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de Restauração
Nível IV- 12º Ano Portaria nº 1319 / 06 de 23 / 11)
Ciclo de formação 2014 / 2017
Serviços Específicos
Cozinha / Pastelaria
Componente Técnica
“Matérias-primas”
Módulo n.º. 2
Ano curricular: 2º
N.º. de horas de formação: 25
Formadores: Susana Quina Nonato / Ricardo Elvas
Curso Profissional de Técnico
de Restauração
Nível IV- 12º Ano Portaria nº 1319 / 06 de 23 / 11)
Ciclo de formação 2014 / 2017
Índice
1. Apresentação .............................................................................................................. 4
2. Objetivos de aprendizagem ........................................................................................ 4
3. Âmbitos dos Conteúdos ............................................................................................. 4
4. Avaliação .................................................................................................................... 5
5. Biliografaia / Outros recursos .................................................................................... 5
6. Géneros alimentícios de origem vegetal; ................................................................... 6
6.1 Cultivo do cereais ................................................................................................ 6
6.5.Gérmen .............................................................................................................. 16
8. O Sal ......................................................................................................................... 29
9. O Açúcar .................................................................................................................. 31
10. O Mel ..................................................................................................................... 32
11. Especiarias.............................................................................................................. 33
12. Carnes ..................................................................................................................... 36
12.1 A escolha da carne ........................................................................................... 37
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1. Apresentação
Neste módulo, pretende-se que os alunos identifiquem os diferentes tipos de matérias-
primas utilizadas na cozinha e a sua classificação. Para além disso, os alunos também
deverão conhecer os métodos de conservação dos diferentes tipos de alimentos, e o
sistema internacional de medidas e capitações.
2. Objetivos de aprendizagem
Identificar os géneros alimentícios de origem vegetal e animal;
Classificar as diferentes ervas aromáticas, especiarias e condimentos e identificar
condições para recolha, preparação e utilização;
Caracterizar os principais métodos de conservação, procedimentos, e
reconhecer a importância na preservação da qualidade das matérias-primas;
Utilizar os sistemas internacionais de medida;
Reconhecer a importância das capitações em todo o ciclo de produção.
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o Leguminosa
o Variedades
Classificação
4. Avaliação
A avaliação é feita através de exercícios práticos elaborados nas aulas práticas tendo em
conta todas as normas de higiene e segurança no local de elaboração das mesmas.
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Cereais de clima frio são bem adaptados a climas temperados. A maioria das variedades
de uma espécie em particular são ou tipos de inverno ou de primavera. Variedades de
inverno são semeadas no outono, germinam e crescem vegetativamente, então
adormecem durante o inverno. Elas retomam o crescimento na primavera e amadurecem
no final da primavera ou início do verão. Este sistema de cultivo faz uso otimizado da
água e libera terra para outra safra no início da temporada de crescimento. Variedades de
inverno não florescem até a primavera porque elas requerem a vernalização.
Os cereais de estação quente são cultivados em planícies baixas tropicais ao longo de todo
o ano e em climas temperados durante a estação livre de gelo.
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O arroz é consumido como grãos inteiros cozidos, embora farinha de arroz também seja
produzida. A aveia é esmagada, moída ou cortada em pedaços e cozida em mingau. A
maioria dos outros cereais é moída em farinha, isto é, beneficiada. As camadas externas
de farelo e germe são removidas (ver grão (fruto) e semente). Isso reduz o valor nutritivo
mas torna o grão mais saboroso para muitos paladares. Pessoas preocupadas com a saúde
tendem a preferir grãos integrais, que não são beneficiados. A obesidade é por vezes
atribuída ao consumo exagerado de cereais polidos. Grãos beneficiados se conservam
melhor porque as camadas externas dos grãos são ricas em gorduras propensas a rançar.
O resíduo do beneficiamento é por vezes misturado numa ração animal preparada.
Uma vez (opcionalmente) beneficiada e moída, a farinha resultante é usada para fazer
pão, massas, sobremesas, bolinhos, e muitos outros produtos.
6.3.1. Arroz
Pertencendo à família das gramíneas, esta
planta herbácea necessita de calor e
humidade para crescer, medindo entre
30cm e 1,80m de altura, de textura lisa e
pontos de flores, hastes arredondadas que produzem grãos de arroz.
