsa de Mercadoria de São Paulo.
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mudanças nas paridades das moedas, contribuindo, assim, para o surgimento dos swaps,
em resposta a uma necessidade de proteção contra o risco ocasionado pela oscilação de
moedas.
Por exemplo, durante e após as duas crises do petróleo, nas décadas de 70 e 80, os
governos e as empresas foram obrigados a repensar suas estratégias, mercados e produtos.
As fortes oscilações no preço da energia advinda do petróleo – com a consequente
repercussão no preço da energia elétrica - chamaram a atenção para o fato de o mundo
estar cada vez mais exposto a riscos inesperados.
Apesar dos contratos futuros e a termo de commodities serem ativamente negociados desde
a virada do século, e historiadores acharem antecedentes de contratos de opções na Grécia
antiga, não foi antes de 1972 que nasceu o moderno mercado de derivativos.
Neste ano, o Tratado de Bretton Woods, que era um pacto pós-2ª Guerra, que instituía um
regime de câmbio fixo entre as moedas das maiores nações do mundo, ruiu quando os
Estados Unidos suspenderam a convertibilidade do dólar por ouro. Com isso, se estabeleceu
a volatilidade das taxas de câmbio e, como uma ferramenta chave para o gerenciamento de
taxas de câmbio é a taxa de juros, surgiu, também a volatilidade das taxas de juros.
1970 - A Chicago Mercantile Exchange (CME) lançou o primeiro contrato futuro de taxas de
câmbio. Este contrato veio antes de seu tempo e com isso os negócios se extinguiram.
1975 - Contratos futuros de taxa de juros na Chicago Board of Trade (CBOT) e na Chicago
Mercantile Exchange (CME).
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1981 - Primeiro SWAP de moeda.
Ao mesmo tempo, o mercado de balcão desenvolveu um vasto leque de produtos que podem
ser customizados para servir qualquer perfil de risco/retorno, em quase qualquer mercado.
SWAP’s, opções, CAP’s e FLOOR’s podem ser comprados de um grande número de
corretores e Market-Makers em qualquer ativo, de taxa de juros a petróleo, de taxas de
câmbio a alumínio. Foi até oferecida uma operação de um hedge contra a possibilidade de
um terremoto em Tóquio.
No início dos anos 80, foram criadas duas Bolsas de Futuros, a Bolsa Brasileira de Futuros -
BBF, fundada em 1983 e sediada no Rio de Janeiro e a Bolsa Mercantil & de Futuros -
BM&F, em São Paulo. Ambas negociam principalmente, índices de ações, ouro e taxas de
juros.
Em julho de 1985, surgiu a Bolsa Mercantil & de Futuros a BM&F. Seus pregões começaram
a funcionar em 31 de janeiro de 1986. Em pouco tempo, conquistou posição invejável entre
as suas congêneres, ao oferecer para a negociação instrumentos financeiros em diversas
modalidades operacionais.
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Em 9 de maio de 1991, a Bolsa Mercantil & de Futuros - BM&F - une-se à Bolsa de
Mercadorias de São Paulo - BMSP, dando origem à Bolsa de Mercadoria & Futuros, também
com a sigla de BM&F.
No final de junho de 1997, ocorreu nova fusão, agora com a Bolsa Brasileira de Futuros -
BBF, com o objetivo de fortalecer o mercado nacional das commodities .
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Com esta maturidade, veio a redução da lucratividade. Futuros e opções negociados em
bolsa são agora produtos padrão. O mercado é tão transparente, que existe pouco espaço
para grandes spreads. A competição no mercado de balcão também estreitou as suas
margens.
No Brasil, o mercado de derivativos é bastante novo. Em 1986, foi fundada a Bolsa Mercantil
e de Futuros e foram lançados os contratos futuros de índice da Bolsa de Valores de São
Paulo (BOVESPA). Em 1990, foram lançados os contratos de Dólar Comercial Futuro.
Nos últimos anos, foram lançados contratos de Opções “flexíveis”, Opções sobre Futuros de
Taxas de Juros e Taxa de Câmbio, Cupom Cambial Futuro, SWAP de Juros e Dólar, e, mais
recentemente, a BM&F mudou seus contratos agrícolas, passando a adotar a cotação dos
produtos em dólar com vistas a estimular o ingresso dos investidores externos. Existe, ainda,
um significativo mercado de Balcão, principalmente de SWAP’s.
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Pode-se dizer que, por um lado, o mercado de derivativos no Brasil já ostenta um currículo e
uma performance que o situam como uma “indústria” de escala considerável, sofisticada
profissionalmente e consolidada institucionalmente.
Por outro lado, trata-se de um mercado com um enorme potencial a ser ainda desenvolvido,
necessitando principalmente, no momento, ser bastante divulgado junto aos seus usuários
potenciais com vistas a torná-lo mais familiar, eliminar preconceitos e mostrar a sua utilidade.
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U NIDADE 3
Conceitos Gerais
Conceitos Gerais
Mercado De Derivativos
Um derivativo nada mais é do que um instrumento cujo valor decorre (ou, se quisermos,
deriva) de outro ativo (uma ação, um título, uma moeda estrangeira, ouro, etc).
Um exemplo que podemos utilizar é o de uma opção sobre ações da Telebrás. O valor dessa
opção (no caso, o produto derivativo) depende do preço da ação da Telebrás (o ativo).
Assim, o valor da opção poderá subir ou descer em função de oscilações na cotação da
ação, ou em função de expectativas que os investidores tenham sobre a trajetória futura dos
preços da ação (expectativa de alta ou de queda).
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Segmentação Do Mercado De Derivativos
Mercados de Opções
Mercado de SWAP
Modalidades De Negociação
A negociação dos produtos derivativos pode ocorrer através de operações em Bolsas e/ou
operações de Balcão. De fato, podemos nos referir às Bolsas e Balcão (Over the Counter)
também como dois “mercados” distintos (na realidade são muito mais locais ou modalidades
de negociação), mas em muitos aspectos complementares.
Operações de Bolsa
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Existência de Controle Centralizado
Exigência de padronização
Produtos Negociados
Os produtos que são objetos de negociação nas bolsas de mercadorias e de futuros devem
ser definidos e especificados de forma precisa e detalhada. Apenas para exemplificar, a
BM&F negocia contratos futuros e de opções de café. É possível especificar (e padronizar) o
tipo de café que estamos negociando? Pois, na BM&F, os contratos negociados referem-se a
“café cru, em grão, de produção brasileira, coffea arabica”, tipo 6 ou melhor, bebida dura ou
melhor, para entrega no Município de São Paulo, SP, Brasil.
Já os contratos futuros e de opções sobre dólar comercial estão negociando uma particular
taxa de câmbio. A PTAX800 representa a taxa média de venda, apurada pelo Banco Central
do Brasil, no último dia do mês anterior ao mês de vencimento do contrato.
Dessa forma, cada participante do mercado sabe exatamente qual é o produto que está
negociando (comprando ou vendendo) e, por outro lado, todos os participantes estão
negociando o mesmo produto.
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Prazos de Vencimento
Note-se que é possível haver negociação para tantos vencimentos quantos sejam de
interesse do mercado, porém, a liquidação da operação só ocorrerá nas datas fixadas pelas
bolsas, nunca antes, nem depois.
Tamanho do Contrato
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Cada operação realizada na bolsa representa, efetivamente, uma transação (financeira ou
comercial) realizada entre duas partes. Essa transação tem que ter suas características,
condições e normas legais claramente definidas.
Ou seja, cada transação é lastreada num contrato formal ao qual as partes aderem. Esse
contrato, no caso das operações em bolsa, é, igualmente, padronizado e definido por esta.
Os participantes não podem alterar partes ou cláusulas desse contrato para atender a algum
interesse ou condição particular.
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U NIDADE 4
Formas De Liquidação
Nas operações realizadas em bolsa, o encerramento das mesmas pode se dar por meio de
uma das maneiras descritas a seguir:
Entrega do Produto
Mais usual no caso de commodities não financeiras. Essa alternativa está disponível apenas
para os que têm posições vendidas e, mesmo assim dentro dos critérios e normas fixados
pela Bolsa.
É fácil perceber que, em muitos casos, negociam-se produtos “virtuais” (índices) ou apenas
direitos e/ou obrigações sobre preços futuros (dólar comercial), nos quais a entrega física
simplesmente não é possível. Nesses casos, a liquidação da operação deverá seguir outra
forma que não a entrega física.
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Liquidação Financeira ou por diferença
Uma importante inovação conceitual dos mercados de derivativos foi o de buscar tornar as
operações “virtuais”, ou seja, prescindir da entrega ou da disponibilidade do produto
negociado. A possibilidade de liquidação financeira ou por diferença é um dos mecanismos
que contribui de forma decisiva para tornar o mercado mais ágil, dinâmico e,
consequentemente aumentar sua liquidez. Esse mecanismo poderia ser resumido de forma
espirituosa na seguinte máxima:
De acordo com esse procedimento, as posições em aberto, que são levadas até o
vencimento, são revertidas compulsoriamente pela Clearing House, efetuando-se a operação
inversa àquela a que se refere à posição, ao preço de mercado vigente no momento do
vencimento da operação.
O resultado da operação será a diferença entre o valor pelo qual a posição foi aberta e
aquele pelo qual a posição foi revertida (liquidada). Esse resultado pode ser naturalmente
favorável ou desfavorável ao detentor da posição.
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investidor se antecipa àquilo que a bolsa faria de maneira compulsória no vencimento, caso
isso seja de seu interesse.
