Vous êtes sur la page 1sur 4

DISCIPLINA: DIREITO PENAL PARTE GERAL

PROFESSOR: GABRIEL HABIB


MATÉRIA: TEORIA DO ERRO.

Leis e artigos importantes:


● Artigos 20, 21 e 73 do CP.

Palavras-chave:

● Erro de tipo, erro de proibição, erro misto.

TEMA: TEORIA DO ERRO

PROFESSOR: GABRIEL HABIB

O conceito de erro pode ser retirado do Direito Civil, que preceitua-o como a falsa noção da
realidade. Erro é a antítese da consciência, são institutos incompatíveis. Onde falta consciência,
o agente incidirá em erro.
O erro se localiza nas consciências do delito, que estão bifurcadas na Teoria do Crime:
• Dolo: forma da conduta. É a consciência plena da conduta. Consciência total, real e plena
do que está fazendo.
• Culpabilidade: potencial consciência da ilicitude. Não é a consciência total, real e plena, é
a possibilidade de ter consciência de que a conduta é contrária ao Direito, é a consciência
de que a conduta é proibida.
É possível ter uma consciência mas não ter a outra.
A conduta consta do tipo penal. Logo, a consciência do dolo deve abranger TODOS os
elementos do tipo. Erro sobre elemento do tipo é o erro de tipo. Erro de proibição é a falta de
consciência sobre a ilicitude da conduta.

ERRO DE TIPO
1. Essencial: Art. 20 do CP.
Pode ser:

Matéria: Direito Penal – Parte Geral – Prof.: Gabriel Habib


A. Invencível, escusável, inevitável: o agente não poderia ter evitado o erro, qualquer
pessoa de cautela mediana incidiria em erro. Consequência: exclui o dolo e a culpa, gerando a
atipicidade da conduta.
B. Vencível, inescusável, evitável: agente atua com descuido, sem a devida cautela. Erro
era evitável. Exclui o dolo mas permite a punição por culpa. Se não houver modalidade culposa,
a conduta será atípica.
O erro de tipo essencial SEMPRE exclui o dolo, pois sem consciência não há dolo.
O erro de tipo essencial invencível não possui previsão legal, sendo criação doutrinária.
Exemplos: caçador que atinge outra pessoa escondida na moita, policial treinando tiros na
caçamba e atinge morador de rua, livro levado por engano, corte de árvores protegidas, droga
colocada na mochila de outra pessoa, uso de documento falso dado pelo irmão.
Dolo eventual: não confundir, pois neste há a consciência. Não há que se falar em erro.

2. Acidental: erro irrelevante.


Formas:
A. Erro na execução: aberratio ictus. Artigo 73 do CP. É o erro ocorrido na execução da
conduta. Não é sobre a pessoa, e sim sobre o iter criminis. É de pessoa para pessoa. Ao
executar a conduta, por erro, o agente atinge outra pessoa, diversa da pretendida. Agente
responde como se houvesse atingido a vítima pretendida. Artigo 20, §3º do CP. Ex. Agente quer
matar o próprio pai, dispara um tiro, mas atinge o vizinho – responde como se tivesse atingido o
pai.
• Aberratio ictus simples: Artigo 20, §3º do CP
• Aberratio ictus composta: Artigo 70 do CP – concurso formal de crimes – dolo + culpa.
B. Erro sobre a pessoa: Artigo 20, §3º do CP. Não há erro na execução, que é perfeita. A
pessoa da vítima não é a que se pretendia ofender. Ex. Mãe, logo após o parto e sob o estado
puerperal, desejando matar seu filho, se confunde e mata outro bebê que estava na
maternidade. Responderá por infanticídio.
C. Resultado diverso do pretendido: aberratio criminis ou aberratio delicti. Art. 74 do CP.
O erro ocorre de pessoa para coisa ou de coisa para a pessoa. O agente responderá por culpa.
Ex. Quer ferir a pessoa mas acaba por danificar o carro dela. Se o erro for de pessoa para coisa,
responderá o agente por culpa. Ocorre que não há modalidade culposa do crime de dano,
restando assim a pessoa impune. Por este motivo, parte da doutrina (Rogério Greco) entende
que falta proporção e lógica, orientando no sentido de se desconsiderar a previsão legal e o
agente responde pelo seu dolo.

Matéria: Direito Penal – Parte Geral – Prof.: Gabriel Habib


D. Erro sobre o objeto: o agente erra sobre o objeto material do crime. Responde pelo
crime que queria praticar. Ex. Quer furtar colar mas furta pulseira. Só não será punível se for
crime impossível. Ex. Quer transportar cocaína mas acaba transportando açúcar.
E. Erro sobre o curso causal. Aberratio causae. Erro incide sobre o nexo de causalidade.
Ex. A pretende matar B, atirando neste. Acreditando que B já esteja morto, enterra-o. Ocorre que
B morre em virtude de sufocação. Neste caso o agente atinge o resultado, mas por causa
diversa. Responde pelo crime praticado.

ERRO DE PROIBIÇÃO:
Art. 21 do CP.
• Se invencível: isenta de pena.
• Se vencível: reduz a pena.
A. Erro de proibição direto: Art. 21 do CP. Incide sobre norma de proibição (tipos penais
incriminadores). Ex. Holandês que fuma maconha no Brasil, caça do jacaré de papo amarelo,
curió.
B. Erro de proibição indireto: não tem previsão legal, incide sobre norma permissiva.
Incide sobre as causas de exclusão da ilicitude. Chamado de erro de permissão, possui duas
hipóteses:
Erro sobre a existência de uma causa de exclusão de ilicitude;
Erro sobre os limites de uma causa de exclusão de ilicitude.
C. Erro de proibição mandamental: é o oposto do erro de proibição direto. O erro incide
num mandamento contido na norma incriminadora. As normas trazem dever de agir. Crimes
omissivos.

DESCRIMINANTES PUTATIVAS
São causas de exclusão da ilicitude imaginárias, só existem na cabeça do agente.
O agente não está realmente acobertado pela excludente de ilicitude, mas acredita que
está.
Teorias adotadas:
1) Teoria extremada da culpabilidade: será sempre caso de erro de proibição.
2) Teoria limitada da culpabilidade: vai depender de onde incide o erro.
a) Situação fática: será erro de tipo permissivo. Se invencível isenta de pena, se
vencível responderá o agente por culpa. Art. 20, §1º do CP.
b) Existência ou limites da excludente: será erro de proibição indireto. Se invencível
isenta de pena, se vencível reduz a pena. Erro de permissão.

Matéria: Direito Penal – Parte Geral – Prof.: Gabriel Habib


As duas teorias decorrem da Teoria normativa pura da culpabilidade. A teoria adotada por
nosso ordenamento foi a limitada da culpabilidade, nos termos do item 17 da Exposição de
Motivos do CP.
O erro de tipo permissivo não é erro de tipo nem erro de proibição. Trata-se de um terceiro
tipo de erro, chamado de erro misto, híbrido, eclético ou sui generis.

Matéria: Direito Penal – Parte Geral – Prof.: Gabriel Habib

Vous aimerez peut-être aussi