“Diário de Pesquisa: Entendimento e Prática” 21-75p
Achados Bibliográficos de Beatriz de Souza
Diário de Pesquisa: Entendimento e Prática
Nesta obra, os autores salientam a peculiaridade presente no processo
de “produção de sentido” a que estamos sujeitos, onde significamos o que fazemos, mas “aprendemos a significar, significando”. Percebe-se a dificuldade de adequar este processo à sala de aula, uma vez que o sistema educacional, na maioria das vezes, ainda avalia o educando atribuindo-o “certo ou errado”, “aprovado ou reprovado”.
Com intenção de favorecer o aprendizado, a qualquer tempo, seja por
um aluno do ensino médio, um graduando, um pós-graduando ou um mestrando, é apresentado o “jornal de pesquisa” (JP). Este consiste em escrever as percepções do educando em relação aos mais variados temas, independentemente se elas farão ou não parte de sua pesquisa, uma vez que, assim estimula-se a significação dos objetos. O JP é uma maneira de organizar o ato de significar, significando. Toda pesquisa está sempre imersa na realidade, no contexto social, nos valores do pesquisador, nada melhor que anotar percepções para posteriormente reavaliá-las e, talvez, incluí-las na pesquisa de maneira a dar significado.
Muito importante também é ter-se um “olhar plural” no que tange a
educação, pois ciência nenhuma é capaz de, sozinha, dar conta da problemática do indivíduo e de suas relações. Tornar-se objeto de sua própria pesquisa, ver a si próprio como objeto de estudo, auxilia o pesquisador a perceber o valor social de seu projeto.
Além disso, manter um registro escrito das percepções, observações,
relações e conclusões momentâneas acerca de um fato, desenvolve a habilidade escrita do pesquisador, o que certamente contribuirá para a confecção de sua dissertação.
A ideia do JP me parece muito interessante para minha pesquisa, tanto
como auxiliar na organização do meu projeto, como para minha prática pedagógica junto aos educandos.