Essa estratégia seria adotada sempre que os preços futuros do ativo seguirem uma trajetória
oposta àquela que o investidor previu originalmente e o mesmo optar por reverter a operação
e limitar o seu custo, ou quando este considerar que a operação já produziu o lucro máximo
que pode ser obtido.
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U NIDADE 5
Modalidades De Contratos
Os contratos a termo surgiram como uma evolução dos contratos to arrive e tiveram como
objetivo reduzir a incerteza sobre o preço futuro das mercadorias negociadas. Esses
contratos não precisam ser negociados em Bolsa e suas características variam de contrato
para contrato, dependendo do desejo das partes relacionadas. Nesses mercados, não há a
menor padronização e os negócios são realizados por intermédio de um contrato comercial
comum, que estabelece as condições e características da entrega futura das mercadorias em
questão.
Os contratos a termo são muito utilizados por empresas não financeiras que precisam
proteger seus passivos de variações cambiais, por exemplo. Nesse caso, a empresa que
possui dívidas em dólares assina um contrato com a instituição financeira que se
compromete a vender os dólares a esta empresa por uma taxa que ambas julgarem
adequada. Essa taxa depende de várias considerações; no entanto, as expectativas relativas
ao futuro do mercado cambial, neste exemplo, desempenham fator primordial. Nesse caso,
se a cotação do dólar ficar abaixo da taxa especificada no contrato, a empresa paga a
diferença para o banco e, se a taxa for superior ao valor contratado, o banco é que pagará à
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empresa. Em ambos os casos, as variações positivas ou negativas na dívida da empresa,
advindas da variação cambial, são cobertas pelas variações no contrato a termo realizado.
Os contratos futuros surgiram de uma limitação dos contratos a termo que é a excessiva
variabilidade das características dos contratos elaborados, já que não há nenhuma
padronização nesses tipos de contrato. Os contratos futuros introduzem uma padronização
do preço, qualidade do produto, local e data da entrega, tamanho e volume negociados,
aumentando consideravelmente a liquidez dos contratos, por permitir, cada vez mais, a
transferência de riscos com a maior presença dos especuladores. Os contratos a termo
também possuem risco de crédito elevado. Esse problema é amenizado com os contratos
futuros, que possuem ajustes diários, reduzindo o risco da liquidação do contrato final.
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Local de negociação Bolsa de Futuros Estabelecido pelas partes
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U NIDADE 6
Mecanismos De Garantia
Mecanismos Financeiros
As operações no mundo de derivativos, embora não lidem necessariamente com ativos reais,
podem resultar, como vimos, em lucros expressivos ou prejuízos desastrosos. Ocorrendo a
segunda hipótese, algum participante poderia se sentir “tentado” a não honrar sua parte do
negócio, ficando inadimplente.
Segundo, porque, isso ocorrendo, mesmo aqueles que operam de forma não especulativa
(hedgers) teriam razões para duvidar da eficácia do sistema como um todo, para lhes
prestar, de forma efetiva (estratégica e financeiramente), a proteção de que necessitam e a
própria validade do mercado poderia ser questionada.
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Para evitar (ou diminuir as chances) que isso aconteça, as bolsas adotam um conjunto de
salvaguardas, as principais delas constituindo-se de encargos financeiros que são impostas
a todos os participantes como veremos a seguir:
Margem Inicial
Assim, se uma empresa com dívida em taxa flutuante deseja se proteger do risco que uma
elevação na taxa de juros acarretaria sobre o seu passivo, mas não tem recursos em caixa
para quitar a dívida antecipadamente, poderia, usando o mercado de derivativos, fazer uma
operação a termo (Forward) ou um SWAP, assegurando um nível máximo de taxa de juros e
sem desembolsar dinheiro no início.
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Trata-se de um percentual do valor de cada contrato (ou de um valor fixo por contrato), que
deverá ser depositado no início da operação por todos aqueles que mantêm posições em
aberto, sejam elas compradas ou vendidas.
Esse percentual (ou custo fixo) deve ser baixo o suficiente para manter a atratividade da
alavancagem, mas alto o suficiente para cobrir o risco de uma eventual inadimplência. Como
fixá-lo?
Inversamente, se outro investidor abre posições vendendo outro ativo por R$ 980 e o preço
aumenta para R$ 1.000, ele estará perdendo também R$ 20, pois vendeu o produto barato.
Observe-se que, embora a flutuação tenha sido a mesma em termos absolutos, nos dois
casos o primeiro investidor foi muito mais prejudicado, pois o preço do seu ativo variou muito
mais em termos relativos, ou seja, apresentou maior volatilidade.
A questão, então, seria tentar determinar qual a volatilidade de cada produto e, em função
disso, qual o percentual do valor do contrato adequado para tornar a margem uma proteção
eficaz entre essas flutuações do preço dos ativos.
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Dessa forma, mesmo que o investidor seja “tentado” a não honrar sua parte da operação, o
sistema já arrecadou antecipadamente recursos desse investidor que devem, em tese, ser
suficientes para cobrir um eventual prejuízo.
Para concluir esse item cabe mencionar que, em geral, a margem será diferente por tipo de
produto (já que as volatilidades são distintas) e também poderá ser diferente em função da
natureza do investidor (Hedger, especulador, arbitrador, etc).
Há provavelmente, nesta altura, uma pergunta que todos estariam ansiosos para fazer. Se a
margem é dimensionada para cobrir 3 dias (por hipótese) da flutuação potencial máxima no
preço do ativo, o que aconteceria, na hipótese remota (mas possível), de que essa flutuação
prossiga por 4, 5 ou mais dias? Se isso ocorrer, o prejuízo potencial dos investidores no
cenário contrário ao da flutuação observada não excederá à margem depositada? E nesse
caso, esse investidor não voltará a ficar “tentado” a ficar inadimplente com o sistema?
A resposta a essas indagações está contida na discussão do ajuste diário, mostrado abaixo:
Ajuste Diário
O ajuste diário ou Marked to Market nada mais é do que a comparação entre os valores das
posições de cada investidor, no momento da abertura das mesmas, com o preço de
fechamento, ao final de cada dia. Se a comparação entre esses dois valores for favorável ao
investidor, ele recebe ajuste. Se for desfavorável, ele pagará ajuste. É importante destacar os
seguintes pontos sobre o mecanismo de ajuste diário:
O valor devido ou a receber será calculado, diariamente, pelo sistema e deverá ser
recolhido pelas partes, obrigatoriamente, em dinheiro (geralmente em d + 1).
Observe-se que a cada novo dia, o valor de abertura da posição é exatamente igual
ao valor de fechamento do dia anterior. Isto porque ao pagar (ou receber) o ajuste
calculado em comparação com o preço do fechamento, o investidor já absorve
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inteiramente o prejuízo (ou lucro) daquele dia e a posição passa a ser contabilizada
pelo valor de fechamento.
Na prática, é como se a posição fosse liquidada a cada final de dia, abrindo-se no dia
seguinte uma nova posição, ao preço de fechamento do dia anterior. Qualquer eventual
prejuízo dessa reversão diária de posição inicial deve ser absorvido, imediatamente, pelo
investidor.
Dessa forma, enquanto o ajuste diário for sendo pago pela parte “perdedora” a margem
ficará intacta com uma garantia de última instância do sistema.
Por outro lado, se em qualquer dia o ajuste devido não for depositado a margem (que foi
dimensionada para cobrir mais de um dia de flutuação de preços, lembram-se?) deverá ser
suficiente para quitar, com folga, o débito do faltoso, pagando-se à contraparte “ganhadora” e
mantendo-se a integridade do sistema.
Assim, a combinação de depósito de margem com ajuste diário parece tornar o mecanismo
de garantias das Bolsas inexpugnável ao risco de inadimplência, certo? Não,
necessariamente. O que ocorreria, por exemplo, se a flutuação de preços em um único dia
ficasse superior àquele utilizado para dimensionar a margem?
Um investidor com padrões éticos menos rígidos perceberia que se ficar inadimplente terá
um prejuízo menor do que se efetuar o ajuste diário devido. Afinal se ele abandonar a
posição sem pagar o ajuste devido o que perderá será a margem depositada, a qual é nesse
momento (segundo nossa hipótese) menor do que o ajuste devido.
Com isso, nessa hipótese pouco provável, mas possível, o sistema voltaria a correr riscos
exigindo mecanismos adicionais de garantia que serão descritos na sequência.
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FÓRUM I
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U NIDADE 7
Mecanismos Institucionais
Usualmente, identifica-se nesse fundo a parcela de cada corretora, de tal forma que
ocorrendo inadimplência de um cliente da Corretora XYZ, a citada corretora terá debitado o
valor correspondente de sua cota no Fundo; caso a parcela dessa corretora não seja
suficiente para cobrir o rombo os demais integrantes do sistema (todas as outras corretoras)
contribuirão com uma parte de suas cotas do Fundo até alcançar o montante de recursos
necessários.
E se num caso extremo esse montante não puder ser alcançado? Ou seja, se o valor do
rombo for superior aos recursos disponíveis no fundo? Nessa situação, também pouco
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provável, mas remotamente possível, os integrantes do sistema devem oferecer o seu
próprio patrimônio.
Mecanismos Administrativos
Quando tudo o mais falhar, e com vistas a preservar por um lado a integridade do próprio
mercado e por outro minimizar o prejuízo dos investidores a Bolsa pode, por assim dizer,
alterar as regras do jogo, criando ou impondo condições que não existiam no início da
operação e que, provavelmente, deixarão de existir uma vez superada a crise de solvência.
Os mecanismos desse tipo mais comumente usados são:
Fixar limite máximo de flutuação de preço (quando esse limite é atingido o pregão é
interrompido).