Duas formas silvestres são indicadas como precursoras do arroz cultivado: A espécie
Oryza Rufipogon, procedente da Ásia originando a Oryza Sativa e a Oryza Barthii
derivada da Africa Ocidental, dando origem à Oryza Glaberrima.
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Embora os Chineses tentem provar que a origem do seu alimento principal seja originário
deste país, outros países da Ásia reclamam também a sua origem. Em todos os casos, a
China é a primeira produtora de um alimento universalmente apreciado: na Ásia é a base
de todos os alimentos, para os africanos, é uma fonte alternativa alimentar, para os
europeus e os americanos, é um vegetal a ser consumido com a carne, peixe, etc. O arroz
é consumido na China como o pão, por conseguinte, na sua forma de origem: branco e
puro.
Pensa-se que o cultivo do arroz e tão antigo quanto a própria civilização e que o mesmo
tenha tido origem na Ásia iniciando-se o seu cultivo à cerca de 7000 mil anos. No entanto
existem referências de que apareceu por volta de 2800 a.C. na China. O mito chinês conta
que o arroz era vendido como presente aos deuses em vez dos animais. Depois das terras
terem sido inundadas todas as plantas vivas foram destruídas, a caça era difícil. Um dia
um cão peludo atravessou os campos e os Chineses observaram na sua pele umas
sementes amarelas. Não sabendo o que era plantaram-nas. Hoje o povo Chinês crê que as
coisas preciosas da vida não são pérolas e sim os grãos de arroz.
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Plantio Directo: cultivo feito a partir da abertura de uma cova onde o objectivo é garantir
uma boa cobertura e contacto da semente com o solo.
Produzindo cerca de 160 000 toneladas de arroz por ano e sendo o terceiro maior produtor
de arroz da Europa, Portugal é o maior consumidor da Europa.
Arroz de pato, arroz doce, arroz de marisco, arroz de feijão, uma lista infindável, o arroz
está realmente enraizado na cultura gastronómica portuguesa.
Para além da gastronomia está associada uma tradição secular no cultivo, embora nos
últimos anos a competição internacional tenha forçado Portugal a importar mais de 40%
do arroz que consome. Foi assim que nasceu o Centro Operacional e Tecnológico do
Arroz, ou seja, Cot Arroz. O seu fim é juntar investigadores, produtores e industriais para
desenvolver a orizicultura. Pretende-se melhorar o arroz reunindo numa só planta todas
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as características desejadas porque uma boa plantação deve ser isenta de pragas e com o
melhor sabor de sempre.
Calcio 8 5 12 7 Mg
Fósforo 87 65 255 63 Mg
Sódio 31 34 12 0 Mg
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6.4.1. Os cereais
Em quase todas as regiões do mundo onde o pão constitui a base da alimentação, o trigo
é o cereal mais importante, já que as farinhas de sementes da família Triticum apresentam
as melhores características de cozedura. Isto deve-se à
relativamente alta quantidade de goma - também chamada
glúten, uma proteína que pode ser activada adicionando
líquido e sendo depois amassada. Forma na massa uma
estrutura compacta e elástica - a condição prévia para obter
uma porosidade solta. Para além da proteína, o outro
constituinte importante do grão de cereal é o amido. O amido puro é um pó sem sabor,
que com líquidos quentes »cola«, isto é, forma uma espécie de gel. Esta característica é
usada para espessar molhos e pudins. O pó pode produzir-se triturando partes da planta
ricas em amido e adicionando água: pode ser retirado com
água e só tem que secar.
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As culturas de milho, arroz e sorgo exigem temperaturas mais altas. Estas culturas são
praticadas no Sul da União Europeia.
O sorgo é cultivado para a alimentação animal.
O milho é uma planta alta, muito exigente com a temperatura.
O cereal das civilizações ameríndias. O milho é originário dos países da América Central
e do Sul. Continua a ser um alimento quotidiano nestes países. O milho é a base da
alimentação de um em cada cinco habitantes a nível mundial. Esta planta foi descoberta
pelos europeus durante as expedições de Cristóvão Colombo, embora fosse já consumida
há milhares de anos pelos Índios da América.
