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ÍNDICE
1- Objetivo
2- Âmbito de Aplicação
3- Meio Ambiente
4- Normas e Documentos de Referência
5- Definições
6- Condições Gerais
6.1- Apresentação de Propostas e Aprovação de Documentos
6.2- Informações Sobre o Tratamento
6.3- Características e Espécies
6.4- Preparação e Exigência de Fabricação
6.4.1- Preservativo
6.4.2- Fabricação
6.4.3- Corte
6.4.4- Sazonamento
6.4.5- Pré-tratamento
6.4.6- Separação
6.4.7- Furos e entalhes
6.4.8- Forma e Acabamento
6.4.9- Defeitos
6.4.10- Tratamento Preservativo
6.4.10.1- Processo de Preservação
6.4.10.2- Tipos de Preservativo
6.4.11- Maturação
6.4.12- Fechamento de orifício
6.5- Certificado
6.6- Identificação
6.7- Armazenamento
6.8- Acondicionamento
7- Condições Específicas
7.1- Teor de Umidade
1. FINALIDADE
Esta Especificação estabelece os requisitos mínimos exigíveis para o fornecimento de
cruzetas de madeira, preservadas e não preservadas (puro cerne), destinadas às redes
de distribuição de energia elétrica das distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Piratininga,
RGE – Rio Grande Energia e CPFL Jaguariúna (CPFL Jaguari, CPFL Mococa, CPFL
Leste Paulista e CPFL Sul Paulista).
2. AMBITO DE APLICAÇÃO
Departamento de Engenharia e Planejamento;
Departamento de Serviços de Rede das regiões;
Departamento de Gestão de Ativos das regiões;
Departamento de Planejamento de Suprimentos;
Departamento de Qualificação de Materiais e Fornecedores
Departamento de Compras
3. MEIO AMBIENTE
Em todas as etapas da fabricação das cruzetas, deve ser rigorosamente cumprida a
legislação ambiental, especialmente os instrumentos legais listados no item 4, e as
demais legislações estaduais e municipais aplicáveis.
5. DEFINIÇÕES
Agentes Biológicos: são organismos (fungos e insetos) xilófagos que atacam a
madeira, comprometendo a sua durabilidade.
Alburno: parte externa do tronco de uma árvore que geralmente se distingue da parte
interna, pela sua cor mais clara. Normalmente, o alburno contém substâncias de
reserva (como, por exemplo, o amido) e é permeável a passagem de líquidos.
Apodrecimento: é a decomposição da matéria que forma a madeira, causada pela ação
destruidora de alguns fungos, reconhecida pela deterioração da madeira que se
apresenta fraca, esponjosa, filamentosa, gretada e descorada.
Chanfro ou Bisel: arredondamento das quatro arestas, no sentido longitudinal da
cruzeta.
Casca: todos os tecidos que ficam por fora do cilindro do lenho das árvores.
Carga de Ruptura: carga que provoca a ruptura da peça em uma seção transversal. A
ruptura é definida pela carga máxima indicada no aparelho de medida dos esforços,
carregando-se a peça de modo contínuo e crescente.
Cerne: parte do lenho constituída por camadas internas que, na árvore em
crescimento, cessaram de conter células vivas e cujas substâncias de reserva (como,
por exemplo, o amido) foram consumidas ou transformadas em outras peculiares do
cerne.
Cruzeta: peça de madeira de eixo sensivelmente retilíneo, sem emendas, destinada a
suportar condutores e equipamentos de redes aéreas de distribuição de energia
elétrica.
Cruzeta Preservada: aquela cujo alburno contém preservativo em quantidade suficiente
para protegê-la dos agentes biológicos.
Curvatura: desvio de direção do eixo da cruzeta.
Durabilidade: propriedade da madeira em resistir, em maior ou menor grau, ao ataque
de agentes biológicos, sob condição normal de uso.
Empilhamento: operação de dispor as cruzetas em determinadas formas, para
secagem ou armazenamento.
Entalhe: corte de superfície plana localizado na face da cruzeta e normal aos furos.
Fenda: separação do tecido lenhoso, ao longo das fibras longitudinais da madeira,
nitidamente visível em uma face ou ambas as faces opostas, e nesse caso denominada
fenda diametral.
Furos: abertura cilíndrica e perpendicular ao eixo longitudinal da cruzeta, passando
pelo eixo e destinada à fixação de materiais, equipamentos e cabos.
6. CONDIÇÕES GERAIS
6.1- Apresentação de propostas e aprovação de documentos
O fornecedor deverá enviar, juntamente com a proposta, ao dados técnicos
relacionados no Anexo C.
