Vous êtes sur la page 1sur 13

Escola de Ciências Sociais

Curso de História e Arqueologia


Departamento de História
Expressões Artísticas da Pré e Proto-História
Ano Letivo: 2018/2019

A Arte rupestre na Caverna


de El Castillo

Docente: Prof. Manuel Patrocínio


Aluno: Carlos Crisóstomo nº42578
Indicie

Introdução............................................................................................................................. 3
Arte Rupestre: Visão Geral.................................................................................................... 4
Caracterização da Caverna.................................................................................................... 4
Principais Técnicas e Cronologia ........................................................................................... 7
Conclusão ............................................................................................................................ 10
Bibliografia/Webgrafia ........................................................................................................ 11
Anexos ................................................................................................................................. 12

2
Introdução

A arte rupestre é um dos dados que chegaram até aos dias de hoje que nos permitem
perceber melhor a vida das sociedades pré-históricas, neste trabalho vou abordar a arte
rupestre paleolítica na Cueva del Castillo, em Espanha. Pretendo assim, descrever a
caverna e as suas pinturas bem como a sua história, não ignorando as outras cavernas que
se encontram próximas desta.
A Cueva del Castillo situa-se no Monte Dobra, na Cantábria, norte de Espanha, a 28
quilómetros da cidade de Santander. Faz parte de um conjunto de cinco cavernas: La
Pasiega, Las Chimeneas, Las Monedas e La Cantera. O estudo destas cavernas e da sua
arte permite-nos entender melhor a vida das populações que viviam no norte de Espanha
durante o Paleolítico. Estes sítios arqueológicos são também de extrema importância pois
as pinturas rupestres existentes têm uma vasta dimensão cronológica, que varia entre 40
000 a 11 000 anos.
Esta zona de Espanha têm evidências de ocupação humana que remontam há 150
000 anos, graças à sua localização estratégica e à abundância de recursos naturais
existentes a ocupação deste local perdurou até à Idade Média. Este local é muito
importante do ponto de vista arqueológico pois ajuda-nos a reconstruir a vida dos
caçadores-recolectores do norte de Espanha, e também as suas vidas sociais graças às
gravuras deixadas nas grutas. Esta gruta destaca-se por ter um variado espólio, o que
chama mais à atenção é uma zona da gruta onde se encontra um painel com impressões
palmares e também uma galeria que com pontos vermelhos apelidada de “Galeria dos
Discos”. Estas pinturas são assim muito importantes não só no contexto europeu como
no contexto mundial para entendermos melhor estas sociedades, visto que a sua
cronologia é das mais prolongadas no que toca a arte rupestre como já referi
anteriormente.
A Cueva del Castillo foi descoberta em 1903 pelo arqueólogo espanhol Hermilio
Alcalde del Río, que realizou também escavações no sítio, esta foi aliás a primeira das
cinco cavernas a ser descoberta e é também a que contêm as pinturas mais antigas segundo
datações recentes. A importância deste sítio arqueológico foi reconhecida pela UNESCO,
que em 2008 reconheceu o local como Património Mundial da UNESCo

Palavras Chave: Arte Rupestre, Paleolítico, Homem de Neandertall

3
Arte Rupestre: Visão Geral

Segundo a perspetiva de Friedrich Behn Dominik Josef Wölfel, as obras paleolíticas


desenhadas são mais recentes que as obras plásticas. As imagens gravadas são conhecidas
há muito tempo. Ao contrário da escultura, a arte gráfica é quase sempre representativa
de animais, como vamos ter oportunidade de ver neste trabalho, enquanto que as
representações humanas são uma ínfima minoria. A maioria das grutas com pinturas
rupestres encontram-se no sul de França e norte de Espanha. 1
As cores fundamentais são o vermelho e o preto embora sejam usada ocasionalmente
outras cores. Os desenhos partem de um naturalismo quase absoluto à completa
dissolução das formas. A tendência da arte paleolítica varia entre uma reprodução fiel do
objeto à representação simbólica. “A arte paleolítica não conhece ainda composição
enquanto princípio ordenador.” Até os painéis com várias representações são feitos a
partir de desenhos isolados, são por isso escassos os grupos de imagens em que podemos
afirmar que as imagens estejam ligadas de forma a fazer uma representação maior.2

