Vous êtes sur la page 1sur 4

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ACÓRDÃO

EMENTA
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA - AÇÃO DE
OBRIGAÇÃO DE FAZER - PROMISSÁRIO-
COMPRADOR CONDENADO A RECEBER A
ESCRITURA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL A
SER OUTORGADA PELA AUTORA - ALEGAÇÃO DE
CESSÃO DE DDXEITOS A TERCEIRO -
IRRELEVÂNCIA - PROMTTENTE-VENDEDORA QUE
NÃO ESTÁ ADSTRITA A ESTA TRANSAÇÃO, POSTO
NÃO FIGURAR COMO ANUENTE - INEXISTÊNCIA DE
LITISCONSÓRCIO PASSr/O NECESSÁRIO
SENTENÇA MANTIDA.
- Recurso desprovido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de


APELAÇÃO ClVEL n^ 034.775-4/4, da Comarca de SÃO PAULO,
em que é apelante NELSON HODARA, sendo apelada DEVILLE
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.:

ACORDAM, em Sexta Câmara de Direito Privado


do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por
votação unânime, negar provimento ao recurso
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

1. Trata-se de ação nominada de * *obrigação


de fazer e constituição em m o r a " , em que a promitente-
vendedora, incorporadora e construtora, pretende compe-
lir o promissário-comprador a receber sua escritura
definitiva e registrar sua aquisição, nos termos do
compromisso celebrado, que a respeitável sentença de
fls. 70/72, cujo relatório fica fazendo parte integran-
te deste, julgou procedente e condenou o réu a, no
prazo de sessenta dias, receber escritura de venda e
compra do imóvel em questão, a lhe ser outorgada pela
autora, registrando-a no Cartório de Registro de
Imóveis, ainda dentro de tal prazo, cominando-se-lhe
multa no caso de descumprimento do julgado.
Irresignado, apelou o vencido, alegando que a
autora-apelada tem conhecimento que o aludido imóvel já
u
foi transacionado, e a rigor, deveria aquela respei-
tar o litisconsórcio passivo necessário", **e como não
o fez, impõe-se a extinção do processo; e consequente-
mente a reforma da sentença" (fls. 74/77).
0 recurso foi preparado, recebido e respondi-
do (fls. 80/83) .
Este, em síntese, o relatório.
2. Refere a inicial que a autora-apelada, por
escritura pública de compromisso de venda e compra,
quitado, de fração ideal de terreno e contrato de cons-
trução por administração, na qualidade de vendedora,
incorporadora e construtora do Edifício Chateau-Du-

APELAÇÃO CÍVEL n° 034.775-4/4 - SÃO PAULO


PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Loire, comprometeu-se a alienar ao réu-apelante não só


a referida fração ideal de terreno, mas também a
unidade condominial, consistente no apartamento n^ 41,
localizado no 4 s andar. E, por força de disposição
contratual, concluída a construção do edifício, a es-
critura definitiva de venda e compra seria outorgada ao
promissário-comprador ou a quem por ele indicado ou que
o representasse legalmente. Entretanto, findas as o-
bras e entregues as unidades, o promissário-comprador
manteve-se inerte; e, em conseqüência da ausência de
transferência de domínio, a promitente-vendedora foi
surpreendida com ação de cobrança contra ela ajuizada
pelo Condomínio Edifício Chateau-du-Loire, relativa às
despesas condominiais em atraso, devidas e referentes
ao citado apartamento n 9 41, porque até a presente data
o promissário-comprador não cogitou em receber sua
escritura definitiva, continuando a autora a figurar
como proprietária da referida unidade no Registro de
Imóveis. Nessa conformidade, através da presente ação
de obrigação de fazer, pretende a autora "compelir o
adquirente a receber sua escritura definitiva e regis-
trar sua aquisição" (fls. 2/4).
Em sua defesa, insurge o promissário-compra-
dor ao fundamento de que já cedeu os seus direitos a
terceiro (Efraim Marcos Carmona) nos termos do "ins-
trumento particular de compromisso de venda e compra de
imóvel, quitado'', por cópia nos autos (cf. f ls. 52/
56) .

APELAÇÃO CÍVEL n° 034.775-4/4 - SÃO PAULO


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Entretanto, nesse documento, não figurando


como anuente, constituindo res inter alios acta, a
promitente-vendedora não está adstrita ou subordinada â
transação que, demais, não informa o litisconsórcio
passivo necessário vislumbrado pelo réu-apelante.
Isto posto, nega-se provimento ao recurso.

Participaram do julgamento os Desembargadores


ERNANI DE PAIVA (Presidente) e MUNHOZ SOARES, com votos
vencedores.
São Paulo, 06 de agosto de 1998.

MOHAMEOAMARO
Desembam idor Relator

APELAÇÃO CÍVEL n° 034.775-4/4 - SÃO PAULO

Vous aimerez peut-être aussi