A padronização de produtos e prazos faz com que todos os participantes operem com
produtos homogêneos e prazos coincidentes, aumentando enormemente a liquidez do
mercado; ou seja, num dado mercado (DI, por exemplo), como todos operam o
mesmo produto - projeção das taxas de juros dos certificados de depósitos
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interbancários pelo prazo de 1 dia) e para vencimentos padronizados, é muito fácil
abrir ou encerrar uma posição a qualquer momento.
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U NIDADE 8
Operações No Mercado De Balcão
De maneira simples e até certo ponto redundante, podemos dizer que o mercado de balcão
inclui todas as operações que são realizadas fora dos mercados formais das bolsas. As
características principais desse importante mercado são mencionadas a seguir.
Mercados de contrapartes
Isto equivale a dizer que as duas partes da operação (investidor A e investidor B) são
identificadas claramente e que a operação realizada é uma transação entre essas duas
partes.
Dessa forma, a operação só pode ser desfeita (ou liquidada antecipadamente) se houver
concordância mútua. Geralmente, uma das partes da operação será uma instituição
financeira (Banco Comercial ou Banco de Investimentos).
Falta de padronização
Nesse sentido, cabe observar que, embora à medida que um determinado mercado se torne
mais maduro e disseminado, haverá uma tendência natural a padronizar procedimentos
(forma de cotação, contrato, forma de liquidação, etc.). Nada impede que se introduzam
produtos inteiramente novos e por prazos não usuais, se isso for do interesse de um cliente
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particular (digamos um Swap de variação cambial contra variação de tarifa de energia
elétrica).
Risco de crédito
Não há cobrança de margens, ajustes diários, etc., nem responsabilidade mútua de outros
integrantes do sistema se uma das partes ficar inadimplente. Nesse sentido, uma operação
de balcão no mercado de derivativos tem o mesmo status de uma operação de crédito
comum, em que A está dando crédito a B ou vice-versa.
Se uma das partes não honrar o seu compromisso, o prejuízo deverá ser inteiramente
absorvido pela outra parte.
Essa característica do mercado de balcão implica, naturalmente, que cada parte deverá
fazer uma análise de crédito da outra, identificando sua capacidade de pagamento e
alocando um limite de crédito para a mesma.
Excepcionalmente, pode haver a participação de uma Clearing House para o registro e/ou
garantia das operações. E seria o caso, por exemplo, do CETIP e da BM&F nas operações
de SWAP em balcão.
Eventualmente, a Clearing House pode também instituir algum mecanismo de garantia para
substituir (ou complementar) o crédito simples entre as partes.
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U NIDADE 9
Estratégias Básicas Em Derivativos
Hedge
Essa estratégia aplica-se ao participante que, pela natureza de sua atividade econômica é
obrigado a manter “posições à vista” ou ativos cujos preços estão expostos à flutuações
futuras. O mercado de derivativos pode permitir que esse investidor se proteja transferindo o
risco de mudança da tendência de preços que afeta de forma negativa o valor de sua
posição a vista, para um terceiro que esteja disposto a assumir esse risco.
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De forma similar, o comprador de moeda estrangeira no mercado à vista detém o risco de
alta dos preços, desde o momento atual até a efetivação da compra. O seu hedge no
mercado de derivativos seria feito através de uma compra para o vencimento mais próximo
da data em que terá que adquirir câmbio no mercado a vista (ou simplesmente através de
uma compra a termo no mercado de balcão) de forma a prefixar o seu preço.
Dessa forma, uma alta da taxa de câmbio implicará em maior desembolso no mercado à
vista, mas que estará sendo compensada por um ganho na posição futura (ou a termo);
Inversamente um momento de baixa dos preços implicará em perda na operação realizada
no mercado de derivativos o qual, em contrapartida estará sendo compensado por um menor
desembolso à vista.
Posicionamento
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Desvantagens: Como as posições são, em geral, muito alavancadas, o potencial de
perdas fica igualmente amplificado, podendo levar a prejuízos catastróficos; no caso
de opções, por exemplo, uma posição pode chegar ao vencimento (ou mesmo antes
do vencimento) sem valer absolutamente nada, o que nunca ocorreria com o mercado
à vista;
Operações de Arbitragem
Hipóteses simplificadoras:
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Nesse contexto o arbitrador efetua a seguintes transações:
Em t0:
- 315.000
Em t0 + 1 ano
- Resgate da Aplicação
Note-se que, qualquer que seja a cotação do ouro no mercado à vista nesse momento o
investidor desembolsará apenas US$ 319 / OZ já que esse valor foi fixado com a operação
no mercado futuro.
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- Net da operação em to = + 2.000
Ou seja, sem desembolsar nada e sem correr riscos o nosso investidor (ou arbitrador) obteve
um ganho de US$ 2.000
Ora, esse é o tipo de operação que todos nós desejaríamos encontrar. É exatamente por
isso que essas oportunidades são muito raras ou existirão por apenas um tempo limitado, já
que uma vez localizadas todos tentarão fazê-las e o lucro tenderá a desaparecer. No caso,
se todos tentassem fazer a operação descrita ocorreriam os seguintes movimentos:
Dessa forma, o ganho de arbitragem se reduziria drasticamente até ser eliminado ao ficar
equivalente aos custos da operação.
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U NIDADE 10
Operações Financeiras
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c) No vencimento, a empresa entrega o ouro ao preço previamente estabelecido e
recebe os recursos de volta
Esse tipo de operação pode se tornar atraente quando existem restrições ou limitações às
operações financeiras tradicionais (como encargos fiscais, compulsórios, restrições ao
crédito, etc.).
Trading
Esse tipo de operação envolve apenas a compra e venda do mesmo produto nos mercados
de derivativos com vistas a aproveitar flutuações momentâneas de preços (geralmente no
mesmo dia). Normalmente, essa estratégia é restrita às instituições financeiras.
Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 11
Mercado A Termo (Forward)
PRICING
O preço acertado pelas partes para a liquidação futura do Ativo é denominado preço a termo
(Forward Rate). As operações a termo mais comuns, tanto no mercado local como no
internacional, são aquelas que envolvem negociação com moedas estrangeiras.
Dessa forma, ilustramos a regra geral de cálculo de preços a termo utilizando como exemplo
uma transação com moeda estrangeira.
A primeira vista, pode parecer altamente arriscado para um banco cotar para o seu cliente
uma taxa de câmbio para uma data futura, quando se sabe que já é bastante difícil, na
conjuntura incerta em que vivemos, estimar a taxa de câmbio para o dia seguinte, ou mesmo
para as próximas horas.
Vamos mostrar que, felizmente, o banqueiro não necessita de uma bola de cristal para
prever a taxa de câmbio a termo “justa”. Em vez disso, ele pode calcular o preço a termo (da
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taxa de câmbio ou de outro ativo) de forma consistente usando o princípio de “arbitragem
sem risco”, já mencionado anteriormente.
Imaginemos um cliente que tenha uma dívida no montante de US$ 2.000.000, que vence em
60 dias. Esse cliente teme uma elevação brusca da taxa de câmbio no período, mas não tem
os recursos em moeda local disponíveis, hoje, para quitar antecipadamente a dívida.
Dessa forma, ele solicita ao banco uma cotação para uma compra de dólar a termo, para o
prazo de 60 dias. A operação realizada, então, é a seguinte:
1. Quantos reais o banco deverá estar recebendo pelos US$ 2.000.000 que está
vendendo?
Para desenvolvermos o exercício de arbitragem livre de risco vamos ilustrar as posições que
o banco estará assumindo a cada passo.
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Inicialmente, o banco apresenta a seguinte situação:
a) Operação Inicial
Spot - -
Termo - - 2.000.000
(60 dias)
Taxa de juros internacional para 60 dias (em US$) 1.75% a.a. linear
Taxa de juros doméstica para 60 dias (em R$) 1.4% a.m. efetiva
Observe-se então que o banco tem uma posição vendida de US$ 2.000.000, significando que
ele deverá entregar esse montante ao cliente daqui a 60 dias; a pergunta a ser feita agora é:
Como o banco vai assegurar que terá disponível esse montante nessa data?
A resposta será: Ele deve comprar hoje, no mercado à vista, os dólares necessários para
fazer frente ao compromisso. Note-se, todavia, que como os dólares comprados hoje podem
ser aplicados no mercado internacional, o banco não necessita adquirir US 2.000.000, mas
sim o valor presente desse montante.
Ou seja:
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As posições do banco após essa operação passam a ser:
Observe-se que o fluxo em dólares está perfeitamente casado (hedged). Surge, entretanto,
outra questão: Como o banco conseguiu comprar os dólares para aplicá-los por 60 dias?
A resposta é utilizando ou gastando reais. Ou seja, o banco cobriu o seu risco em dólares,
mas ficou negativo em R$, o que equivale a uma posição vendida na moeda local.
Assim, para cobrir essa posição vendida, o banco deverá tomar empréstimo em R$ à taxa
vigente no mercado doméstico. O valor do empréstimo será:
60/30
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Termo - 5.126.029,07: resgate captação R$ + 2.000.000 resg. aplicação U$ (- 2.000.000
venda a termo)
Observe-se assim que, para a operação ficar inteiramente casada, o banco deve se
assegurar e obter no vencimento da operação a termo uma entrada de caixa em R$
exatamente à saída prevista, ou seja, R$ 5.126.029,07.
Como conseguir isso? Simplesmente cobrando do cliente exatamente esse valor pelos
dólares que estará entregando naquela data. As posições ficariam então:
no mercado local
Na realidade, o cliente estará pagando algo a mais do que isto para assegurar o spread do
banco.