Caracterização da Caverna

Esta gruta estende-se por mais de quatrocentos metros, e é dividida por diversas
galerias, de um modo geral é ampla o que permitiu a realização de trabalhos
arqueológicos. Contudo o facto de ser grande, resulta numa grande dispersão das pinturas
rupestres, e em algumas galerias o espaço existente é muito escasso em comparação com
outras zonas da gruta. (Figura 1)
A gruta está dividida em setores, no primeiro setor descobriu-se uma pequena
cavidade a que se chamou de (Cueva del Sapo), a conservação deste setor não é a melhor
devido à sua proximidade com o exterior. No segundo sector encontram-se diversos
veados desenhados na rocha típicos do magdalenense inferior, um provável cavalo e um
provável mamute, e ainda uma diversa série de pontos. Foram também encontradas
algumas formas de arte zoomórfica. Neste sector como podemos perceber, os animais são
as figuras, mas destacadas, segundo os autores Marcos García Diez e Daniel Garrido
Pimentel, este sector tem uma diversa variedade animal, por isso é provável que as
pinturas tenham sido realizadas durante uma larga cronologia. Esta teoria é também
suportada pelo facto das técnicas utilizadas nas pinturas serem bastante diversificadas.3
No terceiro sector, encontramos algumas cabras, algumas delas incompletas, um
cavalo e figuras zoomórficas, com a possível associação a um “uro” (um bisonte). O
quarto sector é muito semelhante ao segundo por ter uma cronologia muito diversificada

1 1972, AA.VV, Europa Pré-histórica, Lisboa


2 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar
estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos
3 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos

4
tal como as figuras representadas no mesmo, desde caprinos, cavalos e um possível felino,
além das outras espécies referidas anteriormente no segundo sector. Estão também
presentes diversos pontos cuja forma fazem lembrar disco.4
O quinto sector é um dos mais conhecidos, destaca-se o Panel de los Policromos,
este sector tem uma grande variedade de espólio. Na parte superior destacam-se as figuras
de animais (cerca de vinte), e também dez mãos. As mãos, segundo as datações são os
elementos mais antigos, seguindo-se as figuras que representam animais, os bisontes
cerca de quatro, foram datados três entre 17 600 e 14 200 anos, e o último entre 13 300 e
12 000 anos. Nesta zona da gruta estão ainda presentes veados, alguns incompletos e
cavalos, um dos bisontes, a figura que chama mais à atenção pelo seu tamanho, foi
desenhado com grande pormenor anatómico e aproveitando a forma da rocha. Tal como
acontece noutros sectores da gruta estão ainda presentes linhas e pontos. Na parte inferior
deste sector está uma das zonas mais famosas da gruta, el Panel de las Manos (Figura 2).
Este painel tem cerca de quarenta mãos e estas são das figuras mais antigas já encontradas
com datações de 37 290 anos.5 Com as novas tecnologias disponíveis uma equipa de
investigadores fez novos estudos sobre o Panel de las Manos onde foi permitido ver com
maior pormenor a arte Paleolitica desta zona de Espanha. 6
Neste sector encontram-se também figuras de animais tais como nove veados com
características diferentes, na sua maioria têm contornos simples e alguns estão
incompletos, existem, contudo, alguns mais detalhados. Encontra-se ainda uma cabra, e
ainda alguns bisontes, e alguns desenhos retangulares (cerca de doze), e ainda algumas
linhas que em alguns casos fazem cruzes. Por fim, na zona Oeste do sector cinco,
podemos observar mais veados, bisontes, uma cabeça de cavalo e figuras desconhecidas
em tons negros, os animais referidos anteriormente apresentam uma cor vermelha e estão
também presentes “discos” em tons vermelhos, como acontece nos restantes sectores
referidos anteriormente.7
No sexto sector existe um desenho que chama bastante à atenção pela sua forma,
trata-se de um cavalo com orelhas de grandes dimensões que mais parecem chifres de
bisonte, este cavalo apresenta tons vermelhos e amarelos, e têm também a letra “V” na
zona do ventre. Neste sector tamos também representados outros animais como bisontes
e um veado sempre em tons vermelhos ou amarelos. Existem também algumas mãos em
tons avermelhados neste sector, bem como linhas, pontos e “discos”. Finalmente, existe
o que parece ser um cavalo em tons de negro. O sétimo sector é conhecido como a Sala
del bisonte en escultura, como o nome indica, existe um bisonte desenhado na rocha, o
bisonte foi desenhado com o auxílio da forma natural da rocha, que foi também retocada.
Podemos ainda ver alguns pontos e o que parece ser uma cabra. Ainda neste sector,
podemos encontrar outro bisonte, um cavalo, e quatro veados sobrepostos. Existe ainda

