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Resumo
*
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade da Universidade
Federal de Santa Catarina, PGAU Cidade - UFSC.
Palavras-chave: Planejamento Estratégico, Centro Urbano, Apropriação Espacial.
Introdução
A crise do modelo fordista fez com que o sistema capitalista buscasse novas formas de
restabelecer seu processo acumulativo. A transição para um novo processo de produção se
deu com a "rápida implantação de novas formas organizacionais e de novas tecnologias
produtivas" (HARVEY, 2004, p.257). Ainda segundo Harvey, "a flexibilidade dos processos
de trabalho, dos mercados, dos produtos e padrões de consumo" caracterizam este novo
processo de produção, que é chamado de acumulação flexível.
Característica deste novo processo e grande responsável pelas transformações sobre as
práticas político-econômicas e sobre as relações sociais e culturais é o fenômeno que Harvey
identifica como a "compressão do tempo-espaço",
1
VAINER, Carlos. Pátria, Empresa e Mercadoria: Notas sobre a estratégia discursiva do Planejamento
Estratégico Urbano. ARANTES, Otília; VAINER, Carlos; MARICATO, Ermínia. A Cidade do Pensamento
Único. 5ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
A Nova Ordem Cultural Global
FERRARA, Lucrécia. Do Mundo como Imagem à Imagem do Mundo. In: SANTOS, M; SOUZA, M. A. A. de;
SILVEIRA, M. L. (Org.). Território: Globalização e Fragmentação. 5. ed. São Paulo: Hucitec,
Annablume/ANPUR, 2002.
3
ZUKIN, Sharon. Paisagens do Século XXI: Notas sobre a mudança social e o espaço urbano. In: ARANTES,
A. A.(Org.). O Espaço da Diferença. Campinas, SP: Papirus, 2000.
e a apropriação social e cultural do sítio histórico em mera apropriação visual de uma
"Paisagem Espetacularizada", como denomina LEITE (2010), e fortemente atrelada à
finalidade do consumo cultural.
4
MOTTA, Lia. A Apropriação do Patrimônio Urbano: Do estético-estilístico nacional ao consumo visual global.
In: ARANTES, A. A.(Org.). O Espaço da Diferença. Campinas, SP: Papirus, 2000.
5
Idem.
6
O mesmo autor se refere à esta nova paisagem construída como a "Espetacularização da Cultura".
Observa-se a profusão das imagens dos novos centros históricos como cenários
pictóricos, onde se implementam leis municipais de tombamento de fachadas, incentivos e
parcerias público-privadas para a pintura e conservação das mesmas. A presença de
iluminação cenográfica nos grandes edifícios referenciais, que acentuam sua
monumentalidade arquitetônica, também contribui para a formação da nova imagem
(paisagem) urbana. As alterações no uso e apropriação deste espaço central encerram a
constituição da nova identidade urbana.
7
ARANTES, Otília. Uma Estratégia Fatal: A cultura nas novas gestões urbanísticas. In: ARANTES, Otília;
VAINER, Carlos; MARICATO, Ermínia. A Cidade do Pensamento Único. 5ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
ao vernacular assume uma perspectiva de ambos. Em segundo lugar, a imposição
de sua visão - convertendo o vernacular em paisagem - conduz a um processo
material de apropriação espacial (ZUKIN, 1991).8
Considerações Finais
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ZUKIN, Sharon. Paisagens Urbanas Pós-Modernas: Mapeando Cultura e Poder. In: ARANTES, A. A.(Org.).
O Espaço da Diferença. Campinas, SP: Papirus, 2000.
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Referências
HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. 13 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
ZUKIN, Sharon. Paisagens do Século XXI: Notas sobre a mudança social e o espaço urbano.
In: ARANTES, A. A.(Org.). O Espaço da Diferença. Campinas, SP: Papirus, 2000.