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LÍNGUA

PORTUGUESA
FRENTE A | CAPÍTULO 01

1. INTERPRETAÇÃO: 1.1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

OS TEXTOS LITERÁRIOS apresentam uma função estética.


TEXTOS Geralmente são escritos em linguagem expressiva e poética,
com o objetivo de atrair o interesse e emocionar o leitor. O
autor segue um determinado estilo e usa as palavras de forma
harmoniosa para expressar as suas ideias. Há uma predominância
da função poética e da linguagem conotativa (subjetiva). São

PORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 01


exemplos de textos literários: romances, poesias, contos,
novelas, textos sagrados etc.

Ex:

É ideal saber que ler, na verdade, é dar sentido à


vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer
texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo,
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. OS TEXTOS NÃO-LITERÁRIOS possuem função utilitária ao
É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se na arte de informar e explicar ao leitor de forma clara e objetiva. São textos
pensar, de captar ideias, de investigar as palavras. informativos sem preocupação estética. Há uma predominância
da função referencial e da linguagem denotativa (objetiva).
São exemplos de textos não-literários: notícias e reportagens
jornalísticas, textos científicos e didáticos etc.
O que é texto?
Ex:

TEXTO  é um  conjunto de palavras e frases  encadeadas que


formam ideias organizadas e relacionadas entre si, originando
um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa
(capacidade de codificar e decodificar).
Para que se possa compreender bem um texto, deve-se
considerar o contexto ( social, cultural, estético, político) no qual
ele (texto) está inserido.

CLASSIFICAÇÃO DO TEXTO
• LITERÁRIO CONTEXTO: é o conjunto de elementos físicos ou situacionais
que ajudam o receptor da mensagem a compreendê-la. Elementos
•NÃO-LITERÁRIO como a realidade sócio-cultural de emissor/receptor, lugar de
onde se fala, para quem se fala, como se fala etc. Por isso que uma
palavra ou frase não deve ser analisada de forma isolada, mas sim
Mas, afinal, o que é um considerando o contexto original no qual ela foi inserida.
texto literário?
O que distingue um texto INTERTEXTO: são referências diretas ou indiretas a outros
literário de um texto não autores presentes no texto, através de citações.
literário?
COMPREENSÃO: consiste em analisar o que realmente está
escrito, coletando dados do texto.

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1. INTERPRETAÇÃO:
PORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 01 1.1 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: é saber o que se conclui após


a análise do texto. O primeiro objetivo de uma interpretação ATENÇÃO!
de texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí,
localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as NORMALMENTE, NUMA PROVA, O CANDIDATO É
argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento CONVIDADO A:
das questões apresentadas na prova.
• IDENTIFICAR: é reconhecer os elementos
fundamentais de uma argumentação, de um processo,
de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e
os advérbios, os quais definem o tempo).

• COMPARAR: é descobrir as relações de semelhança


ou de diferenças entre as situações do texto.

• COMENTAR: é relacionar o conteúdo apresentado


com uma realidade, opinando a respeito.
PORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 01

• RESUMIR: é concentrar as ideias centrais e/ou


secundárias em um só parágrafo.

• PARAFRASEAR: é reescrever o texto com outras


palavras.

INTERPRETAR x COMPREENDER
REVISÃO NA PLATAFORMA
INTERPRETAR COMPREENDER
SIGNIFICA ... SIGNIFICA... AULAS 05
Explicar, comentar, julgar, Intelecção, entendimento, atenção
ao que realmente está escrito. 1 INTERPRETAÇÃO DE
Tirar conclusões, deduzir. TEXTO
Tipos de enunciados: 1.1 INTERPRETAÇÃO
Tipos de enunciados
DE TEXTO
• o texto diz que...
• através do texto, infere-se que... • É sugerido pelo autor que...
• É possível deduzir que... • De acordo com o texto, é correto
APOSTILAS EXERCÍCIOS ONLINE
1 resumo + 40 questões 30 questões
• O autor permite concluir que... afirmar... CAIU NO ENEM
• Qual é a intenção do autor ao • O narrador afirma... 377 questões
afirmar que...

CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRE-


QUESTÕES VESTIBULAR
TAR
Fazem-se necessários:
QUESTÃO 01
• Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática; (UERJ) “Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. O incrível
Hulk é um abacate.”
• Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio
e semântico;  errado ou inadequado que nos leva a conclusões falsas ou
improcedentes. O último parágrafo do texto é um exemplo de
• Capacidade de observação e de síntese; sofisma, considerando que, da constatação de que todo abacate
é verde, não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde.
• Capacidade de raciocínio.
Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento:
DOMÍNIOS DE LEITURA
A enumeração incorreta.
Identificação e recuperação de informação: habilidades que B generalização invertida.
envolvem reconhecimento literal. É ler nas linhas. C representação imprecisa.
D exemplificação inconsistente.
Compreensão e interpretação: habilidades que envolvem
inferência de segmentos do texto. É ler entre as linhas. QUESTÃO 02
Reflexão: habilidades que envolvem avaliação e julgamento. É (ETEC) “Em um mundo marcado por conflitos em diferentes
ler por trás das linhas. regiões, as operações de manutenção da paz das Nações
Unidas são a expressão mais visível do compromisso solidário

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da comunidade internacional com a promoção da paz e da exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de
segurança.Embora não estejam expressamente mencionadas na novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei
Carta da ONU, elas funcionam como instrumento para assegurar ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens,
a presença dessa organização em áreas conflagradas, de modo a desde o início do ano!
incentivar as partes em conflito a superar suas disputas por meio Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples.
pacífico – razão pela qual não devem ser vistas como forma de Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para
intervenção armada.” entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que
tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o
Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de que a maioria das pessoas acaba fazendo!
operações de paz. Em 2004, foi criada pelo Conselho de Segurança Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado
da ONU a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti
(Minustah). Livro do escritor russo Liev Tolstói, com mais de mil páginas e
centenas de personagens, é considerada uma das maiores obras
De acordo com o texto, essa missão foi criada para da história da literatura.Pelos comentários feitos pelo narrador,
pode-se concluir corretamente que
A  restabelecer a segurança e normalidade institucional do
Haiti após sucessivos episódios de turbulência política e de A  a leitura de obras-primas da literatura é atividade mais
violência, que marcaram esse país no início do século XXI. produtiva do que utilizar celulares e computadores.
B  atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, B  os manuais cujas diversas instruções os usuários não
que usavam mão de obra infantil nas minas onde esse minério conseguem compreender e pôr em prática são improdutivos.
é encontrado. C  a vendedora foi convincente, pois o narrador comprou o
C  combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, celular, embora duvidasse das qualidades prometidas pelo
que a partir do Haiti distribuía drogas para todos os países da aparelho.
América Latina. D  o manual sobre computadores, ao contrário de outros do
D  acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois gênero, cumpria a promessa assumida nos dizeres impressos
esse país era o principal responsável pela poluição ambiental na capa.
no Caribe. E  os jovens deveriam ensinar computação aos mais velhos, pois,
E  extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que dessa forma, estes últimos entenderiam as funções básicas do
utilizava esse tipo de mão de obra nas plantações de soja e equipamento.
trigo.
QUESTÃO 04
QUESTÃO 03
(Fuvest) A essência da teoria democrática é a supressão de
(FATEC) Leia o texto para responder às questões. qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na
crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos,
O labirinto dos manuais políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é,
pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser
prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim,
pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das
para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais
decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais
funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis
O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um a todos.
labirinto de instruções! Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só
aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo
chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era “chamadas” indica que o autor
o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de A  vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica
curioso. da sociedade.
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O B  considera utópicos os objetivos dessas ciências.
único problema é que agora não consigo botar a campainha de C  prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências
volta! sociais”.
Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa D  discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido E  utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.
e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou
seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um QUESTÃO 05
supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página
20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, (UNESP)
dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo
Guerra e Paz*? Texto I
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microndas ficou
difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não
própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência
emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente
simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste

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lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação
como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao aos usuários da internet:
contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar,
e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, A  proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do
qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, processo.
se chegarmos ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam B  configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes
serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os comprovados.
quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, C  emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de
Éaco e Triptolemo, e tantos outros deuses e semideuses que acusados.
foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se D  apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam
fazer pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para dados concretos.
conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero?
Platão. Apologia de Sócrates, 2000. QUESTÃO 07
Texto II (UEA) E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico
senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo
Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1,
possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do mundo a variedade
versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.
primeiro carro funerário customizado da América Latina. A Quincas Borba, 1992.
mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro
com oito metros de comprimento e 2 340 kg, três metros e 540 ¹ polca: tipo de dança.
kg além da original. O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na 2
sarabanda: tipo de dança.
já imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito
a pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas De acordo com o narrador,
do capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado.
Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para A  os erros do passado não afetam o presente.
familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto B  a existência é marcada por antagonismos.
dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz C  a sabedoria está em perseguir a felicidade.
parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do D  cada instante vivido deve ser festejado.
cortejo no Funeral Car 300C, serviços como violinistas e revoada E  os momentos felizes são mais raros que os tristes.
de pombas brancas no enterro.
Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010. QUESTÃO 08
Confrontando o conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que Das irmãs

A  embora os dois textos transmitam concepções divergentes os meus irmãos sujando-se


acerca da morte, eles tratam de visões concernentes à mesma na lama
época, a saber, a sociedade atual. e eis-me aqui cercada
B  sob o ponto de vista filosófico, não há diferenças qualitativas de alvura e enxovais
entre uma e outra concepção sobre a morte.
C  os comentários do texto grego sobre a morte são coerentes eles se provocando e provando
com uma filosofia de forte valorização do corpo em detrimento do fogo
da alma, e do mundo sensível sobre o mundo inteligível. e eu aqui fechada
D  o texto de Platão evidencia uma cultura monoteísta, enquanto provendo a comida
que o segundo é politeísta.
E  enquanto no primeiro texto transparece a dignidade eles se lambuzando e arrotando
metafísica da morte, no segundo sugere-se a conversão do na mesa
funeral em espetáculo da sociedade de consumo. e eu a temperada
servindo, contida
QUESTÃO 06
os meus irmãos jogando-se
(UERJ) na cama
e eis-me afiançada
por dote e marido
QUEIROZ, S. O sacro ofício. Belo Horizonte: Comunicação, 1980.

O poema de Sonia Queiroz apresenta uma voz lírica feminina


que contrapõe o estilo de vida do homem ao modelo reservado à
mulher. Nessa contra posição, ela conclui que

A  a mulher deve conservar uma assepsia que a distingue de


homens, que podem se jogar na lama.
A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala B  a palavra “fogo” é uma metáfora que remete ao ato de cozinhar,
a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tarefa destinada às mulheres.
tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. C  a luta pela igualdade entre os gêneros depende da ascensão
financeira e social das mulheres.