4 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


5 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


6 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


7 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos

5
outro bisonte com o sexo destacado bem como cavalos com uma cor mais negra, bem
como cabras, e alguns pontos.8
O oitavo sector é também muito interessante visto que não contem apenas elementos
da fauna, neste sector há também pinturas em tons avermelhados que representam a flora,
ficando este painel com o nome de el Panel de los campaniformes. Contudo os elementos
que representam animais estão é maior número, destaca-se um cavalo vermelho, caprinos
e veados, e ainda alguns pontos vermelhos. O nono sector tem também algumas figuras
de animais, estas em tons mais negros, como bisontes, cavalos e cabras. Numa parte mais
escondida deste sector, encontra-se um cavalo também em tons negros, com um símbolo
retangular, e ainda uma face de um “uro” que chamou à atenção dos investigadores pelo
seu caráter escultórico.9
O décimo sector da caverna contem diversos pontos que chamaram à atenção dos
investigadores por terem uma cora violeta, existe ainda um cavalo, onde se destaca o seu
ventre e algumas linhas vermelhas. Numa outra sala deste sector encontrou-se 5 cabras
pintadas a negro na parte superior da gruta e ainda outro cavalo. O décimo primeiro sector
é conhecido por Galería de los Discos, como o nome indica, neste sector estão presentes
alguns discos, estes discos estão representados de uma forma mais ou menos regular, estes
discos de cor vermelha estão também presentes numa coluna decorada, neste sector
encontra-se ainda uma provável cria de mamute. 10
Por fim, tanto o décimo segundo como o décimo terceiro setor não foram alvos de
estudos pormenorizados, contudo é possível observar pontos e discos vermelhos e uma
cabeça de veada de grandes dimensões e 2 cavalos, respetivamente.11
De salientar que na Cueva del Castillo foram também encontrados vestígios de arte
móvel nomeadamente nos utensílios em pedra que foram decorados de vermelho (Figura
3). Segundo as datações realizadas a maioria destes objetos remontam à transição de
paleolítico médio para o superior.12

8 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


9 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


10 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


11 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


12 2010, AA.VV, El Paleolítico superior peninsular novedades del siglo XXI, Barcelona

6
Principais Técnicas e Cronologia

As novas tecnologias permitem-nos ter acesso a imagens com grande detalhe (Figura
4), sabemos assim que existem duas fases de representação de mãos na caverna, numa
primeira fase existe uma sequência pictórica associada aos períodos “Auriñacien” e o
“Gravetiense”. Existe uma segunda fase, onde predomina o uso dos pigmentos de cor
amarela que está centrada no conjunto de bisontes no Panel de las Manos. Nesta série de
pinturas encontra-se também um possível mamute presente na Galeria de los Discos. Esta
segunda fase é marcada principalmente pelo “Gravetiense”. Numa terceira fase podemos
encontrar pinturas negras por baixo das mãos e por cima dos bisontes amarelos, esta fase
é também de influência “Gravetiense”. A quarta fase, é provavelmente contemporânea
com a terceira, alguns investigadores pensam que é nesta fase que se encontra toda a fase
em que se pintam todos os “discos”. Temos nesta fase a segunda ocasião em que foram
realizadas pinturas de mãos. Tal como as anteriores é de influência “Gravetiense”.13
Na quinta fase das pinturas, destaca-se as pinturas em tons negros, e com perspetivas
simples, os animais não possuem muitos detalhes na zona da cabeça, um dos maiores
exemplos disso é um cavalo. Esta fase é marcada pela cultura “Solutrense”. A sexta fase
apresenta uma grande variedade de pinturas espalhadas pela gruta. Trata-se de figuras
zoomórficas pintadas em tons de vermelho muito intenso. Quase todas apresentam pouco
detalhe e foram realizadas numa perspetiva distorcida. Nos sectores mais próximos do
exterior encontramos várias representações desta fase. Esta fase é de influência
Madalenense final. A sétima fase está muito provavelmente ligada à anterior esta
apresenta pinturas em tons negros e com sombreados nas extremidades, as cabeças dos
animais são alvo de grande detalhe. Esta fase teve uma influência Madalenense inferior e
final.14
A oitava fase assemelha-se muito às pinturas de Altamira, estas apresentam uma
bicromia e tectiformes, além dos animais apresenta também diversos símbolos de forma
oval. Esta fase pertence à cultura Madalenense Final. Por fim, existe uma nona fase onde
predominam os pontos antropomórficos em tons negros e vermelhos. Estas figuras estão
associadas à Idade do Bronze, apesar deste não ser um dado adquirido, é certo que estas
pinturas são posteriores à época do paleolítico.15
Um dos aspetos que chama mais à atenção na Cueva del Castillo, é a diversidade
de pinturas presentes, temos figuras “humanas” (as mãos), temos uma diversidade de
animais, veados, cavalos, camurças, caprinos, mamutes e bisontes, bem como figuras que
representam a flora como figuras ramiformes e campaniformes. Temos também algumas
formas geométricas, retangulares e ovais. Estão ainda presentes diversas linhas