Se comeres pipocas, estás na verdade a comer uma variedade especial de milho, cujos
grãos «explodem » quando recebem calor. É melhor colocar uma tampa no tacho se fores
tu a fazer as pipocas!
Quando comes milho em salada, estás a comer uma variedade de milho doce.
Nesse caso, os grãos são colhidos antes de estarem maduros. Ainda está mole e pode ser
comido em salada. O milho nos nossos dias: um híbrido
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Mas se o agricultor voltar a semear o seu milho híbrido, vai obter uma cultura muito
estranha! Os milhos obtidos são diferentes uns dos outros, havendo grandes e pequenos,
fortes e frágeis... Com efeito, ele encontra todas as variedades que foram utilizadas para
criar o híbrido. Assim, o agricultor é obrigado a comprar sementes todos os anos.
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mastigas, a tua saliva elimina o amido dos grãos, ficando apenas o glúten, uma matéria
elástica. É o glúten que dá flexibilidade ao miolo do pão e às massas depois de
cozidas.
O trigo mole
A qualidade de um grão de trigo depende do seu teor de proteínas (o glúten). A qualidade
das proteínas varia de acordo com a variedade de trigo utilizada.
- Se o grão for rico em glúten, é reservado ao fabrico de farinha de padeiro.
- Se o grão for pobre em glúten, é utilizado em pastelaria.
- As variedades de qualidade média são reservadas para a alimentação animal.
O trigo mole tem um grão farinhoso, rico em amido. Serve para fazer pão (indústria de
panificação) e bolachas.
O trigo duro tem um grão rijo. É utilizado no fabrico de sêmola e massas.
O grão de trigo
Grão rico em amido camada rica em proteínas (glúten) Invólucro da semente (sêmea)
alimento principal do dia. Há 100 anos, comia-se 500 g de pão por dia! Actualmente,
consome-se menos de 150 g por dia! É verdade que comemos muitas outras coisas...
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Atenção ao glúten
Algumas crianças, principalmente as mais novas, não podem comer glúten: são
alérgicas a esse produto e a sua ingestão pode ser perigosa.
Por isso, em alguns alimentos para bebé, está escrito: «não contém glúten ».
Essa alergia normalmente desaparece à medida que a criança vai crescendo.
6.5.Gérmen
Com os cereais não se faz só pão!
Sabemos que o trigo e o centeio são usados para fazer pão. Mas, actualmente, os cereais
são produzidos para muitos outros fins : os cereais transformaram-se mesmo numa
matéria-prima para as indústrias.
Uma utilização muito antiga a produção de cerveja. A cerveja já existia no tempo dos
Egípcios. Os Gauleses também tinham a sua cervoise. A cerveja é fabricada em todos os
países, mas alguns são particularmente conhecidos: a Alemanha, a Bélgica, a Irlanda, a
Dinamarca...
Seja qual for a sua cor e o seu sabor, o processo é o mesmo: fermenta-se a cevada
germinada.
Quando o gérmen sai do grão, ao fim de alguns dias, o fabricante de cerveja entra em
acção: ele pára a germinação e elimina o gérmen. Ficam então as sementes inchadas, que
estão cheias de maltose: é o malte que se fez fermentar.
O fabrico de cerveja pode então começar: aquece-se o malte para caramelizar, misturam-
se outros cereais como o trigo e doseia-se a quantidade de lúpulo. É o segredo dos
fabricantes de cerveja: cada cerveja tem a sua receita.
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Para o fabrico de cerveja, são utilizadas variedades de cevada de grande qualidade. São
cevadas para as fábricas de malte, que são diferentes das cevadas reservadas à
alimentação animal.
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O amido
Encontra-se nos grãos de trigo, de milho, de arroz e nos tubérculos de batata. É extraído
das sementes ou dos tubérculos para ser utilizado na indústria.
• Usos alimentares
Utilizamos o amido para preparar um molho, para o tornar mais grosso e suave. Os
industriais que preparam pratos cozinhados fazem o mesmo.
Em confeitaria, os moldes usados para fabricar os bombons são feitos de amido de arroz.
