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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

PERSPECTIVAS DE SAÚDE MENTAL NO MUNDO:


A REFORMA PSIQUIÁTRICA

Docentes:
Ayanne Bicalho
Celma Ramos
Ellen Soares

Discente:
Ricardo Gusmão

Montes Claros, Setembro de 2019


A HISTÓRIA DA LOUCURA
Idade Média: os loucos gozavam da liberdade

Século XVIII: Internação em instituições psiquiátricas

Medidas repressivas: Casas de correção /de trabalho e hospitais gerais

Final do século XVIII: Manutenção do encarceramento dos loucos

De pecadores à doentes: nasce o manicômio

O Tratamento Moral

Século XX: Expansão manicomial significativa


MOVIMENTOS DA REFORMA
PSIQUIÁTRICA
O impacto psiquiátrico da Segunda Guerra Mundial

Psicoterapia institucional
Restritas aos hospitais
e comunidades
psiquiátricos
terapêuticas

Acoplamento de serviços
Psiquiatria de setor e
extra-hospitalares ao
psiquiatria preventiva
hospital

Antipsiquiatria e Instauração de ruptura


psiquiatria democrática coma as anteriores
PSICOTERAPIA INSTITUCIONAL E
COMUNIDADES TERAPÊUTICAS

Psicoterapia institucional Comunidades terapêuticas


(Início na França) (Início na Inglaterra)

Importância da relação terapeuta- Tornar o ambiente hospitalar


paciente no tratamento realmente terapeutico

Participação ativa no próprio


Ateliês, atividades de animação, tratamento, prática de reuniões e de
festas e reuniões assembléias
PSIQUIATRIA DE SETOR E
PSIQUIATRIA PREVENTIVA

Psiquiatria de setor Psiquiatria preventiva


(Início na França 1950) (Início nos Estados Unidos 1950)

Deslocamento da assistência para o âmbito Estímulo aos três níveis de prevenção


extra-hospitalar

-Intervenção nas condições individuais da


Lares de pós-cura, oficinas protegidas e doença mental
clubes
-Diagnóstico precoce
-Readaptação social
ANTIPSIQUIATRIA E PSIQUIATRIA
DEMOCRÁTICA

Antipsiquiatria Psiquiatria democrática


(Início na Inglaterra 1960) (Início na Itália 1960)

Nova reflexão sobre a loucura Crítica à simbologia manicomial

Assegurar um espaço real de


Reação aos desequilíbrios familiares cidadania e estabelecer o
e alienação social protagonismo social
REFERÊNCIAS DE TEORIZAÇÃO E
PENSAMENTO
REFERÊNCIAS DE TEORIZAÇÃO E
PENSAMENTO

Psicanálise

Psicofarmacologia

Reforma
Psiquiátrica
CONDIÇÕES E PERSPECTIVAS DAS
REFORMAS PSIQUIÁTRICAS
• Nascimento dos diferentes movimentos de Reforma ocorreram
sempre em momentos de uma certa efervescência política e
cultural.

Fonte:http://www.dmtemdebate.com.br/68-foi-a-maior-greve-geral-selvagem-da-historia-da-franca-
mas-saiu-vencida-entrevista-com-erick-correa/.
CONDIÇÕES E PERSPECTIVAS DAS
REFORMAS PSIQUIÁTRICAS

Uma condição essencial para o impacto da Reforma


Psiquiátrica num determinado país consiste na existência
de políticas públicas adequadas na área social;
CONDIÇÕES E PERSPECTIVAS DAS
REFORMAS PSIQUIÁTRICAS

função do hospital psiquiátrico

Desospitalização

Desinstitucionalização
CONDIÇÕES E PERSPECTIVAS DAS
REFORMAS PSIQUIÁTRICAS

Quais as dificuldades para disseminar ou ao


menos debater mais amplamente esse tipo de
propostas?
FORMAS DE TRATAMENTO NA
ANTIGUIDADE

