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Índice

1. Introdução..................................................................................................................1
2. Objectivos..................................................................................................................2
2.1. Objectivo Geral...................................................................................................2
2.2. Objectivos Específicos........................................................................................2
3. Metodologia...............................................................................................................2
4. A criança em sua família............................................................................................3
5. Carência afetiva..........................................................................................................4
5.1. Três grandes tipos de carência afectiva..............................................................5
6. A criança e a escola....................................................................................................6
7. A criança....................................................................................................................8
8. A família.....................................................................................................................8
9. A escola......................................................................................................................9
9.1. Causas do fracasso escolar..................................................................................9
10. A criança e o mundo medico................................................................................10
10.1. A noção de morte na criança.........................................................................10
11. A criança doente...................................................................................................11
11.1. A família em face da criança doente.............................................................11
12. A criança e os serviços sociais.............................................................................12
12.1. A criança maltratada.....................................................................................12
12.2. Seviciais á criança.........................................................................................12
13. Sintomas físicos....................................................................................................13
13.1. Transtorno de comportamento......................................................................13
13.2. Transtornos afetivos......................................................................................13
13.3. Repercussão social........................................................................................13
13.4. Abusos sexuais..............................................................................................14
13.5. Abandono......................................................................................................14
14. Conclusão.............................................................................................................15
15. Referências bibliográficas....................................................................................16
1. Introdução
Neste presente trabalho o grupo irá abordar o seguinte tema: introdução ao
estudo da criança em seu ambiente: ambiente familiar, escolar, mundo médico e
serviços sociais. Tendo em vista que a família é o primeiro contato que a criança tem, a
família é a principal responsável pela educação de suas crianças, é o porto seguro que de
uma forma ou de outra transmite valores e crenças nas crianças

A escola desempenha um papel importante na vida da criança, tendo em conta que é na


escola onde algumas crianças passam maior parte do tempo, e é la onde também irão
adquirir mais conhecimentos para a sua vida quotidiana. E a relação escola-família-
criança é de extrema importância para um melhor desempenho escolar das crianças.

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2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
 Compreender a criança em seu ambiente de convivência.

2.2. Objectivos Específicos


 Apontar as principais causas do fracasso escolar;
 Indicar os principais tipos de carência afetiva;
 Identificar as principais ordens de parentalidade.

3. Metodologia
Para a realização do trabalho teve-se como base a Pesquisa bibliográfica que
consiste no levantamento de dados para elaboração de diversos trabalhos (teses,
monografias, etc.), consultados em diversos meios de comunicação e informação como:
páginas da internet, documentos, livros, e outros, com o objectivo máximo de obter
matéria relevante em relação ao tema em destaque (introdução ao estudo da criança
em seu ambiente).

Será utilizada como método de pesquisa, a pesquisa de natureza qualitativa, que para
Malhotra (2008, p.155) uma pesquisa com carácter qualitativo consiste em uma
“metodologia não estruturada e exploratória que proporciona percepções e compreensão
do contexto do problema”.

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4. A criança em sua família
Falar da criança na família não é simplesmente falar da criança real, mas
também da criança tal como ela existe no desejo e nas fantasias da mãe, do pai e do
casal. O lugar que a criança ocupa em uma família provem ao mesmo tempo do
imaginário parental, mas também da maneira como a criança real se amolda a esse
imaginário, consideradas suas competências próprias, e do possível ou impossível
trabalho psíquico parental de rearranjo fantasmático (Marcelli & Cohen,pg.407).

O desejo da criança, tal como é sentido conscientemente pelo pai ou pela mãe, varia ao
infinito em suas manifestações e em suas expressões: provar sua fertilidade, afirmar seu
estatuto de adulto, querer engravidar, querer um filho, uma filha, desejar ter um filho
com esse parceiro, satisfazer o desejo dos pais, tentar resolver uma pressão, um
desentendimento do casal, substituir um filho perdido (Marcelli & Cohen,pg.407).

