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Mc 12,38-44

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Ele lhes dizia em sua doutrina: Guardai-vos dos escribas que gostam de
andar com roupas compridas, de ser cumprimentados nas praças públicas 39e
de sentar-se nas primeiras cadeiras nas sinagogas e nos primeiros lugares nos
banquetes.40Eles devoram os bens das viúvas e dão aparência de longas
orações. Estes terão um juízo mais rigoroso. 41Jesus sentou-se defronte do
cofre de esmola e observava como o povo deitava dinheiro nele; muitos ricos
depositavam grandes quantias.42Chegando uma pobre viúva, lançou duas
pequenas moedas, no valor de apenas um quadrante.43E ele chamou os seus
discípulos e disse-lhes: Em verdade vos digo: esta pobre viúva deitou mais do
que todos os que lançaram no cofre,44porque todos deitaram do que tinham em
abundância; esta, porém, pôs, da sua indigência, tudo o que tinha para o seu
sustento.

ATIVIDADE: Vamos refletir um pouco?

1. Para você, o que quis dizer no _________________ ?


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2. O Que Jesus quis dizer nos versiculos 38-40?


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3. Jesus pede que acautelemo-nos, a que ele se refere?


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Mc 12,38-44

VAMOS LER UMA PEQUENA REFLEXÃO

Somente São Marcos e Lucas 20,45-21,1-4 descrevem a atitude de Jesus perante a pobre
viúva que deitou a sua oferta no cofre do Templo de Jerusalém. A Igreja hoje nos faz saborear a
riqueza de Marcos.
Lendo o comentário de Jesus poderíamos encontrar muitas dúvidas sem respostas como
estas, por exemplo: Então, como é? Essa viúva entregou tudo para o Templo, que corresponde à
igreja dos nossos dias, tudo que possuía para viver, e depois? Se ficou sem nada, depois disso foi
pedir esmola? Ou terá morrido à fome? É essa a vontade do Mestre? Jesus quer que entreguemos
tudo para a Igreja? Não estará esta explicação em contradição com muitas outras passagens em
que Jesus mostra a sua preocupação para com os pobres e as viúvas?
Mas é preciso entender bem o que Jesus quis frisar. Primeiro está a situação da viúva. A
mulher israelita do tempo de Jesus, era alvo de forte discriminação imposta pela Velha Lei. No
Templo não podia ir além do Pátio das mulheres, e não estava de forma alguma preparada para
sobreviver economicamente sem o seu marido. Não admira que, em caso de falecimento do dono
da casa, se não houvesse filhos, as suas mulheres não estivessem minimamente preparadas para
defender os seus direitos no “mundo dos homens” como os negócios, conselhos, tribunais etc. A
viúva, se não tivesse pelo menos um filho, que pudesse herdar as terras de seu pai, continuava de
certa maneira ligada ao seu falecido marido, e de acordo com Deuteronómio 25:5/10 deveria
esperar que algum dos seus cunhados a tomasse como mais uma de suas mulheres em respeito
pela memória de seu irmão. Só depois dos seus cunhados a rejeitarem e depois de cumpridos os
rituais que constam do texto que mencionamos em Deuteronómio é que ela poderia tentar novo
casamento. Assim, a expressão que aparece no texto de Marcos e de Lucas “viúva pobre”, nesse
contexto cultural, leva-nos a imaginar uma viúva que não tivesse filhos, nem cunhados que a
recebessem, nem quaisquer meios de subsistência.
Pode parecer-nos um tanto estranha a afirmação de Marcos de que muitos ricos lançavam
muitas moedas. Na nossa cultura, é natural identificarmos as moedas com as pequenas
importâncias, pois para importâncias elevadas, utilizamos as notas ou o cheque bancário. Mas
nessa época ainda não havia dinheiro em notas. Só havia moedas que podiam ser em cobre, prata
ou ouro, atingindo valores muito elevados.
Depois destes esclarecimentos, já estamos em melhores condições para compreender o
pensamento do nosso Mestre. A pobre viúva deu mais do que todos. Não encontramos aqui
qualquer palavra de aprovação nem de reprovação da atitude dessa pobre viúva. O pensamento
principal, que está na base desta passagem, é a dura crítica de Jesus aos escribas, pela maneira
como se apresentavam, acusando-os de “devorarem as casas da viúvas”. Logo em seguida,
aparece esta pobre viúva, cuja função é certamente ilustrar a afirmação anterior. É com este
“pensamento de fundo” que se deve interpretar a descrição do que se passou com esta viúva,
simples exemplo do que certamente se terá passado com muitas outras viúvas. A afirmação de
Jesus, de que a viúva deu mais do que todos os outros, vem arrasar toda a velha teologia. É um
novo critério que avaliação que não se encontra em todo o Velho Testamento. Que dirá Jesus das
nossas igrejas, na Sua segunda vinda? Não nos compete responder. Mas, será que iremos voltar a
ouvir coisa semelhante à afirmação do Mestre: Guardai-vos dos escribas que gostam de circular
de roupas longas, de ser saudados nas praças públicas, e de ocupar os primeiros lugares nas
sinagogas e os lugares de honra nos banquetes, mas devoram as casas das viúvas e simulam
fazer longas preces. Esses receberão condenação mais severa. Só que, em vez de “escribas”,
poderão estar os títulos de outros respeitáveis cargos religiosos dos nossos dias a começar por
mim que sou sacerdote, por ti que não sei qual é a função que exerces na Igreja e que agora me
segues nesta reflexão. Portanto, acautelemo-nos.

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