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Pontifícia Universidade Católica do Paraná hereditária, fixada de antemão para o doente desde seu nascimento, detém

Escola de Educação e Humanidades nossos esforços, mostrando-se como um poder inabordável" (p. 279)
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Seminário Patologia e Insurgência: o desvio a partir de Darwin, Freud e Canguilhem
18/09/19, 19h30, sala 14, bloco 2, PUCPR
O singular na clínica psicanalítica ou Alternativa à categorização: leitura do singular pela FREUD, Sigmund. (1950) Los orígenes del psicoanálisis. Cartas a Wilhelm
psicanálise Fliess, manuscritos y notas de los açnos 1887 a 1902. In: Obras Completas.
Vinícius Armiliato 4. Ed. Madrid: Biblioteca Nueva, 1981.
6- "Também em mim comprovei o amor pela mãe e os ciúmes contra o pai, a
CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. 6. ed. Revisada. Rio de ponto de que agora os considero como um fenômeno geral da tenra infância,
Janeiro: Forense Universitária, 2014. ainda que nem sempre ocorram tão prematuramente como aquelas crianças
1- "O homem é são, na medida em que é normativo em relação às flutuações que se tornaram histéricas [...]. Compulsão do destino que todos respeitamos
de seu meio. [...] O estado patológico expressa a redução das normas de vida porque percebemos sua existência em nós mesmos. Cada um dos espectadores
toleradas pelo ser vivo, a precariedade do normal estabelecido pela doença [...] foi, por sua vez, em gérmen e em sua fantasia, um Édipo semelhante, e ante a
De qualquer modo, nenhuma cura é uma volta à inocência biológica. Curar é realização onírica transladada aqui à realidade, todos retrocedemos
criar para si novas normas de vida, às vezes superiores às antigas. Há uma horrorizados, dominados pelo pleno impacto de toda repressão que separa
irreversibilidade da normatividade biológica" (p. 166). nosso estado infantil de nosso estado atual". (p. 3584)