Existem três ordens de parentalidade, cada uma organizando um eixo relacional


principal, ainda que na realidade clinica essas três ordens sejam fortemente dependentes
umas das outras, tanto mais dependentes quando se situa no registo da normalidade
(Marcelli & Cohen,pg.408).

1. Ordem tecnocrática;
2. Ordem capitalista;
3. Ordem simbólica.

A ordem tecnocrática: consiste em criar uma criança. Sua ciência é puericultura e


hoje, sobretudo, a etologia humana. O adulto se depara com o bebê real interativo em
uma relação diádica cujo protótipo continua sendo a relação mãe-filho. A fantasia que
impregna essa ordem é a fantasia da sedução.

A ordem capitalista: remete ao desejo ou a necessidade de ter um filho. Sua ciência


primordial é a ginecologia-obstetrícia, incluídas suas derivações mais recentes,
marcadas pelas técnicas modernas de procriação artificial. Aqui o adulto se depara com
o bebê fantasmático, aquele que vem ocupar seu lugar na neurose edipiana de cada um
dentro de uma relação triangular sincrónica cujo protótipo é a relação pai-mãe-filho. A
fantasia que impregna essa ordem é a fantasia da cena primitiva.

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A ordem simbólica: significa ser pai ou mãe. Sua ciência poderia ser a etnologia e a
religião. É o bebê depois a criança imaginária que esta em jogo aqui, aquele que os pais
projetam inscrever na história familiar dentro de uma relação triangular diacrónica
transgeracional cujo protótipo é a relação avos-pais-filho. A fantasia que impregna essa
ordem é o mito das origens.

Representação esquemática dos diversos tipos de parentalidade

Tipo de Ordem tecnocrática Ordem capitalista Ordem simbólica


parentalidade
Função Criar um filho Ter um filho Ser pai/mãe
Ciência fundadora Puericultura Ginecologia- Etnologia, religião
obstetrícia
Interventores Mãe/filho Pai/mãe/filho Família/filho
Tipo de relação Diádica Triangular Transgeracional
sincrónica diacrónica
Tipo de bebê Bebê interativo Bebê fantasmático Bebê imaginário
Fantasia em jogo Fantasia de Fantasia de cena Fantasia das
sedução primitiva origens

5. Carência afetiva
A carência afetiva foi objeto de importantes pesquisas nos anos de 1940 e 1960, a
carência afetiva é múltipla, tanto na natureza quanto na forma. É impossível defini-la de
maneira unívoca, pois é preciso considerar três dimensões na interação mãe-filho
(Marcelli & Cohen,pg.409-410).

 A insuficiência de interação que remete a ausência da mãe ou do substituto


materno (internação institucional precoce);
 A descontinuidade dos vínculos que poe em questão as separações, quaisquer
que sejam seus motivos;
 A distorção que explica a qualidade do apoio materno (mãe caótica,
imprevisível).

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5.1. Três grandes tipos de carência afectiva
1. Simiologia da carência por insuficiência: o hospitalismo e a carência
parcial- em seu trabalho pioneiro, spitz comparou o desenvolvimento
psicoafectivo de duas populações de crianças. De um lado, filhos de mães
delinquentes em uma instituição penitenciaria: todas as mães,
independentemente de sua patologia, cuidavam dos filhos durante o dia com a
ajuda de uma enfermeira experiente. De outro lado, crianças internadas em
orfanatos, recebendo cuidados de higiene e dietéticos perfeitos, mas sem
contatos humanos calorosos durante grande parte do dia. A reação de
hospitalismo é observada na segunda população, e não aparece na primeira, a
não ser apos a separação da mãe.
2. Simiologia da descontinuidade dos vínculos: a separação- a separação mãe-
filho continua sendo um acontecimento bastante frequente nas condições de vida
atuais, embora se saiba dos danos que isso causa. Bowlby descreveu as três fases
da reação á separação:
 Fase de protesto;
 Fase de desespero;
 Fase de desapego.
3. Semiologia da carência por distorção: as famílias-problema- se os efeitos da
ausência de relação ou da separação mãe-filho são bem conhecidos, mais recente
é a atenção dirigida as famílias que vivem em condições socioeconómicas
difíceis, famílias nas quais os riscos de morbidade física e mental parecem
particularmente elevados para as crianças. De fato, nas diversas pesquisas
epidemiológicas feitas em uma escala razoavelmente grande, uma constante
aparece com regularidade: “ a única população de alto risco que pode ser
definida se constitui de crianças criadas em uma miséria intensa e cronica”.