As propostas devem conter claramente as seguintes informações mínimas, conforme
modelo do Anexo C:
a) Referência a esta Especificação;
b) Espécie de madeira a ser fornecida;
c) Tipo de tratamento e preservativo utilizados (quando aplicável);
d) Relação de subfornecedores de qualquer natureza e comprovação de que atendem
à legislação ambiental;
e) Cópia dos documentos comprovatórios do cumprimento da legislação;
f ) Métodos de descarte recomendados, para as cruzetas inutilizadas, em
conformidade com a legislação ambiental brasileira;
g) Disponibilidade do proponente e as condições para receber de volta as cruzetas de
sua fabricação (e de outros fabricantes), quando inutilizadas ou com a vida útil
terminada.
6.4.2- Fabricação
6.4.2.1- Preparação para o Tratamento Preservativo
6.4.2.1.1- Toda cruzeta colocada na usina de preservação de madeiras, que provenha
de órgão de recebimento do comprador ou diretamente do fornecedor, deve ser
inspecionada no pátio de recebimento de acordo com esta Especificação e com
a Norma NBR 8458, no que não estiver em conflito com esta, sendo separadas
nos seguintes grupos:
a.) Em perfeitas condições;
b.) Rejeitadas para o uso em redes de distribuição.
6.4.2.1.2- O grupo considerado em perfeitas condições deve ser logo separado, e em
seguida passado à secagem.
6.4.3- Corte
As cruzetas devem ser obtidas através do corte de árvores vivas, retas e sãs.
6.4.4- Sazonamento
As cruzetas devem, antes da aplicação do preservativo, ser submetidas ao
processo de sazonamento de acordo com a NBR-8456 ou outro processo que
comprove a sua eficácia.
6.4.5- Pré-tratamento
6.4.5.1- Quando a agressividade biológica exigir, a cruzeta de madeira deve receber
preservação profilítica (pré-tratamento), em todas as faces, que contenham
alburno, imediatamente após sua obtenção e periodicamente, em função do
regime de chuvas, tipo de pilhas e período de estocagem, até, que atinjam o teor
de umidade previsto no item 7.1 em torno do ponto de saturação das fibras.
6.4.5.2- O pré-tratamento é particularmente recomendável quando as condições do
pátio de secagem forem favoráveis ao ataque de insetos e fungos.
6.4.6- Separação
As cruzetas devem ser separadas, sempre que possível, em grupos de mesma
espécie, ou de espécies com permeabilidades semelhantes ao tratamento
preservativo, mesma forma, dimensões, teor de umidade e estar adequadamente
reunidas de modo a propiciar uniformidade dos índices de retenção.
6.4.9- Defeitos
As cruzetas devem ser isentas dos seguintes defeitos:
a.)Sinais de ataque de agentes biológicos;
b.)Avarias provenientes do corte ou transporte;
c.) Fraturas transversais;
d.)Orifícios, pregos, cavilhas ou quaisquer peças metálicas não especificamente
autorizadas;
e.)Sinuosidade em qualquer trecho;
f.) Rachas;
g.)Fibras reversas.
h.)Curvaturas;
i.) Depressões acentuadas;
j.) Fendas;
k.) Veios inclinados ou espiralados;
l.) Bolsa de Resina;
m.) Nós ou orifícios de nós em qualquer trecho;
6.5- Certificado
A usina de preservação de madeiras deve fornecer certificado que indique:
a.) Espécie botânica da cruzeta de madeira preservada;
b.) Resultados obtidos nos ensaios previstos no item 10.3.
6.6- Identificação
As cruzetas devem apresentar em uma de suas extremidades laterais a seguinte
identificação de forma legível e indelével, a ser gravada em baixo relevo em placa de
alumínio anodizado ou por gravação à fogo direto na cruzeta, conforme Anexo D:
a.) Nome ou marca do fornecedor;
b.) Mês e ano de fabricação;
c.) Espécie da madeira (abreviatura conforme Anexo A);
d.) Tipo de preservativo utilizado, quando aplicável.
Nota: Quando em placa de alumínio anodizado, a fixação da mesma deverá ser feita
com pregos galvanizados.
6.7- Armazenamento
As cruzetas devem ser empilhadas a pelo menos 400 mm acima do solo, sobre apoios
de metal, concreto ou madeira preservada, de maneira que as mesmas não
apresentem flechas devido ao seu peso próprio. A estocagem deve ser feita de
maneira que permita ventilação entre as peças, à sombra e em local livre de vegetação
e detritos, por um período de 15 dias para melhor retenção e acomodação do
preservativo, após o que devem ser liberadas para serem submetidas aos ensaios de
penetração e retenção.
6.8- Acondicionamento
A cruzeta deverá ser embalada conforme orientação e acondicionada conforme NBR
8458.
7. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
7.1- Teor de umidade
7.1.1- Cruzetas de madeira não preservada: o teor de umidade médio de um lote não
deve ser superior a 20%.
7.1.2- Cruzeta de madeira preservada: o teor de umidade médio de um lote a ser
submetido ao tratamento preservativo não deve ser superior a 25%.