BICHAT, Xavier. Recherches Physiologiques sur la vie et la mort. Nouvelle FREUD, Sigmund. Sobre una degradación general de la vida erótica In: Obras
Édition. Paris: Victor Masson; Charpentier, 1852. Completas. 4. Ed. Madrid: Biblioteca Nueva, 1981.
2- "On cherche dans des considérations abstraites la définition de la vie; on la 7- "la intensa fijación infantil, la barrera erigida contra el incesto y la
trouvera, je crois, dans cet aperçu général: la vie est l'ensemble des fonctions prohibición opuesta al instinto sexual en los años inmediatos a la pubertad son
qui résistent à la mort. (p. 1) comunes a todos los hombres pertenecientes a cierto nivel cultural, sería de
esperar que la impotencia psíquica fuese una enfermedad general de nuestra
MOREIRA, Adriana Belmonte. Clínica e resistência: a medicina filosófica de sociedad civilizada y no se limitase a casos individuales" (p. 1713)
Georges Canguilhem. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós PEREZ, Daniel Omar. O inconsciente: onde mora o desejo. Rio de Janeiro:
Graduação em FIlosofia, 2013. Civilização Brasileira, 2012.
3- Há em Canguilhem "uma postura ético-política de resistência a tudo que 8- "Cada elemento do mundo (e o próprio mundo incluído) é quantificado de
impede o exercício de nossa liberdade de pensar, que limita o aumento da acordo com uma regra de medida" (PEREZ, 2012).
potência do pensamento e cerceia nossos gestos de engajamento" (p. 18. Grifo 9- Freud criou "[...] novos conceitos e registros de determinação a fim de
nosso). compreender e tratar as manifestações sintomáticas sem causa física ou
4- Canguilhem "acaba por apresentar outra démarche para a clínica que a consciente" (p. 27).
transforma em dispositivo de resistência às práticas de normalização em 10- Com a causalidade psíquica inconsciente, "[...] teria sido possível começar
saúde" (p. 10) a compreender fenômenos não controlados por representações mentais
conscientes, tais como os sonhos, os lapsos ou atos falhos, e os sintomas como
FREUD, Sigmund. (1896) La herencia y la etiología de las neurosis. In: Obras sensação de afogamento sem causa física, esquecimentos do próprio nome,
Completas. 4. Ed. Madrid: Biblioteca Nueva, 1981. fobias, condutas repetitivas que não obedecem à livre escolha do sujeito, entre
5- "[...] será interessantíssimo o conhecimento desta etiologia específica, que outros (p. 33)."
proporcionará ao nosso trabalho um ponto de ataque, enquanto a disposição
NAKASU, Maria Vilela Pinto. O sentido e o lugar da interpretação na
clínica freudiana. São Paulo: Via Lettera: FAFPESP, 2008.
11- "Todos os fenômenos humanos são considerados por Freud como sinais 17- Na psicanálise, "um perpétuo princípio de inquietude, de questionamento,
potencialmente interpretáveis" (NAKASU, 2002, p. 20). de crítica e de contestação daquilo que, por outro lado, pôde parecer
12- "Baseada principalmente nas associações livres do indivíduo, a adquirido" (p. 517).
interpretação é definida por Freud como o procedimento técnico característico 18- "A psicanálise, com efeito, mantém-se o mais próximo possível desta
da psicanálise, sua comunicação é considerada o modo de ação por excelência função crítica acerca da qual se viu que era interior a todas as ciências
do analista. [...] a interpretação é uma noção e um instrumento que não se humanas. Dando-se por tarefa fazer falar através da consciência o discurso do
restringe ao método estritamente clínico da psicanálise, mas aplica-se à arte, à inconsciente, a psicanálise avança na direção desta região fundamental onde se
religião, aos fenômenos de massa (p. 21-2)" travam as relações entre a representação e a finitude" (p. 518).
GERALDINI, Juliana Rodrigues. As ciências humanas na arqueologia de 19- "Todo saber analítico é, pois, invencivelmente ligado a uma prática, a este
Michel Foucault. Revista de Ciências Humanas. Florianópolis, EDUFSC, v. estrangulamento da relação entre dois indivíduos, em que um escuta a
41, n. 1 e 2, pp. 123-139, Abr-out, 2007. linguagem do outro, libertando assim seu desejo do objeto que ele perdeu
13- "O homem surge na biologia, na economia política e na filologia como (fazendo-o entender que o perdeu) e libertando-o da vizinhança sempre
invenção recente desses saberes [...]. Ele agora é dado à experiência, e é repetida da morte (fazendo-o entender que um dia morrerá). É por isso que
pensado como um objeto a ser descoberto e desvendado, como um objeto que nada é mais estranho à psicanálise que alguma coisa como uma teoria geral do
tem um corpo físico com estrutura e funcionamento que devem ser explorados. homem ou uma antropologia" (p. 521).
A linguagem fará parte dessa busca por entender qual homem é esse, que se BOCCA, Francisco Verardi; BOCCHI, Josiane Cristina; PEREZ, Daniel
constitui também pela fala. Enquanto um ser que trabalha, as condições que Omar. Ontologia sem espelhos: Ensaio sobre a realidade (Descartes, Locke,
circulam nesse espaço serão pensadas como constitutivas dele próprio" (p. Berkeley. Kant, Freud). Curitiba: CRV, 2014.
125). 20- impossibilidade de demarcar o que é objetivo e o que é subjetivo, dado
que, segundo a teoria, "esses limites são paulatinamente construídos ou
MACHADO, R. Ciência e saber: a trajetória da arqueologia de Michel conquistados no desenvolvimento" (p. 113).
Foucault. Rio de Janeiro: Graal, 1981. 21- "a tarefa de conferir o papel e a importância de Freud no interior da
14- Quanto à biologia, "[..] o que se privilegia em um órgão não é, portanto, história da filosofia quanto à sua iniciativa de deixar para trás toda forma
sua configuração, mas a função que ele contribui para realizar. Daí o interesse substancial e autônoma de fundação da subjetividade e da realidade, bem
pelo estudo das grandes funções orgânicas como a respi- ração, a digestão, a como, quanto ao ultrapassamento do dispositivo teórico da modernidade" (p.
circulação" (p. 131). 113).

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências


humanas. 8.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Trad. S. T. Muchail.
15- A representação é "o próprio campo das ciências humanas, e em toda a sua
extensão; é o suporte geral dessa forma de saber, aquilo a partir do qual ele é
possível" (p. 503).
16- No início do século XIX "[...] descobriu-se uma historicidade própria à
natureza; definiu-se mesmo, para cada grande tipo de ser vivo, formas de
ajustamento ao meio que iam permitir; em seguida, definir seu perfil de
evolução; mais ainda, pôde-se mostrar que atividades tão singularmente
humanas, como o trabalho ou a linguagem, detinham, em si mesmas, uma
historicidade que não podia encontrar seu lugar na grande narrativa comum às
coisas e aos homens" (p. 509).

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