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Justificativa
A escolha do tema deve-se ao facto da autora verificar que a categoria de gênero
caracteriza-se, de modo geral, como responsável pela divisão dos nomes em “classes”.
Na língua portuguesa, essa perspectiva classificatória faz com que todos os nomes
estejam agrupados na dicotomia masculino/feminino; porém, é possível encontrar
imprecisões na maneira como ele é trabalhado, especialmente porque se costuma
associar semanticamente a categoria de gênero ao sexo dos seres, gerando imprecisão e
até mesmo confusão conceitual.
Isso nos foi desvelado, especialmente, pela dificuldade em aliar, na compreensão do
gênero, os diversos conhecimentos que o envolvem, já que acreditamos que saber “usar
a língua”, no caso do gênero gramatical, implica não apenas em não se confundir qual
artigo utilizar antes de determinada palavra, mas sim em compreender o fenômeno em
sua totalidade, verificando, inclusive, as limitações da divisão tradicionalmente
apresentada em várias gramáticas e em vários livros didáticos, entre palavras de gênero
“sobrecomum”, “comum-de-dois” ou “epicenos” (BIDERMAN, 1974).
Em uma perspectiva teórica sobre a compreensão conceitual, tem-se destacado a
importância de que um conceito seja entendido como um elemento constitutivo da teoria
na qual está inserido. De acordo com essa visão, os conceitos não se constituem
entidades mentais isoladas, mas elementos organizados em algum tipo de todo
estruturado, sistemas complexos de inter-relações (OLIVEIRA, 1999).
No caso do conceito de gênero ele está diretamente relacionado a diversos tipos de
conhecimentos, dentre os quais os morfológicos, os semânticos, os sintáticos e os
lexicais.
Problematização
Os problemas relacionados a essa categoria se devem não somente à sua complexidade
especialmente por envolver critérios morfológicos, sintáticos e semânticos, mas também
porque se costuma associá-la ao sexo dos seres, ou seja, há uma tendência a se pensar
no gênero apenas por meio da diferença entre o sexo masculino e feminino, o que, às
vezes, causa confusão conceitual.
A identificação das dificuldades referentes à categoria de gênero entre alunos foram
observadas em manuais didácticos da língua portuguesa, no que fez verificar os
elementos essenciais do processo de ensino aprendizagem. Na busca de verificar a base
conceitual que eles possuem sobre o conteúdo, os dados nos revelaram, de modo geral,
a imprecisão conceitual desses sujeitos no trato com o tema.
Como é que os Professores da disciplina de Português abordam a temática do
Género Gramatical na Escola Secundaria da Manga.
Objectivo geral:
Analisar o tratamento dos conteúdos sobre Género Gramatical por parte dos
professores da Escola Secundaria da Manga.
Objectivos Específicos:
Identificar o problema da falta de tratamento sobre o Género Gramatical por
parte dos professores da Escola Secundaria da Manga;
Explicar a temática do Género Gramatical aos Professores da Escola Secundaria
da Manga;
Mencionar as categorias do Género Gramatical usados pelos professores de
Português na Escola Secundaria da Manga.
Hipóteses
Hipótese é o que se pretende demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente,
desde o ponto de partida. Muitas vezes, ocorre esta confusão, ao se tomar como hipótese
proposições já evidentes no âmbito referencial teórico ou da metodologia adotados. E,
nestes casos, não há mais nada a demonstrar, e não se chegará a nenhuma conquista e o
conhecimento não avança (SEVERINO, 2002, p. 161).
Metodologia de Pesquisa
A metodologia de pesquisa num planeamento deve ser entendida como o conjunto
detalhado e sequencial de métodos e técnicas científicas a serem executados ao longo da
pesquisa, de tal modo que se consiga atingir os objectivos inicialmente propostos e, ao
mesmo tempo, atender aos critérios de menor custo, maior rapidez, maior eficácia e
mais confiabilidade de informação (BARRETO; HONORATO, 1998).
Tipo de pesquisa
Pesquisa descritiva: Pesquisa descritiva tem por premissa buscar a resolução de
problemas melhorando as práticas por meio da observação, análise e descrições
objectivas, através de entrevistas com peritos para a padronização de técnicas e
validação de conteúdo. GIL (1991.p.18)
Estudo de Campo: De acordo com GIL (2008) o estudo de campo é aquele que procura
o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio de
observação directa das actividades do problema estudado e de entrevistas com
informantes para captar as explicações e interpretações do que ocorrem naquela
realidade.
Durante o estudo de campo a autora ira ao terreno para vivenciar o factos a observar
durante a leccionacao das aulas de Portugues e vera os problemas que os professores
tem na abordagem da tematica genero gramatical.
Métodos de Pesquisa
Método Bibliográfico: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos. Este método é relevante visto que
permitirá o autor na busca de algumas informações que possam sustentar a pesquisa.
THIOLLENT (1986 p.91). Entretanto a revisão bibliográfica consistira na recolha,
selecção e consulta de várias obras literárias que serviram de suporte teórico para a
abordagem do tema e para construir a fundamentação teórica.
Este metodo vai permitir com que a autora posso observar a lacunas deixadas pelos
professores acerca do genero gramatical durante as aulas.
Entrevista
A entrevista compreende o desenvolvimento de uma interação de significados em que as
características pessoais do entrevistador e do entrevistado influenciam decisivamente
em seu curso: “A entrevista nasce da necessidade que o investigador tem de conhecer o
sentido que os sujeitos dão aos seus atos e o acesso a esse conhecimento profundo e
complexo é proporcionado pelos discursos enunciados pelos sujeitos.” (AIRES, 2015, p.
29).
Meses 2020
5.Orçamento
Bibliografia
AIRES, L. Paradigma qualitativo e práticas de investigação educacional. Lisboa:
Universidade Aberta, 2015
GIL, António Carlos, Como elaborar projectos de pesquisas. 4ª Edição, São Paulo:
Atlas 2008.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MICHAEL, Johnson, Técnicas de recolha de dados numa pesquisa, 2 ed, Gren Editora,
2005.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl.
de acordo com a ABNT. São Paulo: Cortez, 2002.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa -acção. 2a. ed. São Paulo: Cortez,
1986.