7.1.3- Para qualquer cruzeta de madeira, individualmente, admite-se um acréscimo de
2% no índice estabelecido.
8. GARANTIA
8.1- A aceitação do pedido pelo fornecedor implica na aceitação incondicional de todos
os requisitos desta Especificação.
8.2- A cruzeta de madeira não preservada (puro cerne) deve ter garantia contra
qualquer falha das unidades do lote fornecido, independente dos resultados da
inspeção realizada pela concessionária no recebimento, por um período de 36
(trinta e seis) meses a partir da data de fabricação ou 24 (vinte e quatro) meses a
partir da data de entrega, sendo sempre o que ocorrer por último.
8.3- A cruzeta de madeira preservada deve ter garantida contra qualquer falha das
unidades do lote fornecido, independente dos resultados da inspeção realizada
pela concessionária no recebimento, por um período de 15 (quinze) anos,
contados a partir da data de preservação, observando-se as seguintes condições:
a.)Admite-se, no decorrer, dos primeiros cinco anos de garantia, uma falha total
de 1%;
b.)Do 6º ao 10º ano, admite-se 1% de falhas para cada período de 1 (um) ano,
acumulando-se, no máximo, 6% de falhas no fim do 10º ano;
c.) Do 11º ao 15 º ano, admite-se 2% de falhas para cada período de 1 (um) ano,
acumulando-se, no máximo, 16% de falhas permitidas no fim do período de
garantia (15 anos).
8.3.1- Considera-se falha, para efeito dessa garantia, o ataque de fungos
(apodrecimento), térmitas ou qualquer outro organismo xilófago, no alburno ou
cerne, exigindo-se, nesse caso, a troca da cruzeta. Para constatar as falhas, são
aplicáveis as diretrizes da Norma AWPA M13.
9. RETRATAMENTO
As cruzetas de madeira preservada que não atendam as exigências de penetração e
retenção requeridas nesta Especificação podem ser submetidas a um novo tratamento,
desde que não seja tratada por mais de três vezes.
10. INSPEÇÃO
10.1- Generalidades
10.1.1- Todos os ensaios devem, obrigatoriamente, ser realizados nas instalações do
fornecedor, na presença de inspetor(es) da concessionária.
10.1.2- A concessionária se reserva o direito de enviar inspetor(es) devidamente
credenciado(s) para assistir(em) as inspeções e a quaisquer das fases de
preparação, especialmente a inspeção geral e os ensaio.
10.1.3- O fornecedor deve dispor, para execução dos ensaios, de pessoal e
aparelhagem, próprios ou contratados (desde que aprovados pela
concessionária). Fica assegurada ao(s) inspetor(es) da concessionária, o direito
de familiarizar-se em detalhes com as instruções ou equipamentos usados,
estudar sua instruções e desenhos e verificar as aferições dos aparelhos. É
assegurado também, o direito de acompanhar as inspeções e os ensaios, conferir
resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e exigir a repetição de
qualquer ensaio.
10.1.4- O fornecedor deve comunicar a concessionária, com 15 (quinze) dias de
antecedência, a data em que as cruzetas estiverem prontas para inspeção.
10.1.5- O fornecedor deve apresentar ao(s) inspetor(es) da concessionária certificados
de aferição dos instrumentos de seu laboratório, ou do laboratório contratado, a
10.3- Ensaios
Ensaios de Recebimento
Nota:
Os dois esforços (P) devem ser iguais e aplicados simultaneamente em cada face da
cruzeta com velocidade máxima de aplicação de 2 cm/min. Deverão ser ensaiadas as
quatro faces da cruzeta não simultaneamente e as flechas medidas em ambos os topos
da cruzeta.
10.4.9- Condições de Recebimento
Os ensaios previstos em 8.3.4 devem ser realizados 15 dias após o tratamento
preservativo para cruzetas de madeira preservada.
Empresa Colaborador
CPFL Paulista Marcelo de Moraes
CPFL Piratininga Carlos Alberto Andrade Cavalcante
RGE Olavo Arndt
CPFL Jaguariúna Carlos Eduardo Pansiera Persinoti
Alterações efetuadas:
Versão Data da versão
Alterações em relação à versão anterior
anterior anterior
Unificação da especificação para a CPFL Paulista, CPFL
1.2 24/09/2003
Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE.
2.0 09/08/2007 Retiradas as espécies PIQUIÁ, PIQUIARANA e PIQUI-
VINAGREIRO.
- Inclusão do nome científico das espécies;
2.1 17/10/2008 - Exclusão das espécies ACHUARANA, ANGELIM AMARGOSO,
ARAÇA-DA-MATA, COBI, FAIA, IMBIRIBA, INHUÍBA-DO-REGO,
ITAUVA, MAÇARANDUBA-DE-LEI e ÓLEO-PARDO.
2. Subfornecedor
3. Legislação Ambiental
4. Reciclagem
60±5
60±5