Nessas condições, a taxa a termo justa ou preço a termo de equilíbrio (PTE) do dólar para 60
dias seria:
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O raciocínio descrito na sequência apresentada permite obter uma expressão genérica para
o cálculo do preço a termo justo (PTE)
Basta substituir os valores da expressão (I) pelos cálculos que lhe deram origem, a saber:
60/30
I ) PTE = 4.985.459,07 x (1 + 0,014 )
1.994.183,63 x (1 + 0,0175 x 60/360)
Ou, ainda:
60/30
PTE = 1.994.183,63 x 2,5 x (1 + 0,014)
1.994.183,63 x (1 + 0,0175 x 60 / 360)
60/30
II ) PTE = 2,5 x (1 + 0,014)
(1 + 0,0175 x 60/360)
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Podemos, então, reescrever a equação (II) como uma expressão genérica:
n/30
Onde:
Ver OBSERVAÇÃO no final desta unidade, quanto a esta fórmula aplicada ao mercado
brasileiro
Cabe notar que a taxa assim obtida não é, necessariamente, uma previsão do valor da taxa
de câmbio no futuro e sim o valor que reflete a paridade entre a taxa de câmbio e as taxas de
juros vigentes nas duas moedas.
Observe-se que se a cotação a termo não acompanhar essa paridade será possível realizar
operações de arbitragem, gerando lucro livre de risco. Dessa maneira os parâmetros da
expressão do preço a termo iriam se ajustando de forma a que o preço de mercado se
ajustasse ao preço teórico e vice-versa. Exemplificando:
Digamos que no exemplo anterior, em que o preço a termo justo foi calculado em 2,5630,
uma parte do mercado acreditasse numa desvalorização do Real, que elevaria a taxa de
câmbio a 2,80.
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Ora, nessas circunstâncias os bancos que apostam na desvalorização do Real estariam
dispostos a comprar dólares acima do preço a termo de mercado, simplesmente para se
posicionar, ou seja, “apostar” na alta do dólar. Todos os demais players do mercado estariam
vendendo dólares a termo a preços crescentes.
Como esses bancos não querem correr risco cambial, eles comprarão a moeda à vista, o que
significa, como vimos, que vão necessitar tomar recursos. em Reais e aplicar recursos em
dólar. Qual será o efeito combinado de todos esses movimentos?
A compra de dólares a termo pressionará o preço para cima, ou seja, o preço a termo
praticado pelo mercado (PTm = 2,5630) começará a subir:
PTm
A compra de dólares à vista, para o hedge dos bancos, pressionará a taxa de câmbio spot
para cima:
TC spot
A taxa de juros doméstica será pressionada para cima e a taxa internacional para baixo, já
que os investidores estarão tomando dinheiro em reais e aplicando em dólares:
i dom
I int
Ora, como
n
PTE = TC spot x (1 + i dom )
(1 + Iint x n/ 360)
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Os movimentos descritos acima farão com que o PTE também se altere:
PTE
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U NIDADE 12
Mercado A Termo Internacional
A empresa Auto Teutônica importa veículos do Japão, vendendo-os no mercado local com
cotação em dólar. Os veículos devem, entretanto, ser pagos à matriz em Yenes. A empresa
tem, portanto, recebíveis em US$ e compromissos em Yenes, o que produz um
descasamento que pode ser bastante perigoso. Como a empresa trabalha com uma margem
muito estreita, qualquer valorização do Yene pode consumir todo seu lucro.
Nesse contexto, a empresa decide fazer hedge de sua operação e procura o banco para
assessorá-la.
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a) Dados da operação:
b) Condições do Mercado
Como agora estamos cotando duas divisas estrangeiras, devemos fazer as seguintes
observações:
2. Chamaremos de iq, a taxa de juros da moeda na qual se está cotando (no caso o Yene) e
de ib, a taxa de juros da moeda que está sendo cotada (no caso o US$)
Temos então:
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Seguindo a tradição já conhecida do banco, a cotação oferecida à AutoTeutônica será
bastante justa. Digamos que o banco proponha vender Yenes para entregar em 6 meses, por
127,12 e esta, naturalmente feche a operação.
Operação Realizada
Empresa compra 1.280.000 de Yenes, para entrega em 180 dias, a 127,12 US$/Yenes
Resultado da Operação
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O quadro nos revela que, no cenário desfavorável, à Auto Teutônica (Yene se valorizando) e
a operação de hedge resultaria numa economia potencial de US$ 89.510, em relação à
alternativa ou não ter feito hedge.
Mais uma vez cabe observar que essas considerações são secundárias do ponto de vista
estratégico, já que a opção gerencial de companhia foi por trabalhar com um custo cambial
conhecido, o que foi obtido com a operação a termo. Fora disto é “chorar sobre o leite
derramado”.
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U NIDADE 13
Forward Interest Rates Agreements - Fras
Certamente a variável mais importante em toda a economia é a taxa de juros. É ela que, em
última instância, define o próprio nível da taxa de câmbio, o nível de investimentos e
consumo na economia, dentre outras coisas.
Para se proteger desse risco, o mercado tende a cotar as operações de prazo mais longo e
taxas flutuantes, transferindo para o tomador o risco de uma elevação significativa das taxas
ao longo do tempo.
O que é um FRA:
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Complementando essa definição podemos dizer que num FRA:
Terminologia
Contract Amount : O valor nocional (principal teórico) que é dado ou tomado no FRA.
Maturity date: A data na qual o empréstimo ou aplicação teórica vencem (devem ser
liquidadas)
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Settlement Sum: Valor que será pago a uma parte pela outra na data prevista na FRA
(geralmente a Settlement date, calculada com base na diferença entre a taxa
contratual (contract rate) e a taxa de referência (reference rate).
A regra predominante é de que esse valor é pago no início do período contratual (Settlement
date) e não no final. Por essa razão, o valor deverá ser descontado à taxa de referência da
operação, também proporcionalmente ao prazo contratual.
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Onde:
ir = Taxa de referência
ic = Taxa contratual
FRA 1 x 4
FRA 12 x 18
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U NIDADE 14
Exemplo De Hedge - FRA
A AutoTeutônica planeja tomar um empréstimo em Yenes daqui a três meses e foi informada
por seus assessores econômicos que prevê-se um movimento de elevação das taxas de
juros japonesas. Para se proteger desse risco a empresa decide fazer um FRA e contrata o
banco para realizar a operação.
Dados da operação
Cotação da Operação
Resultado da operação
Para reforçar a ideia de que o FRA é apenas uma operação virtual, neste caso com o
propósito de hedge, vamos incluir na análise do resultado da operação o fluxo da operação
de empréstimo efetivamente realizada pela Auto Teutônica. Essa operação, cabe lembrar,
terá as seguintes características:
Início: 04.01.02
Resgate: 04.04.02
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(1) Cálculo da seguinte forma
(2) É o resultado obtido na coluna “A”, aplicado à taxa libor pelo período da operação:
(4) Observe-se que, a menos de erros de aproximação, o custo líquido do empréstimo para a
empresa será o mesmo em qualquer cenário (cerca de Yene 240,76), o que equivale a uma
taxa de juros de:
Concluindo esse tópico, cabe mencionar que existe um mercado extremamente ativo de FRA
na Europa e nos Estados Unidos.
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FÓRUM II
Acesse sua sala de aula, no link “Fórum”, e faça a atividade do “Fórum II”
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U NIDADE 15
Pricing de um FRA
Chamando de:
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it = taxa de juros praticada em T0 para operações com prazo igual ao período total do FRA
(diferimento + contratual ou P1 + P2)
( 1 + it x nt) = (1 + id x nd ) x (1 + if x nf)
Onde os prazos são expressos em dias divididos pela base de cálculo da taxa (360 ou 365
dias)
Atividades dissertativas
Acesse sua sala de aula, no link “Atividade Dissertativa” e faça o exercício proposto.
Bons Estudos!
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U NIDADE 16
Mercado Futuro
Taxa De Juros
O custo do dinheiro medido pela taxa de juros a ser paga pelo tomador ao aplicador, como
remuneração pelo uso do dinheiro deste, pode também ser expresso sob a forma de preço
do título representativo daquela transação - o “PU” .
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Cálculo de PU, a partir da taxa de juros
O PU é habitualmente expresso como o valor a ser aplicado para um resgate final de 100
unidades de valor, conhecidas a taxa de juros e as condições de liquidação do débito, ou
seja, prazo e forma de pagamento dos rendimentos.
Assim, para um papel com prazo de “n” períodos e taxa de juros “ i ” por período, o PU será
dado por:
Exemplo:
Um papel emitido com 21 dias úteis de prazo, com rendimento de 0,10% ao dia e valor de
resgate de 100, terá, no dia da sua emissão, um PU de:
21
PU = 100/ (1 + 0,10/100) = 97,92292
Cabe observar que existe uma relação inversa entre taxa de juros e PU, na medida em que,
para um resgate fixo de 100, e um prazo constante, quanto maior a taxa de juros, menor é o
PU e vice-versa.
Exemplo:
Para um papel com as mesmas características do exemplo anterior, mas com rendimento de
0,12% ao dia, o PU seria de:
21
PU = 100/ (1 + 0,12/ 100) = 97,51296
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Com relação ao prazo, o PU será tanto maior quanto menor for o período a decorrer até o
vencimento, para uma mesma taxa de juros.
