DILLARD, Dudley. A Teoria Econômica de John Maynard Keynes. 1973
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO E IDEIAS FUNDAMENTAIS E CAPITULO II: O
FUNDO CLÁSSICO
O capitulo inicia registrando que se a influência de Keynes estivesse se
restringido somente a doutrina econômica técnica, ela não servira para o mundo em geral, porém a política econômica prática traz a marca do pensamento de Keynes de uma forma ainda mais profunda do que a própria teoria econômica. O grande exemplo sobre a intervenção estatal, do investimento público e outras políticas que são de iniciativa privada: a New Day, que foi a mensagem ao presidente Truman no término da segunda guerra mundial, apresentando uma destinação anual para combater o desemprego e também as ideias em relação à política fiscal. Ainda que sua filosofia seja antimarxista, parte de suas ideias são muito úteis para economias socialistas. Faz-se importante separar suas ideias fundamentais de como essas mesmas ideias foram expressadas. Uma vez que suas ideias fundamentas estejam claras, o resto se encaixa facilmente em seu lugar. Afirma que os pensamentos subjacentes implicam sem dúvida, onde estão alicerçadas essas ideias. Onde vão se agrupar. 1º o caráter geral da teoria de Keynes; 2º o papel do dinheiro; 3º a relação entre os juros o dinheiro; 4º o investimento e 5º a incerteza a respeito do futuro. Sobre a teoria geral Keynes enfoca o termo geral em que vai se ocupar de todos os níveis do emprego em contra ponto o que ele domina a teoria clássica, em especial o pleno emprego. Trata-se do objeto que é o que determina o volume de emprego em um momento dado e ele usa os termos pleno emprego, desemprego amplo ou algum nível intermediário. Ele fustiga essa suposição e dá o nome de teoria clássica para especial e que aplicada somente a um dos casos limites a sua teoria geral. Faz ainda a relação do pleno emprego ao desemprego numa situação do capitalismo do laissez faire, com a característica distante do emprego total de um modo inevitável. A maior diferença está entre que o pressuposto é o pleno emprego é o normal e o pressuposto do que é normal é o emprego incompleto. Keynes foi um especialista em teoria monetária e afirma que o dinheiro desempenha três funções: a de meio de troca, a de unidade de conta e a de reserva de valor. Das três a função de acumular valor seria a mais importante para a economia monetária. Diz também que acumular sua riqueza, em forma de dinheiro, não se tem rendimento, se empresta pra obtenção de lucro e se adquirem por investimento de capital por exemplo, esperam para tirar proveito. Ele tem uma resposta que o dinheiro é a forma mais segura de acumular riqueza, pois a de emprestar dinheiro pode trazer incertezas que não existem quando se poupa a própria riqueza. A posse de dinheiro efetivo mitiga nossa inquietação e o prêmio que pedimos para nos desprender é a medida do grau da nossa inquietação. Em juros como prêmio para não entesourar dinheiro, vai trazer o desejo de poupadores de riquezas o acumulo em forma de dinheiro pelos motivos de risco que se tem ao emprestar. Vai dizer que a taxa de juros é de acordo com a intensidade do desejo de entesourar o que ele chama de preferência à liquidez. Ele acentua que esse entesouramento aparece de formas diversas, já que por visões de cada invidio são diferentes quando se é posto em uma economia e sua amplitude. Ou quando o preço a se pagar pelo dinheiro se eleva, muitos negócios novos que se poderiam empreender por taxas de juros mais baixos, não serão realizados. A importância da taxa de juros e do dinheiro pareça trivial, é das mais insólitas do ponto de vista da teoria econômica tradicional. Sustentando que o sistema econômico tende a auto-adaptação no ponto de pleno emprego, mesmo que mostre uma certa insistência em uma linha teórica que o dinheiro e os juros como a base de explicação fundamental do desemprego, pelo ponto de vista da política prática de Keynes concede maior instabilidade na procura por bens de capital, da irracionalidade do mercado de investimentos particulares. Na irracionalidade psicológica como causa de instabilidade a inversão ela flutua porque o conhecimento atual do futuro e pousa por uma base precária e assim as decisões concernentes ao futuro incerto são também precárias e sujeitas a revisão brusca e precipitada. O fato que se destaca em relação ao futuro, pelo menos no que concerne à vida econômica é que sabemos muito pouco sobre ele. No mundo moderno o capitalismo industrial, a acumulação de riqueza é a base do funcionamento próspero de todo o sistema econômico. Existe uma tendência em fazer uma retirado do fato que pouco sabemos, do futuro à longo prazo. Ele vai empegar o termo juízo convencionais que se converte ao comportamento de mercado. Vai dizer que os clássicos supõem um procedimento racional por parte dos indivíduos. Partindo para Dillard apresenta melhor o relacionamento da teoria keynesiana com a teoria clássica, visto que é essencial ter conhecimento da segunda para compreender as ideias de Keynes. Um dos princípios os fundamentais da teoria e econômica clássica é o de que a oferta cria a sua própria demanda (Lei de Say). Por este princípio, os clássicos negam as crises de superprodução e justificam possíveis crises pontuais pela interferência do Governo no mercado. A situação normal da Economia Clássica é aquela do pleno emprego de fatores baseada no laissez-faire. Assim, o desenvolvimento econômico sempre será lucrativo e acarretará no pleno emprego dos trabalhadores, desde que estes aceitem o salário que lhes é cabido (não existe desemprego involuntário). Segundo um autor clássico, Pigou, a pressão dos sindicatos e a intervenção estatal pressionavam o mercado de trabalho para manter os níveis de salários mais altos que acabavam gerando desemprego. Culpava os próprios trabalhadores pelo desemprego, que poderia ser contornado se eles aceitassem salários menores. Keynes irá contra argumentar fortemente essas ideias de um ponto de vista prático e teórico. No que tange ao primeiro, Keynes entendia que os sindicatos faziam parte da constituição da sociedade moderna democrática e que lhes atribuir a culpa pelo desemprego era incabível. Já no que tange à questão teórica, a origem do desemprego advinha da relação da taxa de juros com a imprevisibilidade do futuro, que tornava a concretização dos investimentos ou não incertas. Sem investimentos, o desemprego surgia.
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