O perfil dessas famílias não é unívoco, mas certos traços são encontrados com
frequência. No nível dos pais, a miséria social cronica é constante, a inserção
profissional do chefe de família é sempre aleatória e instável. O alcoolismo e a violência
das relações entre adultos são habituais. É raro que a família seja incompleta,
constituída apenas de figuras maternas (avo, mãe e filhos), mas, em compensação, as
figuras masculinas geralmente ocupam um lugar secundário (desemprego, ausência
prolongada, invalidez, hospitalização).

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6. A criança e a escola
Neste tema é importante falar da interação entre a criança e a escola:
dificuldades da criança na escola e dificuldades da escola com as crianças, sendo que
essas duas dimensões devem ser necessariamente colocadas em perspectiva reciproca.

As causas dessas dificuldades são buscadas ora no aspecto formal da escolaridade


(ritmo escolar, salas de aula superlotadas, progressão automática em função da idade,
não levando em conta disparidades entre crianças, bem como em uma mesma criança),
ora no próprio conteúdo do ensino (idade e sobretudo métodos de aprendizagem da
leitura, formação e motivação dos professores), ora em dificuldades próprias da criança
(dislexia, deficit intelectual), ora enfim no contexto familiar e no meio social (grandes
precariedades, maus-tratos, falta de estimulo) (Marcelli & Cohen,pg.427).

Visto que a escola é um espaço fundamental de socialização e de investimento narcísico


da criança, inúmeras situações psicopatológicas podem levar a uma dificuldade escolar
e, opostamente, toda dificuldade escolar cronica pode produzir na criança transtornos
psicopatológicos da serie depressivo-narcísica ou transtornos do comportamento. Na
figura abaixo temos o círculo vicioso da confiança, distinguindo o mundo interno (ou
sentido da criança) e o mundo externo (ou expressão de dificuldades).

Assim, a inadequação escolar é quase sempre o primeiro sintoma apresentado, mesmo


que seja apenas uma fachada ou a manifestação de uma patologia mais complexa. Em
qualquer caso, diante da inadequação escolar é preciso levar em conta três parceiros que
são a criança, a família e a escola, buscando avaliar sua interação reciproca antes de
pensar em uma ajuda terapêutica (Marcelli & Cohen,pg.428).

O círculo vicioso da confiança nas dificuldades escolares crônicas com suas


consequências em termos de depressividade, de transtorno da autoestima ou
transtorno de comportamento:

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Depressão Rejeição do aluno
pela escola

Mundo
Recusa escolar
Externo

Recusa da Aversão pelas

autoridade aprendizagens

Aprender respeitar

A confiança

Conter
Mundo

Interno Medo do fracasso


Falta de auto estima

Sentimento de
não ser respeitado

Sentimento de perseguição
Pouca autoconfiança
em face da escola

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7. A criança
Na criança, é preciso distinguir entre as possibilidades de aprender e o desejo de
aprender. A avaliação das possibilidades se fundamenta no exame cuidadoso e completo
das capacidades físicas e psíquicas. É preciso reconhecer, porem, que são muito poucas
as crianças que não dispõem do equipamento neurofisiológico de base necessário a uma
boa aprendizagem e que por isso podem ser consideradas incapazes de seguir uma
escolaridade. Inúmeros factores intervêm no desejo de aprender: trata-se de motivação
da criança. Ela pode ser: (Marcelli & Cohen,pg.429).