• Usos industriais
Os maiores utilizadores de amido são os fabricantes de papel. Utilizam principalmente o
amido de batata, que dá ao papel o seu brilho.
As indústrias químicas utilizam o amido de trigo e de milho para o fabrico de colas, de
fraldas para bebés, de plásticos biodegradáveis, de detergentes...
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7. Vegetais e Frutos
7.2. As leguminosas
As leguminosas são consumidas pelos humanos desde a mais antiga prática da agricultura
e têm-lhes sido atribuídos papéis medicinais e culturais assim como nutritivos. São um
importante componente da alimentação em países em desenvolvimento em África,
América Latina e Ásia onde são especialmente valiosos como fonte de dieta de proteína.
As leguminosas são um tipo de plantas cujas sementes crescem em vagens. Podem ser
comestíveis como os feijões, soja, alfalfa, lentilhas, pinhões e ervilhas, ou não, como o
trevo. Os feijões são conhecidos por provocarem desconforto no estômago: são difíceis
de absorver, porque contêm staquirose e rafinose, que não são ingeríreis pelo intestino
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delgado, mas passam para o cólon. Mas se antes de serem cozinhados forem mergulhados
em água pelo menos por algumas horas (de preferência durante a noite) tornam-se mais
fáceis de cozinhar e causam menos flatulência. As leguminosas são uma valiosa parte
duma alimentação saudável e boa nutrição, porque têm pouca gordura, não contêm
colesterol, e têm uma significativa quantidade de fibra.
Favas Miso
Feijão-Branco Soja
Feijão-Preto Tempeh
Feijão-
Tofu
Vermelho
Grão-de-Bico
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7.3. Os Legumes
O termo “legume” significa geralmente as partes comestíveis das plantas, sendo contudo
esta definição tradicional e não científica. Por isso o uso da palavra legume é algo
arbitrária e subjectiva, sendo determinada pelos costumes culturais e de selecção na
preparação de alimentos.
De uma forma geral, uma planta ou parte de uma planta que é consumida pelos humanos
é considerada como um legume. Os cogumelos, embora pertencente ao reino biológico
dos fungos, são também considerados como legumes, pelo menos no sector do comércio
e retalho. As nozes, sementes, grãos, ervas aromáticas e especiarias não são consideradas
como legumes, embora sejam partes comestíveis de plantas.
Alguns legumes podem ser consumidos crus ou cozinhados, como a cenoura, o pimento
e o aipo, enquanto que outros, como a batata, são tradicionalmente consumidos
cozinhados. Podem ser consumidos em uma grande variedade de formas, como parte de
refeições principais, aperitivos ou em forma de sumo. O conteúdo nutricional dos legumes
varia consideravelmente, embora contenham geralmente uma pequena percentagem de
proteínas e de gorduras, e uma percentagem elevada de vitaminas, dietéticos minerais,
fibras e hidratos de carbono. Muitos dos legumes contêm também fotoquímicos,
compostos fundamentais para a saúde do organismo com características antioxidantes,
anti bacterianas, anti fúngicas, anti virais e anti cancerígenas.
Cogumelos
Abóbora
Shiitake
Acelga Courgette
Aipo Couve
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Couve-de-
Alface
Bruxelas
Algas
Couve-Flor
Marinhas
Alho Ervilhas
Azeitonas Espinafres
Batatas Funcho
Beringela Inhame
Nabo
Beterraba
(verduras)
Bróculos Pepino
Cebolas Pimentos
Cenouras Tomate
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Cogumelos
7.4. A Fruta
A grande maioria dos frutos, incluindo a fruta carnuda como a maçã, o pêssego, pêra ou
manga são comercialmente valiosos para a alimentação humana, sendo consumidos
frescos ou desidratados, em conserva ou na forma de compotas. Muita fruta é utilizada
para fazer bebidas, como sumos de frutas (sumo de laranja, sumo de maçã, sumo de uva,
etc) ou para fazer bebidas alcoólicas, como o vinho e aguardente.
Vários legumes são na realidade frutos botânicos, como o tomate, a beringela, o pimento,
a abóbora, o feijão verde ou o pepino. Também as especiarias como a baunilha, a paprika,
a pimenta da Jamaica e pimenta preta têm origem em frutos, mais especificamente em
bagas.