Fonte:https://projetomedicina.com.br/wp-content/uploads/2016/08/mani_um.jpg
CADEIRA TRANQUILIZANTE
Benjamin Rush (1746-1813)
O paciente ficava com mãos e pés amarrados e a
cabeça coberta com uma caixa de madeira.
Além do artifício nada confortável, Rush
acreditava ainda que a dor e o sofrimento eram
sentimentos curativos e, por isso, ele batia,
abusava verbalmente de seus pacientes e os
deixava com fome para alcançar o sucesso do
tratamento.
Ainda na cadeira, os pobres coitados também
recebiam ácido nas costas, cortes com facas e
ficavam com feridas abertas por meses para
facilitar a “descarga permanente do cérebro”,
como acreditava o doutor torturador.

Fonte:https://homemdespedacado.files.wordpress.com/2012/11/cadeira-tranquilizante.jpg
COMA INDUZIDO POR INSULINA
Manfred Sakel (1900-1957)
Acidentalmente, deu uma dose alta de
insulina para um paciente diabético e
viciado em morfina. O paciente acabou
entrando em coma.
A paciente acordou e disse que seu vício
em morfina tinha "sumido". O médico,
tempos depois, cometeu o mesmo erro. O
paciente relatou a mesma coisa: ele disse
que estava curado de um vício. Isso fez
com que Sakel começasse a testar a terapia
de forma intencional. Ele relatou uma taxa
de cura de 90%, principalmente em
pacientes esquizofrênicos.
Ninguém nunca conseguiu explicar por que
esse tipo de tratamento tinha dado certo,
mas a suposição é que ocorria um efeito
placebo. O tratamento parou de ser usado
pelo fato de ser perigoso.
Fonte:https://i1.wp.com/www.fatosdesconhecidos.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Sakel-600x423.jpg
CONVULSOES QUIMICAS
Ladislas von Meduna (1896-1964)
Ao observar que pessoas epiléticas raramente têm
esquizofrenia e que epiléticos também ficam
bastante calmos depois de sofrer uma convulsão,
Ladislas criou a técnica para causar convulsões em
esquizofrênicos para os deixar calmos.
Ele testou vários medicamentos que causam
convulsões, incluindo cafeína e absinto, até ficar
satisfeito com os resultados do Metrazol, uma
substância que ele afirmou que curava a maioria de
seus pacientes. Outros médicos alertaram que esse
método era perigoso e pouco compreendido.
Até hoje, não existe explicação para os resultados,
mas muitos cientistas acreditam que as convulsões
liberam substâncias no cérebro do paciente que
normalmente existem em quantidade muito baixa.
Este tratamento, porém, não é funcional, pois traz
muitos efeitos colaterais perigosos.
Fonte:https://img.medscapestatic.com/pt/pi/features/slides/65000016/fig11.jpg?resize=645:439
TERAPIA ROTACIONAL
Erasmus Darwin (1731-1802)
Um dos tratamentos desenvolvidos por ele envolvia girar uma pessoa rapidamente.
Ele acreditava que o sono causado por tantas rotações curaria doenças.
Ninguém deu muita bola para a ideia de Darwin no início, mas anos depois o médico
norte-americano Benjamin Rush adaptou o tratamento para pacientes psiquiátricos.
Ele defendia que girar a cabeça do paciente rapidamente liberava a “congestão
cerebral”, e curava doenças mentais. Na verdade ele só deixava os pacientes
extremamente tontos.

Fonte:https://hypescience.com/wp-content/uploads/2018/07/terapia-rotacional.png
FRENOLOGIA
Franz Joseph Gall (1758-1828)
uma prática baseada na ideia de que a personalidade da pessoa depende das ondulações e
depressões do crânio.
Basicamente, Gall acreditava que as partes do cérebro mais utilizadas ficavam maiores, como
os músculos. Ele tentou determinar quais partes do crânio correspondem a quais
características da personalidade. Calombos atrás das orelhas significariam que uma pessoa é
destrutiva; um morrinho no topo da cabeça significaria benevolência; depressões na nuca
seriam sinais de libido alto.
Porém essa especialidade não fez sucesso por não conseguir tratar nenhum problema de
personalidade, apenas diagnosticá-los de maneira incorreta. No início do século XX a moda
passou, e a neurosciência passou a ser dominante neste campo.