13 2015, AA.VV, XIX InternationalRock Art ConferenceIFRAO 2015, Tomar


14
2015, AA.VV, XIX InternationalRock Art ConferenceIFRAO 2015, Tomar
15
2015, AA.VV, XIX InternationalRock Art ConferenceIFRAO 2015, Tomar

7
avermelhadas, bem como “discos” (Figura 5) e pontos referidos aquando da
caracterização individual dos sectores da caverna. 16
Resumidamente, “as técnicas são variadas. As mãos foram realizadas mediante a
técnica do sopro com cor vermelha. Utiliza-se a técnica do lápis de carvão vegetal para
as figuras mais negras, o uso de magnésios muito pontualmente. A cor mais comum é o
vermelho, que foi aplicado por uma espécie de pinceis, os traços pontilhados são raros. A
gravura é diversificada: traços simples largos e profundos ou finos, de contorno múltiplo
e de interiores estriados”17 Destaca-se ainda o aproveitamento dos relevos das rochas, em
alguns casos para completar as figuras noutros, servem mesmo de base para desenhar as
figuras.18
A Cueva del Castillo é uma caverna com uma cronologia bastante ampla que abrange
todo o Paleolítico Superior. Até 2018, estas eram as pinturas rupestres mais antigas da
história da humanidade já conhecidas ( foram ultrapassadas pelas pinturas de Bornéu, na
Indonésia). Estudos e datações feitas nos últimos anos permitem-nos saber que as pinturas
na Cueva del Castillo são as mais antigas de Espanha e da Europa, sendo que o elemento
mais antigo de todos é um simples ponto. Segundo Alistair Pike, arqueológo e professor
na universidade de Southampton, as pinturas mais antigas da Cueva del Castillo têm cerca
de 40.800 anos sendo as mais antigas da Europa e separando-se em quatro mil anos das
restantes já datadas. Ao contrário do que se pensava as pinturas nas grutas da Cantábria
são assim mais antigas que as da Gruta de Chauvet em França, esta com cerca de 37.000
anos. Segundo um estudo publicado em junho de 2012 na revista Science, a arte rupestre
espanhola era mais antiga que as restantes devido às diversas datações. Estas perspetivas
vão contra os primeiros estudos feitos, embora estes fossem baseados em métodos
indiretos, como a comparação estilística com pinturas onde se detinha datações mais
precisas.19
As datações levadas a cabo pela equipa de Pike, foram feitas com recurso a um
método radiométrico, que envolve taxas de decaimento do urânio que se encontra presente
nos depósitos de cálcio, estes formaram-se na superfície das pinturas com o passar do
tempo. Neste caso não se pode utilizar a datação da tinta propriamente uma vez que esta
não tinha nem urânio nem carbono necessário para se efetuar a datação por radiocarbono.
Estas datações trouxeram uma nova proposta quanto aos autores da pinturas, visto que o
homem neandertal viveu na europa há 30 000 e 40 000 anos. Apesar disso o homem
moderno também terá estado na zona há cerca de 41 500 anos. Contudo estas não são as
primeiras evidências de arte feita por neandertais, em 2012, uma equipa de arqueólogos
descobriu em Málaga, no sul de Espanha, pinturas rupestres feitas pelo homem de
neandertal, com datações de 42 000 anos. Contudo segundo Alistair Pike, estes vestígios
não são propriamente credíveis, visto que as datações feitas são referentes a uma amostra

16 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


17 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


18 2014, AA.VV, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho de Gibraltar

estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos


19 Ker Than, National Geographic, Retirado de: https://www.natgeo.pt/historia/2018/05/sera-mais-antiga-

gruta-de-arte-rupestre-obra-do-homem-de-neandertal (04/04/2019)