Os frutos possuem um alto valor nutricional e possuem geralmente altos índices de fibras,
água e vitaminas. A fruta contém também diversos fotoquímicos que são fundamentais
para a saúde e preservação dos tecidos celulares e prevenção de doenças relacionadas com
a má nutrição. O consumo regular de fruta está associado à redução do risco de cancro,
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Abacate Limão
Alperce Maçã
Ameixa Melancia
Amoras Melão
Ananás Mirtilo
Arando Morangos
Banana Papaia
Figos Pêra
Kiwi Toranja
Laranja Uvas
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7.5. O Azeite
Muitos pratos da cozinha mediterrânica seriam
inconcebíveis sem o sabor do azeite. Mas o azeite não
é só azeite: segundo o tipo, pode variar bastante na
cor, consistência e sabor. As diferenças resultam das
variedades usadas, mas factores como a qualidade do
solo, o clima, o relevo e a data de colheita também são
importantes. As azeitonas o fruto da oliveira árvore
que adora calor, a cor verde ou preta não depende da
variedade, mas do estado de maturação. Todas passam
do verde ao púrpura, azul escuro ou preto. Para a
produção de azeite, são processadas em diferentes fases:
o azeite esverdeado provem de azeitonas verdes e tem,
normalmente, um sabor intenso típico. Se, pelo contrário,
se usam azeitonas maduras e escuras, obtém-se um azeite
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claramente mais suave e uma maior produção. Este tipo de azeite é usado sobretudo
para realçar o sabor de outros ingredientes. Geralmente, os azeites mais leves provêm
de olivais situados a norte, e os de sabor mais intenso de zonas mais quentes. O melhor
é o azeite extraído a frio, que não pode ter mais de 1 por cento de acidez, e que, desde
1991, é comercializado na UE sob a denominação »azeite virgem extra«, Os maiores
produtores são Espanha, Itália, Turquia e Grécia, seguidos de Marrocos e Califórnia.
Para obter um azeite de qualidade excepcional, as azeitonas
devem estar inteiras e não demasiado maduras. Por isso, são
muitas vezes apanhadas antes da maturação completa.
Na produção de azeite tradicional as azeitonas são moídas com
os caroços em grandes moinhos de pedra em granito. A pasta e
estendida em capachos redondos em camadas de 3 cm.
Camada a camada, a pasta de azeitona é estendida nos capachos
feitos de fibra de coco. Entre as camadas colocam-se placas de
metal para garantir a estabilidade
necessária.
Do cano da centrifugadora que separa a
agua de vegetação do azeite escorre o
resultado ansiosamente esperando da
primeira pressão: azeite amarelo
esverdeado e espesso da melhor qualidade «azeite virgem extra» como indica a correta
denominação da UE.
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As ervas aromáticas deverão ser utilizadas frescas, sempre que possível, sendo os orégãos
a única excepção, visto que, por qualquer motivo, têm um aroma ainda melhor depois de
secos.
O tomilho pode ser tão bom fresco como seco, desde que tenha sido seco há pouco tempo.
Sendo actualmente tão fácil obter ervas frescas durante todo o ano, é curioso lembrarmo-
nos de que, ainda há pouco tempo, só se conseguiam comprar pequenas embalagens com
uma curta variedade de ervas secas. De qualquer forma, muitas das ervas tenras, como o
manjericão e a salsa, perdem por completo as suas características quando secas; se tiver
grande abundância delas e as quiser conservar, poderá congelar pequenas quantidades em
cubos de gelo ou, melhor ainda, conservá-las em azeite, dentro de boiões bem vedados.
Assim, depois de ter usado as ervas, o azeite aromatizado poderá ser utilizado para
temperar saladas.
Nada se compara à fragrância das ervas frescas em saladas ou espalhadas sobre legumes
cozidos e as que têm folhas de belos formatos são excelentes para enfeitar um prato ou
decorá-lo. Havendo ervas frescas em casa, não existe a preocupação de o prato ter um
aspecto descolorido: desde que o gosto-base da comida seja bom, pode-se melhorar
rapidamente o aspecto do prato com algumas ervas, Mesmo os melhores estufados,
guisados ou sopas tornam-se mais apetitosos se se espalharem sobre eles ervas picadas,
no último momento; são elas também que tornam diferentes os caldos e os molhos.