Exemplo:
Para um título com as mesmas características dos dois exemplos anteriores, mas com prazo
de 42 dias, teriam os seguintes Pus:
42
PU = 100/ (1 + 0,10/ 100) = 95, 88899
42
PU = 100/ (1 + 0,12/ 100) = 95,08777
Para identificar os pontos dessa curva, calculamos o PU para cada dia de vida do papel,
reduzindo o prazo à medida que se aproxima o vencimento.
Exemplo:
Um papel com 21 dias de prazo, taxa de juros de 0,10% ao dia e valor de resgate de 100 tem
um PU de 97,92292 no dia da sua emissão. No dia seguinte, o PU será:
20
PU = 100/ (1 + 0,10/100) = 98,02085
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no terceiro dia de vida do papel será:
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e no décimo dia:
11
PU = 100/ (1 + 0,10/100) = 98,90657
até chegar a 100 no dia do vencimento. A junção destes valores resulta na curva de
rendimento do papel.
A mudança da taxa de juros de mercado tem o efeito de deslocar a curva de rendimento dos
papéis anteriormente emitidos, refletindo a mudança dos PUs decorrentes da alteração das
taxas de juros.
Se a taxa de juros de mercado eleva-se, o efeito é o de reduzir os PUs dos papeis, se a taxa
de juros cai, o efeito é de elevação dos PUs.
No primeiro caso, o investidor que carrega papeis terá perdas em suas posições e no
segundo caso, ele realizará ganhos.
Exemplo:
Supondo que a taxa de juros, no décimo dia útil de vida do papel do exemplo anterior,
elevou-se para 0,12% ao dia, o PU de mercado desse papel cairá para:
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11
PU = 100/(1 + 0,12/100) = 98,68945
Se ao contrário, a taxa de juros tivesse caído para 0,08% ao dia, o PU se elevaria para:
11
PU = 100/ (1 + 0,08/100) = 99,12421
Como, todavia, existe uma relação inversa entre o produto que se está negociando (a taxa
de juros) e o preço pelo qual o produto é apregoado (PU), vale a pena detalhar as estratégias
de hedge associadas às diferentes posições mantidas no mercado à vista.
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U NIDADE 17
Mercado Futuro no Brasil
No mercado futuro de “DI - 1 dia”, da BM&F, é negociada a taxa de juro efetiva dos
depósitos interfinanceiros – DI’s, calculada pela CETIP, para o período compreendido entre a
data da operação no mercado futuro e o último dia de negociação (vencimento).
O vencimento dos contratos dá-se no último dia útil de cada mês. A liquidação dos contratos
no vencimento é financeira em D+2 e as cotações são em PU, para cada R$ 100.000,00 de
resgate. Cada contrato refere-se a um valor no vencimento de R$ 100.000,00 (maio/2002)
O preço de ajuste dos contratos em aberto é fixado em bolsa, com base nos preços
negociados no pregão.
Para fins de cálculo do ajuste diário, o preço de ajuste do dia anterior é corrigido pela taxa
média diária de DI de um dia, da CETIP. Ou seja, no caso do mercado futuro DI, o ganho ou
a perda do investidor com contratos em aberto é calculado pela diferença entre o preço de
fechamentos de um dia contra o preço de fechamento do dia anterior atualizado.
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investidor não tem perdas ou ganhos a serem contabilizados como ajuste diário, no dia
seguinte.
Em 31/03, o investidor não efetua nenhuma nova operação. A bolsa fixa o preço de ajuste
em 97.940,00 e atualiza o preço de ajuste do dia anterior pela taxa de 0,10% ao dia,
divulgada pelo CETIP para as operações de 1 dia o mercado de CDI, em 30/03, utilizando a
seguinte fórmula:
Por decorrência, em 01/04, o investidor será debitado no valor equivalente a 17,08 pontos de
PU (97.922,92 - 97.940,00), vezes o valor do ponto de PU (R$ 1,00), totalizando R$ 17.08
por contrato, vezes o número de contratos vendidos.
O mercado futuro de DI permite que uma empresa, que tenha um passivo pós-fixado, possa
reduzir a perda decorrente de uma elevação das taxas de juros, efetuando uma venda de
contratos futuros.
Exemplo
Uma empresa toma R$ 10.000.000 no Hot-money, no dia 25/03, à taxa CETIP (100% de
CDI).
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Hedge: Vender DI Futuro
Como a empresa não deseja correr o risco de uma elevação na taxa de juros, que
aumentaria o custo do empréstimo, ela decide operar no mercado Futuro de DI, vendendo
contratos para o vencimento 01/04, por 99.501,50 pontos.
Resultado
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Notas
(3) O ajuste zero, neste caso, decorre do fato de que são iguais os preços de abertura de
posição e de fechamento do mercado em 25/03.
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VR e = 10.051.371,91
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Ora, essa taxa é muita próxima à taxa over implícita do PU do DI futuro que a empresa
vendeu em 25/03. Na realidade, se capitalizarmos os ajustes recebidos ao longo da
operação pela taxa CETIP chegaremos a uma taxa líquida de exatos 3% am (taxa over).
Este resultado mostra que a operação no mercado futuro de DI permitiu que a empresa
fixasse a taxa de seu empréstimo ficando imune a flutuações posteriores da taxa. Claro que
se a taxa tivesse caído a empresa não se beneficiaria dessa queda, pois o que ela lucraria
com a redução do custo do empréstimo, pagaria em ajustes na BMF, resultando sempre num
custo de 3% a.m de taxa over para a operação.
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U NIDADE 18
Contrato Futuro de Dólar Comercial
A taxa de câmbio expressa a relação de equivalência entre duas moedas. Num mercado
cambial livre, a taxa de câmbio à vista reflete o preço de equilíbrio entre oferta e demanda de
cada moeda em relação à outra.
De qualquer modo, tanto nos mercados livres como nos mercados controlados, o risco
cambial existe para aqueles agentes econômicos que por suas atividades operam com
moedas estrangeiras.
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Formação das Taxas Futuras de Câmbio
Conhecida a taxa de câmbio à vista, a taxa de câmbio futura é estabelecida em função das
expectativas em torno das taxas de juros relativas às duas moedas.
Assim, por exemplo, se um investidor decide permanecer com seus recursos em reais, ele
aplicará em títulos brasileiros e será remunerado pela taxa de juros do mercado brasileiro,
deixando de receber a taxa sob juros paga nos Estados Unidos para aplicadores em títulos
americanos, ou vice-versa. Então, a taxa de câmbio futura deverá repetir a diferença entre as
duas taxas de juros.
É possível expressar essa relação entre a taxa de câmbio à vista e o diferencial de taxa de
juros de forma objetiva, através de uma expressão matemática e assim obter a taxa de
câmbio futura.
Observação:
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U NIDADE 19
Mercado Futuro de Câmbio
Estratégia de Hedge
Exemplo
Em 25/04, um exportador, temendo uma queda da taxa de câmbio, decide efetuar uma
venda no mercado futuro de dólar comercial, para o vencimento junho, o mais próximo da
data em que será efetuada a operação cambial relativa a uma exportação.
Dados da Operação
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Dados de mercado:
Operação realizada
Quantidade de contratos
Resultado da Operação
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(1). O valor dessas colunas é obtido através do seguinte cálculo:
(2). Note-se que o resultado dessa coluna nada mais é do que o valor das exportações
multiplicado pela taxa de câmbio travada no futuro, ou seja:
O que tem todo o sentido já que, como se sabe, a operação de hedge tem exatamente o
efeito de travar um preço futuro.
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Antes de concluir esse exemplo, cabe destacar algumas simplificações que foram adotadas
por razões didáticas:
2. Da mesma forma o resultado da operação na Bolsa não ocorre de uma única vez, no
vencimento, mas ao longo da operação através dos Ajustes diários;
Esse último aspecto tem uma implicação importante, já que a receita ou despesa realizada
vai ocorrendo antecipadamente, o que significa que o seu efeito final sobre resultado líquido
da operação será maior do que aquele indicado no quadro anterior (quer se trate de receita
ou de despesa).
Dessa forma, se o cenário fosse favorável (I), a operação estaria hedgeada em excesso
(over hedged) e, se o cenário fosse desfavorável (II), a operação não estaria totalmente
hedgeada (estaria under hedged).
Como resolver esse problema? A solução, usualmente utilizada pelo mercado, é ajustar o
número de contratos pela taxa de juros, através da seguinte expressão:
onde
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FÓRUM III
Acesse sua sala de aula, no link “Fórum”, e faça a atividade do “Fórum III”
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U NIDADE 20
Outras Considerações - Comparativo
Pode ser utilizado para reduzir o risco da atividade econômica (no caso do hedge) ou para
realizar apostas inteiramente especulativas (no caso de posicionamento).
É interessante notar que uma operação de hedge, utilizando o mercado futuro, nada mais é
do que a combinação de duas operações simétricas, onde uma elimina o risco da outra,
produzindo um resultado constante (e previamente conhecido).
Numa posição comprada (à vista ou no futuro), o investidor perde se o preço cai e ganha se
ele sobe. Graficamente teríamos:
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Já numa posição vendida (à vista ou no futuro), o investidor ganha quando o preço cai e
perde quando este sobe. O gráfico seria:
No hedge, combinamos as duas posições, obtendo um gráfico cuja linha é paralela ao eixo
do preço, ou seja, a operação torna-se imune às flutuações posteriores no preço. A distância
entre o eixo “X” e a reta paralela é o lucro assegurado (ou perda limitada) da operação.
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Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 2 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 21
Mercado de Swaps
Os SWAP’s, na sua forma moderna, surgem ao final dos anos 70, mais especificamente a
partir de 1976, quando traders de moedas desenvolveram os SWAP’s de moedas, como
forma de evitar os controles britânicos sobre o movimento de moeda estrangeira (afinal
abolidos em 1979).
