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EDSON JESUS DE PAIVA E SILVA FILHO

PPGAdm: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM


ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA:METODOLOGIA DA PESQUISA
PROFESSORA: CASSSIANA MARIS LIMA CRUZ
SHORT PAPER: O SONHO TRANSDISCIPLINAR (Hilton Japiassu)

A reforma do pensamento

A educação e a maneira como desenvolve-se o saber, neste século vem passando por
uma miopia intelectual, derivada de visão de um pensamento que privilegia saberes
fragmentados, parcelados e compartimentados. Num mundo extremamente globalizado, onde
não há mais fronteiras entre culturas, pessoas, instituições, empresas, torna-se necessário
avaliar esta maneira de pensamento. Tem-se necessidade de ir além, de certas premissas ditas
intocáveis e propor para a educação uma abordagem cultural e social que valorize questões
interdisciplinares, entretanto deve-se transpor essa barreira por meio de uma perspectiva que
possa contextualizar e globalizar, isto é, ver e avaliar um problema sob todos os ângulos e em
todas suas dimensões, requerendo uma visão ao mesmo tempo transcultural e transhistórica. O
indivíduo deve ser visto pelas suas ambiguidades, bem como a complexidade do mundo atual,
esse texto tem como objetivo central discorrer sobre as maneiras de pensar num mundo
globalizado bem como as consequências desse saber engessado por dogmas e concepções
fragmentadas de pensamento.
A forma atual de fazer ciência(pesquisa), encontra-se engessada, com a crescente
especialização da ciência, e a busca por torna o complexo em simples, unificação do que é
múltiplo, bem como eliminação do que promove contradições em nosso entendimento E.
Morin, já contextualizava que o problema crucial do nosso tempo, estava na necessidade de
um modo de pensar capaz de enfrentar o desafio da complexidade do real aprendendo as
ligações, interações e implicações mútuas, isto é, busca por compreender realidades muitas
vezes solidarias e conflitivas, um método que alimenta antagonismos e ao mesmo momento
que os regula.
Tem-se uma crescente nos interesses pela interdisciplinaridade, decorrente de análises
pedagógicas e redefinição de políticas educacionais, entretanto em nenhum momento recusou-
se suas exigências. O interdisciplinar caracteriza-se por exprimir tanto a constatação
(fragmentação de disciplinas), quanto uma recusa de abandonar as tradições a fim de
unificação de preceitos, desde seu advento alimenta-se uma tensão e aspiração a um saber não
fragmentado, bem como reconhecimento da abertura, inacabamento e incompletude de cada
disciplina. A problemática vista nos objetos de pesquisa proporciona a ideia de que os
mesmos só podem ser abobadados por uma ótica interdisciplinar, entretanto torna-se essencial
eliminar fronteiras entre problemáticas e modos de expressão para instalação de uma
comunicação produtiva entre disciplinas. Deve-se abandonar a ideia disjunção/redução pela
premissa da distinção/conjunção.
A busca pela especialização sem limites proporcionou uma fragmentação do saber
epistemológico, chegou-se ao reducionismo do saber por meio do indivíduo, buscando-se
saber cada vez mais sobre as partes e desfeie-se a importância de saber sobre tudo, emerge-se
a figura do minipoder, esta composta por indivíduos que argumento ser detentores máximos
do saber de mini áreas da epistemologia, despreza-se o todo e cria-se donos totalitários do
saber. Os especialistas tornaram-se representantes de causas, ideologias e políticas que visam
atender suas próprias necessidades.
As disciplinas são dominadas por especialistas do saber, que fragmentam o
conhecimento, causam cegueira intelectual. As escolas estão preocupadas com a distribuição
de fatias do saber (ração intelectual) a alunos que não carecem de fome, visa-se a
permanência e perpetuação de modos de ensino engessados com as premissas dos formadores
de opinião em sala de aula. O sistema clássico de ensino que se instala no isolamento
epistêmico e institui um saber direcionado, fragmentado, enrijecido por práticas de ensino
obsoletas que visam a perpetuação do sistema.
Ao questionar os conhecimentos adquiridos e as metodologias aplicadas, a
interdisciplinaridade promove a união ensino e da pesquisa, proporcionando a criação de
mentes coletivas interessadas em produzir novo saber. Entretanto torna-se plausível
determinar que essa mudança não ocorrera por meio de alterações administrativas no sistema
atual, pressupõe-se a criação de instituições contempladas por estruturas flexíveis, capazes de
absorver novos conteúdos e debruçar-se dos verdadeiros problemas. Isto só será possível com
a transformação de instituições de ensino por meio de práticas inovadoras, deve-se abandonar
problemáticas estruturais e epistemológicas, tais como: rotina/rigidez; positivismo anacrônico;
eufemismo de instituições; ausência crítica aos saberes adquiridos dentre outras.
Paradoxalmente devem-se adotar certas exigências visando a criação de uma nova inteligência
e de uma razão aberta, capazes de formar novos cientistas e educadores, cabe-se destacar
alguns preceitos tais como: eliminar concessões ao saber; ter ímpeto de devolver a razão à sua
função de turbulência e agressividade; propor mais questionamentos que respostas, dentre
outras.
Portanto em épocas de conservadorismo devesse-se ter destreza em apontar visões
críticas do neoliberalismo, regatando utopias, desmontando-se métodos engessados por
premissas fracionadas ao longo dos anos, deve-se ter em mente não só a simples reconciliação
entre o Sujeito e Objeto, entre homem exterior e inferior mais sim uma tentativa de
reestruturação de diferentes seguimentos do conhecimento, estes que não devem ser dotados
de novo sincretismo, agrega-se novos pontos de vista a partir dos quais surge outro modo de
pensar, outra inteligibilidade, capaz de ir do Mesmo ao Outro sem suprir a Diferença.

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