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D  a cama, como sua “alvura e enxovais”, é um símbolo da E  rebate o enfoque dado ao tema pela reportagem, lançando
fragilidade feminina no espaço doméstico. novas ideias.
E  os papéis sociais destinados aos gêneros produzem efeitos e
graus de autorrealização desiguais. QUESTÃO 11
QUESTÃO 09 A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro resultado
multiplicar em enormes proporções tanto a massa das notícias
O sedutor médio que circulam quanto as ocasiões de sermos solicitados por elas.
Os profissionais têm tendência a considerar esta inflação como
Vamos juntar automaticamente favorável ao público, pois dela tiram proveito
Nossas rendas e e tornam-se obcecados pela imagem liberal do grande mercado
expectativas de vida em que cada um, dotado de luzes por definição iguais, pode fazer
querida, sua escolha em toda liberdade. Isso jamais foi realizado e tende
o que me dizes? a nunca ser. Na verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores,
Ter 2, 3 filhos mesmo se se abandonam a sua bulimia*, não são realmente
e ser meio felizes? nutridos por esta indigesta sopa de informações e sua busca
VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva. 2002. finaliza em frustração. Cada vez mais frequentemente, até, eles
ressentem esse bombardeio de riquezas falsas como agressivo e
No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a presença de se refugiam na resistência a toda ou qualquer informação.
posições críticas O verdadeiro problema das sociedades pós -industriais não é a
penúria**, mas a abundância. As sociedades modernas têm a sua
A  nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de disposição muito mais do que necessitam em objetos, informações
vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais, o e contatos. Ou, mais exatamente, disso resulta uma desarmonia
que faz do casamento uma convenção benéfica. entre uma oferta, não excessiva, mas incoerente, e uma demanda
B  na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da que, confusamente, exige uma escolha muito mais rápida a
sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do absorver. Por isso os órgãos de informação devem escolher,
adjetivo \”médio\” no título e do advérbio \”meio\” no verso uma vez que o homem contemporâneo apressado, estressado,
final. desorientado busca uma linha diretriz, uma classificação mais
C  no verso \”e ser meio felizes?\”, em que \”meio\” é sinônimo de clara, um condensado do que é realmente importante.
metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se
sentiria realizado. (*) fome excessiva, desejo descontrolado.
D  nos dois primeiros versos, em que \”juntar rendas\” indica que (**) miséria, pobreza.
o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e almeja os VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa: Armand Colin, 1975 (adaptado).
rendimentos da mulher.
E  no título, em que o adjetivo \”médio\” qualifica o sujeito poético Com o uso das novas tecnologias, os domínios midiáticos
como desinteressante ao sexo oposto e inábil em termos de obtiveram um avanço maior e uma presença mais atuante
conquistas amorosas. junto ao público, marcada ora pela quase simultaneidade das
informações, ora pelo uso abundante de imagens. A relação entre
QUESTÃO 10 as necessidades da sociedade moderna e a oferta de informação,
segundo o texto, é desarmônica, porque
Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor,
feitas diante de Deus, serem quebradas por traição, interesses A  o jornalista seleciona as informações mais importantes antes
financeiros e sexuais. Casais se separam como inimigos, quando de publicá-las.
poderiam ser bons amigos, sem traumas. Bastante interessante B  o ser humano precisa de muito mais conhecimento do que a
a reportagem sobre separação. Mas acho que os advogados tecnologia pode dar.
consultados, por sua competência, estão acostumados a tratar C  o problema da sociedade moderna é a abundância de
de grandes separações. Será que a maioria dos leitores da informações e de liberdade de escolha.
revista tem obras de arte que precisam ser fotografadas antes D  a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm para
da separação? Não seria mais útil dar conselhos mais básicos? digerir a quantidade de informação disponível.
Não seria interessante mostrar que a separação amigável não E  a utilização dos meios de informação acontece de maneira
interfere no modo de partilha dos bens? Que, seja qual for o desorganizada e sem controle efetivo.
tipo de separação, ela não vai prejudicar o direito à pensão dos
filhos? Que acordo amigável deve ser assinado com atenção, pois QUESTÃO 12
é bastante complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são
dicas que podem interessar ao leitor médio.
Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).

O texto foi publicado em uma revista de grande circulação na


seção de carta do leitor. Nele, um dos leitores manifesta-se
acerca de uma reportagem publicada na edição anterior. Ao fazer
sua argumentação, o autor do texto

A  faz uma síntese do que foi abordado na reportagem.


B  discute problemas conjugais que conduzem à separação.
C  aborda a importância dos advogados em processos de
separação.
D  oferece dicas para orientar as pessoas em processos de
separação.
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PORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 01 EXERCÍCIOS

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação você escolhestes a mim para tratar de senhor, é bem de ver que
de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha
ilustração, a frase proferida recorre à testa e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí; o
território onde eu mando é no país do tempo que foi. Essa palavra
A  polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede \”senhor\”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frio
social” para transmitir a ideia que pretende veicular. e triste.
B  ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
C  homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa
da população pobre e o espaço da população rica. tristeza; mas também não era a vez primeira.
D  personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991.
rico.
E  antonímia para comparar a rede mundial de computadores A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém
com a rede caseira de descanso da família. geralmente considera as situações específicas de uso social. A
violação desse princípio causou um mal-estar no autor da carta.
QUESTÃO 13 O trecho que descreve essa violação é:

Com o texto eletrônico, enfim, parece estar ao alcance de nossos A  “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nós
olhos e de nossas mãos um sonho muito antigo da humanidade, um muro frio e triste.”
que se poderia resumir em duas palavras, universalidade e B  “A única nobreza do plebeu está em não querer esconder a sua
interatividade. condição.”
C  “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha
As luzes, que pensavam que Gutenberg tinha propiciado aos testa.”
homens uma promessa universal, cultivavam um modo de utopia. D  “O território onde eu mando é no país do tempo que foi.”
Elas imaginavam poder, a partir das práticas privadas de cada um, E  “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mas
construir um espaço de intercâmbio crítico das ideias e opiniões. também não era a vez primeira.”
O sonho de Kant era que cada um fosse ao mesmo tempo leitor
e autor, que emitisse juízos sobre as instituições de seu tempo, QUESTÃO 15
quaisquer que elas fossem e que, ao mesmo tempo, pudesse
refletir sobre o juízo emitido pelos outros. Aquilo que outrora A substituição do haver por ter em construções existenciais,
só era permitido pela comunicação manuscrita ou a circulação no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais
dos impressos encontra hoje um suporte poderoso com o texto característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao
eletrônico. que já ocorrera em relação à ampliação do domínio de ter na
CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Imprensa Oficial área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e
do Estado de São Paulo; Unesp, 1998.
Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute
a emergência de ter existencial, tomando por base a obra
No trecho apresentado, o sociólogo Roger Chartier caracteriza
pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos
o texto eletrônico como um poderoso suporte que coloca ao
quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências,
alcance da humanidade o antigo sonho de universalidade e
embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos
interatividade, uma vez que cada um passa a ser, nesse espaço de
clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como
interação social, leitor e autor ao mesmo tempo. A universalidade
verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e
e a interatividade que o texto eletrônico possibilita estão
anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.
diretamente relacionadas à função social da internet de
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela
A  propiciar o livre e imediato acesso às informações e ao um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que
intercâmbio de julgamentos.
respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É
B  globalizar a rede de informações e democratizar o acesso aos válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa
saberes.
forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos
C  expandir as relações interpessoais e dar visibilidade aos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
interesses pessoais. CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para
D  propiciar entretenimento e acesso a produtos e serviços. o passado. In: Cadernos de Letras da UFF, n. 36, 2008. Disponível em: www.uff.br.
E  expandir os canais de publicidade e o espaço mercadológico.
Para a autora, a substituição de \”haver\” por \”ter\” em diferentes
QUESTÃO 14 contextos evidencia que

Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos A  o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa
presentes o tratamento de você, se dirigiu ao autor chamando-o histórica.
“o senhor”: B  os estudos clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação
e a mudança na língua.
Senhora: C  a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua
fundamenta a definição da norma.
Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e D  a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada
cara triste, para vos dizer que senhor ele não é, de nada, nem de para os estudos linguísticos.
ninguém. E  os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão
da constituição linguística.
Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em
não querer esconder sua condição, e esta nobreza tenho eu.
Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis

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PORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 01 EXERCÍCIOS

QUESTÃO 16 com interlocutores variados.


E  no falso elogio à originalidade atribuída a esse personagem,
Verbo ser responsável por seu sucesso no aprendizado das regras de
linguagem da sociedade.
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor.
Que é ser? É ter um corpo, Um jeito, um nome? Tenho os três. E QUESTÃO 18
sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo
e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, Aquele bêbado
ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe
tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando –Juro nunca mais beber - e fez o sinal da cruz com os indicadores.
crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Acrescentou: – Álcool.
Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de
Esquecer. Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia Reclinada,
de Celso Antônio.
A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal –Curou-se 100% do vício - comentavam os amigos.
e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá. Morreu
têm origem de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do
sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-
A  no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções alcoólatras anônimos.
de ser autêntico e singular. ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.
B  na aceitação das imposições da sociedade seguindo a
influência de outros. A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo,
C  na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo da narrativa,
familiares. ocorre uma
D  no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por
seus antepassados. A  metaforização do sentido literal do verbo “beber”.
E  na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus B  aproximação exagerada da estética abstracionista.
pares. C  apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.
D  exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
QUESTÃO 17 E  citação aleatória de nomes de diferentes artistas