O primeiro SWAP de moedas foi montado em Londres, mas foi a operação de SWAP entre
IBM e o Banco Mundial, em 1981, que retirou definitivamente o mercado de SWAP’s da
obscuridade.
O SWAP de taxas de juros foi introduzido nos Estados Unidos em 1982, quando a Student
Loan Marketing Association utilizou um SWAP para alterar as características de suas
disponibilidades.
A partir daí, o mercado evoluiu rapidamente, atingindo atualmente volumes de US$ 5,35
trilhões de principal nas operações de SWAP de taxas de juros e US$ 1,37 bilhões de
principal nos SWAP’s de moedas.
DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
SWAP é um acordo entre duas ou mais partes, de trocar fluxos de caixa relativos a um
período futuro. Esses fluxos podem se referir a:
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Indexadores (TR x IGP; CDI x Variação Cambial)
A operação de SWAP cria uma “Posição Virtual” que, tanto pode eliminar um descasamento
inicialmente existente (hedge), como modificar a posição inicial (Posicionamento).
Exemplo
1. Empresa tem dívida em taxa flutuante (CDI, digamos) e recebíveis em Taxa pré-fixada.
Faz um SWAP para:
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As partes de um contrato de SWAP são denominadas de “Contra Partes” e o valor sobre o
qual serão calculadas os fluxos é denominado “Principal” ou “valor Nocional”.
São elas:
B. A operação não requer saída de caixa, no início. O ajuste é feito ao final da operação
ou em períodos pré-estabelecidos, computando-se a diferença entre os dois fluxos
negociados. Essa característica fez com que essa operação ficasse conhecida,
inicialmente no Brasil, por hedge sem caixa).
Estratégia de Hedge
Situação Inicial
Empresa tem um empréstimo tomado à taxa pré-fixada (30% a.a.) e tem ativos que são
remunerados pela taxa de CDI.
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A P
Risco: taxa de juros cai e CDI fica menor que a taxa pré
Passivo em CDI
Ativo Pré-fixado
Operação Realizada
Condições de Mercado:
(os números são apenas para efeito de exemplo. A taxa básica da economia era de 18,50%
a.a., em maio/2002)
Dados da operação
Prazo = 30 dias
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Operação Efetuada
Investidor “dá” recursos ao mercado a 29.8% a.a. e “toma” recursos do mercado a 100%
do CDI
A P
De tal forma que, combinada com a posição original da empresa ficamos com a seguinte
situação consolidada:
A P
Ou seja, a empresa agora está com suas posições “casadas”. O pequeno diferencial entre a
taxa pré do passivo e a taxa pré do SWAP pode ser vista como o custo do hedge obtido.
Note-se que as duas operações mencionadas (tomar e dar) são consideradas “virtuais”,
porque não há, de fato, troca de recursos.
Ao final, se
e se
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Resultado da Operação
Balanço
Balanço
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Note-se que a empresa tem, originalmente, um ativo em CDI que, nesse cenário, rendeu
mais que a taxa pré, compensando o pagamento que a mesma efetuou no SWAP. Ao final,
num caso ou no outro, o investidor consegue que o rendimento do seu ativo seja igual (ou
muito próximo) ao seu passivo pré, o que era sua intenção inicial.
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U NIDADE 22
Pricing das Operações de Swap
Objetivo: Destacar a precificação das operações de swap, utilizando como indexadores, taxa
CDI.
Como se negociam sempre dois fluxos (ou indexadores), as taxas cotadas devem assegurar
que, no equilíbrio (Break Even), o resultado montante virtual de um fluxo seja igual ao outro.
VR 1 = VR 2
ou
P (1 - r 1p) = (1 + r 2p)
Onde:
Sendo:
A equação (I) pode ser adequada para os diferentes fluxos ou indexadores, utilizados num
SWAP, como por exemplo:
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SWAP - US$ x CDI:
Onde:
Como a forma de cotar este SWAP é o cupom (taxa de juros em US$) versus 100% do CDI,
devemos explicitar essa variável na equação anterior.
ou
100
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Onde:
(1 + i PRÉ p) = (1 + CDI p)
Onde:
Exemplo
Cenário
Dias corridos: 28
Dias úteis: 20
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Taxa efetiva no período (in)
98.661,87 (PU)
in = (1.01356 – 1) 100
in= 1,356% no período
360/28
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U NIDADE 23
Mercado de Opções
Ao usar qualquer um desses instrumentos, o investidor fixa um valor futuro (de taxa de
câmbio, da taxa de juros, de uma ação ou de uma mercadoria). Isso significa que ele fica
imune às consequências de um cenário desfavorável (preços subirem quando ele está
vendido, por exemplo).
Ora, exatamente a possibilidade de usar o hedge no cenário desfavorável e não ser obrigado
a usá-lo num cenário que lhe seja favorável. Se o investidor tem uma posição vendida
significaria ele poder comprar o ativo pelo preço pré-definido, se o cenário for de preços em
alta, e poder comprar o ativo a preços de mercado, se o cenário for de preços em baixa.
Existe um instrumento no mercado de derivativos que possibilita essa forma de hedge são as
opções.
Pela descrição acima, fica claro que a principal característica que distingue as opções dos
demais instrumentos vistos até aqui é a assimetria. Ou seja, nos demais instrumentos o
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comprador e o vendedor têm direitos e obrigações. Nas opções, o comprador tem apenas
direitos e não obrigações, enquanto o vendedor tem apenas obrigações.
Observa-se, então, que as opções dão ao investidor o melhor dos mundos: a possibilidade
de evitar apenas os cenários que acarretam resultados negativos, desfrutando, todavia, dos
cenários que lhe trazem resultados favoráveis.
Nesse sentido, pode-se afirmar que as opções são um instrumento único de hedge (ou de
posicionamento). A “má” notícia é que, em geral, trata-se de um instrumento cujo preço deve
ser pago antecipadamente e que nem sempre será barato.
Esse preço é denominado de prêmio e os detalhes técnicos do seu cálculo serão discutidos
mais adiante.
Definições
Podemos, nessa altura, tentar apresentar uma definição formal de opções. Assim, pode-se
dizer que uma opção de compra (call) é um contrato onde o comprador, denominado titular,
adquire do vendedor, chamado lançador, o direito de comprar uma dada quantidade de um
ativo, denominado ativo-objeto, por um determinado preço e em uma ou até mais
determinadas datas.
Note bem que o comprador de uma opção de compra tem um direito assegurado, mas não
tem obrigação correspondente.
Exemplo
Um investidor necessita comprar ouro numa data futura e quer se proteger contra uma
eventual alta do ouro, mas não quer perder a chance de se beneficiar se ocorrer uma
queda no preço do ouro.
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Assim, ele compra uma opção de compra de ouro e torna-se titular dessa opção. Desse
modo, ele adquire o direito, mas não a obrigação, de comprar ouro. Do outro lado, o
investidor que vende uma opção de compra, tornando-se lançador, assume a obrigação
de vender ouro para o titular da opção, se este assim o desejar.
Note bem que o comprador de uma opção de venda tem assegurado o direito, mas não
assume uma obrigação correspondente.
Exemplo
Um investidor tem uma determinada ação em carteira e teme que a mesma se desvalorize.
Mas, ao mesmo tempo, esse investidor desejaria manter o benefício de uma eventual
valorização dessa ação.
Assim, esse investidor compra uma opção de venda da ação, torna-se titular dessa opção e
adquire o direito, mas não a obrigação de vender a ação a um preço pré-determinado. O
lançador dessa opção em contrapartida, assume a obrigação de comprar a ação, se o titular
dessa opção assim o desejar.
Terminologia
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Opção de Compra = Call - Direito de Comprar
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Opções Americanas - São aquelas que admitem exercício, pelo titular, a qualquer
tempo durante a vigência das opções
Opções Européias - São aquelas que podem ser exercidas exclusivamente no dia do
vencimento
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U NIDADE 24
Negociação de Opções em Bolsas
As opções negociadas em bolsas têm suas características definidas pela bolsa, que autoriza
operações em séries de opções por ela abertas à negociação, cada série identificada por
códigos específicos. Conforme mencionado anteriormente, as opções classificadas numa
determinada série deverão se referir ao mesmo ativo-objeto, ter o mesmo vencimento e
mesmo preço de exercício.
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TSPPR12 = já essa série, também negociada na BOVESPA, tem as seguintes
características:
Antes de prosseguir, caberia uma indagação: Como reconhecer, apenas pelo código da
série, se trata de uma opção de compra ou de venda? Também aqui as bolsas estabelecem
convenções práticas para simplificar e padronizar as negociações.
A BOVESPA, por exemplo, estabelece um código para cada vencimento e tipo de opção (de
compra ou de venda), de acordo com a tabela a seguir:
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Abril D Abril P
Maio E Maio Q
Junho F Junho R
Julho G Julho S
Agosto H Agosto T
Setembro I Setembro U
Outubro J Outubro V
Novembro K Novembro X
Dezembro L Dezembro Z
Observa-se, então, que o código “F”, da série RCTBF31, indica tratar-se de uma opção de
compra, com vencimento em Junho. Já o código “R”, na série TSPPR12, confirma que se
trata de uma opção de venda, também com vencimento em Junho.
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Portanto, uma posição titular ou lançadora no mercado de opções pode ser encerrada pela
realização de uma operação inversa à que a originou (fechamento de posição “por
diferença”) por exercício (decisão do titular) ou por vencimento. Finalmente, convém destacar
que opções de compra e opções de venda são instrumentos totalmente distintos. Desse
modo, uma operação de compra e venda de opções de compra não envolve opções de
venda, e vice-versa.