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8. O Sal
O sal é um dos condimentos mais importantes do mundo, pois intensifica o sabor dos
alimentos, permitindo realçar outros sabores. De resto, esta é a razão pela qual se pode
condimentar algo doce, como um bolo, com uma pitada de sal. Em termos químicos, o
sal é constituído em grande parte de cloreto de sódio; “NaCI” puro é designado sal
alimentar. No entanto, na sua maioria, os sais - distingue-se entre sal-gema, sal das salinas
e sal marinho contêm outras substâncias minerais, responsáveis pelo sabor diferente. Por
questões de saúde, também é enriquecido com flúor e iodo. O sal-gema, que, não refinado,
tem uma cor cinzenta, ficando branco só depois de vários processos, extrai-se de resíduos
da evaporação de mares antigos, retirados de minas, O sal das salinas obtém-se através
da evaporação da água salina (água canalizada através de jazidas de sal, que assim se
jorna salgada) em instalações fechadas. Porém, independentemente do tipo, o sal deve ser
guardado sempre seco, já que o frequentemente presente cloreto de magnésio atrai
humidade. Isto pode ser evitado colocando alguns grãos de arroz no saleiro.
Desde sempre símbolo de riqueza e poder era considerado, na Babilónia, o »manjar dos
deuses«. Os soldados romanos eram parcialmente pagos em sal. E não é por acaso que na
palavra salário se esconde a raiz latina »sal«. De notar também a riqueza de outros tempos
de cidades ao longo dos caminhos do sal: nomes como Schwãbisch Hall, Salzburg e Bad
Reichenhall falam da época do grande comércio do sal em termos etimológicos recuam
até à palavra grega para sal =»hals« ou até à celta »hal«. Em muitas culturas, o sal fazia
parte da oferenda - não se podia apresentar alimentos sem sal aos deuses. No entanto, só
se conhecem deuses de sal na China e no México.
Teve também desde sempre grande importância como conservante, não sendo por acaso
que se tornou símbolo de durabilidade e alianças inalteráveis (Bíblia). São-lhe atribuídos
poderes contra o infortúnio, mas espalhar sal à mesa é um
mau sinal. O sal é essencial para o organismo humano -
cerca de 5 g diários -, para regular o equilíbrio da água e
formar ácido clorídrico no estômago, indispensável à
digestão. Mas cuidado: pouco melhor! Por um lado, é quase
impossível corrigir pratos salgados demais, por outro, sal
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9. O Açúcar
O açúcar faz hoje parte do quotidiano em grandes partes do mundo e usa-se em grandes
quantidades o que torna ainda mais incrível o facto de a sua carreira como adoçante
universal acessível ter começado há apenas 200 anos: com base na descoberta de que o
açúcar de cana e de beterraba sacarina são quimicamente idênticos, em 1801 montou-se
a primeira fábrica de açúcar de beterraba na Prússia. A partir de então, o açúcar deixou
de ser uma »mercadoria colonial«, que era preciso importar dos trópicos e se vendia a
preços astronómicos. Quer seja de cana ou de beterraba, para produzir açúcar primeiro é
preciso extrair de ambas um sumo açucarado. Isto faz-se através da lixiviação dos pedaços
de planta triturados. 0 sumo puro assim extraído é limpo e espessado por aquecimento,
até o açúcar começar a cristalizar. Quando se obtém o tamanho de cristal desejado,
centrifuga-se o xarope de açúcar viscoso. O que fica é o açúcar em bruto, que uma vez
limpo é vendido como açúcar branco, embora, muitas vezes, seja limpo uma segunda vez
e se transforme em açúcar refinado muito branco. Este, no entanto, já não contém
nutriente algum além de hidratos de carbono, sendo por isso
que, na alimentação integral, se usam sumos de plantas
açucarados, vendidos como xaropes doces ou também secos e
granulados.