 De origem individual: reação de amor-próprio e de arrogância, mas também


desejo de saber, prazer de aprender, rivalidade entre irmãos ou edipiana;
 De origem familiar: estímulo parental de toda natureza, participação dos pais na
vida escolar do filho;
 De origem social: valorização do conhecimento, sintonia com os ideais da
instituição escolar.

O sistema de motivação evolui com a idade, passando progressivamente de uma


motivação externa, como imitar o adulto e depois agradar os pais ou a professora, a uma
motivação interna, cuja natureza também varia: prazer de competição ou atitude de
arrogância, depois incorporação da necessidade de aprender um ofício ou desejo de
aderir aos valores culturais (Marcelli & Cohen,pg.429).

8. A família
A família intervém ao mesmo tempo na dinâmica das trocas intrafamiliares e,
por seu grau de motivação, em relação á escola. Quando a criança deixa a família para ir
a escola, isso significa que a partir de agora ela passará uma boa parte de seu tempo fora
da família: correlativamente, isso implica que os pais, sobretudo as mães, aceitam esses
novos investimentos e ficam felizes com isso. As fobias escolares, frequentemente
intricadas a angústias de separação, são um exemplo de incapacidade do grupo familiar
de redistribuir seus investimentos quando a criança vai a escola. Naturalmente o
equilíbrio afetivo familiar desempenha um papel fundamental. (Marcelli &
Cohen,pg.429).

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O nível sociocultural da família representa um fator essencial na adequação criança-
escola. O papel da linguagem nas trocas familiares: a adaptação da criança á escola,
desde a escola maternal, esta ligada ao seu grau de domínio da linguagem, o que
depende em grande parte da qualidade e da quantidade de trocas verbais dentro da
família. É evidente que as crianças oriundas de um meio cultural próximo ou idêntico ao
dos professores e, de maneira mais geral, próximas dos valores e dos sistemas de
comunicação propostas pela escola, terão maiores facilidades que as crianças cujas
famílias utilizam pouco a linguagem, ou unicamente em situações concretas (Marcelli &
Cohen,pg.429).

O grau de motivação da família também depende desse nível sociocultural, da


convergência com os objectivos ou métodos da escola. Assim, certos pais colocam seus
filhos sistematicamente em situação de oposição a escola, tratando sempre de denegri-la
e de desvaloriza-la. Contudo, a atitude oposta pode igualmente provocar um bloqueio na
criança: o hiperinvestimento pelos pais dos resultados escolares, o controle e a
vigilância constantes do trabalho da criança em um clima obsessivo ou perfeccionista
podem levar a uma renúncia, ou mesmo a uma recusa. (Marcelli & Cohen,pg.429).

9. A escola
A escola é o terceiro lado desse triângulo relacional criança-família-escola. A
importância quantitativa que adquire o fracasso escolar mostra que a inadaptação da
escola as estruturas sociais atuais deve ser levada em conta na avaliação da inadaptação
escola-criança antes de declarar esta ultima “inadaptada”. Nota-se que a taxa de fracasso
escolar esta fortemente correlacionada ao nível de qualificação profissional do pai, e
pouco ao fato de a mãe trabalhar ou não, em compensação esta correlacionada ao nível
de estudos desta (Marcelli & Cohen,pg.431).

9.1. Causas do fracasso escolar


 O número excessivamente elevado de crianças por sala;
 A evolução do estatuto de professor e suas motivações e correlativamente a
evolução da relação professor-aluno;
 A própria natureza da progressão escolar;
 O não respeito aos ritmos da criança;

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 A competência do professor.