Fonte:https://www.sainte-anastasie.org/img/images/frenologa-midiendo-el-crneo-para-estudiar-la-mente.jpg
HIDROTERAPIA
A técnica consiste em utilizar agua em diferentes pressões e temperaturas como
tratamento .Os pacientes que eram hiperativos eram tratados com água quente e os
pacientes letárgicos recebiam jatos frios de água. Mas também existiam tratamentos
que envolvia mumificar uma pessoa com toalhas molhadas em água congelante.
Outro tratamento deixava a pessoa em uma banheira por horas ou dias, deixando-a
sair apenas para usar o banheiro. Havia também uma modalidade que prendia a
pessoa na posição da cruz (o que nunca é boa coisa) e a esguichava com água gelada
com uma mangueira de alta pressão.

Fonte:https://hypescience.com/wp-content/uploads/2018/07/hidroterapia.jpg
MESMERISMO
Franz Anton Mesmer (1734-1815)
No século XVIII Franz criou a teoria que uma força invisível estava presente em
tudo e todos. Para ele, interrupções nessas forças causavam dor e sofrimento nas
pessoas. A teoria básica de Mesmer dizia que a gravidade da lua afetava os fluidos
do corpo humano da mesma forma que afeta as marés. Por isso algumas pessoas
pioravam de acordo com as diferentes fases da lua.
A maneira que Mesmer encontrou para anular esses efeitos era usando ímãs. Ele
coloca os ímãs no corpo da pessoa, jurando que isso fazia com que os fluidos se
movimentassem. Algumas pessoas até aprovavam o tratamento, mas a comunidade
científica achava que não passava de superstição.

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a0/Mesmer_e_o_fluido_Magn%C3%A9tico.JPG/270px-
Mesmer_e_o_fluido_Magn%C3%A9tico.JPG
LOBOTOMIA
Antônio Egas Moniz(1874-1555)
A técnica consiste em uma pequena incisão para
separar o feixe de fibras do lobo pré-frontal do resto
do cérebro. Como isso provoca o desligamento na
parte das emoções, pessoas agitadas se acalmavam
como se tivessem tomado tranquilizantes
A lobotomia começou a ser usada em vários países
como uma tentativa de reduzir psicose e depressão
severa ou comportamento violento em pacientes que
não podiam ser tratados com qualquer outro meio.
Entre os anos de 1945 e 1956, mais de 50.000 pessoas
foram sujeitas a lobotomia no mundo inteiro. E os
efeitos colaterais eram horríveis: a pessoa virava um
vegetal, sem emoções, apáticas para tudo. Com o
aparecimento de drogas efetivas contra ansiedade,
depressão e psicoses, nos anos 50, e com a evidência
de seu abuso difundido e efeitos colaterais, a
lobotomia foi deixando de ser usada.

Fonte:https://1.bp.blogspot.com/-I_FDf3DYAmY/V8OOGFbmvSI/AAAAAAAAWWk/Xq08n-UgH-
gpLlus_gtTIctcMYXVa4yeQCLcB/s1600/14064164_934205470056522_2685318372317789723_n.jpg
INFECÇÃO POR MALARIA
Julius Wagner von Jauregg(1857-1940)
Baseado em observações de que, quando pessoas contraíam
alguma doença que provocasse episódios de febre alta e
convulsão, a os sintomas do sofrimento mental
desapareciam, portanto Julius decidiu testar essa técnica
para tratamento. Ele colocou o sangue contaminado de um
soldado com malária em nove pacientes com paresia
crônica, a demência que ocorre em um estágio avançado da
sífilis, para que elas contraíssem febre alta e tivessem
convulsões. O resultado foi impressionante e até lhe rendeu
um Prêmio Nobel em 1927. Ele conseguiu recuperação
completa em quatro desses pacientes e uma melhora em
mais dois. Esse tratamento, obviamente, era muito perigoso
e deixou de ser usado nos anos 60, com a descoberta de
antibióticos e medicamentos próprios para problemas
mentais.