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10. O Mel
Sobretudo um elevado teor de hidratos de carbono de fácil digestão distingue quer o mel,
quer a fruta seca. Contêm ainda vitaminas e minerais, cujas quantidades podem variar
segundo as diferentes qualidades de mel ou fruta. Além disso, têm ainda em comum o
facto de serem dos alimentos mais antigos que há. No entanto, enquanto um bom mel é
um produto natural, extraído dos favos de abelha por centrifugação ou gotejamento, a
fruta seca tem que ser produzida primeiro. Na secagem, o teor de água natural da fruta é
geralmente reduzido a menos de 24 %. Se isto já age como conservante, alguns frutos são
ainda tratados com conservantes sulfurados, que visam melhorar o seu aspecto, mas que
prejudicam o seu gosto e valor para a saúde,
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11. Especiarias
Folhas, raízes, cascas, frutos, botões - as especiarias podem vir de várias partes das
plantas. Há séculos que os rizomas de plantas da família das zingiberáceas são cobiçados
na Ásia para fins culinários e médicos. E, hoje em dia, o gengibre, também faz parte da
oferta dos nossos supermercados. Pelo contrário, a galanga, ou as raízes de curcuma.
Kurkuma, geralmente só se encontram frescas nas lojas asiáticas. Ao comprar, deve
escolher rizomas com a pele lisa, pois podem ser conservados no frigorífico durante várias
semanas. A partir das raízes da galanga e da curcuma é possível cultivar estas plantas, se
na Primavera, plantar os rizomas em terra humosa: as raízes germinam até a temperatura
ambiente. Os botões do craveiro-da-Índia, de girofle, assim como as sementes da
moscadeira são normalmente secas. Ambos só devem ser triturados pouco antes da
utilização, mantendo assim os seus óleos essenciais. Às vezes, as escuras nozes-
moscadas, apresentam uma -película branca inofensiva para o consumo: foram
mergulhadas em leite de cal, que devia proteger as sementes do ataque de insectos. Nas
lojas asiáticas, encontram-se ocasional-ente folhas secas que lembram o louro. Podem ser
louro indonésio, que pertence à família das mirtáceas, ou folhas da caneleira, que pertence
às lauráceas. São usadas amiúde para pratos de caril. Conhecida na Europa desde a
Antiguidade, a assa-fétida, resina vendida em pó de uma umbelífera, perde o seu cheiro
forte ao ser aquecida, embora o sabor não seja para qualquer um.
Cravinho
Noz-moscada
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Açafrão
Baunilha e Canela
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Pimenta
Piri-piri
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Seja qual for a variedade, os piripiris são todos originários da América Central e do Sul:
foram levados pelos conquistadores espanhóis para outras partes do mundo e fixaram-se
sobre tudo
Soja
12. Carnes
Para garantir o êxito de um prato de carne a primeira medida a tomar é comprá-la num
talho de qualidade. Deve-se procurar um estabelecimento onde se desmanchem as
carcaças - alguns talhos mais não são do que lojas que vendem carne embalada e, como
é óbvio, menos fresca. Informe-se sobre a proveniência da carne. Um bom talhante
conhece o produtor e a raça do animal, bem como o dia em que foi abatido. Alguns
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supermercados promovem a venda de carnes locais e têm balcões especializados nas suas
lojas. Prestam, sem dúvida, um bom serviço, desde que os funcionários sejam capazes de
aconselhar e ajudar os clientes a fazer a sua escolha. Se precisar de carne picada, compre-
a sempre em talhos que a piquem à sua frente.
Os mercados são sempre uma fonte de carne de qualidade além de que pode conversar
com o vendedor sobre os animais e produtos que ele tem à venda. Se for mais longe e
fizer uma visita à própria quinta, terá uma ideia das condições de higiene em que os
animais são criados e os produtos cultivados antes de os comprar. Alguns produtores
vendem os seus produtos pelo correio e pela internet, embora para o consumidor esses
métodos tenham a desvantagem de não se poder ver o que se compra.