10. A criança e o mundo medico


A doença é um episódio normal e inelutável na vida da criança. No espirito de
toda criança, a doença e seu correlato, o médico, ocupam um lugar importante. É
comum, aliás, nas atividades espontâneas das crianças, brincar de médico. Através
dessas brincadeiras ou de desenhos, o estudo das características da imagem do médico
permite descobrir diversos eixos significativos: o médico possui frequentemente
atributos do saber e do poder. (Marcelli & Cohen,pg.467).

Ocupa em geral uma posição ativa, ao contrário da posição submissa e passiva do


pequeno paciente. Não é raro que essa atividade seja impregnada de agressividade, ou
mesmo de sadismo. Alem disso, há um contraste entre, de um lado, essa atitude de
cuidado e de compreensão, isto é, uma posição mais materna e, de outro, um
comportamento autoritário, mais comumente agressivo. A criança oscila entre esses dois
tipos de imagens, cindidas, as vezes, em função da aprendizagem de estereótipos
culturais, em uma mãe-enfermeira, gentil e compreensiva, e um pai-medico severo e
temido. (Marcelli & Cohen,pg.467).

No plano da dinâmica familiar, inúmeros desenhos de crianças testemunham uma nova


triangulação mãe-medico-criança: o par mãe-medico constitui um deslocamento
edipiano mais ou menos direto. Em certas famílias, o par mãe-medico pode se tornar o
principal polo de interação do grupo, em particular quando uma doença grave ou
cronica da criança justifica essa presença medica (Marcelli & Cohen,pg.467).

10.1. A noção de morte na criança


A evolução da noção de morte na criança engloba de forma indissociável uma
dimensão sociológica e um ponto de vista Desenvolvimental acerca da criança em si.
No plano sociológico, a relação da criança com a morte deve ser examinada segundo
duas óticas: de um lado a morte da criança, de outro, a maneira como a morte é
apresentada a criança. As crianças de hoje só veem a morte através da televisão. Mas
ali, nos desenhos animados, nas cenas de polícias, assim como nos noticiários a que
assiste durante o jantar, a morte se tornou um espetáculo, uma ficção: os mortos são os
outros. Assim produz-se um duplo movimento: de um lado, a criança é cada vez menos

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confrontada com a morte real, de outro lado, é cada vez mais submetida a uma morte
fictícia, da qual sempre se pode renascer. Outros factores intervêm, além dos factores
sociológicos já citados: a maneira como as pessoas próximas falam da morte á criança, a
experiencia pessoal que ela pode ter com o falecimento de parentes ou uma doença
grave. (Marcelli & Cohen,pg.469).

11. A criança doente


A experiencia da doença remete a criança a movimentos psicoafectivos diversos:

 A regressão quase sempre acompanha a doença: retorno a uma relação de


cuidado corporal, de dependência, como era a do bebe;
 O sofrimento pode ser associado a uma ideia de punição ou a um sentimento de
delito: a culpa frequentemente se infiltra na experiência da criança doente. Essa
culpa pode ser reforçada as vezes pelo discurso familiar (você se resfriou porque
não estava bem agasalhado, ou você só precisava prestar atenção).
 O comprometimento do esquema corporal, ou melhor, do sentimento de si em
seu sentido mais amplo, depende da gravidade, da duração e da natureza da
deficiência imposta pela doença, mas esse sentimento é frequente: corpo
imperfeito, falível, defeituoso. Em função do tipo de conflito, esse
comprometimento do sentimento de si se focalizara nas fantasias de castração ou
em uma ferida narcísica mais ou menos profunda;
 Finalmente, a morte aparece em filigrana em certas doenças, ainda que a criança,
assim como sua família, fale pouco disso.

Contudo, a doença em uma criança reforçada a ligação de dependência e de proteção


entre a criança e os adultos que a mantem protegida, primeiro os pais depois os médicos
e seus colaboradores. Essa ligação de dependência e de proteção é natural, normal na
criança. De certa maneira, a doença, seja aguda ou principalmente cronica, respeita ou
ate amplifica essa relação de dependência (Marcelli & Cohen,pg.470).