E como manejava bem os cordéis de seus títeres, ou ele mesmo, QUESTÃO 19


títere voluntário e consciente, como entregava o braço, as
pernas, a cabeça, o tronco, como se desfazia de suas articulações (UERJ) Porque a realidade é inverossímil
e de seus reflexos quando achava nisso conveniência. Também
ele soubera apoderar-se dessa arte, mais artifício, toda feita Escusando-me por repetir truísmotão martelado, mas movido
de sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, de pelo conhecimento de que os truísmos são parte inseparável
insolência e submissão, de silêncios e rompantes, de anulação e da boa retórica narrativa, até porque a maior parte das
prepotência. Conhecia a palavra exata para o momento preciso, a pessoas não sabe ler e é no fundo muito ignorante, rol no qual
frase picante ou obscena no ambiente adequado, o tom humilde incluo arbitrariamente você, repito o que tantos já dizem e
diante do superior útil, o grosseiro diante do inferior, o arrogante vivem repetindo, como quem usa chupetas: a realidade é, sim,
quando o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer muitíssimo mais inacreditável do que qualquer ficção, pois esta
situações equívocas, e armar intrigas das quais se saía sempre requer uma certa arrumação falaciosa, a que a maioria dá o nome
bem, e sabia, por experiência própria, que a fortuna se ganha de verossimilhança. Mas ocorre precisamente o oposto. Lê-se
com uma frase, num dado momento, que este momento único, ficção para fortalecer a noção estúpida de que há sentido, lógica,
irrecuperável, irreversível, exige um estado de alerta para a sua causa e efeito lineares e outros adereços que integrariam a vida.
apropriação. Lê-se ficção, ou mesmo livros de historiadores ou jornalistas,
RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo. Rio de Janeiro: GRD, 1963 (fragmento).
por insegurança, porque o absurdo da vida é insuportável para a
vastidão dos desvalidos que povoa a Terra.
João Ubaldo Ribeiro – Diário do Farol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do
personagem no manejo de discursos diferentes segundo a
posição do interlocutor na sociedade. A crítica à conduta do O título do texto soa contraditório, se a verossimilhança for
personagem está centrada tomada como uma semelhança com o mundo real, com aquilo
que se conhece e se compreende.
A  na imagem do títere ou fantoche em que o personagem acaba
por se transformar, acreditando dominar os jogos de poder na Essa contradição se desfaz porque, na interpretação do autor,
linguagem. a ficção organiza elementos da vida, enquanto a realidade é
B  na alusão à falta de articulações e reflexos do personagem, considerada como:
dando a entender que ele não possui o manejo dos jogos
discursivos em todas as situações. A  linear.
C  no comentário, feito em tom de censura pelo autor, sobre as B  absurda.
frases obscenas que o personagem emite em determinados C  estúpida.
ambientes sociais. D  falaciosa.
D  nas expressões que mostram tons opostos nos discursos
empregados aleatoriamente pelo personagem em conversas

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PORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 01 EXERCÍCIOS

QUESTÃO 20 ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica.


Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver
(UERJ) Língua e Linguagem: Com base na tira abaixo, responda e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a
à questão obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos
quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências,
embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos
clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como
verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e
anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela
um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que
respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É
válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa
forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos
e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para
No segundo quadro da tira, a minhoca se esconde para não ser o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008.
notada pelas cobras. Essa tentativa de desaparecimento da
personagem é enfatizada pelo uso do seguinte recurso: Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes
contextos evidencia que
A  caráter exclamativo de uma fala.
B  movimento conjunto das cobras. A  o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa
C  ausência da moldura do quadro. histórica.
D  presença de personagens distintos. B  os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e
a mudança na língua.
C  a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua
QUESTÕES ENEM fundamenta a definição da norma.
D  a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada
para os estudos linguísticos.
QUESTÃO 01 E  os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão
da constituição linguística.
(ENEM) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo,
Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, QUESTÃO 03
azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era
José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e (ENEM) Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua
nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens.
diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”,
federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira
múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro.
acervo inédito será digitalizada. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no
História Viva, n.° 99, 2011. sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas
e feijão.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de
e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que gordura por causa da gula, surge como marca da nova geração:
a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do
A  a digitalização dos textos é importante para que os leitores Programa não praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga
possam compreender seus romances. Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das
B  o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante voluntárias.
porque deixou uma vasta obra literária com temática Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma
atemporal. rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é novidade que os
C  a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer,
digitalização, demonstra sua importância para a história do endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da
Brasil Imperial. Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos
D  a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no
papel na preservação da memória linguística e da identidade cenário atual as doenças que viriam na velhice já são parte da
nacional. rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão
E  o grande romancista José de Alencar é importante porque se e diabete”, exemplifica Claudia.
destacou por sua temática indianista. DESGUALDO, P. Revista Saúde. http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012.

QUESTÃO 02 Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as


suas condições de saúde, as informações apresentadas no texto
(ENEM) A substituição do haver por ter em construções indicam que
existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos
processos mais característicos da história da língua portuguesa, A  a falta de atividade física somada a uma alimentação
paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de nutricionalmente desequilibrada constituem fatores

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PORTUGUÊS - FRENTE A - CAPÍTULO 01 EXERCÍCIOS

relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do
adolescentes. Programa não praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga
B  a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das
combinada com um maior consumo de alimentos ricos em voluntárias.
proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os
adolescentes. Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma
C  a maior participação dos alimentos industrializados e rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é novidade que os
gordurosos na dieta da população adolescente tem tornado obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer,
escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da
equilíbrio metabólico. Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos
D  a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no
os adolescentes advém das condições de alimentação, cenário atual as doenças que viriam na velhice já são parte da
enquanto que na população adulta os fatores hereditários são rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão
preponderantes. e diabete”, exemplifica Claudia.
E  a prática regular de atividade física é um importante fator DESGUALDO, P. Revista Saúde. http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012.
de controle da diabetes entre a população adolescente, por
provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica. Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente
e as suas condições de saúde, as informações apresentadas
QUESTÃO 04 no texto indicam que

(ENEM) A  a falta de atividade física somada a uma alimentação


nutricionalmente desequilibrada constituem fatores
relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os
adolescentes.
B  a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos
combinada com um maior consumo de alimentos ricos em
proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os
adolescentes.
C  a maior participação dos alimentos industrializados e
gordurosos na dieta da população adolescente tem tornado
escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o
equilíbrio metabólico.
D  a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre
os adolescentes advém das condições de alimentação,
enquanto que na população adulta os fatores hereditários são
preponderantes.
E  a prática regular de atividade física é um importante fator
de controle da diabetes entre a população adolescente, por
provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica.

Os textos publicitários são produzidos para cumprir determinadas


funções comunicativas. Os objetivos desse cartaz estão voltados
GABARITO
para a conscientização dos brasileiros sobre a necessidade de

A  as crianças frequentarem a escola regularmente. VESTIBULARES ENEM


B  a formação leitora começar na infância.
C  a alfabetização acontecer na idade certa. 1 B 11 D 1 D
D  a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado.
E  as escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura. 2 A 12 A 2 E

3 B 13 A 3 A
QUESTÃO 05
4 E 14 A 4 B
(ENEM) Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
5 E 15 E 5 A
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua 6 C 16 A 6 D
parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens.
“Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, 7 B 17 A 7 •
observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira
8 E 18 A 8 •
de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro.
Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no 9 B 19 B 9 •
sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas
e feijão. 10 E 20 C 10 •

Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de


gordura por causa da gula, surge como marca da nova geração:

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