8
de carvão recolhida no solo da gruta, o que indicia a existência de uma fogueira. Contudo
isso não significa que as pinturas sejam desta cronologia. 20
Segundo Michel Lorblanchet, especialista em arte rupestre, as provas apresentadas
por Pike também carecem de de robustez visto que é preciso mais indícios para provar de
forma inequívoca que foi o homem de neandertal que concebeu estas pinturas, alegando
que o facto das pinturas terem sido feitas há 40 000 anos não prova que tenham sido os
neandertais que as conceberam. Todas estas datações puseram em causa uma tema que
antes parecia ser consensual entre os arqueólogos. Inicialmente pensava-se que o homem
de neandertal não teria capacidade e aptidões para criar arte simbólica, mas com a
descoberta de novos pigmentos em sítios de ocupação neandertal, esta abordagem foi
progressivamente mudando.21

20 Ker Than, National Geographic, Retirado de: https://www.natgeo.pt/historia/2018/05/sera-mais-antiga-

gruta-de-arte-rupestre-obra-do-homem-de-neandertal (04/04/2019)
21
Ker Than, National Geographic, Retirado de: https://www.natgeo.pt/historia/2018/05/sera-mais-antiga-
gruta-de-arte-rupestre-obra-do-homem-de-neandertal (04/04/2019)

9
Conclusão

Como podemos ver neste trabalho, o estudo da arte pré histórica é muito importante
para entendermos melhor as sociedade pré-históricas e o seu modo de vida, bem como as
suas sucessivas evoluções ao longo das diversas cronologias. Neste trabalho ficou patente
que a ocupação da zona norte de Espanha teve uma das ocupações e uma das formas de
arte mais antigas da Europa e do mundo. Com as diversos trabalhos arqueológicos
realizados na Cueva del Castillo podemos perceber que existiu uma ocupação bastante
prolongada deste local pelas mais diversas comunidades, o que se explica pelo facto desta
zona ter uma variedade enorme de recursos. A importância destes sítios arqueológicos
bem como o seu estudo e preservação, são fundamentais para entendermos melhor o
nosso passado e entendermos melhor as nossas origens, por isso realço a importância da
arqueologia bem como a preservação do património arqueológico.
Neste trabalho foi também importante a discussão entre as diversas perspetivas, se
por um lado há quem defenda que o neandertal não tinha capacidade para conceber arte,
por outro, existem diversos arqueólogos que defendem que o neandertal tinha capacidades
artísticas similares ao do homem moderno. Contudo, deixando de lado as diversas
perspetivas, acho que é importante realçar o riquíssimo património que foi tratado neste
trabalho.

10
Bibliografia/Webgrafia

AA.VV.
1972, Europa Pré-histórica, Lisboa
AA.VV.
2014, Los cazadores recolectores del Pleistoceno y del Holoceno en Iberia y el estrecho
de Gibraltar estado actual del conocimiento del registro arqueológico, Burgos
AA.VV.
2010, El Paleolítico superior peninsular novedades del siglo XXI, Barcelona
AA.VV.
2015, XIX InternationalRock Art ConferenceIFRAO 2015, Tomar
THAN, KHEN.
National Geographic, “Será a Mais Antiga Gruta de Arte Rupestre Obra do Homem de
Neandertal?” Retirado de: https://www.natgeo.pt/historia/2018/05/sera-mais-antiga-
gruta-de-arte-rupestre-obra-do-homem-de-neandertal (04/04/2019)

11
Anexos

Figura 1 Planta da Cueva del Castillo Fonte da imagem:


https://www.academia.edu/19690574/Cueva_de_El_Castillo_Puente_Viesgo_Cantabria_ (Consultado a 04/04/2019)

Figura 3 Canto decorado encontrado no cueva de El


Castillo Fonte da imagem:
https://www.academia.edu/447210/La_cueva_de_El_Castillo
_perspectivas_desde_el_siglo_XXI (Consultado a
Figura 2 (Pedro Saura) Fotografia da el Panel de las 04/04/2019)
Manos, localizado no sector V da caverna. Fonte da imagem:
https://www.academia.edu/19690574/Cueva_de_El_Castillo_
Puente_Viesgo_Cantabria_ (Consultado a 04/04/2019)

12
Figura 4 Panel de las Manos visto com auxilio a novas tecnologias Fonte de imagem:
https://www.academia.edu/17780462/EL_PANEL_DE_LAS_MANOS_DE_LA_CUEVA_DE_EL_CASTILLO
_PUENTE_VIESGO_CANTABRIA_ (Consultado a 04/04/2019)

Figura 5 (Pedro Saura) Galería de los Discos, na cueva de


El Castillo Fonte da imagem:
https://www.academia.edu/19690574/Cueva_de_El_Castillo_P
uente_Viesgo_Cantabria_ (Consultado a 04/04/2019)

13

Vous aimerez peut-être aussi