11.1. A família em face da criança doente


É de extrema importância reconhecer as reações da família no equilíbrio
posterior da criança doente. As reações de angústia, de aflição extrema, ou mesmo de
pânico ou de cólera são habituais quando do anúncio da doença. De imediato, em uma
fase em que o medico ainda não dispõe de todos os elementos de resposta, as famílias se
preocupam com o diagnóstico, com eventuais complicações (Marcelli & Cohen,pg.476).
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As reações defensivas constituem a primeira ilustração da culpa constante das famílias:
esta exacerba as reações de ambivalência em relação ao pequeno doente e explica em
parte atitudes descritas em todas as doenças cronicas: hiperprotecção ansiosa, rejeição,
denegação onipotente da doença ou do papel dos médicos. Normalmente, a família
passa por esses diversos registros antes de chegar, na melhor das hipóteses, a aceitação
tolerante e realista da doença (Cramer,1979 citado por Marcelli & Cohen,pg.476).

12.A criança e os serviços sociais


Neste tema abordaremos diversas situações tais como: sevicias a crianças,
abusos sexuais, negligencias, abandonos, que tem em comum pôr em risco o bem-estar
físico e psíquico da criança e que requerem medidas de proteção adequada.

12.1. A criança maltratada


A violência física e violência sexual costumam estar associadas, mas nem
sempre. Os meninos são vitimas de violências físicas mas do que as meninas, e quando
são vitimas de violências sexuais é raro que não sejam também vitimas de violências
físicas. As meninas são vítimas de violências sexuais mais do que os meninos, mas há
mais meninas que sofrem violências sexuais sem violência física associada (incesto),
(Marcelli & Cohen,pg.498).

A negligência com a criança é uma outra forma de maus-tratos que costuma requerer a
intervenção dos serviços de proteção judiciária ou sociais. Na negligência grave, os
factores de risco socioeconómicos e culturais geralmente estão em primeiro plano, o que
não ocorre tanto com as sevícias.

12.2. Seviciais á criança


Frequência:

É difícil definir com rigor a incidência de maus-tratos a crianças. Em primeiro


lugar, porque isso depende da própria definição de maus-tratos, consideram-se apenas
as seviciais físicas, os maus tratos sexuais, ambos a negligencia grave. Em segundo
lugar, porque não existe praticamente nenhuma pesquisa na população geral: a maior
parte das avaliações representa extrapolações a partir de populações clinicas (crianças
hospitalizadas). Quanto menores são as crianças, mais elas são vulneráveis e também
vitimas (Marcelli & Cohen,pg.499).

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13. Sintomas físicos
Apenas lembraremos as lesões dermatológicas (equimoses, hematomas,
queimaduras de cigarro, de ferro de passar roupa, de agua quente, arranhões, marcas de
amarras), as fraturas, os hematomas subdurais. O estado geral pode ser comprometido
(hipotrofia, atraso estaturo-poderal).(Marcelli & Cohen,pg.499).

13.1. Transtorno de comportamento


São observados a partir de 12-18 meses, alem do mau estado geral, certas
crianças se mostram excessivamente medrosas, buscando com o olhar a aprovação do
adulto antes de se permitirem o menor gesto, parecendo petrificadas. O menor
movimento do adulto provocando um gesto de proteção por parte delas. Descreveu-se
em certas crianças um estado de vigilância glacial, isto é uma atenção aflita e imóvel
dirigida a pessoas próximas, como se a criança perscrutasse ansiosamente o ambiente
para detectar um perigo potencial ou para detectar um perigo potencial ou para
descobrir e antecipar o desejo do outro (Marcelli & Cohen,pg.500).