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U NIDADE 25
Prêmio de uma Opção
Objetivo: Mostrar o cálculo do prêmio de uma opção de compra e uma opção de venda.
Exemplo
Se uma opção de compra de ações tem preço de exercício de $45 e o preço à vista das
ações-objeto é de $60, a opção tem um valor intrínseco de $15.
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Exemplo
Se uma opção de venda de ações tem preço de exercício de $65 e o preço a vista das
ações-objeto é de $50, a opção tem um valor intrínseco de $15.
Na data de vencimento de uma opção, o seu prêmio é exatamente igual ao valor intrínseco e
pode, portanto, ser igual a zero, situação em que se diz que a opção “virou pó”, no jargão de
mercado.
Nas opções europeias, de outro modo, a diferença representada pelo valor intrínseco só
pode ser realizada pelo titular de opções na data do vencimento, cabendo calcular o seu
valor atual (descontado por uma taxa de juros) para fins de determinação do prêmio a ser
negociado em algum momento anterior ao vencimento das opções.
As opções com valor intrínseco são denominadas de “opções dentro do preço” aquelas com
valor intrínseco zero, “no preço”, e as sem valor intrínseco, “fora do preço”.
Exemplo
Quando o preço à vista das ações-objeto de opções é de $60, as opções de compra com
preço de exercício de $45 são “dentro do preço”; as com preço de exercício de $60 são “no
preço” e as com preço de exercício de $65 são “fora do preço”. Dentre as opções de venda,
aquelas com preço de exercício de $45 são “fora do preço”, com preço de exercício de $60,
“no preço”, e com preço de exercício de $65, “dentro do preço”.
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U NIDADE 26
Valor Tempo
O valor do prêmio de uma opção é tanto maior quanto maior for o prazo a decorrer até o seu
vencimento, e a parcela desse valor que decresce com a aproximação do vencimento é o
que chamamos de “valor tempo”.
O valor tempo tem um componente de juros e um componente de risco, este dado pela
probabilidade do exercício que é tanto maior quanto maior for a volatilidade dos preços do
ativo-objeto e o prazo da opção. No vencimento da opção o valor tempo é zero.
Numa formulação geral, portanto, podemos dizer que os prêmios das opções são
determinados a partir da probabilidade de ocorrência de cada preço de exercício, que está
associada de forma direta com a relação entre este preço e o preço do ativo-objeto, com a
volatilidade do ativo-objeto, com a taxa de juros e com o prazo a decorrer até o vencimento.
Tais relações são válidas tanto para as opções de compra como para as opções de venda.
Assim, em ambos os casos, quanto maior a volatilidade, ou o prazo das opções, maior será o
prêmio.
Nas opções de compra, quanto maior for o preço de exercício, menor é a sua probabilidade
de exercício e, portanto, menor o valor do prêmio. Inversamente, para as opções de venda,
quanto maior é o preço de exercício, maior é a probabilidade de ocorrência deste e, portanto,
maior é o prêmio. Quanto à taxa de juros, o prêmio das opções de compra varia na mesma
direção, e o prêmio das opções de venda, na direção inversa.
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Adicionalmente, cabe considerar que os prêmios se alteram com variações do preço do
ativo-objeto. Desse modo, a elevação dos preços do ativo-objeto eleva os prêmios das
opções de compra e reduz os prêmios das opções de venda.
De fato, se pudéssemos antecipar essa trajetória, poderíamos estimar qual seria o valor do
ativo-objeto no vencimento da opção e, assim, determinar se a mesma daria exercício ou não
e qual o valor intrínseco que teria nesse momento.
Ora, se soubéssemos com certeza o valor intrínseco no vencimento, bastaria calcular o seu
valor presente, o qual deveria ser igual ao prêmio pago/recebido no início. Note-se que,
nessas condições, se o prêmio diferisse do valor presente do valor intrínseco calculado para
o vencimento surgiriam possibilidades de arbitragem livre de risco, assunto já discutido
anteriormente.
Ou seja, voltamos ao ponto de partida. Como sair desse aparente “beco sem saída”? A teoria
financeira desenvolveu duas abordagens (ou modelos) para auxiliar na solução desse
dilema.
Modelo Binomial
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Essas possíveis trajetórias vão formar uma ramificação (ou árvore), com os preços que o
ativo-objeto poderá alcançar (subindo ou baixando) desde a data inicial (quando se está
calculando o prêmio da opção) até uma data futura (digamos o vencimento da opção).
Para ilustrar o procedimento geral descrito acima, imaginemos a seguinte situação: uma
ação vale hoje R$ 50,00; existe uma probabilidade de 50,76% de que mesma suba 12,24%
ao longo de um período “n” qualquer e uma probabilidade de 49,24% de que ela caia 10,91%
no mesmo período. Com esses dados poderíamos montar a seguinte “árvore”:
Calcular o prêmio de uma opção de compra com Preço de Exercício de R$ 52,00, para a
ação cuja trajetória é descrita acima.
Ora, em “t1” (supostamente o vencimento da opção) a opção valeria 4,12 no cenário 1 (de
alta), que é o seu valor intrínseco (56,12 - 52,00) e não valeria nada (não haveria exercício)
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no cenário 2 (de baixa). Esses valores estão indicados entre parênteses embaixo dos
valores previstos da ação.
Seguindo a lógica do modelo, o prêmio da opção em “t0” seria o valor presente esperado dos
prováveis valores intrínsecos da opção em “t1”; ou seja:
onde
Supondo uma taxa livre de risco de 0,833% no período e os demais dados definidos no
início, o prêmio da opção seria, então:
P = 2,074
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b) Na prática, estamos trocando o desconhecimento de uma variável (o valor do ativo-
objeto no futuro) por outras variáveis, cujo valor também não conhecemos (as
probabilidades de alta e baixa, a taxa de crescimento ou queda por período, etc.).
Embora fuja ao objetivo desse curso uma apresentação minuciosa desse modelo,
acreditamos que o exemplo mostrado anteriormente tenha contribuído para uma
compreensão, digamos assim, intuitiva do modelo binomial.
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U NIDADE 27
Modelo de Black & Scholes
Objetivo: Apresentar o modelo de cálculo de prêmio de opções desenvolvido por Black &
Scholes
No que toca ao cálculo de prêmios de opções, o modelo que se tornou mais conhecido e
universalmente disseminado é aquele conhecido como Black & Scholes. Desenvolvimento
pelos americanos Fischer Black e Myron Scholes no início da década de 70, o modelo tem
como principal atrativo a elegância matemática e relativa simplicidade de cálculo.
A principal diferença desse modelo em relação ao anterior reside no fato de que Black &
Scholes, ao invés de trabalharem com múltiplas prováveis trajetórias para o preço do ativo-
objeto, optaram por escolher uma possível trajetória.
Para isso, os autores trabalharam com a hipótese que o retorno de um ativo qualquer,
medido pela variação no preço desse ativo ao longo de certo período, segue uma
determinada distribuição estatística.
A partir da ideia acima, Black & Scholes adotaram uma série de premissas simplificadoras
que permitissem o cálculo matemático direto do prêmio de uma opção.
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Comportamento dos preços do ativo obedecem ao modelo log-normal, com média e
variância constantes;
onde
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r = taxa de juros livre de risco
N(d1)(d2) = áreas sob a curva normal para as abcissas “d1” e “d2” (representam
probabilidades)
sendo que
d2 = d1 - sigma x T
onde
ln = logaritmo neperiano
a) A expressão de cálculo do prêmio proposta por Black & Scholes nada mais é que o
valor presente, do valor intrínseco da opção, modificado para se levar em conta a
probabilidade de exercício da opção;
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b) O cálculo do prêmio pode ser feito de forma relativamente simples, a partir de
parâmetros usualmente disponíveis, tais como: Preço à Vista, Preço de Exercício,
prazo, taxa de juros e volatilidade;
Por último, cabe notar que a fórmula apresentada se refere ao cálculo do prêmio de opções
de compra. Para o cálculo do prêmio de opções de venda, utiliza-se a expressão obtida
através do teorema da paridade call x put que estabelece a seguinte relação:
onde
Pp = prêmio da put
Pc = prêmio da call
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U NIDADE 28
Estratégia de Investimento
Estratégias Básicas
Evidentemente, o investidor não precisa aguardar o vencimento das opções para realizar
este ganho, já que altas de preço do ativo-objeto devem resultar em elevações dos prêmios
das opções de compra, tornando possível a realização do ganho pela venda subsequente
das opções.
Cabe observar, adicionalmente, que em geral não existem vantagens no exercício das
opções antes do vencimento destas, mesmo quando autorizado pela bolsa, considerando
que a oscilação do prêmio de opções “dentro do preço” habitualmente são superiores em
valor à oscilação do valor intrínseco.
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das opções até o vencimento, o resultado final será a perda integral do prêmio pago. Ou
seja, 100% do que foi investido.
Finalmente, deve-se atentar para o fato de que uma opção de compra será exercida sempre
que o preço do ativo-objeto superar o preço de exercício no vencimento, mesmo que o valor
intrínseco da opção seja suficiente para cobrir apenas parte do valor futuro do prêmio pago
pelo titular.
Exemplo
Uma empresa tem um pagamento em dólar a fazer da data t, a qual, vamos supor, coincide
com o vencimento de opções na BMF. O diretor financeiro da empresa considera que no
momento atual, dadas as controvérsias sobre resultados da política econômica, é muito
arriscado manter essa posição sem algum tipo de Hedge. Aconselhado por especialistas ele
decide usar Opções.