Fonte:https://abrilsuperinteressante.files.wordpress.com/2016/12/julius_wagner-jauregg.jpg?quality=70&strip=info&w=374
TREPANAÇÃO
Nos tempos antigos, portadores de
doenças estavam possuídas por espíritos
malignos e satânicos.
A técnica consistia na abertura de um ou
mais buracos no crânio, geralmente de
2,5 cm a 3,5 cm de diâmetro. A cirurgia
era realizada em rituais religiosos para
liberar a pessoa de demônios e espíritos
ruins. Achados arqueológicos mostram
que a trepanação, já era feita em várias
partes do mundo 40 mil anos atrás. Por
isso, até hoje, o método é realizado por
algumas tribos da África e da Oceania
para fins rituais, e em alguns centros
modernos de neurologia para aliviar a
pressão intracraniana em caso de fortes
pancadas na cabeça, por exemplo.

Fonte:https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cd/Gersdorff_-_Sch%C3%A4delwunde.jpg
ELETROCONVULSOTERAPIA
Ugo Cerletti (1877-1963)
Um aparelho era colocado uma carga elétrica
pesada e molhávamos duas bonequinhas com
uma água de sal para elas atuarem como
transmissoras de eletricidade. O paciente era
amarrado em uma cama, uma borracha era
inserido em sua boca para ele não morder a
língua, reuníamos duas ou três pessoas para
não deixar o paciente se debater, para que
não se machucasse. Encostavam-se as duas
bonequinhas de uma só vez na fronte do
paciente, uma de cada lado, apertava um
botão e ele convulsionava na hora. A
eletroconvulsoterapia também era utilizado
como forma de punição em pacientes
desobedientes e agitados
Atualmente essa técnica ainda é utilizada em
casos de depressão severa.
Fonte:https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRs7H5qYObSI2rHxoxDouB6JC7O1ub-31npkRwnf8hWRuaYsJKy
REFERÊNCIAS
• GUIMARAES, Andréa Noeremberg et al . Tratamento em saúde mental no modelo manicomial (1960 a 2000):
histórias narradas por profissionais de enfermagem. Texto contexto - enferm., Florianópolis , v. 22, n. 2, p. 361-
369, June 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
07072013000200012&lng=en&nrm=iso>. access on 26 Sept. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
07072013000200012
• BORGES, Claudia. Conheça algumas práticas médicas antigas muito duvidosas. 12 jul. 2013. Disponível em:
https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/37073-conheca-algumas-praticas-medicas-antigas-muito-
duvidosas.htm. Acesso em: 26 set. 2019.
• PRADO, Ana Carolina. 5 tratamentos psiquiátricos bizarros que caíram em desuso. 24 nov. 2010. Disponível
em: https://super.abril.com.br/blog/superlistas/5-tratamentos-psiquiatricos-bizarros-que-cairam-em-desuso/. Acesso
em: 26 set. 2019.
• GROSSMANN, Cesar. O que há de errado com tratamentos alternativos?.10 set. 2014. Disponível em:
https://hypescience.com/tratamentos-alternativos/. Acesso em: 26 set. 2019.
• BLUME, Juliana. 7 bizarros tratamentos psiquiátricos.10 jul. 2018. Disponível em: https://hypescience.com/7-
bizarros-tratamento-psiquiatricos/. Acesso em: 26 set. 2019.

• MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção em Saúde Mental.Marta Elizabeth de Souza. Belo
Horizonte, 2006. 238 p.1. Saúde mental – Assistência - Organização. 2. Rede de Atenção à Saúde Mental. 3
Programa Saúde em Casa. I. Título

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