13.2. Transtornos afetivos


São muito frequentes e se expressam diretamente através dos medos, das
dificuldades de sono com pesadelos ou terrores noturnos, percetíveis na vigilância
glacial, ou conduzido as habituais manifestações reacionais: instabilidade, agitação,
agressividade. As crianças vítimas de sevícias costumam desenvolver o sentimento de
que se os pais as espancam é porque elas fizeram besteiras e porque são crianças más
(Marcelli & Cohen,pg.500).

13.3. Repercussão social


As dificuldades escolares (dificuldades de concentração, agitação, não respeito)
e depois o fracasso escolar são, se não constantes, pelo menos muito frequentes,
acentuando a interação negativo pais-filho e a vivência de desvalorização desde último.
Os transtornos do comportamento com as outras crianças (agressividade, impulsividade)
levam a um isolamento social ou a relações apenas com as crianças agitadas, agressivas,
o que também faz parte do círculo vicioso desvalorização-exclusão (Marcelli &
Cohen,pg.500).

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13.4. Abusos sexuais
A expressão abusos sexuais, consagrada pelo uso ainda que seja apenas uma
tradução literal do inglês, caracteriza a exploração sexual por um individuo mais velho
de uma criança que, em razão da sua idade, é capaz de compreender a natureza do
contato e de opor uma resistência adequada. Essa exploração sexual pode partir de uma
pessoa próxima da qual a criança é psicologicamente dependente. O abuso sexual pode
assumir diversos aspectos:

 Evocação sexual (exibicionismo, imagens pornográficas etc);


 Estimulação sexual (masturbação, contato erótico etc);
 Realização sexual (tentativa de violação ou violação com penetração vaginal,
anal, oral).

O agressor, na maioria das vezes é um membro da família ou uma pessoa próxima.


Trata-se então de relações incestuosas, mas, com mais frequência ainda, de ambiente ou
de clima incestuoso. As relações incestuosas são associadas geralmente a atitudes
violentas, e certas vítimas são também crianças espancadas.

13.5. Abandono
O abandono familiar é assim um problema social, pois todos os dias encontram
se inúmeros casos que vão desde recém-nascidos abandonados nos lixões das ruas ate
adolescentes ou crianças que são retiradas do ambiente familiar pelos órgãos de
proteção a criança, por motivos como, a negligencia familiar, a violência domestica,
destacando os abusos físicos e sexuais que acometem essas crianças e adolescentes,
fazendo assim com que a criança seja levada para uma casa de abrigo que possa dar
suporte as suas necessidades físicas, emocionais e abriga-las (Silva & Alves).

O abandono é visto como uma forma grave de descuido, que aponta para o rompimento
de um vínculo apropriado dos pais para com os seus filhos, submetendo as vítimas de
abandono a sofrimentos físicos e psicológicos (Silva & Alves).

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14. Conclusão
Após a elaboração do trabalho o grupo chegou a seguinte conclusão: a falta de
harmonia, amor atenção, cuidado na família de uma criança pode gerar vários
problemas escolares na criança desde a dificuldade de aprendizagem.

O bom funcionamento familiar também gera bons frutos quanto a escolaridade dessa
criança, a carência afetiva afeta bastante a vida da criança e consequentemente trás
vários prejuízos na vida da mesma.

O abandono é uma forma grave de descuido, que causa um rompimento no vínculo dos
pais com os seus filhos, e assim sendo essas crianças sofrem de forma física assim como
de forma Psicológica. Toda a criança tem o direito de ter uma família, de sentir o calor
familiar.

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15. Referências bibliográficas
MARCELLI. D & COHEN.D. Infância e psicopatologia, 8a.ed. porto Alegre: Artmed,
2010).

SILVA. L.M & ALVES.V.K. Abandono familiar infanto-juvenil: um olhar sobre


uma instituição do agreste pernambucano. Academia do curso de psicologia da UPE
campus Garanhuns. PDF.

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