Análise da Situação
Dados de Mercado;
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Resultado da operação (no vencimento)
* Para efeito de simplicidade de cálculo, vamos adotar uma “licença didática” e não levar em
conta a correção do valor do prêmio entre o instante inicial e o instante t, do vencimento da
operação.
O seu ganho será máximo e igual ao valor futuro integral do prêmio recebido, caso o preço
do ativo-objeto permaneça abaixo do preço de exercício das opções, de modo a não ocorrer
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exercício das mesmas. Em qualquer nível de preços superior a este, o titular das opções irá
exercê-la, obrigando o lançador a desembolsar parte do prêmio recebido para cobrir a
diferença entre o preço pago na compra do ativo-objeto e o preço recebido do exercício das
opções.
A perda possível do lançador é ilimitada e dada pela diferença total entre preço do ativo-
objeto e o valor resultante da soma do preço de exercício mais o valor futuro do prêmio
recebido.
O exemplo nesse caso é redundante já que o resultado para o lançador será rigorosamente
simétrico em relação ao do titular. Assim, quando o titular está perdendo o lançador estará
ganhando exatamente a quantia dispendida pelo titular. Inversamente quando o titular estiver
ganhando o lançador estará desembolsando exatamente o valor que está sendo recebido
pelo titular.
A compra de opções de venda permite ao investidor, que paga o prêmio das opções, fixar um
prêmio mínimo de venda para o ativo-objeto, no caso desse preço permanecer abaixo do
preço de exercício das opções adquiridas.
Como especulador, este investidor terá um ganho tanto maior quanto maior for a
superioridade do preço de exercício frente ao preço do ativo-ojeto no mercado. Em
contrapartida, se este superar o preço das opções de venda, das quais o investidor é titular,
ele não exercerá as opções e a sua perda será igual ao valor futuro do prêmio pago.
Em outras palavras, o investidor perde 100% do valor do prêmio para preços do ativo-
objetivo superiores ao preço de exercício das opções de venda adquiridas, e ganha para
níveis de preço do ativo-objeto inferiores ao preço de exercício menos o valor futuro do
prêmio.
Mais uma vez um exemplo numérico ajudará a visualizar a situação descrita acima.
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Exemplo
O investidor é uma empresa exportadora que teme que a taxa de câmbio decline ou
permaneça estabilizada em termos nominais. Esse investidor desejava, naturalmente,
assegurar um preço mínimo na venda do dólar e ao mesmo tempo, poder se beneficiar se
houver uma correção da taxa de câmbio.
Esse é o caso em que a compra de opção de venda se encaixa “como uma luva” como
instrumento de hedge.
Análise da Situação
Dados de Mercado
Resultado da operação
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* Sem levar em conta a correção do prêmio pago no início.
Esta perda é tanto maior quanto menor for o preço do ativo-objeto frente ao preço de
exercícios das opções, e o lançador destas incorrerá em perda líquida, sempre que o preço
do ativo-objeto permanecer abaixo do preço de exercício, menos o valor futuro do prêmio
recebido.
Ou seja, o lançador tem ganho máximo limitado ao prêmio, o que ocorrerá num cenário de
alta da taxa de câmbio. Já a perda, embora não ilimitada em temos absolutos, pode ser
devastadora em termos relativos, estando associada a um cenário de queda de preços.
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U NIDADE 29
Exemplos de Combinações
Para o investidor, que tem que manter compulsoriamente o ativo em carteira, que
trabalha com um cenário de baixa do valor do ativo, é uma maneira de diminuir o
custo de oportunidade de “carregar” a carteira, através do recebimento de prêmio com
a venda da opção de compra;
Para o investidor, que tenha disponibilidade de recursos, pode ser uma alternativa de
aplicação de recursos a taxas atrativas, comprando o ativo e simultaneamente
lançando a opção
Como veremos em seguida, essa estratégia não assegura uma rentabilidade para o
investidor porque, sendo o lançador ele mesmo, não tem controle sobre o exercício da
opção.
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Exemplo
Prêmio = 4,00
Fluxo Inicial
Resultado Final
Naturalmente para esse item, vamos levar em conta os possíveis cenários de preços da ação
no crescimento e calcular, para cada cenário, o resultado obtido
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Porém, se o preço da ação cair, não haverá exercício e o investidor terá na mão apenas um
papel (a ação, no caso), cujo preço está desvalorizado.
Como essa estratégia combina a venda do ativo, que tem um valor maior, com a compra de
uma opção, que custa apenas uma fração do preço do ativo, ela pode servir para:
Gerar caixa, fixando um teto máximo para o custo de captação, podendo ter esse
custo reduzido num cenário favorável;
Para quem tem o ativo em carteira e teme um cenário de desvalorização do seu preço,
é uma forma de evitar essa desvalorização vendendo, antecipadamente, o ativo e, ao
mesmo tempo, assegurar a possibilidade de recomprá-lo se houver uma valorização
do mesmo, a um preço pré-determinado. A venda deste ativo gera caixa que pode ser
aplicada no mercado financeiro à taxa livre de risco.
Exemplo
Pex = 64,00
Prêmio = 2,80
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Fluxo Inicial
Resultado Final
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U NIDADE 30
Estratégias Combinando Diferentes Posições com Opções
Spreads
Spread de alta
Se a opção comprada for muito dentro do preço ela custará muito cara, reduzindo a
rentabilidade;
Se a opção escolhida for muito fora do preço o risco de não dar exercício torna-se
mais alto o que pode levar o investidor a perder o prêmio pago;
Por outro lado, o grande atrativo da opção de compra, que é o lucro alavancado, quando os
preços atingirem valores bastante elevados, tem pequena probabilidade de ocorrência.
Assim, uma posição comprada, simplesmente numa opção de compra, pode representar um
custo muito elevado por uma probabilidade remota de ganho.
Como melhorar essa situação? A resposta seria diminuir o desembolso inicial, sem
aumentar o risco do investidor. Isto pode ser obtido da seguinte maneira:
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Vendendo uma opção (o investidor recebe prêmio);
A opção deve ser de compra, para não aumentar o risco do investidor, pois ele já está
comprado numa opção de compra;
O preço de exercício deve ser mais alto do que a opção comprada, para assegurar
que o seu exercício só se dará se a opção, do qual o investidor é titular, também for
exercida.
Onde
Exemplo
Um investidor deseja aplicar em opções sobre ações. Esse investidor acredita num cenário
de alta do mercado, mas não de forma espetacular.
Os dados sobre a ação e opções da Telesp, ativo no qual o investidor deseja investir, são os
seguintes:
IV Resultado no Vencimento
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O risco continua limitado;
Se houver uma valorização razoável de ação (passar de 57,00 hoje para 60,00 no
crescimento), o investidor já obtém um excelente retorno;
A rentabilidade fica fixa para qualquer preço acima de 60,00 (lembrem que o cenário
do investidor é de alta moderada)
Spread de Baixa
Onde
Box
A redução do risco possibilitada com um spread, por exemplo, pode ser aprimorada e levar à
obtenção de uma operação sem risco, ou seja, de renda fixa. Como alcançar esse objetivo?
Consideremos, inicialmente, uma posição de spread (de alta, digamos), montada da seguinte
maneira:
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Nessa estratégia, o investidor tem risco se o preço do Ativo cair abaixo de B. Como eliminar
esse Risco? Ora, o investidor deve adquirir um instrumento que lhe permite compensar a
perda, se o preço cair abaixo de B. Esse instrumento é, naturalmente, uma opção de venda.
O problema é que a estratégia, como montada até aqui, é cara, já que o investidor deve
comprar uma Put, com preço de exercício alto, cujo prêmio deve ser elevado. Na prática, isso
significa que o retorno do investidor será muito pequeno para qualquer nível de preços acima
de A. Como melhorar essa situação?
Ora, o investidor manteve o benefício de uma queda de preços abaixo de A. Assim, ele
poderia vender esse benefício a alguém (já que o que ele deseja é uma estratégia de retorno
fixo), obtendo uma receita adicional e, portanto, aumentando o seu retorno. Para tanto ele
deve:
De venda (que implica em risco quando o preço do Ativo cai), com que preço de
exercício?
O preço de exercício deve ser igual a A (que é quando o investidor tem seu ganho
extra).
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Não há risco, no que toca à variação no preço do Ativo, como se comprova a seguir:
Exemplo
Para isso, consideremos três cenários distintos para o preço do ativo no vencimento (um
muito abaixo dos preços de exercícios das opções negociadas, outro exatamente entre os
preços de exercícios e um terceiro muito acima destes). Para esses três cenários
calcularemos o valor de cada posição assumida pelo investidor no início.
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* Os valores indicados nessa coluna referem-se à diferença entre o preço do ativo-
objeto e preço de exercício, quando a opção dá exercício.
Ou seja, a operação pode ser equiparada a uma renda fixa, na qual o investidor
desembolsou 9.00 no início, para receber + 10.00 no vencimento da operação, qualquer que
seja o cenário de preços em vigor para o ativo-objeto.
Uma posição de Box também pode ser montada de forma sintética, utilizando-se, ao invés de
4 opções, o ativo-objeto e duas séries de opções (uma de compra e uma de venda).
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Antes de iniciar sua Avaliação Online, é fundamental que você acesse sua SALA
DE AULA e faça a Atividade 3 no “link” ATIVIDADES.
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G LOSSÁRIO
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link Glossário em sua
sala de aula, no site da ESAB.
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B IBLIOGRAFIA
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link Bibliografia em sua
sala de aula, no site da ESAB.
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