À excepção das miudezas, que devem ser consumidas de imediato, toda a carne tem de
ficar pendurada uns tempos depois de abatido o animal. Imediatamente após o abate a
carne tem um sabor ácido, devido ao ácido láctico presente na altura da matança. O rigor
mortis também a afecta e pode verificar-se na carcaça durante cerca de 30 horas. O
período de tempo durante o qual a carne deve permanecer pendurada depende do tipo de
animal e da sua raça. A vitela e o porco podem ficar pendurados apenas uma semana, o
carneiro 1-3 semanas e alguma carne de vaca cerca de 5 semanas. O veado fica, em geral,
pendurado durante 1-3 semanas, o coelho precisa apenas de 4-5 dias e a lebre de 7-10
dias. Pendurar a carne tem como função torná-la mais tenra, mas lembre-se de que quanto
mais tempo ela assim permanecer, mais intenso será o seu sabor a "mato".
Actualmente, a carne fica pendurada menos tempo do que no passado por duas razões.
Primeiro, as modernas técnicas de criação produzem animais com uma carne já
relativamente tenra. Segundo, a maioria dos ocidentais deixou de apreciar o gosto forte
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que a carne adquire depois de ficar uns dias pendurada. Além disso, pendurar a carne leva
tempo e ocupa espaço, dando origem a custos que tornam a indústria das carnes
financeiramente menos atraente para produtores e supermercados. Ainda por cima, o peso
das carcaças desce ligeiramente durante esse período de tempo - num mercado onde o
preço fixado é o do quilo, a perda de peso significa perda de lucro. Assim, os grandes
produtores procuram que a carne entre no circuito comercial rapidamente, para terem o
seu capital empatado o mínimo de tempo possível.
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13. Peixes
"Nos cozinhados de peixe ou marisco, fica sempre bem um toque sensual". Escrevi uma.
É puro hedonismo saborear as iguarias que povoam as águas da Terra, com sabores e
texturas tão deliciosos e diferentes. Sugiro-vos que partam numa fantástica jornada de
exploração do que o mar tem para oferecer. Provem espécies diferentes. Experimentem
novas técnicas culinárias. As possibilidades são infinitas.
Embora não seja grande adepto de viveiros, creio que desempenham um papel importante.
O peixe-gato, um habitante de águas profundas da América do Sul, é um bom exemplo
de peixe que, com as devidas cautelas, está a ser criado em viveiro com grande êxito.
Gostaria que todos os viveiros produzissem peixe de tão elevada qualidade. O que me
preocupa é o facto de os peixes serem criados em áreas restritas, o que os torna mais
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O peixe deve ser guardado inteiro sobre gelo no frigorífico. Coloque o gelo partido num
recipiente, não vá pingar algum, e o peixe por cima. Cubra o peixe com mais gelo partido
e guarde no frigorífico. Os filetes devem ser colocados numa caixa de plástico ou metal
coberta com película aderente. Guarde a caixa em cima de gelo no frigorífico. Nunca
deixe os filetes contactar directamente com o gelo, pois o contacto com a água irá
amolecê-los. Guarde o marisco dentro do saco onde o comprou, no frigorífico, dentro de
uma tigela forrada com papel de cozinha. 0 marisco nunca deve entrar em contacto directo
com gelo nem água fria. O peixe congelado deve ser guardado, na embalagem em que o
comprou, dentro do congelador. Antes de o usar, deixe-o ficar no frigorífico 24 horas.
Nunca descongele o peixe no microondas, nem passando-o por água. Amanhar o peixe
não é uma tarefa tão assustadora como se pensa. As técnicas básicas para o peixe inteiro
são tirar as escamas, as guelras e a tripa e depois cortar ou partir em filetes, sendo
ligeiramente diferentes os métodos usados para peixes-chatos ou arredondados. Pode,
claro, comprar peixe já amanhado, mas provavelmente não será tão fresco como o peixe
inteiro amanhado por si, além de que poderá controlar melhor a sua preparação.
Evite mexer muito no marisco antes de o cozinhar Quando escolher moluscos, preste
atenção às conchas. Os moluscos frescos, por exemplo mexilhões, devem ter conchas rijas
e de forma perfeita: evite os que têm conchas partidas. Antes de os cozinhar, dê uma
pancadinha nas conchas – se estas não se fecharem de imediato é porque o molusco esta
morto e não deve de ser consumido.
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